A flor da Inglaterra

A flor da Inglaterra George Orwell




Resenhas - A Flor da Inglaterra


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Bookstan 17/10/2021

Interessante
George Orwell parece querer se descrever ao criar um personagem que detesta o dinheiro e acaba por estragar sua vida ao optar por ser bibliotecário, além receber pouco por isso. O personagem provoca uma incessante raiva no leitor pela falta de consideração com os outros ao redor. Evocar sentimentos sempre foi um dom do autor.
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Roberta Silva 13/10/2021

Ao entrar em contato com a obra de George Orwell é impossível
desvencilhar o peso do contexto histórico na construção ficcional. No livro
A Flor da Inglaterra, a renúncia do protagonista ao mundo do Deus do
dinheiro nos guia para uma leitura crítica da crise econômica dos anos 1930 na
Inglaterra.
Uma crítica muito bem escrita, recomendada para quem gosta de grandes obras e histórias que falem de livros.
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26/04/2021

Excelente
Porque é que George Orwell é só conhecido pelas distopias?

Me julguem, mas distopias me causam um imenso desconforto e eu dificilmente as colocarei entre meus livros prediletos. Acho que, na verdade, elas foram escritas para causarem um desconforto e aversão ao cenário fictício e distorcido que apresentam, pra que dessa forma, esse cenário nunca se concretize.

Dito isso, sim, apesar do incômodo eu gostei muito de 1984 (ainda não li A Revolução dos Bichos), mas gostei mil vezes mais de ter visto essa faceta cômica do George Orwell que eu nem sabia que existia.

A Flor da Inglaterra conta a história de um homem que declara guerra ao dinheiro. Praticamente faz um voto de pobreza para se manter longe do capitalismo e defende sua posição com um fervor de absoluta credulidade quase religiosa. Mas, paradoxalmente, quando tem alguns cents na mão, não tem o menor autocontrole. Esbanja e gasta para mostrar sua condição financeira pra outras pessoas.

O livro chega a provocar risadas. Quantas pessoas a gente não conhece que são exatamente assim? Reclama da ostentação dos ricos, mas quando tem dinheiro na mão, ostenta da mesma forma? Ou reclama de como as pessoas esbanjam quantias obcenas em itens, e faz o mesmo quando consegue juntar determinado valor.

Enfim, A Flor da Inglaterra traz uma faceta de comédia do autor que é simplesmente fenomenal, em um narrativa que gostosa, fácil e com um personagem que todo mundo vai identificar em algum conhecido.

Recomendadíssimo!
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rbsnjr 26/09/2023

Desolador
A Flor da Inglaterra é um romance angustiante e desolador, uma obra muito diferente dos trabalhos mais famosos de George Orwell.

Gordon Comstock, o protagonista do livro, é um escritor frustrado de quase 30 anos que decide entrar em guerra contra o dinheiro. Um teimoso, se me é permitido dizer.

Definitivamente vale a pena a leitura. O primeiro terço pode parecer lento, mas na minha opinião não o diminui.
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Adjuto 05/05/2021

Que preço sua alma tem?
Se você trava uma guerra solitária contra o dinheiro, qual é o preço que ela tem?
Quando você se entrega? ou será que você se entrega?
Você deseja que caíam bombas na sociedade? Ou um meteoro? Reiniciar tudo?
Gordon Comstock vive esse dilema neste livro. E no fim ele.......rsrs....leia amigão, nada de spoiler, só de teaser. Ainda mais vindo do escritor de 1984, só pode ser coisa muito sombria, muito perturbadora, sempre porque ele nos reportou a verdade, profundamente e abissalmente.
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Luana 16/01/2023

O protagonista é bem chato
Não sei dizer se gostei ou não da leitura. Gordon me incomodou muito com o seu posicionamento. Que raiva, sempre reclamando da vida e com oportunidade de sair da miséria mas continuava lá, com aquela guerra ao dinheiro. ?????
Mas acho que é uma leitura indispensável a se fazer para nos questionarmos a respeito da nossa relação com o dinheiro ?
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ge viveiros 22/09/2021

O ódio ao dinheiro
O livro serve como uma crítica social. O personagem Gordon Constok é um poeta frustrado que declara guerra ao capitalismo e a tudo que o dinheiro representa. Em sua jornada, Gordon Constok tenta sobreviver com um subemprego e um salário que mal dá para pagar as contas; o objetivo dele é não depender do dinheiro e do que ele representa, ele não quer ser escravo do dinheiro e para isso leva uma vida miserável, mesmo tendo condições de conseguir um emprego melhor e viver com mais conforto.
Enquanto, Gordon Constok vive uma vida de privações devido ao seu ódio ao dinheiro, seu amigo Ravelston, dono de uma revista que publica algumas das poesias de Gordon para ajudar o amigo, leva uma vida confortável e está sempre disposto a ajudar o amigo em situação de miséria. Quase sempre, Gordon recusa essas tentativas de ajuda do amigo rico.
Rosemary, com quem Gordon tem um relacionamento incerto, está sempre tentando mudar a cabeça de Gordon, mas ele não se deixa levar facilmente.
Durante toda essa luta de Gordon Constok contra o dinheiro, ele carrega sempre consigo o sonho de se tornar um escritor, de publicar suas poesias e ser reconhecido como um escritor.
O livro é um pouco arrastado, não tem muitos acontecimentos interessantes, e não chega a ser tão empolgante, mas é uma boa leitura. Eu recomendo muito.
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João Mau-Tempo 18/06/2023

Metalinguagem
Nesse livro, na página 70, Orwell diz:
"O que ele percebeu, e com uma clareza que só aumentou com o decorrer do tempo, foi que o culto ao dinheiro tinha sido alçado à verdadeira religião. E talvez a única religião autêntica que temos. O dinheiro é o que Deus já foi. O bem e o mal não significam mais nada, a não ser fracasso ou sucesso. Daí a expressão, significativa, de fazer o bem. O decálogo fora reduzido a dois mandamentos. Um para os patrões e outro para os empregados. Os patrões são a classe sacerdotal do dinheiro, e os empregados, os seus escravos e subordinados. Os mandamentos são reduzidos a dois: 'Ganharás dinheiro' e 'Não perderás o teu emprego'."

Lembrei da seguinte passagem do livro "A Filha do Reverendo":
"O vento cortante despertou nela a lembrança soterrada do frio de Trafalgar Square. Embora não pensasse, na realidade, que a perda de seu emprego sugerisse o regresso ao submundo de onde saíra - sua situação, de fato, não era desesperada a esse ponto; na pior das hipóteses, seu primo ou qualquer outra pessoa a ajudaria. Compreendia agora muito mais claramente que antes a importância do mandamento supremo da vida moderna - o undécimo mandamento, que anulara todos os outros: 'Não perderás o teu emprego'."
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ca ;) 25/04/2022

Um livro de respeito!
Que livro ótimo! A forma que a crítica do livro é muito evidente mas ao mesmo tempo a real crítica precisa de um grande pensamento para ser compreendida, é simplesmente magnífica! Gordom é um sujeito que se opõe ao dinheiro. Ele é muito longe de ser um socialista ou um comunista, apenas aceita que a miséria é o destino dele. Mesmo quando tem oportunidades para se reerguer, ele prefere ser miserável, pois ele simplesmente desistiu de viver sua vida. Ele se recusa ao suicídio por acreditar ser inútil. As pessoas que se importam com ele acabam sendo muito maleáveis com ele, permitindo que ele se afunde mais e mais. Em relação aos relatos de sua miséria, acabam sendo similares (mas não tão ruins) como ?Na pior em Paris e Londres?. Além de tudo, Gordon é um poeta amador, que baseia seus poemas em seus pensamentos sobre o mundo.
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Patricia 09/01/2023

Uma crítica explícita ao capitalismo
Acho que todos somos um pouco como Gordon Comstock. Consegui me ver em alguns pensamentos dele, principalmente aos que se referem ao uso do dinheiro.
Neste livro, que começa com uma narrativa lenta, deslancha a partir da página 35 e te prende de uma maneira incrível.
George Orwell escreve de maneira simples, mas arrebatadora e, como é de costume do autor, faz uma crítica ao capitalismo.
Como que o dinheiro afeta nossas relações mais íntimas com os outros e com nós mesmos? Qual a verdadeira importância dele para nossas vidas? É possível ser feliz sem dinheiro? Será que o dinheiro realmente não compra a felicidade?
Essas são algumas das questões que senti que vieram à tona com a leitura deste livro.
Acho que vale muito a pena a leitura, apesar de não ser um dos livros mais famosos do George Orwell, ele consegue criar uma atmosfera de questionamento, crítica e dúvidas.
Gostei bastante e indico para todos!
Leiam mais George Orwell!
Isabel565 05/11/2023minha estante
Tem certeza que a gente leu o mesmo livro??




Guilherme 22/12/2013

Considero esta a obra mais existencialista do Orwell. Onde o ser humano tenta se ver livre, mas há sempre uma força exterior lutando contra si. O que seria então a busca pela liberdade? Uma busca utópica que nos aprisiona mais ainda? O que seria a guerra ao deus dinheiro? Com Gordon Comstock, Orwell mais uma vez surpreende.

Livro que todos/todas deveriam ler.
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Marisgc 14/08/2023

Orwell é Orwell?
Fica o questionamento...

A ideia do livro é boa, a associação da classe média inglesa a aspidistra (flor da Inglaterra) é particularmente genial. Basicamente, retrata como tudo se baseia na necessidade de ter dinheiro (dentro de um sistema capitalista) e de como os indivíduos tornam-se escravos de um novo deus, o dinheiro. Além de mostrar a vida idealizada para as pessoas dentro desse sistema (nascer, se vender por um bom emprego, casar, ter uma aspidistra, procriar e continuar mantendo um bom emprego até morrer).
(pode conter spoiler, mas eu nem mesmo indicaria esse livro pra outra pessoa kkkk)
O grande problema desse livro (que o torna extremamente chato) é justamente o protagonista da história, Gordon.
Gordon, declara guerra contra o deus dinheiro, mas de uma forma totalmente imatura e sem nenhum objetivo ou princípio, o que torna ele simplesmente um adulto folgado e preguiçoso. Simplesmente não quer ter um trabalho, a menos que seja um trabalho que não exija nenhum esforço e que lhe pague o suficiente para sobreviver, ele ESCOLHE viver assim, mas culpa todos que tem mais dinheiro por terem dinheiro e só reclama que não pode ter uma vida descente porq não tem dinheiro (?), e não é que ele seja a favor de um novo sistema econômico, ele simplesmente gostaria de ter dinheiro para comer bem, dormir bem e casar, mas sem ter que trabalhar para tal.
Ele só fala sobre a falta de dinheiro dele (que é escolha de vida dele) e trata mal as únicas pessoas que se importam com ele (e é extremamente tóxico com a namorada, em diversos momentos diz coisas apenas para magoa- la e reconhece isso, diz a todo momento que ela não o ama por não ter dinheiro... enfim um homem tóxico e machista).
Ainda tem um final não merecido (mas que completamente alimenta meu desejo latente de um final "feliz").
O protagonista torna o livro chato e cansativo, então por mais que tenha ideias boas, não acho uma leitura obrigatória como alguns tem escrito por aí.
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Phanie 17/07/2021

Recomendadíssimo!
George Orwell, com muita perfeição, me deixou sem palavras.
Gordon despertou à primeira vista, empatia. Sim, é triste e real, que muitas vezes, nosso valor é pesado pelo quanto possuímos. Mas é equivocado amaldiçoar o dinheiro e projetar nele uma culpa, que na realidade está diretamente relacionado ao caráter de quem o possui.
O dinheiro não define nosso caráter, apenas nos dá poder de mostrarmos nossa verdadeira natureza.
Porém, depois da vontade de socar a cara de Gordon... NOSSA! Apenas leiam ?
Orwell até hoje, não me decepcionou. Muito bom!
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