miatarin 26/02/2024
"Tudo está na cabeça da gente"
Anette, a personagem idealista vive em seu prórpio mundo; muitas vezes se desprendendo do lado material. Para ela, nada do mundo real é relevante; ela possui os seus hiperfocos e acumula um brando conhecimento sobre viagens que nunca fez, e convence a todos de que foram experiências reais.
Em uma busca incessante de pertencimento, ela decide embarcar para uma viagem "solo" ao Japão. Era sua viagem dos sonhos, a qual ela só tinha feito de maneira imaginária, sentimental.
Ao viajar para o Japão, Anette concretiza tudo aquilo que idealizou. Viu todos os lugares que pesquisou e, chegou a conclusão de que viajar, física ou sentimentalmene, não traz muita diferença, tudo estava em sua mente. O que realmente a libertou da monotonia de sua vida foi se desprender do material, deixar-se levar não apenas pelo imaginário, mas pelo físico também. No final das contas, um acarreta no outro, um não existe sem o outro.
A busca pela satisfação ou por um propósito é o que impulsiona a maioria das pessoas; mas algumas são obstaculizadas pelas adversidades da vida, que muitas vezes, são criadas por elas mesmas. Internalizam os sentimentos, as vontades, as reais intenções e motivos por trás de suas ações. Passam a vida "passando vontade", não agem, não vivem, apenas existem. E morrem.
O livro nos leva a refletir sobre a interconexão entre o mundo interno e externo, e como a busca por significado e realização pessoal pode transcender fronteiras físicas, nos proporcionando vivências únicas.