O Mandarim

O Mandarim Eça de Queiroz




Resenhas - O Mandarim


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Babi 06/01/2023

Um dilema ético e moral.
"Mas, ainda na sua actividade mais resumida, a vida é um bem supremo: porque o encanto dela reside no seu princípio mesmo, e não na abundância das suas manifestações!"

Na realidade, o dilema ético do Teodoro dura pouquíssimo e ele logo aperta a campainha; as reflexões e o julgamento ficam mesmo é a cargo do leitor. Teodoro, o protagonista, é um personagem detestável, egoísta e mesquinho, ele não se arrepende de nada e só tem medo mesmo é da consequência dos seus atos, contudo, no lugar dele seríamos diferentes? Além dessa questão, o livro trás a visão imperialista dos colonizadores europeus sobre a China e outras colônias. Uma leitura de valor atemporal, mas por vezes arrastada e cansativa.
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Teteu 27/10/2022

"Céu e inferno são concepções para uso da plebe."
Uma vez tida a chance de fulminar um rico mandarim em troca de sua fortuna, Teodoro tomara a decisão de matá -lo. Questão é, quais são as consequências desta escolha?

Esse livro é excelente, tem uma trama bem instigante e bem construída, além das belas descrições das paisagens chinesas.
Ao final fica uma discussão muito interessante sobre a ética e a moral da escolha de Teodoro, e se nós aceitaríamos também seu martírio em troca dos milhões de renda.

Recomendo para todos!
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Clio0 21/05/2022

A premissa de O Mandarim já é conhecida do grande público por ser um dilema moral amplamente discutido não apenas em cursos de Filosofia e afins, mas também em outros livros, em filmes e até mesmo em músicas: "Você mataria alguém por dinheiro?" O personagem principal sim.

Teodoro é o tipo preferido de Eça de Queirós - um homem com educação universitária que já foi ou é um empregado público, ou seja, alguém que deveria ser acima de qualquer suspeita, mas que na verdade é moralmente fluído.

Diferente de outra obra clássica, Crime e Castigo de Dostoiévski, o enfoque da obra não é no intimismo que desnuda a alma e expõe o remorso. Teodoro não se arrepende de seu ato indecente o que ele sente é medo da represália.

Apesar de toda a carga dramática do enredo, o texto é leve, quase humorístico. O autor critica a sociedade claramente, mas seu olhar é suave, gentil, quase bonachão. O deboche sempre foi marca registrada em seu estilo e aqui ele aparece em cada parágrafo.

Recomendo.
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Tiago.Costa 06/12/2021

A ganância humana ultrapassa qualquer barreira da honra, ética e moral humana. O q vem facil em nossa vida nem sempre te trás a alegria e muito bem a felicidade. Esta obra me lembrou muito Fausto.
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Gustav.Barbosa 31/10/2021

Com a proposta de herdar a fortuna do Mandarim ao matá-lo apenas no tocar de uma campainha, Teodoro vê sua chance de conquistar suas aspirações burguesas de maneira fácil. Ao realizá-lo, contudo, se vê frustrado com uma vida que preferiria não ter tido.

O Mandarim me lembrou a jornada de Raskólhnikov em Crime e Castigo em sua tentativa de se desvencilhar das repercussões causadas pelo seu próprio crime cometido, mas está longe de ser tão comovente quanto.
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Jadina 23/06/2021

O Mandarim
Eu fiz essa leitura para um trabalho da faculdade e apesar do gostinho amargo que leituras obrigatórias tem, essa me pareceu bem interessante a princípio.

O questionamento moral logo de cara me chamou a atenção e me deixou bastante curiosa, principalmente considerando que o protagonista Theodoro não é exatamente do tipo mocinho. Achei divertido perceber suas hipocrisias e seus pensamentos diante de uma situação tão inesperada.

Depois disso, começam infinitas descrições sobre a viagem para a China e os hábitos encontrados por lá. Apesar de essa ideia de relato ser claramente o objetivo do autor, eles são tão detalhados e extensos que se tornam cansativos e as vezes até desinteressantes.

No fim das contas achei uma leitura instigante, provocando reflexões sobre qual atitude nós mesmos tomariamos diante de certos dilemas.
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Maiara 04/06/2021

Eça de Queirós pega bem pesado nessa obra
Não é um livro que se recomende para crianças (ou avarentos) lerem.
Nessa história, Eça de Queirós aposta muita nudez de alma e de carne, revelando e criticando os piores defeitos e hipocrisias perpetuados pela raça humana.
É interessante notar que, já em 1880, o comportamento social de venerar a riqueza, não importando de onde venha, é comum e bem nítido.
Além do alerta para pactos demoníacos e assassinato, Eça revela uma obra pessimista e lotada da miséria humana, que se espreme contra o luxo em espaços sufocantes.
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_Du_ 11/05/2021

Questões morais, horror e natureza humana
Não tem apenas uma questão moral... A aventura passa pela natureza humana, possui um humor negro, e alguns relances de horror. É uma reflexão...
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Tiago 06/05/2021

Eça de Queirós e o pacto com o diabo
O Mandarim é uma novela de Eça de Queirós que conta a história de Teodoro, um funcionário público de baixo escalão que vive uma vida "normal" para alguém naquela posição (mora numa pensão e sendo de baixo escalão não era muito respeitado pelas pessoas).
Neste ponto é que vemos a história se desviar do que seria uma típica obra de Eça. Ao envolver um pacto com o diabo, a história ganha uma dimensão fantástica. Como toda história que envolve tal tipo de pacto vemos uma evolução que começa na incredulidade, passa por uma euforia até desembocar em um arrependimento. A crítica social de Eça é muito afiada e extremamente bem humorada, roçando o politicamente incorreto para os padrões do século XXI. Eça critica a sociedade portuguesa movida apenas pelas aparências e verniz de sofisticação dado pelo dinheiro. Durante a viagem de Teodoro a China também observamos a crítica política de Eça. Leitura bastante recomendada e, como é um livro bem curtinho, dá para ser lido em 1-2 dias.
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Ju 14/04/2021

A realidade sobre as vontades humanas
Eu havia levado um sacode do Eça ao ler "A Relíquia", e eu acabei abandonando no meio da viagem/sonho do Raposão porque não aguentava mais tanta descrição. Entretanto, em "O Mandarim" a história foi diferente.

Utilizando-se da ideia de pacto com o Diabo, Eça nos guia por um dilema moral: trocar a vida de um desconhecido inocente por sua riqueza é algo que faríamos?

O protagonista, o qual levava uma vida boa mas sem luxos, aceita o acordo e desfruta dos benefícios, dos prazeres que o dinheiro pode trazer. Seu prestígio social é tudo que importa, até ele começar a ser assombrado pelo Mandarim e seu papagaio, uma analogia à sua consciência.

As verdades sobre a hipocrisia humana e sua moral duvidosa fazem com que comecemos a questionar o que nós mesmos faríamos, além de repensarmos nossa relação com o dinheiro e as estruturas sociais. Até onde estamos dispostos a ir para atingirmos nossos objetivos?

"E todavia, ao expirar, consola-se me prodigiosamente esta ideia: que do Norte ao Sul e do Oeste a Leste, desde a Grande Muralha da Tartaria até ás ondas do Mar Amarello, em todo o vasto Imperio da China, nenhum Mandarim ficaria vivo, se tu, tão facilmente como eu, o pudesses supprimir e herdar-lhe os milhões, oh leitor, creatura improvisada por Deus, obra má de má argilla, meu semelhante e meu irmão!"
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milton_rocha 19/03/2021

Até onde estamos dispostos a ir para atingir nossos objetivos materiais?
Claro que o livro trata sobre uma consequência última das decisões que alguns de nós tomamos para atingir nossos objetivos materiais na vida, mas, de fato, até onde estamos dispostos a ir? Ao mesmo tempo que podemos não ter a coragem de atacarmos de maneira última e final "O Mandarim", estamos 100% dispostos a fazer isso com a nossa própria existência.

O vazio, de certo, preencheu a vida de Teodoro. Mas será que o vazio o preencheu justamente porque o fardo de tomar uma medida tão grave com a vida de outro alguém supera a decisão de acabar com a própria vida passando os dias pensando em como seria a existência com mais posses?

Um livro muito interessante para pensar em um espectro mais pessoal sobre até onde você está disposto a ir e se viverá em paz com esta decisão, mesmo que ela lhe custe toda a vivência, passando pela existência humana sem sentido além do que a breve artificialidade do que damos mais peso no caminho da vida.
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Felipe 09/03/2021

Foi em novembro de 1845 que nasceu na cidade de Póvoa de Varzim o escritor Eça de Queiroz, hoje considerado um dos nomes mais importantes da literatura portuguesa e, por que não, da literatura mundial. Em 1855, após se mudar e ingressar no Colégio da Lapa, Eça se aproxima da literatura sob a influência do filho de um professor.

Em meio a uma crise que permeava todos os setores sociais e, em especial, os ligados ao meio rural, o Romantismo está a poucos anos de deixar a sua periodicidade em Portugal. A revolta de camponeses na região do Rio Minho em 1846 e a revolta da Pauliteia de 1847 deixaram claro o desgosto da sociedade com a condução dos dirigentes do país tendo como base ideais burgueses.

Nesse contexto, surge em 1865 a Questão Coimbrã, a qual deu origem ao Realismo em Portugal. O último atingiu o seu ápice com a Geração de 70, que teve como principais nomes Eça de Queiroz, Antero de Quental, Téofilo Braga, Oliveira Martins e outros autores.


Cinco anos após a publicação de “O Crime do Padre Amaro” em folhetins, Eça de Queiroz publica “O Mandarim”. Embora compartilhe diversas características em comum com as demais obras do autor, a desta resenha possui traços de fantasia e elementos atípicos para a escola a que ele é filiado. Por esse e outros motivos, "O Mandarim" foi considerada por diversos estudiosos como uma obra de menor renome quando comparada às suas obras mais fieis ao Realismo.

Na trama, o amauense Teodoro vivia como hóspede da viúva D. Augusta com uma parca renda. Não tendo crença em Deus ou no diabo, certo dia Teodoro recebe uma visita do último. Seduzido pela oportunidade de herdar a fortuna de Ti-Chin-Fu, Teodoro toca uma campainha que se materializou a seu lado durante a visita do satanás e ceifa a vida do mandarim.


Seria ilusório crer que ninguém sairia prejudicado após Teodoro herdar a fortuna de Ti-Chin-Fu. A sua família sofreu os piores danos da sua morte. A consciência de Teodoro não o perdoa e ele se vê na contingência de viajar à China para mitigar os malefícios que a sua decisão acarretou à família do mandarim.

Antes de iniciar a leitura desta obra, eu já estava acostumado à linguagem que Eça de Queiroz emprega em sua narrativa. Contudo, na obra aqui resenhada o rebuscamento das palavras me causou um grande incômodo. Alguns escritores costumam elevar o nível vocabular de suas histórias como um recurso para promover a imersão do leitor no enredo.

Em “O Mandarim”, a linguagem rebuscada representou para mim um grande obstáculo para a sua compreensão, e sem nenhum uso estratégico. Além disso, a narrativa do autor foi demasiadamente descritiva. É comum às obras do Realismo descrever ambientes em uma grande profundidade de detalhes como uma forma de imprimir força de realidade ao enredo.

Conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler mais resenhas nestes moldes, siga o perfil no instagram: @literaturaemanalise.

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2021/03/resenha-o-mandarim-eca-de-queiroz.html
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aluiarte 31/12/2020

Primeira leitura que faço do Eça, um livro fácil de ser lido e curto
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