Resenhas - Caio Fernando Abreu Cartas

eliabxanca 10/04/2024

Cada vez que eu lia uma carta, sentia-me mais íntima do Caio. Sua sensibilidade é impressionante, é lindo ver sua essência revelada através das palavras, compartilhando suas experiências, seu crescimento, suas dores e amores. Fui profundamente atravessada e vi muito de mim nele; ao relatar suas dores, reconheci as minhas também. Verdadeiramente uma experiência incrível e emocionante.

Karol.Vasco 30/01/2024

"Às vezes a gente vai se fechando dentro da nossa própria cabeça, e tudo começa a aparecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas. Tudo isso estimula a gente, clareia a cabeça, refresca."

 Ler as impressões sobre a vida, desejos, planos, descobertas de Caio foi incrível, ele tem uma escrita linda até em cartas, foi uma leitura cheia de destaques, muitas reflexões, muitas coisas lindas e dolorosas, acompanhar a trajetória do nascimento de um escritor  foi maravilhoso, gostei muito do livro de cartas, super recomendo! ??

Aghata14 12/10/2023

É uma estranha alegria que dói
Antes de iniciar minha resenha, escrevo o meu descontentamento, porque eu morava razoalmente perto de uma das casas em que ele morou lá em Porto Alegre e desconhecia esse fato, fiquei realmente triste e mais triste por saber que a casa foi demolida, realmente não valorizamos os nossos.

Conhecia alguns textos do Caio Fernando Abreu, de leituras soltas que vemos pela internet, acho que é a primeira vez que pego um livro dele para ler do início ao fim, ainda tenho outros para ler.

Incialmente, o que ja chamava atenção na escrita do autor, é ser uma escrita carregada de emoções, em sua grande maioria retratam uma tristeza profunda, uma solidão. E acredito que essa é a pior solidão que podemos enfrentar, aquela em que você se sente só ainda que esteja rodeado de pessoas queridas e que se importam com você, é inexplicável se sentir assim e apesar de serem textos escritos entre os anos de 1980/1990 da um aperto no coração ler como ele se sentia.

Como é surreal a forma como nos apegamos aos textos, a vontade de estar ali com o CFA, compartilhar uma companhia, ou simplesmente dizer "você não está sozinho". Fico até pensando caso ele fosse vivo hoje em dia, se todo o carinho que os leitores tem pelos seus livros seria suficiente para tirar ele desse lugar de se sentir só.

Em continuidade a leitura, você percebe como o escritor brasileiro é total desvalorizado (espero que atualmente isso tenha mudado) em inúmeras passagens o CFA escreve como precisa trabalhar muito para se manter, se desdobrando em mil, isso que ele estava sempre fora do Brasil levando seus textos para outros países, fazendo trabalhos para a tv e parecia não ser suficiente.

Concluo essa série de cartas escritas em completo estado de amor pelo CFA, vale muito a pena ler essas cartas e se sentir um pouco perto do autor.

Deixo essa citação aqui, foi em uma das cartas escritas ao pai dele logo que ele saiu de Porto Alegre, deixo a citação para a gente também se lembrar de não se fechar e sempre buscar coisas novas.

"Às vezes a gente vai se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas. Tudo isso estimula a gente, clareia a cabeca, refresca. Por que não?"

debs 14/09/2023

Lindo lindo lindo
Comecei a ler sem conhecer muito o Caio, só por curiosidade a partir de um trecho que vi, e amei! é uma viagem interessante pra caramba, me fez refletir sobre arte, escrita, a vida...
queria muito que ainda tivéssemos o hábito de escrever cartas kkkkkkk

milênios 31/12/2022

Pra me fazer ler mais de quinhentas páginas compostas por cartas de alguém é porque essa pessoa precisa conseguir me arrebentar de mim mesma.

jujuwithbooks0 28/12/2022

Lição de vida
Foi uma leitura demorada por que eu quis que fosse assim, queria saborear cada palavra e pensamento de um dos maiores autores da contracultura brasileira nos anos 70-90: Caio Fernando Abreu.

Esse livro conta a história do Caio, contada por ele, para os amigos e familiares, através de cartas. A gente consegue acompanhar como nasceram as principais narrativas dele: Morangos Mofados, Dulce Veiga, e o primeiro: Limite Branco.

Esse livro me fez sentir próxima do Caio, como uma amiga que tivesse lendo as cartas dele que chegaram do correio pela manhã, muitas vezes quis respondê-las, principalmente nas que parecia estar bem angustiado com a vida. É sempre muito bom poder conhecer um artista além da obra, entender os questionamentos, inseguranças, amores, desavenças, tudo que atravessa uma pessoa e faz dela real.

Esse é um daqueles livros que a gente lê pra aprender sobre a vida, tudo que o Caio escreveu nessas cartas são de um ensinamento e uma poesia, a gente entende a genialidade por trás do mestre da solidão brasileira. Eu quero muito conhecer as outras obras do Caio, agora que eu sei tudo que teve por trás da criação da maior parte delas, tudo se tornou mais interessante ainda.

Já recomendei esse livro muitas vezes e recomendo muitas mais, um dos meus favoritos da vida!

Dnrbnc 02/11/2020

Completamente perfeito, Caio sempre maravilhoso. Ritmo de leitura tranquilo e envolvente.

Larissa Tabosa 03/09/2020

Perfeito!
Eu amo Caio!
Ao ler essas cartas tenho a impressão de estar próxima dele, é como se as cartas fossem para mim... Sinto-me uma amiga, confidente...
Triste perceber que uma pessoa tão maravilhosa como ele, que teve a capacidade de escrever coisas tão perfeitas, na maioria das vezes se sentia sozinho e perdido.
Queria lhe dar um abraço.

Mariana.Mendes 10/01/2017

Cartas
Maravilhoso entrar fundo nas cartas de CFA, panorama delicioso da literatura na década de 70 e 80, e todo o conflito com a disseminação da AIDS