Caio 23/02/2014Resenha publicada por mim no blog Infinity Ring BrasilDak, Sera e Riq já passaram por muita coisa tentando salvar o mundo. Depois que Sera conseguiu concluir o projeto de um dispositivo que permite a quem o possuir viajar pelo tempo, e os três começaram a auxiliar uma organização secreta e milenar a consertar Grandes Fraturas na história, a vida deles transformou-se numa corrida louca e mortal contra o tempo.
Neste terceiro volume, os três estão de volta aos Estados Unidos, seu país de origem, mas em uma época bem diferente. O ano é 1850, e a sociedade norte-americana está em polvorosa por conta da situação escravocrata. Com a recente aprovação de novas leis, foi permitida a captura de negros alforriados, e sua consequente volta à situação de escravos. Por conta disso, iniciou-se uma verdadeira caçada aos negros libertos, movida pela possibilidade do lucro. E qualquer um que tente ajudar um negro também estará em sérios apuros.
No meio desse caos iminente, estão Dak, Sera e Riq, tentando decifrar as instruções do SQ e achar um Guardião da História para auxiliá-los. Mas a situação torna-se extremamente perigosa, e eles acabam descobrindo da pior maneira que não podem confiar em ninguém. Além disso, Riq enfrenta sérios problemas: por conta de seu tom de pele, acaba sendo confundido com um escravo, e agora corre terrível perigo. Além disso, ele descobre que essa Fratura tem tudo a ver com ele e seus antepassados, o que o leva a uma decisão que poderá custar sua vida.
A palavra que define esse terceiro volume é emocionante. A dura realidade da época acaba proporcionando momentos de deixar qualquer leitor indignado com a injustiça rotineira do período. Além disso, somos introduzidos a um lado da personalidade de Riq nunca antes visto, um lado sensível, preocupado, e nada egocêntrico. Afinal, estamos falando de sua família, não? Eu, que nunca fui muito fã do personagem, acabei me apegando mais a ele ao entrar em contato com esta faceta de sua personalidade. Percebemos o quanto ele está arriscando nisso tudo, o quanto esta odisseia também é difícil para ele, e o quão longe ele está disposto a ir para ajudar os outros.
Apesar de Riq brilhar nesse livro, e roubar totalmente a cena, pudemos ver mais de Dak e Sera juntos também (devido a circunstância que prefiro não mencionar). O personagem de Dak, particularmente, evoluiu muito neste volume, aprendendo a controlar um pouco a língua e as piadas sem graça.
O que nos leva ao ponto que me decepcionou um pouco no livro: o humor. As piadinhas não me agradaram nem um pouco e alguns momentos, cortando totalmente o clima de certas cenas. Apesar disso, em outros momentos as tiradas foram bem posicionadas e me fizeram rir. Mas, no geral, não gostei do humor no livro.
Apesar de não ser tão eletrizante quanto "Dividir e Conquistar", a carga emocional presente em "O Alçapão", e a forma incrível como a autora soube trabalhar as informações históricas o transformam em um livro que só acrescenta novas camadas aos personagens e à série em si. Este volume, como todos os outros, não te permitirá largá-lo enquanto você não chegar ao fim, e te deixará ansioso pelas próximas aventuras desses três jovens viajantes do tempo.
Com a sensação de que não fiz nem um pouco jus ao livro com esta resenha, encerro dizendo que a leitura é mais do que recomendada, e que o duro será esperar até maio pelo quarto volume. Enquanto isso, acompanhe as novidades da série aqui no blog e na nossa página no Facebook. Até a próxima!
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