Fê Rodrigues 28/09/2014
[Resenha] Cartas a Amélia, de Pedro Costi
Não te abisma Amélia, a impotência humana de admirar o mundo?
Não é a toa que Pedro Costi faz parte do selo Talentos da Literatura Brasileira. Com apenas 20 anos, este gaúcho escreveu Cartas a Amélia, um livro intenso, poético, filosófico e lindo desses que nos deixa triste porque acabou.
O livro descreve uma série de cartas de Pierre, um poeta que sai em uma viagem sem destino certo. As epístolas são endereçadas a uma jovem chamada Amélia e relatam tanto o sentimento de seu redator, quanto as aventuras de sua jornada.
Ao deixar o seu apartamento e embarcar em um trem para a cidade mais distante, Pierre parte em uma busca por si mesmo. Na viagem, encontra de tudo: o artista, o músico, o louco, a morte, o amor, a infância. Com cada um Pierre aprende, levando e deixando um pouco de si pelo caminho. Com a viagem do personagem, o leitor aprende sobre a sua própria vida. A jornada de Pierre também passa a ser a nossa jornada.
A capa de Monalisa Morato é reflexo da beleza da obra. A entrega, a docura, a natureza, o bucolismo que traz a paz em meio a um desespero da alma. Até a tristeza é bela em Cartas a Amélia.
É impossível não ser tocado por palavras tão doces e por reflexões são profundas. São justamente estas reflexões em formato de confissões que nos fazem quer ler a obra do começo ao fim. Ler Cartas a Amélia é um degustar poético que nos enche de esperança, mesmo nos momentos de despedidas, nas horas de angústia.
"E da pureza fizeram-se os sonhos".
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