@fernandajfguimaraes 29/07/2020
"Exibir a inteligência era uma coisa boba. Devíamos simplesmente dizer o que sentíamos... o que sabemos a respeito até mesmo das pessoas com quem vivemos todos os dias?"
Virgínia Woolf surpreendia a todos com seus novos recursos estéticos que lhe permitiam expressar uma nova realidade: a modernidade, a crescente urbanização, a industrialização, o conflito de classes, as Guerras. Preocupava-se em captar os recônditos da mente, os labirintos da memória, as contradições, o tempo psicológico. Nesse ínterim, também elaborou uma trama na qual pudesse fazer experiências sensoriais, associações, jogos temporais e abusar da sua técnica mais famosa, o fluxo da consciência, inspirada nas obras de James Joyce e Proust. Além disso, vemos críticas ferrenhas entranhadas na história de Mrs Dalloway ao Império, ao colonialismo, ao patriarcado, também reflexões sobre sanidade e insanidade, vida e morte e a representação do feminino.
Eu simplesmente me encantei com Mrs Dalloway e posso dizer que considero um dos meu livros favoritos.