O Coração Das Trevas

O Coração Das Trevas Joseph Conrad




Resenhas - O Coração das Trevas


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Víctor Morais 12/03/2023

Horror! Horror!
Vou começar falando que esse é o primeiro livro do Clube de Literatura Clássica que eu leio. E essa edição é simplesmente perfeita, não tem posfácio ou apresentação, mas muitos comentários e belíssimas ilustrações. Sobre a história. Eu consigo ver o porque esse é aclamado, tanto pela escrita de Joseph Conrad, tanto que, para um livro escrito por um europeu branco, publicado em 1902 falando sobre a escravidão e a colonização de um jeito tão...cruel. Tipo, hoje em dia a gente sabe o que é a colonização e a escravidão, mas antigamente...

Enfim, há MUITAS descrições do real horror que é o horror, e a solidão. Tanto que quando o autor escreve: cada vez mais penetrávamos no coração das trevas, nesse momento aí eu percebi que o real coração das trevas não seria realmente o lugar no meio do rio congo, e sim, o coração humano, o coração de passado, solitário e pesado.

Eu realmente gostei, só não dou cinco estrelas pois há em vários momentos algumas descrições que poderiam ser curtas, ou até nulas. Mas fora é último livro.
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Jaqwx 12/03/2023

O horror! O horror!
Achei um livro extremamente interessante, porém se não tivesse assistido um sumário antes eu provavelmente não teria entendido muito o que estava acontecendo devido a forma que ele foi escrito.
Portanto caso você queira ler esse livro recomendo assistir o sumário primeiro, recomendo o do VideoSparkNotes, caso saiba inglês.
Após assistir o vídeo a leitura fluiu muito bem e adorei o livro.
Recomendo a leitura.
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Miguel.Moreira 12/03/2023

Coração das trevas
Trata-se de um relato de um marinheiro que explorou as terras do Congo, na época da colonização. O livro gira em torno de um objetivo do marinheiro, que é resgatar um homem chamado Kurtz, aparentemente um mercador que foi em busca de marfim. Descobre-se que o homem fora corrompido pela natureza selvagem, e que toda a busca de tornara em vão no final das contas, tornando útil apenas a coleta dos relatos.

Esperava mais da obra, há poucas discussões que pude tirar, mas nada muito filosófica. A escrita do autor é excelente, e de um nível não muito fácil, portanto é uma obra para se ler com muita atenção. Há uma questão sobre raças, e a crença de que determinadas formas de crânio tendem a ser mais desenvolvidos que outros; essa discussão é levantada por um médico pró-ciência, o que nos passa a impressão de ser um personagem caricato.

Infelizmente, não é um livro que eu recomendaria para a pessoa ler para se divertir, ou relaxar, mas vale a experiência de ouvir a história de um marinheiro que fizera expedições para o mundo selvagem. A figura do herói está presente na obra, mas com a única sutileza de que este herói se corrompe pela própria natureza. Me refiro aos seres primitivos que o homem moderno tende a achar que os povos primitivos tem o coração puro e todas essas baboseiras, mas esquecemos que a natureza não é nada utópica, basta olharmos para tribos indígenas que estupram, pois é algo normal para eles; ou até mesmo as tribos que enterram crianças com alguma deficiência física.
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Gustavo.Henrique 12/03/2023

Em o coração das trevas, Conrad narra as viagens imperialistas britânicas até o coração do congo, serpentando em seu grande rio cercados pela matéria humana que durante tanto tempo foi tratada pelos europeus desde o mais simples dos homens até pelos seus grandes intelectuais que iluminaram a sociedade europeia como sendo gente inferior. Os discursos presentes no texto são um reflexo cristalino da visão de muitos desses homens ?simples? que iam ate a África apenas extrair recurso, não se importando é claro, com a construção de verdadeiros ?moinhos de gastar gente? parafraseando Darcy que analisava o sistema que exauria corpos negros no solo brasileiro. O discurso do projeto civilizador se encontra gravado em uma pequena frase em um caderno que como o próprio personagem diz, seria o rascunho de um método: exterminem todos os brutos. Aqui, o autor não tenta dar protagonismo aos negros, antes, tenta captar o coração daqueles ditos simples cidadãos, que como ele bem avalia, cercados por uma sociedade que vigia e pune, jamais entenderia as liberdades mais violentas colocadas em prática quando se escapa de seus olhos.
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Nicolas27 07/03/2023

O livro não é péssimo, mas está longe de ser um dos melhores. A história tem um potencial que, na minha opinião, é muito mal aproveitado, falta um "tchan" pra grudar o leitor no livro. Apesar disso, a escrita é boa e se não fosse por ela eu teria desistido de continuar; os pensamentos sobre a solidão, as trevas humanas são bem posicionados - poderiam estar encaixados em um história mais explorada e aprofundada, com maior grau de complexidade? Sim, mas considerando o número de páginas está razoável. Na verdade, o termo que resume todo o livro é este, razoável. Razoável... Ou será decepção? Ainda não decidi.
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Debora 02/03/2023

A alma humana dissecada
Uma narrativa envolvente que nos coloca suspense e nos faz adentrar na floresta rio acima junto com o capitão Marlow em direção as profundezas da alma humana.
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Linhares 02/03/2023

"O horror, o horror"
Um clássico não é um clássico por acaso, sua mensagem é atemporal e muitas vezes está nas entrelinhas, no caso de Coração das trevas, BEM nas entrelinhas.

É uma novela curta, mas não se engane, definitivamente não é um livro fácil de se ler, não pelo conteúdo, mas pela escrita do autor que é bem densa e intrucada, mas isso faz parte da experiência desse livro. Leia sem preconceitos com a escrita.

Não gostei do desfecho do personagem "Kurtz", o livro nos enche de expectativa sobre esse personagem, promete muito e entrega muito pouco. No geral pra mim foi um livro bom.
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Tay 28/02/2023

Essa é uma obra sucinta, sem muitos floreios, que vai direto ao ponto. É positivo, porque o foco central da trama se mostra no começo, a atmosfera sufocante dá partida desde a primeira página. Considerado um clássico da literatura em língua inglesa, "Coração das Trevas" retrata o massacre imperialista belga no Congo. A exploração de marfim e de vidas negras é o verdadeiro "horror". Me vi sentindo ódio profundo por basicamente todos os personagens do livro, incapaz de fingir que aqueles homens ali não foram responsáveis por terrores imensos e exploração exarcebada. É impossível não sentir ódio dos europeus. Mesmo. Todo esse papinho de "somos os melhores e eles são brutos" me dá vontade de ressucitar a guilhotina francesa. "Eat the Europe" é meu termo preferido. A narrativa em si conclui o que apresenta, mas senti falta de maiores detalhes no final - que ficou um pouco embaralhado. Uma leitura ok.
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Leticia.Rebecca 27/02/2023

Não vou negar que o racismo durante todo o livro mas principalmente no capítulo 1 é extremamente difícil na leitura, além disso existe uma escrita complicada, é preciso prestar muita atenção pra não se perder. O que talvez seja mesmo a intenção do livro no final.
Contudo a descrição dos cenários e os sentimentos que o protagonista nos transmite são impecáveis. Os personagens são complexos não são bons ou ruins e muitas vezes nem sabemos se são reais ou personificações da própria mente do narrador.
Gosto especialmente de sua visão de Kurtz, do paralelo que o autor faz entre figuras mitológicas e suas próprias experiencias e do paralelismo nas figuras femininas.
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Ma_ah 26/02/2023

Sombrio
Não é à toa que "Coração das trevas", é um clássico tão relevante. E isso vai além de ter sido fonte de inspiração para o também cultuado "Apocalypse Now", do Coppola, e várias outras obras da cultura ocidental.
Em parte inspirado pela experiência vivida de próprio autor, Joseph Conrad, acompanhamos aqui o relato da história de Charles Marlow, contratado por uma empresa belga para navegar por um rio africano, levando o marfim explorado na região. Mas ele também precisará encontrar e trazer de volta um importante funcionário dessa companhia. E aí conhecemos um icônico personagem da literatura, Kurtz.
A atmosfera que Conrad criou para a jornada de Marlow e especialmente com os momentos em que Kurtz aparece são atordoantes. Tudo é sombrio, esmaecido, denso, úmido, opressor e muitas vezes enlouquecedor. Quem já passou algum tempo em uma floresta tropical sabe muito bem que não é nada paradisíaco como pintam. Isso em nada desmerece os povos e os ambientes dali, mas é um fato.
Mas a riqueza da obra, que é curta, está além de expor as loucuras do colonialismo europeu. A analogia com as trevas da mente humana também surgem. Kurtz pode representar o capitalismo selvagem e sua falta de sentido, mas pode ser também aquilo de mais sombrio e louco que surge quando estamos no extremo.
Dá para falar muito mais dessa obra e sua força é inegável. Foi uma grande experiência pra mim e super recomendo a leitura!
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Paulo.Vitor 26/02/2023

Lembrar para nunca esquecer.
Comecei a leitura deste, não por ser um clássico, mas por ter inspirado diversos jogos, principalmente o Far Cry 3 e o Spec Ops The Line, e acabei me deparando com uma leitura muito mais complexa e densa do que esperava.
Definitivamente não é um livro que vai te fazer ficar maravilhado com uma escrita linda e com situações interessantes, muito pelo contrário, vai te confundir com uma escrita boa, porém que mistura a cronologia e descreve situações deploráveis praticadas pela exploração promovida pelo rei Leopoldo II, que tinha realizado diversas manobras e golpes políticos para declarar que o território do Congo não pertenceria, como deveria, ao próprio povo congolês, muito menos como um território colonial belga, que já seria de uma aberração sem tamanho, mas como uma PROPRIEDADE PRIVADA do próprio rei, que foi o maior absurdo humanitário, histórico e sociológico dos últimos séculos, que não se engane, na época mesmo já era tratado como um escândalo sem tamanho, como comentado ao final do livro no importantíssimo e perfeito texto de Carlos da Silva Jr.
Portanto, é um livro que deve ser lembrado justamente como um relato das atrocidades cometidas na região, nunca exaltado, mas sim, lembrado para ser combatido.

Edição da Darkseid é bonita, o preço foi bom, paguei 33 reais, é um livro até que curto, porém não é fácil de ler de uma vez só.
O livro conta com ótima introdução de Paulo Raviere e ótimo posfácio de Carlos da Silva JR.
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Lucas1429 20/02/2023

Terrivelmente entediante ?
Mano do céu, não sei o que dizer desse livro, foi uma das leituras mais difíceis de completar nesse ano, é uma linguagem antiga que o autor adotou e teve muitas vezes que eu tive que reler o parágrafo porque não estava entendendo nada, fora que qualquer coisa do exterior conseguia me distrair.

Foi terrível essa leitura e se eu sobresse que depois da história e do diário dele tinha um resumo de tudo e comentários sobre os pós acontecimentos referente a escravidão e o impacto da cultura negra eu juro que não tinha lido a história principal. Não irei ler novamente com medo de abandonar, se você que está lendo isso quiser ler mesmo assim fica por sua conta e risco.

Esse livro tem 176 páginas que para mim parecia que eu estava lendo um livro de 1000 páginas ??

Dou 3 estrelas ? por causa da qualidade magnífica da dona Darkside ? se fosse pela história seria uma só.
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Alessandro232 20/02/2023

Uma intensa jornada pelo horror da civilização
"Coração das Trevas" é um livro difícil de ser definido, até mesmo dentro de um gênero específico. Aparentemente, é o relato de um marinheiro pelo interior da África, descrito com um local exótico, cheio de perigos. No entanto, gradativamente, ao "mergulharmos" mais profundamente na trama de "Coração das Trevas", percebemos que essa obra não é somente uma história de aventura.
Apesar de pequeno, -cerca de um pouco mais de 100 páginas, o livro é imenso em sua complexidade. Conrad em "Coração das Trevas" para atrair e "fisgar" o leitor, faz uso de um recurso típico da narrativa do século XIX - a história dentro de uma história. Dentro da chamada narrativa moldura, temos um narrador desconhecido, um marinheiro que fala sobre uma noite na qual um de seus companheiros também marinheiro, Charles Marlow - alter ego de Joseph Conrad que também trabalhou muitos anos na marinha mercante - reuniu os membros da tripulação de um navio e contou a eles a respeito de estranhos eventos que se passaram em algum lugar do continente africano. É interessante como narrativa aparentemente moldada como uma espécie de "história de viagem" aos poucos ganha contornos assustadores e até mesmo insólitos e míticos.
Um dos grandes méritos do livro, é com certeza a escrita de Conrad que adquire matizes que podem ser chamadas de "alucinatórias", criando assim ao longo da narrativa uma espécie de atmosfera sobrenatural. Também no que se refere à escrita, destacam-se detalhadas descrições da Natureza selvagem, nas quais são ressaltados elementos pictóricos, de modo que o leitor se sinta participando com o narrador por um trajeto, no qual os lugares tornam-se cada vez mais exóticos e perigosos - essa sensação parece ser ampliada se o texto for lido no original.
Sobre a trama, pode-se dizer que o livro pode ser compreendido em duas camadas: uma mais superficial, como uma jornada pelos recônditos da África, com seus mistérios e também seus horrores que, por seu turno, são inspirados em horrores reais relacionados com a exploração do povos primitivos, o que revela a face mais cruel e desumana do colonialismo europeu.
Também de modo mais complexo, e, mais instigante, como um assustador percurso pelo lado oculto da psique humana, relacionado aos desejos e instintos primitivos, bárbaros e até mesmo bestiais.
Além disso, Joseph Conrad também apresenta ao leitor um dos mais fascinantes personagens da literatura: o capitão Kurtz, provavelmente, a melhor criação do autor. Assim como outros vilões que representam o que há de pior na natureza humana, como Heatchcliff, capitão Ahab, Kurtz mesmo após o término da leitura, permanece um enigma a ser decifrado, - do mesmo modo que sua última fala: o horror, o horror.
"Coração das Trevas", principalmente, ao revelar o que esconde de bárbaro no aspecto civilizado, permanece um livro muito atual. Por trás de ficção, de seu aspecto fantástico, "Coração das Trevas" consegue fazer uma denúncia "realista" a respeito da barbárie que ocorreu durante o processo de colonização, revelando horrores tão terríveis que nem mesmo o narrador, Marlow é capaz de compreender. Dessa forma, Conrad em "Coração das Trevas" consegue arrancar a máscara do bom colonizador e mostrar seu lado mais sinistro, selvagem e primitivo.
São poucos autores que conseguiram explorar com tanta mestria os horrores contidos na alma humana. Conrad sem sombra de dúvida é um deles. Ele é um autor brilhante, com uma escrita sofistica e muito bem elaborada, mas, infelizmente um pouco esquecido na atualidade, mas que merece ser redescoberto. Sendo "Coração das Trevas" sua obra-prima e um livro de leitura obrigatória que antecipou outros horrores reais, tais como as guerras mundiais e a guerra do Viatnã, que serviu de cenário para sua adaptação cinematográfica mais conhecida.
Sobre a edição: O CLC caprichou no projeto gráfico, com destaque para as belas ilustrações- embora tenha feito falta um texto de apoio sobre a obra e o autor. A edição é bilingue, o que possibilita ao leitor ter acesso a obra original, -recomendo sua leitura, porque dessa forma possibilita uma experiência de leitura, mais intensa e impactante. Mas, a tradução também é muito boa, e, reproduz quase ao pé da letra a escrita de Conrad.
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Livro que livra 20/02/2023

Afinal, quem são os bárbaros?
O enredo é tortuoso, talvez porque ele pretenda realçar o aspecto sombrio, difícil, penoso, da jornada do seu protagonista. Não há como narrar com leveza uma peregrinação pelo inferno. Então, o texto é um tanto pesado,

E é nebuloso porque é o relato feito por alguém que não entendeu muito bem o que tem a contar, e que compartilha com o ouvinte-leitor não uma certeza, mas uma vaga perplexidade. Mas há belas frases, belíssimas imagens e sólidos personagens.

O livro traça um paralelo muito claro entre duas trevas distintas, as do interior do continente selvagem e indomado e as do espantoso interior da alma humana, onde se esconde a mesma natureza bravia e sanguinária que há na profundeza da selva.

Será que um homem consegue mergulhar fundo o bastante nas trevas do próprio coração a ponto de enxergar seu verdadeiro eu lá no fundo?

E lá no fim da jornada o que encontram é o si-mesmo: o que o livro frisa é que não existe muita diferença real entre o europeu da era industrial e o africano paleolítico: ambos são brutais e capazes de usar armas, sejam flechas ou carabinas, para obter o que querem; ambos temem o desconhecido.
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