Lina DC 03/04/2014"A última sobrevivente" é um relato do dia 11 de Setembro de 2001, narrado em primeira pessoa, que conta a história de Genelle Guzman-McMillan. Para muitos daqueles leitores que acompanharam a tragédia de 11 de setembro, Genelle foi a última pessoa a ser resgata com vida no atentado.
O dia começou normalmente, com Genelle saindo da zona leste do Brooklyn para ir trabalhar no escritório da autoridade portuária de NY e Nova Jersey, que era localizado no 64º andar da torre norte (Torre 1).
Com o relato da Genelle, acompanhamos o momento do ataque, algumas transcrições policiais e a espera por orientação da polícia e dos bombeiros para que as pessoas pudessem sair dos prédios. É um livro extremamente emocionante pois nos situa lado a lado com algumas das vítimas em seus últimos momentos. Genelle conta dos planos de férias com uma colega de trabalho que estava na sua frente segundos antes do prédio desabar e que infelizmente não sobreviveu.
Narra também a agonia que foi aguardar 27 horas pelo resgate, sem saber se seria retirada dos escombros com vida; conta sobre os heróis anônimos que trabalharam incansavelmente na busca de sobreviventes; como a sua família lidou com os acontecimentos; sua longa recuperação além dos 48 dias de internação.
Genelle também escreve sobre as mudanças que realizou em sua vida, conta sobre os arrependimentos e sobre como vive cada dia com uma alegria única.
Um livro muito emocionante, repleto de detalhes desse terrível atentado do ponto de vista de Genelle.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho.
"Embora várias outras pessoas também tenham sido resgatadas do local do desastre, nós vivemos em um mundo no qual números e posições são informações importantes. Ser o primeiro, o centésimo, o milésimo, o milionésimo, o último - essas coisas sempre parecem ter um significado especial para nós. No meu caso, a alcunha de "A última sobrevivente" sempre provocou uma sensação agridoce". (p. 07)