Ramon 03/12/2017
A intolerância dos "tolerantes".
A tolerância ocupa lugar de destaque na sociedade ocidental. Questioná-la é considerado indelicado, grosseiro até. Em A intolerância da tolerância, porém, Carson explica que o conceito de tolerância mudou e que essa nova definição deve ser rejeitada.
Tolerância significava respeitar o direito de outros adotarem diferentes crenças e pontos de vista. Agora significa afirmar que todas as crenças e pontos de vista são igualmente válidos e corretos. Carson examina a história dessa mudança e discute suas implicações para a cultura atual.
Com exemplos concretos, às vezes engraçados e outras vezes irritantemente absurdos (mas ainda reais), Carson pondera que a nova tolerância é socialmente perigosa e intelectualmente debilitante, gerando verdadeira intolerância em relação a todos que desejam permanecer firmes em suas crenças.
Não é novidade para niguém que vivêmos uma época onde os valores estão
completamente invertidos. Esse livro expõe a hipocrisia desses movimentos modernos
que se dizem portadores da tolerância, mas agem de maneira autoritária e truculenta.
A tolerância moderna se transformou numa arma de censura, silenciando qualquer oposição. Eles são inerentemente intolerante, não enxergam as próprias falhas, mas querem mudar o mundo.
Tudo isso é fruto das ideologias materialistas, que operam de modo a suprimir a crença religiosa em nome da revolução social. O que a religião promete numa esfera espiritual, a ideologia promete na material, o paraíso é aqui e agora, e para cria-lo, é necessário a revolução, nem que para isso seja necessário banhos de sangue.
A nova tolerância desses grupos de que dizem defender minorias faz parte desse processo, um processo de silenciar o discurso oposto com a desculpa que são intolerantes, quando na verdade são sempre eles que agem de modo autoritário e violento.
Especialmente para quem lida no meio universitário, esse livro é essencial para se defender dessas armadilhas e desmascarar essa gente.