Mayada

Mayada Jean P. Sasson




Resenhas - Mayada


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Mah Mac Dowell 02/09/2021

Esse livro, de não ficção, relata bastante a história política do Iraque, a guerra contra o Irã, e o governo de Saddam Hussein.
Confesso que tem uns relatos de embrulhar o estômago ainda mais quando sabemos que é/foi tudo real.
Uma coisa que me incomodou é que o relato intercala entre passado e presente, mas não há nenhuma divisão disso. Você está lendo uma lembrança e do nada ela está relatando o presente e você demora um pouco pra entender que o cenário mudou haha
É um livro interesse, na sumido triste.
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Angela.Lopes 27/01/2018

Impressionante
Este livro tem uma descrição tao forte mas tão real! Fiquei muito consternada. É um livro esclarecedor ! Não vou falar muito. Aconselho a ler! Fiquei de coração partido.
Positivamente indico.
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Simone de Cássia 23/09/2017

Bestial
Gosto dos livros da Jean Sasson porque são sempre reais e porque nos dão a conhecer um universo paralelo, onde a maldade é algo institucionalizado. Às vezes tive que saltar algumas passagens porque me sentia mal com tanta crueldade e com tanta brutalidade. Pensar que respiro o mesmo ar temporal que essas criaturas bestificadas faz-me ter medo . Não há nada, absolutamente nada que justifique , explique ou determine comportamentos ali descritos, a não ser, claro, a natureza dita humana. Repugnância visceral, é o que a experiência descrita me causou.
Claudia Cordeiro 24/09/2017minha estante
Falei que era pe-sa-do.... vc pulou algumas partes? eu li tudo, mas confesso que não penso em reler. Mandei o meu para a Tereza, tadinha, rsss


Simone de Cássia 24/09/2017minha estante
Pulei, Cláudia, por exemplo, quando começou a citar um lance com um cachorro eu vazei...Tadinha da Tereza mesmo... ainda mais a Tereza... rs rs


Claudia Cordeiro 24/09/2017minha estante
Ah o lance do cachorro eu li até o fim, até pq já tinha começado e minha imaginação é terrível... SPOILER....................................bom, o cachorro sobreviveu. Alguém, acho que o médico dele algo assim falou como quem não quer nada (se mostrasse interesse/ pena, não daria certo) comentou que estava precisando de um cão de guarda, se podia levar aquele, e o demônio concordou sem dar bola. Aí ele levou o bicho semimorto e conseguiu salvá-lo.
Bom, tava na lista da Tereza... eu avisei que era pesado... acho que ela agüenta.... rsss




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Bruna 13/10/2014

Resenha: Mayada - Filha do Iraque
"Mayada, relata a história verídica de Mayada Al-Askari. Apesar de pertencer a uma influente família iraquiana, ela foi presa e torturada pela polícia secreta de Saddan Hussein sob a falsa acusação de imprimir propaganda contra o governo em sua gráfica. Existem muitas especulações ao redor do mundo sobre as crueldades de Saddan Hussein. Em Mayada: Filha do Iraque, as especulações deram lugar a fatos verídicos através da história de uma mulher que conheceu profundamente o regime de Saddan e o terror. Viveu sob a intimidação e o silêncio impostos pelo tirano e viu de perto como o país se transformou em uma das maiores ditaduras da história contemporânea. A sensibilidade da autora, sua intimidade com a personagem e com os cenários que retrata tornam o livro uma obra apaixonante e inesquecível."

Mayada relata a história de uma mulher iraquiana que nasceu em uma boa família, uma vez que os Al-Askari eram influentes. Mas apesar disso, um acontecimento fatídico acaba ocorrendo no ano de 1999. Mayada acaba sendo presa, e ela não sabe explicar o porquê disso. Ela era uma mulher que levava uma vida tranquila junto de seus dois filhos (Fay e Ali), não fazia ideia do que poderia ter feito para ser interpretado como algum tipo de oposição contra o governo.

Sua vida acaba virando de cabeça para baixo, em uma questão de segundos a sua vida acabou tendo uma virada radical em uma questão de segundos, praticamente. Mayada acabou sendo levada para Baladiyat, o quartal general da polícia secreta iraquiana, onde também havia um complexo carcerário. Somente quando ela chegou lá acabou descobrindo o motivo de estar sendo acusada. A acusação era de que ela estava imprimindo folhetos contra o governo, já que Mayada era dona de uma pequena gráfica.

"Mayada ficou muda, sem saber qual palavra ou gesto poderia salvá-la. Os três homens reviraram as dependências de sua pequena gráfica. Despejaram o conteúdo das latas de lixo, vasculharam sob as cadeiras, abrira aparelhos de telefone com chaves de fenda. Depois carregaram seus valiosos computadores e impressoras e os depositaram nos porta-malas dos dois Toyota Corollas brancos, veículos prediletos da polícia secreta iraquiana. Ao vê-los fazer isso, Mayada pensou que nunca teria de novo recursos para substituir os equipamentos. Impotente, assistindo à destruição de seu futuro, lentamente amassou os papéis do estudante tunisiano que tinha nas mãos."

Mayada acabou sendo presa na cela 52, e no momento em que isso aconteceu o número parecia atingir o seu coração como um punho de aço o número 52 era um número de má sorte que perseguia a sua família há gerações. A tentativa de implorar para ficar em outra cela acabou gerando nenhum resultado, ela foi empurrada com violência para dentro do lugar. Ela passa a dividir o local com outras 17 mulheres que também se encontravam em uma situação semelhante à dela, desse modo, as mulheres-sombras (modo que Mayda chamava suas companheiras) e Mayada começaram a contar suas histórias e aos poucos acabam se transformando em amigas. Elas começaram a ajudar umas às outras, a rezar toda vez que uma delas era torturada um verdadeiro "hábito" entre elas, visto que, todos os dias várias mulheres da cela eram levadas para a tortura.

"As mulheres começaram a falar de suas próprias vidas. Mayada ficou sabendo que uma delas, Iman, era xiita do sul. Uma outra, Safans, era curda. Outra, sunita de Bagdá. Elas pediram a Mayada que contasse tudo o que havia visto fora da cela. Mayara suspirou pesadamente e disse que não conseguia falar, mas, que, no dia seguinte, responderia de boa vontade a todas as perguntas."

Um mês depois Mayada acabou sendo solta, ela voltou para os seus filhos, Fay e Ali, e acompanhada dos dois fugiu para a Jordânia. Somente no dia 15 de abril de 2003, os integrantes da coalização declararam o término da Guerra no Iraque. Foi nesse momento que Mayada decidiu contar sua história ao mundo.

"Esse era o segundo momento na história do Iraque moderno em que uma página em branco se abria no livro da nação, uma página em que os anais da história estavam à espera de serem escritos, uma página que descreveria o futuro do Iraque.
Mayada olhou para o leste e rezou:
Que Alá guie a mão que escreve nessa página em branco."

O livro "Mayada - Filha do Iraque", conta uma história emocionante e triste ao mesmo tempo o que pode tornar a leitura dele um pouco difícil para algumas pessoas. Os detalhes são extremamente ricos dando a sensação de que o leitor está lá no local presenciando determinada cena, o que pode levar algumas pessoas a se questionarem sobre: como uma pessoa é capaz de suportar tudo aquilo? Quais são os limites da maldade humana? O mais duro de tudo é pensar que aquilo realmente aconteceu com um ser humano, na verdade, mais de um. Apesar disso, se trata de um ótimo livro cuja leitura flui com grande facilidade, além de contar uma história que todos deveriam conhecer.


site: http://escritorawhovian.blogspot.com.br/2014/10/resenha-mayada-filha-do-iraque.html
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Mayara 09/06/2014

Comovente...
Difícil acreditar que alguém tão refinado consiga passar por tanta dor e sofrimento, mas Mayada Al-Alskari sobreviveu. O livro nos leva a uma viagem pela história de luta do povo iraquiano através da vida de uma ilustre "filha do Iraque", uma mulher nascida em uma família de posses e influencias, que vai parar nos prisão de Baladyiat, junto com mais "mulheres-sombra", prisioneiras inocentes de um regime cruel e corrupto. Apesar da narração pesada, dos detalhes das torturas e da dor espalhada em várias páginas, o livro traz como foco a força daquelas mulheres, suas histórias e a honra de um povo que sobreviveu ao regime de Saddam Hussein. Um povo que viveu dias de glória que nunca serão esquecidos...
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MARCIA 27/05/2013

CHOCANTE
Um livro marcante, história real não só de Mayada, mas de outras mulheres que foram suas companheiras de cela, todas presas inocentemente, fruto da ditadura do terrível Sadam Hussein, o seu enforcamento é fichinha perto das atrocidades que seu regime impunha.
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Dharana 04/07/2012

Mayada
De todos os livros que li até agora, esse é com certeza o mais difícil de escrever sobre. Mayada é uma iraquiana de uma família nobre. Seu avô foi um dos mais influentes nacionalistas árabes, e foi por conta da influência dele que ela conheceu Saddam Hussein. Mayada, em sua juventude, sempre andou entre a realeza, era estudada e trabalhava como jornalista. Casou-se e teve dois filhos. Em 1979, quando Saddam subiu ao poder, Mayada já estava divorciada e após as terríveis guerras no Iraque, ela teve que sustentar precariamente os filhos com o que ganhava em uma pequena gráfica.

Em 1999, Mayada foi presa, sem saber o porque disso. Foi levada para Baladiyat, quartel-general da polícia secreta iraquiana. Lá descobriu que estava sendo acusada de imprimir folhetos contra o governo. Mayada é coloca na cela 52, com mais 17 mulheres de diversas origens. As mulheres-sombras, como Mayada as chamava, se encantam pelas histórias dela.

Todos os dias várias mulheres da cela eram levadas para tortura. E durante esses relatos, tive que parar diversas vezes para me recompor, as lágrimas vinham com força. Mayada foi torturada apenas uma única vez durante o mês que ficou presa. No primeiro dia na prisão, ela foi levada para a parte hospitalar da prisão porque sentia fortes dores no peito. Ao perceber que o médico tinha sido afável com ela, pediu-o que ligasse para sua mãe e a informasse sobre seu paradeiro.

Um mês depois Mayada foi solta. Voltou para os filhos e fugiu para a Jordânia. Em 15 de abril de 2003, integrantes da coalizão declararam o fim da guerra no Iraque, e foi quando ela decidiu contar sua história.

É um livro profundamente triste. Saber que várias gerações de iraquianos sofreram com o governo é chocante demais. Com certeza foi o melhor livro que li até agora. A história me deixou realmente comovida.
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Claudia Cordeiro 01/02/2012

História deprimente, ainda mais por ser verdadeira
Livro pesadíssimo. O que aprendi com ele? Que parece não ter limites a maldade humana. Acho que é bom ler quem é contra pena de morte, pois não sei o que merece um ser como Saddam Hussein. Pena que, aliás, seria pouco para ele (que ainda bem já se foi, e foi tarde). Melhor parar por aqui.
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