Contos D

Contos D'Escárnio / Textos Grotescos Hilda Hilst




Resenhas - Contos D'Escárnio / Textos Grotescos


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Raiza 10/06/2024

PORNOGRÁFICA É O 🤬 #$%!& , HILDA É FODA!
Estou digerindo. Estou digerindo e acho que jamais digerirei o que acabei de ler. Hilda é mesmo fascinante! Orgasmático recitar sua inteligentíssima articulação de palavras, na qual o baixo, o chulo e o escroto derretem na boca, como se eu mesma estivesse a provar das conas santas e vergas inigualáveis!

Que sabor! É tudo o que posso dizer.
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Gi Santos 22/12/2023

Contos de Escárnio mergulha nos recantos mais obscuros da psique humana. Com maestria, Hilda tece narrativas que desafiam convenções, explorando a dualidade entre o sublime e o grotesco. Cada conto é uma jornada intensa, provocativa e, por vezes, desconcertante, revelando sua genialidade literária ao abordar temas tão inquietantes.
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livrosmortificados 01/05/2023

Sexo e morte
"Coloque duas alcachofras cruas dentro de uma vasilha com água fria. Fique ali esperando as folhas de alcachofra se soltarem e medite sobre a tua condição de ser humano mortal e deteriorável. Quando enfim todas as folhas estiverem sobrenadando, tome um banho, porque, convenhamos, há quantos dias que você está aí."

GENIAL!!! isso daqui é uma obra prima tanto na parte gramatical, quanto na poetica.
é um livro que apesar de todas as criticas a diversas coisas como conflitos familiares, machismo, a falta do intelectualismo no brasileiro por conta do sistema... consegue ser muito engraçado.
o protagonista e narrador Crasso, tem una relação muito estranha com o sexo, sempre fazendo um paralelo a morte, sla é genial mesmo sendo um livro "obsceno" ter tantas questoes filosoficas.
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Rafael Bonfim 15/01/2023

A arte do escárnio.
De longe, o que mais me chamou atenção para mergulhar nessa leitura, foi o nome do livro. Ele é um convite à lamber junto com Hilda toda safadeza, ousadia, escárnio e deboche contido em cada página.

Toda vez que eu leio HIlda, eu fico perplexo em como ela sabe usar tão bem as palavras, de forma que a "putaria" mesmo que quando dita de maneira escancarada, não soe como mera putaria sem criatividade. E aqui está o grande trunfo de um grande escritor que mergulha no erótico/pornô: ser genial sem parecer afetado e cheio de clichês. Uma nova geração que "vende" muito livro soft porn deveria beber muito da ensaciável fonte de sabedoria contida na arte safada de Hilda. Temos aqui uma aula.

Meu trecho preferido sem dúvidas, é o relato da tatuagem no cú. Quem poderia criar e descrever tão cena de maneira tão genial??? Viva Hilda Hilst!

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Maya | bookig: @umabeletrista_ 11/05/2021

Hilda Hilst sempre arrasa!
No meio de agosto, eu fui à biblioteca da minha cidade procurar algo novo para ler depois de renovar minha carteirinha – e depois de tanto tempo sem ler os livros de lá. Eu estava atrasada para ir à dentista, tinha apenas alguns minutos, então meus olhos corriam apressadamente por entre as prateleiras da biblioteca municipal. Foi então que vi esse livro da Hilda, e soube exatamente qual seria minha próxima leitura.

Acontece que esse não foi meu primeiro contato com a obra hildiana. No semestre passado, conheci Hilda Hilst através da disciplina Introdução aos Estudos Literários I. Eu e meus amigos apresentamos um trabalho no qual falávamos sobre essa impecável mulher. Foi o melhor trabalho da minha vida, aliás, que posso comentar num post mais tarde.

Contos d’escárnio/Textos grotescos é uma obra que causa estranhamento quando se começa a ler. Pois trata-se exatamente do que o título fala. A obra é narrada por Crasso, personagem chulo que logo no início da obra faz uma crítica ao mercado de livros de baixa qualidade presente naquela época (a primeira publicação do livro foi em 1990): “Ao longo da minha vida tenho lido tanto lixo que resolvi escrever o meu” .

Dessa forma, como objetivo de criticar o modo como nosso país celebra o baixo nível, Hilda cria uma obra baixa, suja e tão medíocre quanto. Crasso narra suas memórias mais grotescas, seguindo em forma de sátira ao mercado que produz “lixo” como único objetivo o lucro. É importante para refletir até onde o capitalismo interfere em nossa cultura – no caso, literária. Merece um post falando somente sobre isso.

Mas o que mais impressiona na obra, na minha experiência de leitura, é a forma como é narrada. Descontínua e desconfiguradamente, Hilda escreve uma narrativa que ora é lírica, ora é poesia, ora é carta, ora é teatro. Hilda coloca diversos gêneros literários dentro de um livro só, em que ora as personagens abordam suas confissões baixas, ora fazem críticas.

Desse modo, o livro mostra-se importante para quem deseja conhecer o estilo de Hilda. A autora sabe usar e abusar das palavras, sabe explorar gêneros e estilos de escrita. Eu ri muito com as declarações de Crasso e devorei o livro em um dia. Mesmo que o propósito dessa obra seja fazer críticas ácidas, a leitura é leve e prazerosa. Li no trem, rindo e fazendo caras e bocas de surpresa (Crasso fala cada coisa que o tempo inteiro eu ficava no trem com a paranoia de que alguém pudesse estar lendo comigo e pensando “que diabos essa menina tá lendo?”), me divertindo muito. A leitura vale super a pena! 😉
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Lara.Militao 05/05/2021

Tudo
Amei demais, muito divertido de ler. E tem várias questões sobre a complexidade do seco q é interessante se atentar.
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Gabriel Zupiroli 27/04/2021

Pornolinguagem
Um pouco menos transgressor que "O caderno rosa...", entretanto experimenta muito mais com a linguagem. A disposição dos fragmentos e suas interconexões fundamentam uma escrita visceral e simultaneamente leve. O pornográfico aqui adquire quase uma dimensão leviana, risonha e mesmo tediosa. Isso porque não é o objeto principal, ao passo que não é o secundário: a pornografia e a linguagem se complementam, andam de braços dados uma com a outra para se esculpir simultaneamente em função da língua - esta tão cara a Lori Lamby, o predecessor na coletânea "Pornô Chic".

É engraçado que todo mundo sai dizendo que Hilda Hilst escreveu essas obras para criticar o mercado editorial e só. Mas é muito mais que isso. A confluência entre sexo e linguagem edifica um postulado estético muito evidente. Os corpos em fluência de seus órgãos mais extremos em diálogo - o diálogo, sempre presente -, dançando pelos fragmentos caóticos e experimentais deste livro. Tudo é muito bem pensado, é projeto. Projeto de linguagem pornográfica esculpida à mão pela poeta.
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João 10/02/2021

Os Contos
Entre os livros da ?trilogia erótica? esse foi o menos interessante de ler.

Eu entendo que a intenção da Hilda com esses livros eram alfinetar, entre outros temas, a crueldade do mercado editorial. Entretanto, quando você lê ?Lori Lamby? e ?Cartas de um Sedutor?, existe algo entre o interesse e a incredulidade que te motiva a seguir com a leitura.

Neste livro, no entanto, o enredo é realmente enfadonho, sendo ainda generoso com a obra. Eu sentia que havia algo promissor no personagem principal pelas primeiras páginas, onde se fala da sua infância e da morte dos pais, mas o desenrolar é chato demais. Os textos ?anexos? são torturantes de se ler (nos outros dois livros os textos anexos são embaraçosamente divertidos e contribuem pra deixar a leitura interessante).
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Nilton 01/01/2021

CONTOS D?ESCA?RNIO - TEXTOS GROTESCOS
Na?o e? demais dizer que Hilda odiava os editores. Acreditava que eles eram os culpados por suas obras na?o chegarem nos leitores. Seu ressentimento, no entanto, atingia a todos. Na sua escrita, deixa transparecer tambe?m que o pu?blico brasileiro na?o estava a? altura de sua obra. Por isso, desiste de publicar poesia (a?rea na qual ja? estava consagrada) e passa a escrever ?bandalheira.?
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CONTOS D?ESCA?RNIO - TEXTOS GROTESCOS e? o segundo livro da trilogia obscena escrita por Hilda em fins dos anos de 1980 e comec?o de 1990.
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Em entrevista para o lanc?amento do ?Caderno Rosa de Lori Lamby?, Hilda fala que acaba de escrever um livro infantil e se dedicava a um livro para adultos. Era o ?Contos d?escarnio?. O narrador, Crasso, ja? dispara na primeira pa?gina:
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?Resolvi escrever este livro porque ao longo da minha vida tenho lido tanto lixo que resolvi escrever o meu.? pp. 64
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O livro e? um compilado de ge?neros litera?rios (do conto, ao romance, do teatro a? poesia etc.), cujo o personagem principal e narrador e? Crasso e sua amante (?) Clo?dia. Enquanto Clo?dia e? uma artista pla?stica que pinta vaginas e pe?nis, Crasso e? um pretenso escritor. Das sacanagens, surge do sexo trivial ao incesto. Tudo regado com muito bom humor, deboche e sarcasmo.
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As lindas ilustrac?o?es sa?o de Laura Teixeira.
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Esse livro que eu li faz parte de um outro livro chamado PORNO? CHIC publicado pela Biblioteca Azulejo e que traz a ?trilogia obscena? de Hilda Hilst mais alguns estudos sobre sua obra.
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Hilda Hilst parecia provar a cada texto que era capaz de atingir as massas, sem perder a sofisticac?a?o. Se era putaria que as editoras vendiam, estava certa de que seria capaz de produzir em melhor ni?vel. ?
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#ContosDEsca?rnioTextosGrotescos #HildaHilst #Literatura #LiteraturaBrasileira #Livro #Livros #Books #LiteraturaEro?tica #LiteraturaPorno? #LiteraturaObscena #Porno?Chic
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Ana 12/10/2020

Putaria da grossa e escrita elegante
Esse livro me deixou estarrecida, enojada e quase me matou de rir.
Pensei logo que poderia ter sido escrito pelo Rogério Skylab ou para alguma esquete do programa Hermes e Renato, que passava até meados dos anos 2010 na TV aberta. Hilda sabia como espantar e divertir o leitor!
Enredo: Crasso é um sujeito rico e culto, grosso, absurdo. Vai desfiando na narrativa, suas experiências sexuais cômicas e pouco ortodoxas: a tímida e quase frígida moça loura com quem perdeu a virgindade; a loba Otávia, a bissexual Clódia que pinta quadros de vaginas e pênis; tudo isso misturado a peças teatrais e poemas cheios de escárnio e bizarrice sexual, mas que não deixa de ser muito divertido (para maiores de 18 anos, claro). Debaixo desse verniz de erotismo nonsense, há uma tênua crítica social não sei do quê. Talvez do vazio da vida das elites, que podem f*der e se divertir mais do que os pobres? Viajei. Ah, sei lá, não me atenho a críticas sociais em literatura, só leio para imaginar e me divertir. Bom livro, gostei mais dele do que de A Obscena Senhora D.
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Anderson916 05/08/2020

Otimo pra passar o tempo kkkk
Hilda é hilda e ponto final.
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Rafael G. 04/06/2020

Crasso é escritor. Sua mãe morreu um dia depois de lhe dar esse nome. Seu pai, no mês seguinte, em cima de "uma mulher nada elegante mas muito mais gostosa". Tio Vlad, que lhe criou, morreu sendo chupado por um coroinha. E Crasso detesta fuder com mulheres intelectuais, mas conta que uma delas tem uma ciranda microscópica tatuada em volta do cu. Enfim: tudo gira em torno de Crasso e, ao mesmo tempo, nada. Ele vai tirando essas histórias tanto do próprio relato quanto de cartas para Clódia, contos de Hans, peças de teatro improváveis e também receitas de como sair do tédio; portanto "Contos D'escárnio" é sobretudo esse exercício formal: não há organização ou fio condutor (escolha advertida logo no início). O humor de Hilda reaparece, bem como a ironia direcionada ao mercado editorial, mas acrescente também uma boa dose de deboche aos intelectuais brasileiros, o que me lembra a famosa entrevista à TV Cultura, quando ela diz que não se pode pensar em português. Então chega "Contos D'escárnio" e ela está produzindo pensamento (a partir de histórias "chulas") nessa nossa língua quase sem consoantes. Uma investigação se processa no texto, uma tese se perdendo em sucessivos fracassos. E não poderia ser diferente: Crasso é órfão, criado pelo tio, foi alienado do lugar primeiro onde configuramos nossa identidade. O sexo, a pornografia (e a arte?) são tentativas de enxertar essas lacunas, e mesmo que o livro conte com momentos gráficos e explícitos, também desvia do esperado de um conto pornô. Há sempre um corte, uma censura, ou a lembrança de que muito facilmente aquilo pode desembocar no grotesco. Esse livro coloca sobretudo perguntas: como ser popular sem perder a verve crítica e provocadora?, como ser "sofisticado" sem se trancar numa vernissage só para os íntimos? A gente ainda não respondeu. Por isso vale se comunicar com Hilda - e voltar à leitura.
Geovanne 05/12/2021minha estante
Excelente resenha! Parabéns.




Filipe Candido, o otimista 29/02/2020

A
Aaaaaaaaa
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Leila de Carvalho e Gonçalves 18/07/2018

Filosofia E Obscenidade
Esse livro "indecoroso" faz parte da trilogia obscena publicada por Hilda Hilst na década de noventa. Nele, ela reúne alusões literárias a mais deslavada pornografia, satirizando o mercado literário de baixa qualidade cujo único objetivo é o lucro.

Impiedosa e desbocada, vai além. Defende que a obscenidade só escandaliza, caso ultrapasse a tolerância que cada cultura reserva para ela e isso ocorre, quando ela ousa se unir à filosofia. Portanto, o alvoroço em torno da obra de Sade não reside na sua devassidão, aliás, fato comum na literatura do século XVII, mas por levar o pensamento iluminista para a alcova. Por extensão, esse mesmo conceito pode ser aplicado a Flaubert, Lawrence e tantos outros autores que usaram e abusaram dessa transgressão para construir grandes obras.

Para comprovar essa ideia, ela reúne vários gêneros literários para criar um texto no qual as principais personagens estão relacionadas com o meio artístico. O narrador, Crasso, seu alter ego, é um sexagenário que depois de ter lido tanto lixo, resolve escrever o seu. Essas "memórias sexuais" são centradas em Clódia, a amante bizarra que pinta órgãos sexuais de todos os tipos. Para concluir, há ainda um "escritor sério", Hans Hackel, que acaba dando um tiro na cabeça.

Um trio que cai feito uma luva para o potencial subversivo de Hilst que explora, através deles, o próprio dilema de representar em palavras, as sensações e emoções que envolvem o sexo, sobretudo, como autora intelectualizada e estreante no gênero. "Esse negócio escrever é penoso", confirma Crasso ao procurar exprimir uma volúpia física que ele mesmo considera "indefinível".

Se você é admirador de Hilst, não hesite na compra. Porém, se você jamais leu seus livros, mas encara a literatura como uma forma de reflexão que ultrapassa o mero entretenimento, esse é um risco que merece ser corrido.
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