The Caller

The Caller Juliet Marillier




Resenhas - The Caller


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Naty 20/04/2019

Um final magnífico para a história
Chegou num ponto em que eu já estava tão envolvida com os personagens, que até mesmo eu sonhava com a liberdade de Alban. Chegou ao fim e, a cada passo que a protagonista dava para vencer a guerra, eu chorava, pois eu sabia o quanto ela havia lutado e sofrido para chegar àquele momento. Por fim, acompanhamos o como será dos personagens principais: Flint e Neryn com um toque de realidade e drama que poucas autoras sabem colocar como Juliet Marillier.
No início do livro, Neryn ainda tem que falar com dois dos guardiões. No decorrer da história, percebemos que o primeiro deles tinha mais que ser salvo do que realmente algo a ensinar e o segundo é o mistério de sempre, mas sempre se provou um dos mais úteis dos guardiões (Estou falando do Master of Shadows).
A autora fez três boas escolhas nesse livro:
1-Ela pôs Flint para falar na história, apesar de bem menos que Neryn. Agora o leitor acompanha o dia a dia de Flint e percebe o quão difícil é para ele fazer o que faz. Ser espião e saber que ama as pessoas de ambos os lados, mas sustenta uma causa de liberdade superior a tudo isso. No fim da história, esse maior conhecimento do dia a dia de Flint também é super importante para entendermos o sofrimento e a culpa que ele carrega.
A ação que Flint faz no fim do livro é chocante e a sua coragem é tocante. Ele é um personagem muito forte, mas não irreal. A autora soube mostrar-nos que todos temos um limite e ele chegou ao dele. O mais interessante e o que ele não sabia é que ele não estava só e é aí que Neryn entra na história...
2-Neryn, nesse segundo livro, acaba tendo que conviver mais perto dos súditos reais (ou dos curandeiros, pois ela passa a maior parte do dia curando os feridos dos treinos) e isso a faz perceber que existe bem, amor, verdade e compaixão entre aquelas pessoas também. Com seu jeito amoroso e com sua forma de pensar sempre nos outros, ela conquista amigos e, até mesmo o respeito dos soldados. Ela percebe que, mesmo entre os aliados do rei, a forma dele (e principalmente de sua mulher, a rainha) de conduzir as coisas é errada. Ela faz a revolta que seria dos rebeldes contra o rei ser, na verdade, uma revolta do povo, dos rebeldes e dos próprios serviçais e soldados do rei contra ele mesmo. No entanto, ela tenta se esconder de qualquer tipo de holofote, já que ninguém pode notar que ela é especial. Ela só poderia chamar os goodfolk no momento certo, o que a desgasta muito, já que eles estão passando por momentos de grande sofrimento nesse livro...
3-Eles estão passando por momentos ruins, pois a autora resolveu colocar nessa história uma surpresa para seu leitores. Existe outro caller e ele não é bonzinho como Neryn. Ele quer aceitação e, para isso, usa de seu poder para arruinar os goodfolk, pondo-os, sem escolha, na mão do rei. Pena que isso lhe custou muito. Mais do que sua saúde, sua vida.
Percebemos também aí um problema, pois Neryn tem que ter um chamado mais forte que o dele. E é aí que a autora nos dá uma outra lição. Será que o chamado de Neryn é mais poderoso? E, se sim, por que?
Acho que já estou revelando coisa demais, pois acabei gostando bastante da trama em si.
A parte de Flint é bem triste por tudo que ele tem que passar.
Nesse livro, novos personagens são adicionados à história, mas nenhum de tão grande peso. O final é inesquecível, pois todos se juntam. Perseonagens do primeiro, segundo e terceiro livro lutando pela liberdade de Alban. Rever Tali é um dos pontos altos. Dá saudade do jeito mandão dela o livro todo. Neryn passa a considerá-la como uma irmã.
E, quando eu digo personagens, eu digo os humanos, os goodfolk e, talvez, até seres mais poderosos.
Tenho que dizer que, no início e meio, esse livro realmente é mais lento que o primeiro e o segundo, mas foi o correto. Se a autora não inserisse Neryn nesse mundo em que Flint vivia imerso provaria que tem medo de inovar. As maiores vitórias sãos as que se conquistam de dentro e de fora, pela força e pelo amor à liberdade, à vida...
Gostei bastante dessa série. Juliet Marillier sempre me sacudindo e brincando com meus sentimentos.
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR