Estação Carandiru

Estação Carandiru Drauzio Varella




Resenhas - Estação Carandiru


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GotikaOMG 13/01/2023

Denso na medida certa.
O final dessa leitura poderia ser comparado a uma pessoa que quer respirar, porém carregar um peso enorme no peito... tornando-se impossível não sentir uma dor e uma angústia a cada repetição do processo.
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Ayla 13/01/2023

A falha do punitivismo penal.
Simplesmente uma leitura necessária para deixarmos de lado as ideias punitivistas que somos ensinados a ter. Que o Estado não cumpre o seu papel com a reintegração dos presos, isso não é surpresa, mas ver a descrição próxima dos fatos que o Dr. Drauzio trouxe, que exerceu a medicina na sua forma mais humana, nos faz ter humanidade também. Não é sobre ?ter pena e passar a mão na cabeça dos presos?, mas sobre defender o correto, os direitos que deveriam ser amplamente garantidos não só para o bem individual mas coletivo. Cumprindo o papel de reintegração social, estaríamos melhorando a sociedade para evitar a ocorrência de mais crimes. Somos o terceiro país com a maior população carcerária, se isso fosse realmente ajudar na diminuição dos crimes, nossos índices de reincidência eram baixos, mas pelo contrário.
No início, achei que não fosse gostar de ler uma narrativa jornalística mas devorei o livro, claro, com as devidas pausas necessárias para digerir algumas histórias e prosseguir.
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Marcelo 11/01/2023

Uma história de histórias
O livro inicia com uma descrição de cada setor do Carandiru, de toda a organização da penitenciária (Sendo que boa parte era feita pelos próprios presos), como foi a relação do médico tanto com funcionários quanto com presos e das histórias que fizeram alguns dos presos que o Drauzio Varella conheceu chegarem naquele lugar.
A estrutura da prisão é constituída por 9 pavilhões, com 5 andares cada, tendo uma organização bem específica para cada espaço, bem justificada e que atende questões como os evangélicos, os perseguidos (estupradores, dedos-duros e justiceiros), os novatos, os esportistas e outros grupos.
Os procedimentos na prisão seguiam algumas lógicas únicas, o respeito por estas regras e pelas individualidades é algo que todos devem seguir. As visitas, famílias, presentes, posições, relações são respeitadas e individualizadas.
A organização é feita pelos próprios presos e segue uma hierarquia feita pela própria experiência e história.
No final o autor relata a história da invasão e da morte de tantos presos pela visão dos próprios presos.
A narração é feita pelo próprio Drauzio e apesar de ser interessante sua voz, ele faz uma voz um pouco diferente, mas nem tanto, quando seria uma fala de outro personagem, apesar que essa voz é a mesma sempre. Talvez o uso de diferentes narradores seria interessante, inclusive, que soubessem fazer vozes diferentes como o Chico Anísio.
Apesar disso, recomendo a leitura do livro, melhor do que o áudio.
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Larissa 11/01/2023

Carandiru
2 de outubro de 2022 fez 30 anos do massacre na casa de detenção de São Paulo, o livro escrito pelo Dr. Drauzio Varella relata com detalhes a vida dos presidiários e da penitenciária.
É uma história de imensa importância porque nela aborda os diversos problemas do Brasil naquela época, Dr. Drauzio Varella chegou a casa de detenção como voluntário para o trabalho de prevenção a AIDS, passou 10 anos trabalhando em situação insalubre, ouvindo e sentindo cada história.
O sistema penitenciário daquela época era baseado nas leis que os próprios presos criaram, era um desorganizado organizado, contrariá-lo poderia equivaler a morte.
O livro mostra não só como viviam a população carcerária, mas o sistema fraco, pobre e mórbido. Como a saúde era negligenciada, causando a propagação de várias doenças, no livro mostra que a informação não chegavam até eles, tanto que o Dr. incentivava os presos a participarem de campanhas escrevendo ou desenhando como era a transmissão da AIDS, tuberculose e outras doenças, como forma de prevenção.
A história do dia do massacre possui várias versões e perguntas mal resolvidas, recomendo que quem goste e esteja interessado leia o livro ou procure no Google, vocês vão achar todas as informações, tem também um filme baseado no livro, vale a pena assistir.
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JuJoura 11/01/2023

Tocante
Não esperava tudo que ia ler, minha professora já tinha contado algumas histórias que há nesse, mas mesmo assim me surpreendeu, tendo histórias tanto triste como engraçadas, achei sempre muito interessante a relação de respeito de detentos com Drauzio, adorei as fotografias, me fez entender melhor a ambiente da prisão. Para mim foi um tapa na cara.
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Belizário 09/01/2023

Singular
Um livro singular.
Cheio de particularidades na escrita e nas histórias.
Foi muito melhor do que eu achei que fosse ser.
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Caio 05/01/2023

Excelente reflexão, deveria ser obrigatório
Eu não sabia o que esperar desse livro e imaginava que se trataria um pouco mais do mesmo do filme que vi há muitos anos. A maneira como Dráuzio escreve e as histórias contadas aqui são um banho de humanidade frente a uma situação desumana e desoladora.
Não podemos nos esquecer, os encarcerados são seres humanos que contam com famílias e necessidades bem humanas.
Esse livro é um abrir de olhos e deveria ser obrigatório em universidades de Direito, em cursos da Polícia, em cargos públicos administrativos, no Executivo, nas escolas...
Os livros têm a responsabilidade de contar o que não se conta na TV, e esse o faz com primazia e candidez.
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caiocorrea_art 05/01/2023

O Brasil que a gente não quer ver
Estação Carandiru, do médico Dr Drauzio Varela.?Nesse livro ele narra a história e experiência antropológica que viveu em um dos maiores presídios do Brasil. ?Revoltas, disputas, individualidades, crack, o baque, cocaína, AIDS, entre outras particularidades que qualquer presídio do final do século passado.?O que mais me chamou atenção no livro foram as dinâmicas de convívio e relacionamento que se estabelecem numa situação de privação de liberdade como aquela.
E apensar da densidade de tudo o que envolve o livro, pra mim foi um livro bom de ler. Fluído, diria até leve.?Fora lá também podemos ver fotos que ilustram bem o que é relato e faz a nossa imaginação viajar.?Além de tudo faz a gente dar ainda mais valor pra condição de liberdade (mesmo em isolamento) que vivemos.
Livre-se
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Alexis.Sodre 04/01/2023

Decidi ler o livro depois de ter visto o filme no ano passado, e guardei pra ser o livro de Janeiro. A leitura é tão fluida e me pegou tanto que acabei lendo tudo em 4 dias mesmo, de tanto que me prendeu. Pretendia escrever meu TCC sobre o sistema carcerário mas acabei mudando de última hora, mas ainda considero um assunto importantíssimo e a realidade do Carandiru que o Dr. Dráuzio descreve aqui mostra muito bem todo o descaso. Já sabia que o livro seria bem breve em relação ao massacre em si, mas não foi esse especificamente meu motivo pra ler. É uma leitura bem pesada e crua, mas que recomendo pra quem tem interesse no assunto.
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Rafaela 04/01/2023

Um ótimo jeito de começar 2023
Meu Deus, meus amigos, que livro.

Decidi ler Estação Carandiru depois de encontrar o livro jogado na cama de um amigo. Estava com tédio e pedi emprestado para ler durante meu turno de trabalho. Não esperava nada. Não tinha ideia do que era Carandiru e apenas me interessei porque conheço o Dráuzio do Fantástico. E o que posso dizer? Eu fiquei fissurada.

A temática é extremamente polemica, mas faz você refletir sobre algo que percebi ser um tabu no nosso país: o sistema carcerário. Sendo uma realidade que não tenho contato nunca pensei sobre o que acontecia em uma cadeia e como era formada (e mantida) essa sociedade e os seus desafios internos (saúde, alimentação, higiene e socialização).

Com uma escrita extremamente leve e que te prende Dráuzio Varella me surpreendeu mais do que eu achava possível. Durante a leitura tive momentos de riso, de desconfiança e até mesmo me peguei surpreendida com algumas lagrimas escorrendo. Quer ser humano incrível. Que relato marcante. Por favor, leiam.
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lare 03/01/2023

Estação Carandiru
Sinceramente um dos melhores livros que eu já li, muito comovente.
O modo como foi escrito me encantou, pois a proposta do Dráuzio era escrever um livro contando diversas histórias presenciadas por ele, além das confidências dos presos. É realmente emocionante ver que diversos capítulos têm ligações com as narrativas dos outros, enquanto alguns são objetivos, apresentam um acontecimento e pronto, fim.
Nos últimos capítulos narra-se o massacre, na visão dos detentos. Um choque, já que o leitor se entretém na narrativa e o final chega como o batalhão de choque chega na Detenção: rápido, cirúrgico e preciso, o que dá fim e enterra quase tudo que foi lido.
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Luiza Bugelli Valença 02/01/2023

Um breve relato enviesado sobre o Carandiru
Em 1992 ocorreu um acontecimento que marcaria a história das penitenciárias brasileiras: houve um massacre no Carandiru, que até então era um dos maiores presídios do país. A intervenção militar provocou a morte de 111 detentos. Desde então o Carandiru passou a se tonar um tópico frequente quando o assunto é analisar o sistema carcerário do Brasil. Por isso, a obra ?Estação Carandiru? de Dráusio Varela, se tornou uma importante ferramenta de compreensão sociológica das cadeias do país.



O livro se trata de uma verdadeira peça jornalística, que narra os relatos das vivências de Dráusio Varela, médico infectologista que atuou por muitos anos no Carandiru, com os detentos. Por ser um profissional da saúde, o foco da obra é evidentemente relatar como era realizado os tratamentos médicos, o que era utilizado como profilaxia e quais eram os maiores males à saúde dentro de presídio. Entretanto, também é possível encontrar características do cotidiano dos presos dentro da cadeia e suas histórias de como foram presos.



Interessantíssima é a forma como o autor narra os surtos de DST na cadeia, principalmente quando se trata da relação da AIDS com a droga. Ainda, é notório que o autor relata, livre de preconceitos próprios, a realidade das mulheres travestis e transgênero que habitavam a cadeia. Ainda, é muito bem explicada a percepção do autor sobre as formas paralelas de governo que existiam dentro do Carandiru.



Todavia, na minha visão, a história se perde em muitos pontos. Primeiramente, senti falta da abordagem sobre o massacre em si, que é parcamente mencionado nas últimas 10 páginas. Além disso, o fato de o autor não abordar o envolvimento do PCC na cadeia foi uma grande perda para a narrativa, visto que o Primeiro Comando da Capital já exercia forte influência sobre os presídios naquela época. Também, julgo que Dráusio Varela romantizou, muitas vezes, a vida bandida, mesmo quando esta envolvia assassinato de civis inocentes, o que é problemático.



Por fim, o livro é importante para que se tenha uma visão sobre alguém que vivenciou de perto o Carandiru. Mas a obra deve ser analisada com muito senso crítico e sem abandonar as opiniões pessoais, pois o que é descrito nas páginas está longe de ser uma verdade absoluta e imparcial.
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Ju Alaman 01/01/2023

Que livro incrível! Da mesma forma que o dr Drauzio tem o cuidado de narrar com delicadeza, o livro corre de forma clara e compreensível, como uma conversa. Desde o início, Drauzio aprendeu a ver os presos como humanos, como iguais, e não como a escória que eram relacionados, e graças a isso ele soube trabalhar de forma real e racional.
O livro trata também, de forma simples, o funcionamento do sistema carcerário, mas pra mim, o maior ato do livro foi a narração do massacre pelos olhos dos presos, e não dos PMs. Pra mim, não existe nada maior e mais respeitoso do que isso no livro
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souaval 01/01/2023

Experiência sensacional.
Escrito com muita sabedoria e respeito. Druzio, basicamente, escreve sobre o código penal da cadeia na Casa de Detenção; o mais famoso Carandiru. Foi voluntário médico lá, por treze anos, e com isso conheceu muitos detentos. Escreve um pouco sobre a vida deles, sobre o dia a dia da Detenção, sobre as epidemias, e também conta um pouco do massacre de 1992, relatos dos próprios presos, que viveram o ocorrido e sobreviveram pra contá-lo. Só digo que, as histórias de vida dos presidiários contadas aqui, são emocionantes, tristes, desoladoras, e até cômicas. Uma leitura para jamais esquecer.
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Stefania 31/12/2022

Primeiro contato com a escrita de Drauzio Varella e não vi a leitura passar.

A sensação é que ele está conversando conosco e, mesmo com a temática pesado e sabendo o que aconteceu, a leitura flui e diverte com os ?causos? dos detentos e guardas.
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