Lara 09/05/2024
Vira e mexe eu pego esse livro para ler. Coincidentemente ou não, quando estou em um momento de superar algum percalço da vida. Comecei a ler esse livro logo nos primeiros dias na casa nova. Compreensível. Estava me ajustando a uma nova cidade, uma nova rotina, mas especialmente, patinando com os primeiros delineamentos da minha dissertação. De alguma forma, acompanhar a o início turbulento da aventura de Amir e a beleza que ele encontra ao passar por cada dificuldade, me dá uma certeza de que também irei. Afinal de contas, se o cara atravessou o atlântico remando, eu certamente consigo completar um funil de problematização. Para além de ser uma obra pessoal de auto ajuda (tenha em mente que certamente não é um livro de auto ajuda), essa narrativa de uma aventura tão fantástica quanto perigosa nos transporta pra outra realidade. Não só o fato de estar no meio do Atlântico sozinho (surreal), mas eu pelo menos me encanto em ter um vislumbre do que é a vida de alguém que pode se preparar para isso. Me explico: eu hoje, mesmo que tivesse todos os recursos e tempo do mundo, dificilmente aprenderia tudo que precisaria aprender para fazer essa travessia, logo, acho fascinante aprender com que sabe, ainda que não vá usar essa pequena parcela de conhecimento para absolutamente nada. No mais, Amir narra de forma belíssima as belezas que encontrou no caminho, as imagens são sempre tão vívidas na minha cabeça que quase dá vontade de fazer um cruzeiro (alternativa possível na minha realidade), mas logo passa quando ele nos conta de alguns encontros não tão amigáveis. Enfim, uma aventura magnífica, um homem extraordinário e um mergulho na gente mesmo, por isso eu sempre vou voltar nesse livro.