hgde_almeida 05/08/2021
Eu mudaria o título de Implacáveis para Ingênuas
Eu não pretendia fazer nenhuma resenha de Pretty Little Liars (apenas o último com um apanhado geral da saga) por cada arco ter um enredo digamos que único , mas esse livro me intrigou em diversos aspectos.
Implacáveis, segundo livro do terceiro arco do best seller Pretty Little Liars, nos mostra as nossas queridas liars lidando com as consequências do livro introdutório anterior. Assim como todo segundo livro, esse nos apresenta flashbacks de uma situação muito perigosa em que Hanna, Aria, Emily e Spencer se meteram, e não digo segredinhos básicos como pegar seu professor ou roubar o namorado da irmã. Nossas protagonistas estão seriamente enrascadas, e -A sabe de tudo.
Esse livro é morno. Ponto. Não vejo tanto problema por ser um livro de transição, mas a autora nos entregou em Impecáveis e Destruidoras um terceiro ato de tirar o fôlego que já mostrava indícios do clímax que seriam os dois posteriores. Aqui é tudo bem básico, e a coisa só esquenta de vez do capítulo 30 pro final, mas ainda assim é muito sem sal.
O suspense é bem presente pois -A pode ser literalmente qualquer um, ou até todos, pois cada liar tem um antagonista que parece saber tudo o que elas escondem. Não acho que ele foi tão imponente, mas do meu ponto de vista ele fez mais um jogo psicológico do que agiu propriamente. E esse é o ponto alto do livro: as liars estão desunidas, com os nervos a flor da pele e com medo da própria sombra, tendo constantes ALUCINAÇÕES. Isso mesmo, devaneios pesados e frequentes.
Mas aí entramos na primeira contradição. Se elas estão tão apavoradas POR QUE DIABOS CONFIAM NO PRIMEIRO SER QUE APARECE NA FRENTE DELAS? Sério, Sara Shepard? Você quer mesmo que eu engula isso? Elas se colocam em cada situação, que honestamente, fica difícil de digerir, e estamos no décimo primeiro livro, logo se espera algum tipo de evolução, mas elas se embaralham mais e mais nas mesmas encrencas de sempre.
Infelizmente, esse livro poderia ter sido o melhor até então. O final é fraco e o plot twist era claro desde as cinquenta primeiras páginas. Mas o livro mantém a mesma qualidade que os anteriores em questão de entrelaçamento das relações dos personagens e de foreshadows que funcionam efetivamente, além do mistério principal.
PS. O QUE RAIOS ACONTECEU NA ISLÂNDIA?
site: @flop.literario