As crônicas marcianas

As crônicas marcianas Ray Bradbury




Resenhas - As crônicas marcianas


174 encontrados | exibindo 136 a 151
1 | 2 | 3 | 4 | 10 | 11 | 12


patrickb 26/11/2015

Um bom livro para quem gosta de "literatura pura".
O livro é bom mas para quem não gosta de escrita que não vai "direto ao ponto", cheia de "floreios" e "poética" não vale a pena. No meu caso não sou um grande fã desse tipo de escrita, então não vou ler mais nada do autor mesmo tendo Fahrenheit 451 como uma de suas obras que é um best-seller.
comentários(0)comente



Silvestarley Oliveira 13/09/2015

As crônicas marcianas
.
O livro conta fatos sobre as primeiras viagens espaciais exploratórias dos terráqueos feito ao planeta Marte, que começam em 1999 e se estendem até 2004, ano da colonização do planeta.
.
O autor, no decorrer das crônicas, deixa claro as motivações dos homens da Terra em ir à Marte. Terror, solidão, insatisfação, preconceito, ignorância, ganância, desejo de conquista, desejo de adequar uma cultura a seus padrões, seus estilos de vida. E não é difícil fazer conexões entre estes contos escritos há mais de 60 anos com a realidade atual; e com a relação entre “opressor” e “oprimido”.
.
É isso que o autor Ray Bradbury faz de melhor. Uma crítica a sociedade e seus estilos de vida.
.
Uma leitura rápida, incansável e que enobrece, de certa forma, o leitor (principalmente ao ler o conto "...e a lua continua brilhando"). Na minha opinião, um livro que vale classificá-lo com 5 estrelas. Eu recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Gustavo 10/06/2015

Uma visão caleidoscópica da humanidade.
A boa ficção cientifica é aquela que fala do ser humano. Esse slogan é usado constantemente quando se fala do gênero, e por uma boa razão. O estigma da ficção cientifica como universo de alienígenas grotescos, batalhas espaciais e histórias exageradas ainda existe na mente de pessoas mais conservadoras. Mas basta olhar para algumas obras mais clássicas para perceber como este é um gênero que tem muito mais a oferecer. Neste contexto, as Crônicas Marcianas de Ray Bradbury é um exemplo brilhante de como a ficção cientifica pode ser profunda e interessante ao mesmo tempo em que mantém o seu caráter imaginativo e divertido.

Publicado em 1950, a obra é uma “coleção de contos” que tratam da colonização de marte pelos terráqueos e o contato com os marcianos. Escrevo coleção de contos entre aspas porque esse livro tem uma estrutura muito peculiar. Os contos, apesar de independentes entre si, são ordenados de forma linear, construindo uma única narrativa. Antes do título de cada um está colocado a data em que aquela história se passa e alguns inclusive fazem pequenas referências à personagens ou acontecimentos de contos anteriores. Os contos maiores algumas vezes são interligados por pequenas vinhetas (textos de 1 ou 2 paginas apenas) que são bastante interessantes e ajudam a enriquecer o universo da narrativa.

A primeira coisa que me chamou atenção lendo o livro foi a variedade de gêneros dos contos. Aqui você tem algumas histórias de suspense beirando o terror (Bradbury é assumidamente influenciado por Poe), convivendo com comédias divertidíssimas ou dramas profundos. É louvável a capacidade do Bradbury de conseguir saltar entre tantos gêneros diferentes e ainda fazer tudo funcionar. O resultado é uma leitura sempre surpreendente, já que você nunca tem idéia de como o próximo conto pode ser. Alguns tendem para sátira, outros para estudos de personagens, alguns para críticas políticas, mistério, filosofia, pura ficção científica, etc. Essa variedade de climas e estilos torna o livro incrivelmente cativante, a riqueza de temas e abordagens é maravilhosa e ajuda à demonstrar a complexidade humana através de vários ângulos e histórias fantásticas.

Isso tudo é contribuído pela prosa do Ray Bradbury que é bem simples e fácil, mas não pobre. Há certa poeticidade nas suas sentenças que, apesar de fáceis e diretas, conseguem explorar climas e idéias profundas e evocar imagens belíssimas. Porém, aqui acima de tudo a escrita se coloca a favor da narrativa e dos personagens, e exerce um controle total sobre o que deve ser ou não descrito, o que o leitor deve ou não saber, o que deve ser mostrado ou apenas sugerido, etc. O controle da narrativa é tão sutil e eficiente que resulta naquele tipo de história que imerge o leitor completamente, é comum esquecer-se do “mundo la fora” e ficar completamente fisgado pela leitura, seja por algum conto especialmente misterioso, por um personagem muito cativante ou até mesmo pelo humor. Ray Bradbury chegou a trabalhar como roteirista em Hollywood durante a sua carreira - sendo especialmente lembrando pelo seu trabalho na adaptação de Moby Dick, de 1956 - e é fácil perceber como seu estilo de escrita pode ser considerado cinematográfico, a fluidez e elegância da narrativa têm o apelo de entretenimento que o cinema hollywoodiano propõe sem perder o conteúdo e a profundidade.

Além disso, um foco especial tem que ser dado à construção dos personagens e dos diálogos. Quando lemos contos (especialmente de ficção cientifica) é comum se deparar com narrativas mais carregadas pelas idéias ou conceitos do que por um desenvolvimento profundo dos personagens. Aqui, por outro lado, Bradbury consegue unir as duas coisas, cria boas histórias com idéias interessantes, e consegue povoá-las com personagens cativantes e multidimensionais. Isto é potencializado pelos excelentes diálogos, que acertam aquele equilíbrio fino entre a exposição de informações e a caracterização dos personagens. Alguns contos se desenvolvem basicamente através de conversas entre duas pessoas com pontos de vistas diferentes, e é fascinante perceber como a leitura continua sempre envolvente e estimulante graças à qualidade dos diálogos.

Para coroar uma obra já tão cheia de qualidades, As Crônicas Marcianas ainda trazem a tona importantes discussões políticas e sociais que, por mais que fossem mais impactantes no contexto histórico em que o livro foi escrito, ainda são surpreendentemente relevantes nos dias hoje. Toda a premissa do livro pode ser considerada uma alegoria à natureza expansionista e destrutiva da “civilização” ocidental (em especial, mas não só, os Estados Unidos) que na ânsia pelo crescimento econômico ou poder militar demonstrou, ao longo da história, total negligência para com outros povos e culturas. A apropriação cultural por sinal é um dos temas mais recorrentes entre os contos, mas ainda encontramos histórias que lidam com temas como racismo, estereótipos de gênero, censura, burocracia, desigualdade social, naturismo, etc. O nível dessas discussões varia entre a mais fina e sutil ironia até uma mordacidade crua e contundente, passando por algumas histórias realmente emocionantes e dramáticas. Tudo isso confere à obra um caráter contestador e só reforça o que comentei no começo do texto sobre a importância “real” que a ficção cientifica pode ter.

Tudo isso torna As Crônicas Marcianas um livro obrigatório pra qualquer fã do gênero, e uma forte recomendação para qualquer um que goste de boa literatura. A riqueza do conteúdo presente na obra é fora do comum, e apresenta uma visão caleidoscópica da humanidade através de uma bela escrita, histórias cativantes e divertidas, personagens interessantes, uma variedade absurda de climas e idéias, e discussões políticas, sociais e filosóficas que elevam o livro acima do patamar do puro entretenimento ou escapismo a que a ficção cientifica é relegada pelas pessoas mais conservadoras.
comentários(0)comente



Sr. Machado 09/05/2015

Ficção científica de alto nível
Antes de começar a falar sobre o livro, quero fazer um alerta aos leitores: ler qualquer obra de Ray Bradbury pode ser muito perigoso, os riscos de você ficar viciado no universo que o autor cria são grandes. O cara era simplesmente um mestre. Dito isso, quero contar um pouco da minha experiência com o livro “As Crônicas Marcianas”. Nessa história não temos um personagem principal (talvez o planeta Marte seja uma espécie de personagem principal), o livro é dividido em várias crônicas que podem ser lidas em ordens diferentes, apesar de eu ter lido na ordem cronológica e indicar que todos façam o mesmo para uma experiência melhor. Ray Bradbury nos coloca em meio a colonização de Marte pelos humanos, uma situação bem interessante de acompanhar, pincipalmente se você assim como eu é fã de ficção científica. Mas vamos com calma, não é só de ficção que o livro vai tratar, Bradbury consegue puxar outros temas na mente do leitor.

Na obra vamos conhecer vários personagens que vão ter de alguma forma uma ligação com Marte. Vamos conhecer o planeta, seu clima, cidades, habitantes e cultura. A escrita de Ray Bradbury é como um passaporte, a viagem de fato acontece, você vai conhecer com detalhes prazerosos como Marte funciona e como funciona a cabeça daqueles que ali estão. Além de todo esse clima digno de uma ótima história de ficção científica, questionamentos sobre sociedade, ética, caráter e a mortal humana acontecem com bastante frequência. As crônicas se acumulam e ganham sentido, uma tendo algo de comum com outra, conectando e se transformando em uma grande obra. Lembra que eu disse que ler qualquer coisa do Bradbury é perigo? Pois bem, logo após a primeira crônica você já vai estar completamente imerso na trama e não vai querer largar o livro.

“As Crônicas Marcianas” se tornou fácil um dos meus livros favoritos, diria que é leitura obrigatória não só para fãs de ficção científica, mas para todo tipo de leitor. Espero que isso seja o suficiente para te fazer dar uma chance para esse clássico, mesmo que você não esteja acostumado com esse tipo de literatura. Talvez o livro não agrade a todos, o que é normal, mas uma coisa eu garanto sem medo: qualquer leitor vai considerar esse livro no mínimo uma boa leitura.

site: http://goo.gl/nLE8dd
comentários(0)comente



Anna 20/02/2015

A beleza da ficção em “Crônicas Marcianas” de Ray Bradbury
Tirei da estante e coloquei no meu criado mudo. Precisava ler ainda nesse ano, afinal falei que começaria a ler os livros que estavam parados na estante. Lembram? E olha… Demorei praticamente todo o mês de Janeiro para ler um único livro e eu vou explicar meus motivos logo abaixo, então pegue seu café e se prepare para a resenha de “As Crônicas Marcianas” de Ray Bradbury, autor de tantos livros de Ficção Científica que você deve conhecer como “A Cidade Inteira Dorme” e “Fahrenheit 451“.

"Marte e os marcianos fazem parte do imaginário dos terráqueos desde muito antes da chegada do Homem na Lua. Antes que soubéssemos através das célebres palavras transmitidas pela televisão para o mundo inteiro que “a Terra é azul”, sonhamos com pequenos seres verdes, curiosos, inteligentes, maldosos ou bem mais evoluídos que nós, a nos oferecerem o eterno embate com o desconhecido, com o imponderável, num exercício sempre profícuo de aprendizado e tolerância"

Olhe abaixo no rio e me diga: quem são os marcianos?

Sempre fui muito fã de Ficção Científica. Minhas séries de TV preferida são desse gênero assim como meus filmes preferidos. Só que incrivelmente esse é o gênero que eu menos li na literatura. Pretendo mudar isso ainda em 2015 então, nada melhor que começar a ler um dos livros que eu mais queria ler do Bradbury.

“As Crônicas Marcianas” é completamente apaixonante. Demorei praticamente todo o mês de janeiro em uma leitura simples e gostosa por simplesmente não querer que ela acabasse. Era triste saber que a cada crônica que eu lia, mais perto do fim eu ficava.

Acho que “As Crônicas Marcianas” conseguiu se tornar um livro que vai ficar no coração para o resto da vida. O estilo de se fazer Ficção Científica de uma forma leve conquista até mesmo aqueles que não gostam do gênero. A forma com que Bradbury consegue criar uma história maior aos poucos, conforme você vai lendo cada crônica e captando cada pequeno detalhe que às une, com toda a certeza vai te deixar querendo mais.

Bradbury escreve como quem conhece as palavras, sabe como conquistar com um romantismo persuasivo que faz com que tudo que os personagens digam, seja tomado como verdade. É palpável e te convence. Sem falar que a beleza da narrativa te confunde e por muitas vezes te faz esquecer completamente que aquilo que você está lendo é ficção científica. Aqui não tem aquela linguagem complicada, física, química e leis para todo lado. Bradbury resgata o sentimento na ficção científica e te deixa apaixonado.

Nessa edição da Biblioteca Nacional ainda temos uma introdução do autor Jorge Luis Borges que também se mostra muitas vezes apaixonado pela forma com que Bradbury conta suas histórias. Vale a pena ler antes de começar a leitura.

site: http://pausaparaumcafe.com.br/a-beleza-da-ficcao-em-cronicas-marcianas-de-ray-bradbury/
comentários(0)comente



Antonio Luciano 16/08/2014

A história dos Estados Unidos nas Crônicas Marcianas
Há ficções que se preocupam em mostrar as potenciais futuros da humanidade, refletindo novos questões que hão de surgir, mas Ray Bradbury nos proporciona essas crônicas de terras tão distantes do nosso planeta para falar de sua própria terra,sobre essa velha história da humanidade de fugir dos seus problemas em busca de paraísos utópicos com o preço de muitos sacrifícios. A mensagem inteira desse livre reflete na última cena da última crônica de um piquenique de um milhão anos, que mostra a compaixão da humanidade.
comentários(0)comente



Gabriel 05/08/2014

Você vai querer se mudar pra Marte.
O livro é um convite. Após acabá-lo a sensação de ser terráqueo é desanimadora. As belezas de Marte descritas pelo Bradbury te fazem perceber que sua imaginação estava enferrujada e não trabalhava a tempos.
Marte é belo nas cores, nas formas, na geografia, na temperatura, no comportamento dos marcianos, em sua filosofia e na tão pouca tecnologia.
Pensa que se trata de batalhas épicas travadas com raios lasers e naves espacias? Na verdade o conflito está na ética, na moral, filosofia e comportamento do ser humano e dos marcianos, que são tantas vezes comparados.
Realmente um clássico não só da ficção, mas das ciências humanas que permitem o leitor desfrutar de um outro planeta com diferenças intrigantes da ficção atual.
comentários(0)comente



Romildo15 05/08/2014

Uma bela surpresa
Iniciei a leitura meio receoso. Mas, antes que eu mesmo percebesse, me vi imerso no universo do livro. A exposição de todo o processo de invasão e conquista me impressionou; foi algo consideravelmente distinto do que eu havia imaginado. mais sutil, mais poético, mas não menos dramático.
Há tempos não via a natureza humana exposta de forma tão simples e direta. Sem rodeios, Bradbury nos apresenta de forma magistral a essência do ser humano e suas relações sociais destrutivas e parasitárias.
Enfim, a obra me pegou de uma forma tão intensa que parei outras duas leituras para dar atenção quase exclusiva a ela. Como eu disse no título, foi uma bela surpresa.

Minha três crônicas favoritas foram, nessa ordem:
"O Marciano" - Sofri junto com o coitado. Essa crônica me tocou de uma forma que até eu fiquei espantado.
"Usher II" - Uma ficção científica homenageando Allan Poe não é qualquer ficção científica. O clima do texto é perfeito, as referências muito bem superpostas e as críticas afiadíssimas.
"Flutuando no Espaço" - Se a gente considera o tempo em que o texto foi escrito, ele passa a ter ainda mais significado e beleza.Sem dúvida, uma das melhores do livro.
Bradley 06/09/2017minha estante
Fiquei com vontade de ler depois de sua resenha.




Psychobooks 21/07/2014

- Quando em marte...

Eu dificilmente fico tímida ao me aventurar a falar de um livro. Geralmente me jogo nas opiniões e não me prendo a possíveis críticas que possam acontecer. Com Ray Bradbury me senti diferente. O autor é considerado um dos mestres da ficção científica, o que apenas adiciona um pouco mais de peso à minha responsabilidade.

- Faça como os marcianos, ou morrerá (AKA Narrativa - morrendo em marte)

O livro conta a história de missões espaciais à Marte. A primeira se dá em 1999 e acompanhamos a visão da possível chegada do Capitão York por uma marciana e seu marido.

Cada capítulo é como se fosse um conto e um novo ponto de vista da tomada do Planeta Vermelho. Em sua visão, Ray BradBury, ao mesmo tempo em que nos dá lindas descrições de como imagina a vida em Marte, também faz uma crítica ferrenha à necessidade de conquista do ser humano e de seu preconceito.

Essa divisão por capítulos/ contos é de início confusa, mas depois o quadro vai ganhando amplitude e é possível entender aonde o autor quer chegar com seu enredo.

- Personagens e sua construção

Não há personagens fixos, há marcianos e há seres humanos. O autor contou seu livro em 27 anos. Cada capítulo tem seu foco no embate entre as duas raças. O que começa como uma missão de paz vai tomando corpo conforme a colonização se faz necessária. São capítulos curtos, mas que têm a profundidade necessária para passar a ideia central do autor e construir o estopim para o próximo conto. Conforme o enredo vai se desenrolando, vamos conhecendo melhor as habilidades dos marcianos, então em alguns momentos já sabemos o que esperar deles.
As descrições primorosas feitas por Ray são indispensáveis para esse bom entendimento. Fiquei encantada com a forma como ele as inseriu em seu texto sem perder a fluência da escrita e como, com o passar da história, eu já me sentia acostumada com Marte e suas idiossíncrasias.

- Meu capítulo preferido

"Agosto de 1999 - Os Homens da Terra"
As críticas feitas à sociedade pelo autor são inúmeras, mas a que mais me encantou foi "Os Homens da Terra". Ainda na segunda expedição e procurando um contato amigável com os marcianos, o Capitão Willians chega à Marte e cai em uma burocracia louca, que o leva de casa em casa até que consegue a resposta que precisava.

A construção desse texto é forte. De início o leitor se sente enganado, jogado de um lado para o outro sem entender muito para onde está sendo levado. Ainda não acostumado ao visual marciano, quando entendemos a ideia de Ray somos tomados por um choque.

- Vale a pena, Alba?

Não pense que se trata apenas de uma obra de ficção científica, o texto é mais denso que isso e cada capítulo é um novo aprendizado para o leitor. Eu adorei a história e a maneira como ela foi retratada. Meu único porém é em relação ao gênero, mesmo, que não é o meu preferido.
Recomendo.

"- Muito pelo contrário, não acho que todos vocês sejam loucos - O psicólogo apontou uma varinha para o capitão. - Não. Só o senhor. Os outros são alucinações secundárias."
Página 59


site: www.psychobooks.com.br
comentários(0)comente



Antonio Cesar 11/07/2014

“... Mas também nunca ninguém nos disse por que estávamos na Terra. ...”

Pág.: 56
5º período
As Crônicas Marcianas
(The Martian Chronicles)
Ray Bradbury.

Um clássico da ficção científica escrito em 1946 descreve a colonização de marte pelos terráqueos. A historia desenvolve-se em capítulos mais ou menos independentes o primeiro descrevendo a primeira descida de uma nave no planeta vermelho em janeiro de 1999 e o ultimo que narra um piquenique de uma família de colonos no ano de 2026. A obra me fez lembrar o medo que tínhamos durante o período da guerra fria bem como do genocídio perpetuado contra os habitantes das américas logo após o descobrimento deixando uma pergunta: Agora que praticamente já destruímos a Terra, o que faríamos se nos fosse ‘dado’ um novo planeta? Muito bom.
comentários(0)comente



Larissa 24/06/2014

Impressões da leitura de As Crônicas Maricianas
O livro é uma aventura incrível e muito envolvente. Ray Bradbury conta de forma descontínua e poética a história da Chegada e povoação no planeta marte pelos habitantes da terra.A única continuidade é a do tempo cronológico, e mesmo isso ainda é questionado em algumas das crônicas.

O Livro é dividido em vários capítulos que contam histórias de personagens diferentes em tempo e lugares diferentes, e, é claro, com pontos de vista diferentes. Homens, mulheres, marcianos, terráqueos, loucos,inocentes,alienados, ricos, pobres, enfim... Uma infinidade de questões políticas, morais, psicológicas e filosóficas são esmiuçadas ou mesmo colocadas de forma emocionante pelo autor, que faz suspense e joga com a imaginação do leito a cada página.

Alguns detalhes talvez devessem ter sido melhor explicados, pois podem gerar confusão no leitor, que sai o tempo todo de sua zona de conforto, tendo que encaixar fragmentos narrados com formas e estilos diferentes de maneira a formar uma história. Mas no geral, é uma leitura super gostosa e empolgante, e o livro está super recomendado!
Fabio Mourájh 24/06/2014minha estante
Adorei a resenha. Lerei.




Bruno 18/05/2014

As crônicas marcianas
Esse livro trás um compilado de contos que abordam viagens interplanetárias, onde os seres humanos saem da Terra e vão para Marte, explorá-lo e colonizá-lo. Mas esse não é o principal motivo pelo qual as pessoas decidem fazer essa viagem. Muitas delas, querem sair da Terra, para fugir dos problemas e da possível guerra que está para acontecer.
Os capítulos são alternados entre os pontos de vista de seres humanos e marcianos, que são seres extremamente peculiares/intrigantes.
Ray Bradbury trás muitas críticas sociais ao longo do livro, mostrando o quão o ser humano pode ser ambicioso, individualista e desrespeitoso. A Terra está em caos e as pessoas estão mais preocupadas em dar uma destruída básica no planeta alheio!
Gostei do livro, das críticas, mas acho que faltou desenvolvimento do enredo. O autor deixa algumas pontas soltas e faltam explicações para muitos acontecimentos. Recomendo a leitura, é um livro interessante, mas faltou muita coisa.
comentários(0)comente



Lina DC 03/04/2014

"As crônicas marcianas" é um livro que utiliza a ficção científica, mais precisamente abordando a colonização de Marte pelos seres humanos, para discutir temas como o preconceito e a violência. Primeiramente é necessário refletir sobre as crônicas que formaram esse livro. Escritas desde 1942 pelo autor, cada uma delas aborda características presentes na sociedade da época que se estendem até hoje: o isolamento do indivíduo em meio a sociedade, o preconceito a todos que são diferentes ou que são estrangeiros, a necessidade do consumismo frenético e tantos outros temas que mesmo passando mais de 50 anos ainda continuam atuais.
O livro realiza uma cronologia que vai desde janeiro de 1999 até outubro de 2026 e mostra diversas tentativas de colonização.
Cada capítulo apresenta personagens diferentes com situações mirabolantes.
Um livro que sem dúvida serve para fazer o leitor refletir sobre política e sociedade, mas de uma maneira mais leve, com uma história inteligente e repleta de criatividade.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa dessa edição mais recente é perfeita, pois conta com os elementos essenciais do livro: o homenzinho verde, o planeta vermelho e as viagens espaciais.

"- Não importa. Deixem-me fazer uma pergunta. Como vocês se sentiriam se fossem marcianos e seu território fosse invadido por gente que começasse a destruir tudo?" (p. 105)
comentários(0)comente



Sheila 14/03/2014

As crônicas marcianas
O tema central do livro, alguns diriam, é a colonização de Marte por humanos. A terra está um caos. Poluição, roubos, e talvez uma guerra por eclodir. Neste contexto, Marte aparece como uma saída: uma fuga para os terráqueos já sem esperança, um recomeço para outros mais otimistas.

Por outra ótica, podemos ver A crônicas marcianas como uma analogia a uma desconstrução de um sistema social e político e busca por uma sociedade diferente, mais igualitária e menos repressora, sendo a ida para um "outro planeta" uma forma metafórica de lidar com o esgotamento com o sistema vigente.

O mais interessante do livro é que, ao mesmo tempo em que existe uma seqüência nos efeitos narrados, algumas podem ser lidas quase que de modo independente. Provavelmente, isto advenha do fato de que alguns capítulos foram publicados de forma independente em revistas de ficção científica, em 1940, como contos ou novelas episódicas.

O livro divide-se em três partes: tentativa de colonização de Marte, a colonização propriamente dita, e o êxodo à Terra quando a guerra nuclear tão anunciada finalmente eclode. O livros hipoteticamente narraria acontecimentos que iriam desde janeiro de 2000 à outubro de 2026, falando desde a tentativa frustrada de colonização por parte das primeiras expedições, até o surgimento de uma “nova” raça Marciana – e, sim você terá de ler o livro para saber afinal de contas do que é que eu estou falando.

Na edição de 1997 as datas avançaram em 31 anos (o período agora seria de 2030 a 2057), inclui o conto "The Fire Balloons" e substitui "Way in the Middle of the Air" por um conto de 1952 chamado "The Wilderness", datado de maio de 2034 (equivalente a maio de 2003 na primeira cronologia). O relançamento pela Globolivros é de 2014, contando com 26 capítulos e a cronologia oficial ( de 1999 à 2026).

A Apresentação do livro, escrita por Jorge Luis Borges, não poderia ser mais fidedigna, ao dizer do autor que
Outros autores estampam uma data vindoura, e não acreditamos neles, porque sabemos que se trata de uma convenção literária. Bradbury escreve 2004 e sentimos a gravitação, o cansaço, a vasta e vaga acumulação do passado ... Talvez “A terceira expedição” seja a história mais alarmante deste volume. Seu horror (suponho) é metafísico; a incerteza sobre a identidade dos hóspedes do capitão John Black insinua incomodamente que tampouco sabemos quem somos nem como é, para Deus, nossa face.
Apesar de também ter gostado muito de “A terceira expedição”, elegeria “Os homens da terra” como aquela que mais me marcou. Afinal, a expedição de quatro homens liderados pelo capitão Willians – a segunda expedição – não esperava, de forma alguma, o que encontraram em marte. Em primeiro lugar, os marcianos por algum poder telepático conseguiam entendê-los perfeitamente. Em segundo, e mais estranho, ninguém parecia dar muita importância à sua chegada.
- Acho que a senhora não entendeu ...
- O quê? – ela disse secamente.
- Viemos da Terra!
- Não tenho tempo – ela disse. Tenho muito trabalho na cozinha hoje, e ainda preciso limpar a casa e costurar.
Só que a segunda expedição acabará por descobrir que, por trás deste aparente descaso, esconde-se uma verdade que eles não descobrirão em tempo ... e que você terá de ler o livro para saber qual é!
Cheio de uma crítica contundente ao ser humano, com sua capacidade de construir, mas também com sua potencialidade para a destruição, "As Crônicas Marcianas" merece seu título de best-seller e acho que nem precisava dizer, mas é um livro recomendadíssimo!

site: http://www.dear-book.net/2014/03/resenha-dupla-as-cronicas-marcianas.html
comentários(0)comente



Café & Espadas 23/02/2014

Resenha As Crônicas Marcianas
Ray Bradbury é considerado um dos mestres da ficção científica, e suas obras figuram entre as de leitura fundamental para os amantes desse gênero literário. Outras obras importantíssimas escritas por eles são “451 Fahrenheit” (que espero, um dia, ter o prazer de ler e resenhar também) e vários contos que foram publicados em diversas revistas de Sci-Fi da época.

As Crônicas Marcianas trz uma coletânea de 26 contos que foram organizados de uma forma que eles constroem uma história contínua e com um tema em comum: Marte. Mas esse livro vai além da aventura, das viagens espaciais e da tecnologia (coisas que nem são tão focadas assim), e discorre sobre o espírito humano que sempre irá estar enraizado na sua terra natal, sempre desejando o retorno, à volta ao lar e a eternidade.

O primeiro conto (O Verão do Foguete) nos mostra um pouco da vida particular dos marcianos. Ylla, uma marciana que vive com o seu marido em uma casa no meio de um vale árido, começa a ter sonhos com um foguete vindo do espaço e pilotado por uma criatura clara e de olhos azuis (que seria Nathaniel York, o comandante da primeira expedição.). O marido, um marciano relapso e frio, acha tudo aquilo um absurdo e fica enciumado quando os sonhos da esposa se tornam mais fortes, ao ponto dela sussurrar o nome de Nathaniel durante um deles.

Quando o sonho de Ylla se concretiza, o seu marido vai de encontro aos astronautas e os mata.

Nesse conto introdutório temos uma boa descrição de como era Marte antes da chegada dos homens; era um lugar lindo, apesar de muito seco e desértico. As estruturas das casas são de uma arquitetura e beleza peculiar e usa os elementos do próprio planeta como base, como lava vulcânica e cristais. Os marcianos também possuem tecnologia suficiente para criarem armas e veículos.

Tempos depois, chega à Marte a segunda expedição. Os astronautas logo fazem contato com os marcianos e são tratados como loucos, pois se acredita que eles são marcianos que projetam suas loucuras nas mentes das outras pessoas, a ponto de até conseguirem mudar sua aparência física e criar um foguete no meio do nada. Durante esse conto, o leitor é jogado de um lado para o outro, como se estivesse em uma repartição pública tentando resolver algum assunto e dá de cara com uma burocracia que aparentemente não pode ser resolvida em setor nenhum. São nesses pontos que podemos notar as críticas (que são inúmeras, feitas durante todo o livro) feitas por Ray Bradbury à sociedade daquela época, que pode sem nenhum problema se estender até a de hoje.

O livro segue narrando as expedições seguintes até a instalação definitiva do homem no planeta vermelho, e o fim dos marcianos.

Esse livro não é uma ficção científica comum. Ela é mais profunda. Você não verá descrições detalhadas de armas e naves (sempre chamadas pelo simples nome de ‘foguetes’), ou terá cenas de confrontos físicos entre humanos e alienígenas. Não. Mas isso não torna essa coletânea monótona ou difícil de ler.

Alguns contos são simplesmente geniais! Tanto pela crítica a sociedade humana em geral, quanto pela narrativa da própria história e sua linearidade. Vários diálogos são instigantes e levantam questões intrigantes, como por exemplo: “Afinal, o que é realidade?” (conto “Os Gafanhotos”). Junto a isso temos a sociedade marciana que representa uma civilização utópica, que conseguiu unir tecnologia e desenvolvimento a sustentabilidade do ecossistema do planeta, e que só foi destruída por algo que eles não podiam enxergar.

Como se trata de vários contos, o livro não possui um personagem fixo, um protagonista ou antagonista. O que dá ao leitor diversos pontos de vista e análise dos acontecimentos. Hora você enxerga como um capitão de foguete, em seguida como um tripulante, depois como marciano e no conto seguinte como um colono tentando se adaptar ao clima e o ar rarefeito de Marte.

É muito difícil escolher o melhor conto, pois todos conseguem deixar o leitor perplexo e maravilhado ao mesmo tempo. Ray Bradbury mostra por meio da genialidade da sua escrita, o porquê de ele ser considerado a letra B do ABC da ficção científica (junto com Asimov e Clarke).

O ponto negativo que deve ser dito aqui na resenha é com relação à edição (no meu caso, a da editora Globo). A capa é feia e pouco atrativa, o papel é de baixa qualidade e a colagem com a capa deixou muito a desejar; descolando muito e quase soltando algumas páginas. Recomendo a você que, se puder, compre uma edição de outra editora. No mais, o livro não é muito volumoso e a leitura é simples e rápida, com uma linguagem bem direta e uma narrativa sem desvios.

Essa obra é para ser lida, relida e refletida sob um olhar crítico. Mais do que recomendado.

site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/02/resenha-as-cronicas-marcianas.html
comentários(0)comente



174 encontrados | exibindo 136 a 151
1 | 2 | 3 | 4 | 10 | 11 | 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR