ia.guito 16/03/2024
Amor (in)perfeito e infortúnios trágicos: um postal à vida
Veja bem, eu não leria Eleanor & Park, talvez tudo comece aí. Foi uma indicação de uma livreira (que me enganou e provavelmente confundiu ou nem leu o livro haha), que me disse: "Se você procura por romance, esse livro é inconfundível, vários se apaixonaram por ele". Quando vi, meu ídolo John Green, autor das minhas mais amadas obras também havia indicado esse livro, então pensei estou no caminho certo, aí vem uma história de amor no mínimo eloquente e shakesperiana como eu amo.
Quando comecei a ler, havia um incômodo, algo não me agradava! Foi depois de um bom tempo, no qual apostei muito na leitura que percebi que, talvez Elanor & Park seja uma irreverente história de amor, que nos confunde ao irromper com o imagético dos romances a que temos acesso.
O mais belo desse livro é um amor florescer das (in)perfeições - é um lance de luz para a reflexão "O que há por dentro/por trás das nossas perfeições?", "Porque possuímos um ímpeto gigantesco em nos adequar socialmente principalmente no amor?".
Talvez seja o verdadeiro amor, o ponto de segurança de onde não precisamos nos prender na pretensão de responder a expectativas algumas.
De verdade, uma experiência muito interessante, o livro possuí várias camadas e nuances sobre os quais poderia discorrer por muito tempo. Um livro para ser sentido e permitir quebrar concepções, o final não posso esconder que me angustia muito, e pelo meu bem permito-me meditar essa última frase e quando me vejo estou revivendo cada linha do livro com mais sutileza.
Que bom que li! Leiam.