O mandarim

O mandarim Eça de Queiroz




Resenhas - O Mandarim


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23/11/2020

Este é o livro que me introduziu ao famosíssimo Eça de Queiroz, sendo leitura obrigatória para mim ano que vem. A história flui naturalmente e as descrições excessivas quase passam desapercebidas, tendo se tornado cansativo apenas na descrição de Pequim. Apesar de sua densidade, é uma história fácil de se ler e o vocabulário não se mostra um empecilho.
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Suelen 31/05/2020

Não seria um livro que leria por vontade própria
Como disse no título da resenha, esse livro eu não teria lido por vontade própria. Li por causa do Clube do Livro que participo.
O livro nos faz refletir até que ponto estamos dispostos a chegar pelo dinheiro? Dinheiro realmente trás felicidade?
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Victória de Castro 13/02/2020

Confesso que sendo Eça... estava à espera de outro tipo de história. Porém, posso dizer que não fiquei desiludida.

Este livro me fez pensar e refletir sobre a condição do homem e a natureza do ser humano.
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Dan 15/12/2019

*O MANDARIM: UMA ALEGORIA*
Teodoro resolve tirar a vida de um mandarim para roubar suas riquezas por meio de um acordo sinistro com o Diabo. O pacto seria simples: Teodoro bastaria tocar um sino e, como num passe de mágica, o pobre mandarim morreria lá no outro lado do mundo e sua riqueza passaria para o bolso de nosso "herói".
A novela de Eça de Queirós é uma inteligente alegoria a respeito da futilidade do luxo e do acúmulo inútil de bens materiais. No entanto, o livro não se restringe a isso. Eça também trata do conflito entre consciência e culpa, do embate entre virtude e pecado: a riqueza "conquistada" por Teodoro começa pesar-lhe nos ombros após as aparições do fantasma do mandarim (na verdade, o fantasma, assim como o retrato de Dorian no romance de Oscar Wilde, é uma personificação da consciência), então o nosso protagonista resolve expiar sua culpa tentando reparar o mal que fez.
Além disso, a obra faz também uma crítica fina ao positivismo, ao clero e à burguesia lisboeta do século XIX. Denuncia a diferença abissal entre as classes mais pobres e abastadas, a corrupção pelo poder e a degradação universal do gênero humano pelos bens materiais etc. Tudo isso contido numa pequena novela. Uma síntese que somente um gênio das letras poderia fazer.
Destaco aqui a maestria de Eça no quesito "estilo". Preciso nos detalhes, criativo em suas metáforas, hábil pintor de paisagens, sinestésico em suas descrições; um mestre na arte de escrever . O primeiro capítulo do livro é uma das coisas mais bem escritas em língua portuguesa. Ah! Como é divertida sua ironia! Ri muitas vezes ao longo desta novela! Podemos ler escritores realistas mais profundos, mais refinados esteticamente ou até mais amplos em suas visões de mundo, porém, certamente, nenhum é mais espirituoso do que esse português.
Dan 15/12/2019minha estante
O Skoob precisa melhorar muito! Edito a resenha e salvo as alterações em vão! Não aparecem as mudanças feitas na minha linha do tempo!




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Valério 18/06/2019

Excelente
Trata-se de um funcionário público que recebe a chance de assenhorar-se de uma fortuna. Para isto terá que fazer um acordo não muito Cristão e sofrer as consequências (o inferno está dentro de cada um de nós).
O livro começa tão bem escrito que, mesmo para Eça de Queiroz, que escreve muito bem, me assustou.
É bom até o fim. Mas não tão bom quanto o começo.
Pelo fim, vira uma "aventura" romanesca no oriente que não combinou muito com a história e a escrita grave e bem cuidada de Eça. Escrita essa que garantiu que eu carimbasse cinco estrelas ainda assim. Não fosse o desandar final, poderia ter sido marcado como um de meus livros favoritos.
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jota 10/01/2019

Leu essa (novela) do Queirós?
Nesta conhecida novela de Eça de Queirós (1845-1900), publicada em 1880, o personagem Teodoro, pequeno funcionário público, leva uma vida modesta, vive numa pensão, mas tem ambições. Um dia, ao ler um livro comprado num sebo, encontra nele uma mensagem, aperta uma campainha e, num passe de mágica, tem a vida transformada. Herda uma fortuna do outro lado do mundo, que pertenceu a um mandarim: o chinês morreu quando a mágica foi realizada. E Teodoro já estava enredado nas tramas do capiroto...

Tanto dinheiro parece não trazer a felicidade completa para ele, somente no início. Com remorso, decide viajar para a China e doar certa quantia à viúva, empobrecida desde então. Em território chinês acompanhamos as peripécias de Teodoro, os perigos que o acometem, seu deslumbramento frente a um país totalmente desconhecido, com hábitos surpreendentes e muita gente perigosa. Os leitores chineses não devem ter apreciado nem um pouco as considerações que Teodoro (Eça) tece a respeito do país e sua gente. Bem distante dos (higiênicos e civilizados) costumes europeus...

O Mandarim começa interessante e termina bem, mas algumas partes do meio da narrativa, quando o herói viaja pela China em busca dos familiares do chinês, me pareceram um tanto longas, que podiam seduzir completamente um leitor da época em que foi escrita, mas nem tanto hoje em dia. Como não chega a ser um romance, mas uma novela, que se lê rapidamente, então tudo bem, não cansa muito. Tampouco o aspecto fantástico que envolve a história atrapalha seu desenvolvimento, que traz embutidas algumas questões sociais e morais relevantes, como esta: o dinheiro traz felicidade? Depende...

Lido entre 08 e 10/01/2019. Minha avaliação: 3,5.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 10/07/2018

O Paradoxo Chateaubriand
Publicado em 1880, dois anos após o sucesso de "O Primo Basílio", "O Mandarim" é um conto de Eça de Queiroz que abandona a "preocupação naturalista", para dar espaço a uma alegoria fantasiosa e exótica.

Recebido com certa reserva pelos leitores que estranharam a história com fantasmas bem intencionados e o próprio Diabo, curiosamente, são suas singularidades que têm atraído à atenção nos dias de hoje.

Seu enredo envolve uma questão moral famosa no século XIX, conhecida como "Paradoxo de Chateaubriand". Formulado em 1802, ele apresenta a seguinte questão: "Se você pudesse com um simples desejo, matar um homem muito rico na China e herdar toda sua fortuna na Europa sem jamais levantar suspeitas, você tomaria essa atitude?"

Vários escritores abordaram o assunto, mas Eça é apontado como quem melhor desenvolveu, inclusive, apresentando duas interpretações: a primeira, aponta para o valor dinheiro; já a ultima, para o velho ditado, o "crime não compensa".

Seu protagonista é Teodoro, um reles escrevente, cuja ambição e egoísmo serve de crítica para uma sociedade corrompida pelas aparências, aliás, um assunto bastante atual.

A parte mais curiosa do conto reside justamente na descrição da China, um país que o escritor jamais visitou. Ela surge bizarra, baseada na visão estereotipada da cultura europeia da época.

Se você é admirador de Eça e já leu suas principais obras, recomendo. Caso contrário, opte por uma mais relevante.
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Livia1405 29/01/2018

Leitura bem fácil e divertida.
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Sario Ferreira 03/01/2018

Você mataria um chinês do outro lado do mundo com uma simples campainha para herdar uma rica herança?
Para meu primeiro livro do Eça, aproveitei bastante a leitura. O enredo trata de Teodoro, um funcionário público que é abordado pelo Diabo, quem lhe faz uma proposta tentadora: tocar uma campainha misteriosa para matar um chinês - um mandarim - do outro lado do mundo, e herdar uma rica herança. Teodoro o faz e, de fato, acaba se tornando rico, mas, com o tempo, o peso moral de sua escolha o perturba e ele vê o mandarim sacrificado por todos os lados. Isso leva o pobre rico homem a tentar sanar sua falta de todas as formas para dispersar aquele fantasma. Com uma descrições minuciosas, sobretudo da China, quando Teodoro visita o país, o livro varia entre partes visuais lentas/densas, e outras mais dinâmicas, que foram para mim as reflexões éticas do personagem principal. O fim é tocante e traz uma mensagem clichê (nos dias de hoje), porém substancial e sensitiva, depois de todo o decorrer da obra.

site: sagraerya.blogspot.com.br
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Leila de Carvalho e Gonçalves 25/11/2017

O Paradoxo de Chateaubriand
Publicado em 1880, dois anos após o sucesso de "O Primo Basílio", "O Mandarim" é um conto de Eça de Queiroz que abandona a "preocupação naturalista", para dar espaço a uma alegoria fantasiosa e exótica.

Recebido com certa reserva pelos leitores que estranharam a história com fantasmas bem intencionados e o próprio Diabo, curiosamente, são suas singularidades que têm atraído à atenção nos dias de hoje.

Seu enredo envolve uma questão moral famosa no século XIX, conhecida como "Paradoxo de Chateaubriand". Formulado em 1802, ele apresenta a seguinte questão: "Se você pudesse com um simples desejo, matar um homem muito rico na China e herdar toda sua fortuna na Europa sem jamais levantar suspeitas, você tomaria essa atitude?"

Vários escritores abordaram o assunto, mas Eça é apontado como quem melhor desenvolveu, inclusive, apresentando duas interpretações: a primeira, aponta para o valor dinheiro; já a ultima, para o velho ditado, o "crime não compensa".

Seu protagonista é Teodoro, um reles escrevente, cuja ambição e egoísmo serve de crítica para uma sociedade corrompida pelas aparências, aliás, um assunto bastante atual.

A parte mais curiosa do conto reside justamente na descrição da China, um país que o escritor jamais visitou. Ela surge bizarra, baseada na visão estereotipada da cultura europeia da época.

Se você é admirador de Eça e já leu suas principais obras, recomendo. Caso contrário, opte por uma mais relevante.
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Daniel 21/03/2017

O Mandarim
Resenha no link abaixo!

site: http://blogliteraturaeeu.blogspot.com.br/2017/03/o-mandarim-de-eca-de-queiros-resenha-45.html


RICARDO 22/03/2016

Oportunidade para conhecer Eça de Queirós
Mesmo tendo lido obras de outros escritores clássicos como Machado de Assis, Balzac, Flaubert etc. aquela preguiça de ler um clássico ainda permanecia em mim, contudo, sem motivo de ser! Foi só começar o livro para ver mais uma vez que meus preconceitos não tinham sustentação, super atual, sarcástico e de uma beleza nas palavras esse livro vale muito a pena.
Espero que tenha sido o primeiro passo em meu aprofundamento do conhecimento da literatura luso-brasileira, indico para todos, obra fundamental em qualquer estante.
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Isotilia 03/01/2015

Primeira Releitura de 2015
Li este livro na adolescência e não me lembrava absolutamente nada. Algumas pessoas próximas gostam muito da história e o releram recentemente. Então eu decidi relê-lo também. A edição que eu tenho em casa é tão antiga que nem está cadastrada no Skoob.
Pelas informações que constam no prefácio, o escritor português Eça de Queiroz tinha vendido os direitos de publicação em folhetim de um romance que ele estava escrevendo, "Os Maias". Ele precisou de mais tempo para desenvolver o romance, então escreveu a novela fantástica "O Mandarim" gratuitamente para o jornal. Assim ele ganhou mais tempo para trabalhar na sua obra principal. Eça de Queiroz foi embaixador de Portugal em Cuba, lá ele teve contato com vários imigrantes chineses que viviam em estado semelhante à escravidão. Acredita-se que foi esse episódio que inspirou a novela "O Mandarim".
A história é narrada em primeira pessoa, pelo protagonista, Teodoro, um funcionário público com uma renda modesta. Teodoro tem o hábito de comprar partes de romances descontinuadas e lê-las à noite na pensão onde ele mora. Uma noite, ele começa a ler um capítulo chamado "Brecha das Almas". Neste capítulo ele encontra a seguinte passagem:
"No fundo da China existe um mandarim mais rico que todos os reis de que a fábula ou a história contam. Dele nada conheces, nem o nome, nem o semblante, nem a seda de que se veste. Para que tu herdes os seus cabedais infindáveis, basta que toques essa campainha, posta a teu lado, sobre um livro. Ele soltará apenas um suspiro, nesses confins da Mongólia. Será então um cadáver; e tu verás a teus pés mais ouro do que pode sonhar a ambição de um avaro. Tu, que me lês e és um homem mortal, tocarás tu a campainha?"
Teodoro tem momentos de hesitação. O demônio aparece e tem um diálogo com ele. Por fim ele toca a campainha e o mandarim Ti-Chin-Fu morre na China. Teodoro se torna infinitamente rico, muda completamente de vida, mas é atormentado pelo remorso de ter matado um mandarim. Ele sempre tem alucinações com a imagem do corpo morto de Ti-Chin-Fu. Toda a novela trata das coisas que Teodoro faz para tentar atenuar a culpa. Gosto especialmente da seguinte parte:
"Eu pertenço à burguesia; e sei que se ela mostra à plebe desprovida um paraíso distante, gozos inefáveis a alcançar - é para lhe afastar a atenção dos seus cofres repletos e da abundância das suas searas."
cid 08/08/2016minha estante
Também gostei da parte que voce destacou. Uma grande verdade. Voce viu a citação desse estória em O pai Goriot?
"Numa conversa entre os estudantes Rastignac e Bianchon no jardim de Luxemburgo, os amigos comentam Rousseau lembrando a passagem em que ele pergunta ao leitor o que faria no caso de poder enriquecer ao matar, apenas pela vontade um mandarim na China , trocando a vida de alguém por riqueza material. Eles discutem se o mandarim seria velho ou jovem , doente ou saudável e todas as coisas boas que poderiam fazer com o dinheiro, como ajudar a família.E afinal Bianchon , conclui que a nossa felicidade encontra-se sempre em nós mesmos , a percepção intrínseca é a mesma e independe de dinheiro. E termina o debate dizendo : Concluo pela vida do chinês . Em vários momentos , em que os estudantes se encontram eles se perguntam E então, matamos o mandarim ? Esse dilema, que reflete a orientação de vida, foi o que mais me impressionou no livro, e muitas vezes eu também pergunto se o mandarim ainda vive feliz em alguma parte da China."





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