Contos fantásticos do século XIX

Contos fantásticos do século XIX Edgar Allan Poe...




Resenhas - Contos Fantásticos do Século XIX


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Carlos Padilha 28/12/2020

Leitura muito interessante
Embora seja grande apreciador de Gabriel Garcia Márquez, a literatura fantástica não está entre meus gêneros preferidos. Decidi ler esse livro para manter uma desejada e (no meu entender, saudável...) variação de estilos, motivado pela qualidade dos autores que compõem a seleção de contos.
Não me arrependi. A leitura se mostra muito interessante ao longo de todo o livro. Como em qualquer coletânea de contos, alguns nos agradam mais do que outros. Em minha opinião, os destaques ficam com A Morte Amorosa, de Théophile Gautier, O Sonho, de Ivan Turguêniev, e Em Terra de Cego, de H. G. Wells, que fecha o livro com chave de ouro.
Carlos Padilha 28/12/2020minha estante
Acrescento aos preferidos O Demônio da Garrafa, de Robert Louis Stevenson.




Martinha.Souza 11/12/2020

Um pouco de tudo
Uma vasta seleção de contos, alguns de uma criatividade surpreendente e mágico. Um episódio interessante é um homem que acorda um dia e percebe que seu nariz foi roubado, a saga dele em busca do seu membro que passa a ter vida própria e o quer como seu escravo; temos também a garrafa mágica que é capaz de realizar seus desejos, porém é necessário se desfazer dela antes da morte para não ter o inferno como destino final.
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Kayteru 18/10/2020

Gostei do livro, mas eu acho que varia muito dependendo do gosto da pessoa. Gostei de alguns contos, outros não. Alguns na minha opinião foram mal traduzidos, mas talvez eu apenas não tenha pegado a essência do conto. Como eu disse varia do gosto de cada pessoa. Recomendo.
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otxjunior 11/10/2020

Contos Fantásticos do Século XIX Escolhidos por Italo Calvino
Talvez os livros que mais se lamentem o fim sejam aqueles que levaram mais tempo para serem lidos. Tendo iniciado a leitura no Halloween do ano passado, fui lendo em média dois contos por mês e já comecei outra antologia que é para manter o hábito recém-adquirido. Nunca fui muito de conto, preterindo-o por narrativas mais longas, como as de novelas e principalmente romances. Precisou de uma seleção feita pelo escritor italiano Italo Calvino de textos do século retrasado que giram em torno do fantástico, tema que seduz homens de todas as culturas e épocas, para eu me render ao apelo das histórias curtas.
Não gosto da classificação de Calvino. A sua tentativa acadêmica de agrupar os contos por temas, os primeiros mais "mágicos" (o fantástico visionário) e o fantástico cotidiano e mais "psicológico" das últimas obras, parece arbitrária, como o próprio compilador admite. São basicamente indistinguíveis, quer o autor tenha lido Freud, quer não, como O Homem de Areia de E.T.A. Hoffman, que pertence a primeira parte, mas é mais "moderno" que muitos da segunda, atesta.
Entre outros contos de destaque estão O Sonho, de Turgueniev, o de mais marcante atmosfera em minha opinião; O Demônio da Garrafa, de Robert Louis Stevenson, que tendo lido logo após um livro de narrativa mais truncada foi muito prazeroso apreciar um verdadeiro contador de histórias, quase que emulando a boa e velha tradição oral; A Vênus de Ille, de Prosper Merimée, cujo cenário bucólico e resgate ao classicismo me consquistaram; Em Terra de Cegos, de H.G. Wells, em que o tema comum a tantos outros de olhos é levado ao extremo; Os Construtores de Pontes, de Rudyard Kipling, que só melhora quando Findlayson passa a usar ópio. E se estamos nomeando personagens, a irascível Medea, de Amour Dure, de Vernon Lee, pseudônimo de Violet Page, a única escritora da coletânea (Frankestein, de Mary Shelley, era muito longo para fazer a seleção segundo Calvino), merece menção honrosa.
Além disso, foi bom revisitar escritores como Edgar Allan Poe, Charles Dickens e Henry James; não melhor que conhecer outros como Honoré de Balzac, Nikolai V. Gógol e Ambrose Bierce. Em última nota, eu deixaria a leitura dos comentários por Italo Calvino que abrem os contos para depois. Por alguns conterem spoilers e outros assustarem desnecessariamente por seu caráter mais enigmático até do que a própria obra original. E não é esse tipo de terror – a saber, o acadêmico - que buscamos ao abrirmos um livro numa noite de outubro.
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Sue 06/08/2020

Fantástico tem duplo sentido para esse livro
A escolha genial de Ítalo Calvino vai te levar para todo tipo de aventura. Todo tipo mesmo. Do terror com mortos vivos, maldições e visões a amor sincero, sorte e lições de sabedoria. Você vai ficar mudo as vezes, de olho arregalado e em outras vai sair dizendo "não é que é verdade mesmo?" Fiquei com vontade de conhecer a obra dele mesmo porque tanto bom gosto só pode ter vindo de um escritor genial.
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G_Mateus 02/05/2020

Fantástica seleção de contos fantásticos. Foi um livro que definitivamente me deixou mais interessado no gênero. Dentre tantos contos, os que mais me chamaram a atenção foram: Der Sandmann de E.T.A. Hoffmann, Wandering Willie's Tale de Walter Scott, La morte amoureuse de Théophile Gautier, La venus d'Ille de Prosper Merimée, Skyggen de Hans Christian Andersen, Amour dure de Vernon Lee, The bottle imp de Robert Louis Stevenson e The Country of the Blind de Herbert G. Wells.
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Cello 19/04/2020

Fantástico!
Uma volumosa coletânea de contos de talentosos e famosos autores da literatura fantástica. Um prato cheio para fãs do estilo!
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Paulo 10/07/2019

Neste pequeno registro, vou deixar minhas impressões sobre os melhores contos da coletânea, na minha opinião:

1 - Em terra de cegos (H.G. Wells)

Esta é a segunda vez que eu leio esse conto do H.G. Wells. E é incrível o quanto ele fica melhor a cada nova leitura. A gente acaba percebendo outras nuances da escrita de Wells e outras mensagens que estavam escondidas bem ali e não éramos capazes de perceber porque não tínhamos a maturidade suficiente. Para mim, Em Terra de Cegos é um dos melhores contos (se não o melhor) escrito pelo autor. E é uma história com uma mensagem poderosa.

É também legal perceber o quanto as pessoas que moravam naquela vida não necessitaram do seu sentido da visão para se tornarem uma comunidade próspera. Eles conseguiram criar estratégias e até valores que os permitiram viver razoavelmente bem. Apoios para as pessoas, caminhos que são acessíveis ao toque, seu cultivo e criação que seguem os seus critérios. O sentido de audição e de tato deles são muito melhores que os de Nuñez. Eles são capazes de ouvir as batidas do coração de alguém e determinar se ele está mentindo, se está agitado. Até mesmo os critérios de beleza deles são diferentes de Nuñez: eles preferem formas mais arredondadas ao invés de mais angulosas. É a melhor demonstração de que é possível adquirir um desenvolvimento mesmo com algum tipo de limitação. Aliás, isso sequer é limitação para eles. Wells nos coloca Nuñez o tempo todo limitado de algum jeito.

2 - O Olho sem Pálpebra (de Philarète Chasles)

Histórias que exploram tradições são sempre interessantes. Eu fiquei surpreso que a história que mais me agradou dentre estas seis iniciais foi a mais parada de todas. Uma espécie de narrativa sobre o cotidiano de um grupo de escoceses comemorando o Halloween. Temos pessoas festejando, um homem ainda de luto por sua esposa, e espíritos da floresta. Aliás, espíritos zombeteiros da floresta. E é aí que a história fica um pouco mais sombria ao apresentar a estranha relação entre os seres humanos e os espíritos.

No começo da história, descobrimos que Muirland era um homem abusivo. Tinha ciúmes extremos de Tuilzie, proibindo-a do contato com outras pessoas de sua vila e chegando a deixá-la com marcas de agressões. As circunstâncias nas quais sua esposa falece são bem estranhas e não muito claras para nós (ela teria ficado doente... de que, não sabemos). Então, o que ele acaba sofrendo depois com o espírito é em parte uma espécie de "justiça poética". Mesmo com todos os detalhes mórbidos vemos que o agressor se torna um agredido e ele não tem mais paz de espírito. Mesmo se distanciando de tudo e de todos, os erros de seu passado o perseguem aonde quer que ele vá. Talvez essa seja uma das maiores mensagens que o autor passa através de sua história: nunca nos livramos completamente de nossos erros. Eles sempre voltam para nos assombrar.

Ao mesmo tempo uma outra mensagem está subjacente na narrativa: o de caminhar em frente. De nada adianta remoermos aquilo que se sucedeu. As tragédias acontecem e não importa o quanto a gente tente evitá-las, elas só podem nos fazer seguir em frente. Devemos sim ficar de luto por aqueles que nos deixam para trás. A vida não pára. É isso o que os convivas de Muirland estão tentando a dizer a ele durante as festividades. Com as brincadeiras sobre uma nova esposa, com as superstições e os espíritos.

3 - A Mão Encantada (de Gerard Narval)

Os duelos fazem parte da tradição romântica clássica. Toda vez que eu lembro de um duelo, remeto imediatamente a D'Artagnan desafiando os três mosqueteiros, na célebre história de Alexandre Dumas. Narval cria uma história muito espirituosa com um personagem pouco capacitado para fazer uma luta decente. Mas, ele certamente vive algumas situações bem bizarras e engraçadas. Ou seja, o autor subverte o tema do duelo entre dois cavaleiros com um protagonista que tenta obter alguma vantagem e acaba se dando mal. O leitor acaba ficando com pena do personagem porque ele nem é uma pessoa mal intencionada, apenas se meteu em uma bela enrascada.

Narval é um belo de um narrador. Tirando o fato de que algumas coisas são completamente irrelevantes para a história, mas ajudam a apresentar o caráter do protagonista. Ele faz todo um prólogo apresentando a vida de Eustache como aprendiz apenas para demonstrar o quanto o personagem é passivo em relação às coisas que acontecem com ele e com as pessoas ao seu redor. O começo é uma bela crítica à burguesia francesa. A apresentação de homens que apenas desejam explorar os mais pobres e consideram as outras pessoas seus capachos. Mestre Godinot é pintado com aquela imagem típica do negociante maldoso: baixinho, calvo, olhar malandro e um nariz grande e quadrado. É quase um estereótipo desse tipo de personagem. Mesmo assim, Narval consegue dar muita personalidade a um personagem que não vai ser aproveitado na história. Por que???

A narrativa é muito bem humorada. Ela é contada por um narrador que quase sempre quebra a parede e não se preocupa nem um pouco com uma sequência meio lógica dos acontecimentos. E é isso que faz da história tão genial. O narrador comenta sobre o que se passa e apresenta algumas cenas dignas de um filme de comédia. Tem uma cena com o magistrado que eu me lembro de ter caído na gargalhada. Parece algo saído de Os Três Patetas. Ou no final com os acontecimentos bizarros em cima do patíbulo. O pobre protagonista é muito inocente e acaba caindo na armadilha do cigano. Só faltou explicar qual o motivo para o cigano aprontar aquela para o protagonista.

4 - O Coração Denunciador (de Edgar Allan Poe)

Alguns psicólogos afirmam que assassinos gostam de esbanjar os crimes que cometeram. Não há graça em um crime genial se ninguém percebe sua genialidade. É dito também que alguns criminosos se sentem presos em um quarto escuro com medo a todo o momento de serem descobertos. É com essa última característica que Edgar Allan Poe nos apresenta O Coração Denunciador. Entre as histórias de Poe esta é uma que está no hall daquelas mais famosas. É nela que vemos a genialidade do autor e a capacidade de criar mentes sórdidas.

O protagonista criado por Poe é uma pessoa absolutamente paranóica. Na narrativa de Poe a gente nunca sabe ao certo se o que acontece é fruto de uma doença ou de um acidente, ou se é o próprio subconsciente do personagem que se revela (como em O Gato Preto). A maneira como o autor descreve o nojo e o asco que o personagem sente simplesmente pelo olho do velho. Algo simples, mas que produz um efeito bizarro no personagem. Outro elemento importante é o quanto a audição reflete o sentimento de culpa do personagem. As mínimas batidas no chão são o suficiente para deixar o personagem preocupado de que seu crime poderia ser revelado. Aí é preciso refletir se o que se sucede é uma vontade do personagem de se revelar ou meramente a culpa dele se manifestando e desejando que ele fale a verdade.

O Coração Denunciador é um dos melhores contos de Poe. É um conto curtinho e extremamente impactante. Além de nos mostrar por que o autor é um dos melhores contistas de terror da literatura.

5 - Os Construtores de Pontes (de Rudyard Kipling)

A interação entre o novo e o antigo é um tema que passou pela mente de muitos autores. Este choque entre tradicional e moderno. Se formos pensar na Índia então, é onde isso acontece até os dias de hoje. Aliás, é legal pensar primeiro historicamente. A Índia foi um dos lugares onde o imperialismo selvagem europeu principalmente quando sob a tutela da Inglaterra após a segunda metade do século XIX. Os ingleses empreenderam um ritmo de industrialização muito frenético, desconstruindo o tradicional e impondo a civilização. Até desdenhando daquilo que fazia parte da cultura indiana desde tempos imemoriais. É lógico que isso vai provocar uma reação. A aculturação foi sim parte do modus operandi dos ingleses. E Rudyard Kipling conseguiu usar a sua literatura para nos chamar a atenção quanto à necessidade de prestarmos atenção nestes pequenos detalhes.

Somos colocados diante de um grupo de trabalhadores construindo uma ponte importante para ligar duas regiões da Índia. Ponte esta que seguia um modelo em pilastras, teoricamente garantindo uma resistência e estabilidade maior do que as pontes estaiadas, que haviam se tornado uma moda naquele período. Findlayson é o chefe de obras e tem orgulho de sua abordagem na construção de pontes. Peroo é um indiano que o ajuda com os trabalhadores locais. E é um homem imbuído da cultura indiana e lhe fala de algumas de suas superstições e o quanto seus homens são afetados por elas. Um dia, uma chuva ameaça destruir todo o trabalho. Findlayson se vê na tarefa de recolher todo o material de construção da ponte. Peroo o alerta de que essa cheia é fruto da ira de Mãe Gunga que está insatisfeita com as pessoas que não lhe fazem mais oferendas. Diante de tamanha destruição perpetrada por um deus, Peroo pede a Findlayson que largue tudo e se abrigue em um lugar. Mas, o construtor persiste e acaba assistindo a uma incrível cena que vai marcá-lo para sempre.

É possível o tradicional conviver com o moderno? Esta é uma pergunta extremamente filosófica e talvez impossível de ser respondida com precisão. Kipling acredita que sim e tenta demonstrar isso através de uma conversa entre vários deuses. Cada um aponta um problema na humanidade. No século XIX estávamos em um lento processo de nos desligarmos dos aspectos religiosos que vão culminar na visão de "Deus está morto" de Nietzche. Diante das transformações tecnológicas não havia mais tanto espaço para o inexplicável. No início dos tempos, as religiões se focavam nesse aspecto de misterioso e mágico provocado pelos fenômenos da natureza. Mas, à medida em que a ciência ganha cada vez mais espaço, o mágico acaba sendo relegado a lugares muito pequenos de nossa imaginação. Isso afeta a forma como nos relacionamos com a fé. O que é a fé hoje? O que a religião representa em nossas vidas? Vemos um crescimento de religiões de caráter mais normativo, que regulam nossas vidas em prol de um pós-morte ideal. Não sobre espaço para religiões como a hindu onde a relação com os deuses vem a partir do desconhecimento da faceta selvagem da natureza.

Certamente Kipling nos faz refletir sobre esta dicotomia. Os personagens são nossas orelhas para entender o que ele realmente quer dizer. E sua abordagem acaba sendo orientada para algo metafísico que serve para todos nós. Os Construtores de Pontes é uma daquelas histórias que valem a pena serem lidas e relidas.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
Clara Vellozo 19/12/2019minha estante
Adorei seu comentário sobre Os construtores de pontes. É o meu conto preferido do livro.




Edna 19/06/2019

Uma volta no tempo
Ler esses contos, me deu uma amplitude sobre a literatura gótica e conheci vários autores clássicos que ainda não tivera contato antes.

Trouxe resenha do último conto



Em terra de cego ? Herbert George Wells ? Escrito em 1899

"Do mundo de fora chega um homem; todos o acham um inválido, incapaz de fazer o que eles fazem, que diz coisas sem sentido. O homem pensa em se tornar o rei dos nativos, como diz o provérbio do coalho em terra de cego. Mas o provérbio erra: em terra de cego, quem não vê é mais forte do quem vê."

Este conto já inicia mostrando a diversidade cultural assim como tudo o que ela representa para o ser .

De uma forma muito clara o que é ambição humana com a narrativa de uma intrigante história que se passa em um vale localizado entre montanhas nos Andes Equatoriais, entre os desfiladeiros imensos e entre o inverno gelado e a erupção do Mindobamba que durou 17 dias, um local extremamente afastado das outras civilizações e de muito difícil acesso que se tornou possível após essa erupção.

É vítima da hora do acontecimento um homem qye ficou preso nesse mundo e nada restava a não ser um recomeço, esquecendo tudo que deixara do outro lado.

Naquele mundo antes acessível, todas as pessoas ficaram cegas, mas esse homem questionando o porquê, não via como uma epidemia e acreditou que fora um castigo por um pecado por não existir templo nem se praticar a fé
e esse pensamento ideológico criou nele um espírito para que saísse do vale com o tesouro local em busca dessa ajuda para a cura da cegueira mas mas quinze gerações se passaram até a chegada de Nunez o estranho.

Escalou o local com uma equipe inglesa, caiu do lado desconhecido da montanha, e lá em baixo, Nunez se deparou com uma população cega e isolada do restante do mundo por tanto tempo.

Em vão após várias tentativas de dominar inutilmente o povo pois ele era o único que enxergava, mas ninguém aderiu ao seu raciocínio e Nunez tenta adaptar-se à cultura local. Até se apaixona por Medina, e o conselho decide que para Nunez se tornar um deles e se casar com ela, deverá passar por uma pequena operação na qual perderá sua visão, até a véspera da pequena operação Nunez percebe que não quer nem poderá renunciar à sua visão que lhe proporciona a contemplação de tudo ao seu redor.

Um conto de tamanha reflexão e vemos contrariando o ditado original __Em terra de cego qyem tem olho é aberração.
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Carlos Nunes 17/12/2018

Excelente coletânea
Maravilhosa e abrangente coletânea com o melhor do conto fantástico do Século XIX. Ítalo Calvino fez uma seleção muito boa, intercalando escritores consagrados, como Poe, Dickens, H.G.Wells, Kipling, Walter Scott, Hoffmann, Balzac com outros nem tanto, como Le Fanu, Jan Potocki, Philaréte Chasles, Nerval e Leskov, formando assim um painel bem variado, tanto de estilo de escrita quanto de nacionalidades. Dividido em duas partes, "o fantástico visionário" e "o fantástico cotidiano", nem sempre os contos têm algo de sobrenatural ou fantasioso, especialmente na segunda parte, mas, excetuando-se alguns poucos, maravilhosamente escritos e envolventes. Leitura mais do que recomendada!
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Thiago275 21/02/2018

Uma boa leitura, com algumas surpresas
Da Itália renascentista à França medieval. Da Nova Inglaterra recém-independente à Índia colônia britânica. Essa coletânea mostra que o fantástico não necessariamente advém de feitiços brilhantes ou explosões de luz.

Às vezes, o fantástico se encontra no sussurro do vento, em um nariz que teima em sair do rosto, ou mesmo num sonho que vira realidade.
Interessante que as histórias foram organizadas em ordem cronológica, de modo que é nítida a diferença entre os contos do início do século, em que estão presentes ainda a mística das florestas, e os contos do fim do século, já integrando as novas paisagens que surgiram com a Revolução Industrial e o crescimento dos centros urbanos.

Uns bons, outros medianos. Mas todos representando aquela fascinação da humanidade pelo desconhecido.
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Otavio.Augusto 17/01/2017

Contos Fantásticos Do Século XIX
Esse eu ganhei de uma professora minha. Pensei comigo e comentei com meu amigo: "Minha professora quem deu, devo ler mesmo? Não fala sobre assuntos que eu costumo ler e gostar." Então ele me incentivou. E eu li. E ainda bem que fiz isso. É um livro que um conto é melhor que o outro. São uns contos tão bem escritos. Ideia excelente do Ítalo Calvino de escolher esses e juntar tudo.
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Maitê 01/11/2016

Bom
Alguns contos nem lembro mais, e outros não consigo parar de pensar. No geral é uma boa coletânia para aqueles que curtem o estilo.
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Mandy 09/07/2016

Contos Fantásticos do Século XIX
Este livro é uma coleção de contos fantásticos de 26 autores do século XIX, das mais diversas tradições literárias, escolhidos por Italo Calvino, no livro foram escolhidos contos com as várias faces do sobrenatural: são histórias de fantasmas e de horror, do onírico, do macabro, do exótico e do misterioso, variando entre aparência cotidiana dos fatos, um mundo encantado ou infernal que, mais do que assustar o leitor, o deixe perplexo: é verdade ou mentira, sonho ou alucinação?

Eu gosto bastante de contos de horror e coisas do gênero, então quando peguei esse livro para ler na minha TBR sabia que iria gostar da leitura, porém não sabia que ia ser tão legal, pelo menos com a maioria dos contos desse livro. Os 26 contos foram divididos em duas categorias: o fantástico visionário e o fantástico cotidiano, a primeira categoria trás contos com muitos elementos de magia e lendas, a segunda categoria trás o cotidiano como pano de fundo, juntamente com elementos mais voltados para o lado psicológico dos personagens; e no começo de cada conto, no começo de cada conto temos uma pequena introdução de Italo Calvino comentando sobre a história e sobre o autor e suas caraterísticas, o que é bem interessante, porque alguns dos autores eu não conhecia e com isso foi muito mais proveitosa a leitura dos contos com um pequeno conhecimento prévio, e também me instigou a querer saber mais sobre.

Eu adorei a maioria dos contos desse livro, principalmente os contos da primeira categoria, os da segunda foram apenas alguns que realmente aproveitei a leitura, alguns contos porém foram um pouco arrastados para mim, muita descrição de lugares e pessoas e na hora de desenvolver o lado fantástico do conto deixou um pouco a desejar, pelo menos para mim; mas dos contos que gostei todos me surpreenderam e até me deixaram com um pouco de medo, alguns tinham um toque de cômico, humor negro e bastante suspense; um dos contos que gostei muito e me deixou bem presa na história e surpresa com o fim, foi o conto Chickmauga de Ambrose Bierce, ele faz parte da segunda categoria de contos, toda a descrição do ambiente, do personagem foi feita de forma incrível, o conto não tem nenhum diálogo, mas sua escrita é incrível e apesar de muita descrição, é um conto curto e nem um pouco cansativo, conforme vamos avançando na leitura tudo vai ficando mais denso e tem um desfecho incrível.

Todos os contos são bem interessantes à sua maneira e bem escritos, e para todos os gostos, uma livro muito bom que vale realmente a pena ter em sua coleção, a minha cópia eu ganhei da escola que eu estudava na época do ensino médio, e acho que as escolas públicas deviam investir cada vez mais em bons livros para seus alunos e incentivar a leitura nos jovens de hoje. Esse livro faz parte de uma coleção da Companhia das Letras chamada Coleção Listrada, que tem outros títulos como:103 Contos de fadas, 20 Contos de Truman Capote, Contos de Horror do século XIX, entre outros.

Então indico essa leitura para quem gosta de literatura fantástica ou para quem se interessa em começar a viajar por esse mundo tão diverso!!

site: http://www.pequenosvicios.com.br/2016/05/contos-fantasticos-do-seculo-xix.html
Isabel 08/07/2018minha estante
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@APassional 04/06/2016

* Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Ítalo Calvino é um dos mais brilhantes autores italianos e destaca-se na cena contemporânea como um expoente do realismo fantástico, sou apaixonada pela escrita de Calvino, ler uma antologia selecionada por esse mestre da literatura fantástica era principalmente uma forma de penetrar em suas referências, e como em “As cidades invisíveis”, me deparei com um dos melhores livros de contos que já tive em mãos.

Confira a resenha completa no blog Arquivo Passional, no link abaixo.

site: http://www.arquivopassional.com/2016/06/resenha-contos-fantasticos-do-seculo-xix.html
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