Bia 13/06/2016Resenha publicada no blog Lua LiteráriaOlá meu povo!
Faz muito tempo que ouço falarem de uma tal de Darla.
Dizem por aí que ela é uma louca, se mete em cada situação capaz de fazer qualquer pessoa rir.
Outro dia, tive a oportunidade de conhecer essa mulher. E vou contar um segredo (não espalhem; não quero fazer fofoca) mas ela é uma surtada, compradora compulsiva, e está devendo horrores (não venda fiado para essa mulher caro comerciante).
E quem é Darla?
Darla poderia ser muito bem eu ou você que está lendo esse post. Ela poderia ser minha mãe, minha sogra, e as suas maluquices me fazem constatar que ela foi inspirada na minha melhor amiga.
Mas, voltando à realidade, Darla é uma personagem literária, protagonista do livro Um novo amor à vista, do autor nacional Cláudio Quirino.
O livro foi um doce presente do autor que é nosso parceiro aqui no Lua.
Iniciei a leitura da obra, e de imediato, não gostei muito da protagonista. Dei a ela o rótulo de fútil.
Darla é uma mulher comum, cheia de sonhos e de dívidas. Ela não consegue se controlar quando o assunto é comprar. Reconhece de longe as grandes grifes das quais a maioria das mulheres amam.
Seria certo considerá-la fútil pelo fato de estar cheia de dívidas e mesmo assim não resistir à uma nova roupa? Mas será que eu também não sou assim? Estou cheia de dívidas, meu cartão todos os meses estoura o limite, e mesmo assim... adivinhem? Tenho vários livros novos na estante.
E assim como ela, amo marcas famosas. Quem sou eu para julgar?
Passei a enxergar mais a personalidade de Darla, e vi que era uma consumista. Não é certo defini-la como fútil. No entanto, constatei que a loucura domina seu ser. Vocês não imaginam as coisas que passam na cabeça dessa mulher. Ri muito de suas peripécias, das situações constrangedoras que ela se metia, e o mais engraçado: das desculpas que inventava para contorná-las.
Como disse no início, acabei encontrando muitas mulheres na personagem, inclusive a mim mesma.
Um novo amor a vista foi uma leitura deliciosa e por incrível que possa parecer, já que temos um chick lit e geralmente o gênero é previsível; foi surpreendente pra mim.
Não quero parecer preconceituosa com o que vou dizer, e sinceramente espero que não me compreendam errado. Mas nunca imaginei que um homem, hétero, pudesse conhecer tanto do universo feminino. E não digo isso pelo fato das marcas citadas, ou das loucuras da personagem. Digo pela sensibilidade em mostrar que nós, mulheres, podemos tudo.
É uma obra muito resenhada e muito comentada na blogosfera, e por isso estou tentando mostrar outros aspectos do livro. Não é um romance cheio de mimimi, e muito menos temos uma protagonista que faz de tudo para conseguir amarrar um homem. Darla faz de tudo para se sentir bem, inclusive gasta o que não tem pra isso.
Quando surge o tal romance, ele não sufoca a personagem, tão pouco muda sua personalidade. Ela continua a mesma, e o que é melhor, nos ensina uma outra lição maravilhosa: a de respeitar aquilo que deixa seu(sua) parceira(o) feliz, nem que isso seja dançar em uma boate de strip.
Os personagens secundários são ótimos, conseguem introduzir ainda mais comédia à trama. A minha predileta, sem sombra de dúvida, foi Cristina.
E um detalhe leitoras: temos um boy magya ao estilo Channing Tatum.
Não posso finalizar essa resenha sem antes dizer que o autor é realmente a Sophie Kinsella de calças, como comentário feito pela autora Carol Sabar. Leitura mais que recomendada.
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