TiagoHelmer 31/07/2019A primeira parte do livro é composta por um diálogo em que se tenta explicar o que é um “sofista”. A crítica é que sofistas são pessoas que não se importam com a verdade ao propagar as informações, sua motivação é em ganhar algo.
A segunda parte do livro mostra o diálogo de Sócrates - que está prestes a morrer - com seus amigos. Nela, Sócrates usando a filosofia tenta explicar a existência da alma, vida após a morte e outras questões. Quando questionado por um amigo sobre a dificuldade em acreditar na vida após a morte, Sócrates responde “mas qual escolha nós temos?”, ou seja, se existe uma fagulha de chance já vale a pena acreditar (minha interpretação).
Sócrates em nenhum momento mostra medo de morrer, pelo contrário. Ele fala sobre um lugar ideal onde os deuses vivem e os pensamentos não possuem interferência de dor ou de prazer. Existem duas espécies de arte criadora - a divida (divindades-natureza) e a humana (sentidos-pensamento) - na criação divina tudo o que existe é perfeito e ideal e na criação humana nós apenas conseguimos interpretar parte do que existe com nossos sentidos limitados e sofrendo interferência, ou seja, uma vez liberto da condição humana o pensamento é livre e o entendimento ideal. Sócrates também fala sobre a alma, o conhecimento anterior ao nascimento, as condutas que um filósofo deve ter, etc.
A primeira parte é tediosa, mas a segunda é bastante interessante. Algumas questões que Sócrates aponta se assemelha bastante com a espiritualidade das grandes religiões da atualidade.