Um teto todo seu

Um teto todo seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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Joyce.Rabello 21/03/2023

Atual como o passado
"[...] que mesmo no século XIX uma mulher não era encorajada a ser artista. Pelo contrá- rio era desprezada, estapeada, repreendida e aconselhada. Sua mente deve ter-se exaurido, e sua força vital ter diminuído pela necessidade de se opor a isso e desaprovar aquilo. Então aqui nos deparamos com um complexo masculino obscuro e muito interessante, que teve bastante influência nos movimentos fe- mininos; aquele desejo inveterado nem tanto de que ela seja inferior quanto de que ele seja superior, que o coloca onde quer que se olhe, não apenas diante das artes, mas também bloqueando o caminho para a politica, mesmo quando o risco para ele parece ser infimo, e o requerente, humilde e devotado."

A Virgínia é sensacional, apenas, toda mulher precisa ler uma obra dessa pra entender que o ponto do feminino é muito mais além do que o discurso liberal de meu corpo minhas regras
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Alana.Luckwu 15/03/2023

Esse livro é um grande devaneio
Esse livro não serviu nem um pouco pra entender porque essa autora é tão aclamada. Exceto para mostrar que faz bom uso da gramática.

A unica coisa interessante aqui foi experienciar o estilo de escrita de fluxo de consciência. E por isso dei a 0,5 estrela.

A autora cria histórias e não fundamenta seus argumentos. Parecia perdida na sua própria narrativa e sem propriedade do que tentava explicar.

A primeira leitura ruim do ano...
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Marianne Freire 15/03/2023

?Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável? (El País)

?Um teto todo seu. Um quarto, uma sala, um espaço livre de interrupções, alheamentos, desatenções. Tempo suficiente para se dedicar à escrita. Eis as condições básicas, segundo Virginia Woolf para que uma mulher escreva ficção.?

Virgínia Woolf tinha problemas psiquiátricos, e vasta produção artística em romances e ensaios. E mesmo assim, tatiava o indizível.

Neste ensaio ficcional, o lirismo de Virgínia Woolf fala da dificuldade das escritoras mulheres encontrarem seu espaço, serem reconhecidas, validadas, sob o prisma de suas produções ficcionais que não tinham apreço e estima devido a dominação masculina.

Virginia diz que ?as mulheres devem ter dinheiro para ter um quarto só seu para escrever ficção.?

O conservadorismo em relação ao comportamento da mulher no séc XIX fazia com que o talento de muitas mulheres escritoras de ficção fossem invisibilizados, impedidos, seja pela jornada do trabalho doméstico, dos cuidados com crianças, falta de recursos monetários, percepção e validação social.

Como o patriarcado e a vida reservada do séc XIX impactavam uma escritora mulher de ficção e fazia com que elas ficassem no ostracismo de seus papéis de gênero, familiares e domésticos. Os privilégios masculinos da época, a submissão feminina, questões de gênero, machismo, fazem desse ensaio feminista ser um clássico britânico que ainda dialoga com nossa contemporaneidade.
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Gabbie 14/03/2023

Nunca tinha lido nada da autora e ouvi o livro por audiobook e gostei tanto que vou ir atrás de comprar um físico para pode destacar frases e fazer anotações.

Pretendo ler mais da autora e fiquei muito motivada a consumir mais livros feministas.
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Lais.Fernanda 14/03/2023

Pequeno, mas condensado de conteúdo
Nesse livro residem textos que são adaptações de palestras realizadas na Universidade pela autora Virgínia Woolf, nas quais ela discorreu sobre o tema "mulheres e ficção" do ponto de vista sobre como se dá a relação das mulheres empregando esforços em escrita fictícia e as diferenças entre escritores e escritoras nesse contexto. Assim, o título do livro se explica pela principal ideia defendida pela autora: mulheres precisam de independência financeira e UM TETO TODO SEU para conseguirem realizar suas criações de cunho intelectual. Será que elas possuem tais artifícios? E as consequências daquilo que lhes falta em dignidade? Um termo importante que é utilizado no discorrer do raciocínio da palestrante é a pobreza particular ao nicho feminino.
As sensações que esse livro me passou foram de empoderamento intelectual e entendimento claro da realidade que, mesmo sendo uma realidade de um país europeu em 1928, ainda sim é identificador, mas principalmente esclarecedor por conta das consequências desse passado que são sentidas ainda, mesmo que no subconsciente, pelas mulheres de hoje.
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Ester.Beatriz 13/03/2023

Grandiosa!!!!! Virgínia Wolf era absurdamente grandiosa. Eu amei esse livro. Há tantas reflexões interessantíssimas, fiquei pensando mesmo após terminar. A idéia de que escritoras precisam de um "teto só seu", um lugar figurativo e literal para deixar-se ser livremente realmente me pegou. A forma como Virgínia estimula as mulheres ecoará para sempre.
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InfinitaTBR- Jana 12/03/2023

Livrão. Curtinho, mas um livrão.
Quando li ? Mrs. Dalloway?, há três anos atrás, fiquei muito frustrada. Não sei se li numa edição ruim ou se não era o momento certo para a leitura. Travei com Virginia.
No entanto, recentemente resolvi encarar mais um livro da autora e foi uma revelação.

?Um teto todo seu? foi uma leitura maravilhosa. O livro faz uma crítica pungente à falta de apoio às mulheres escritoras e sem direito à propriedade e educação.

Das coisas que mais me chamou a atenção, foram as reflexões de Woolf sobre o que mulheres como Jane Austen e as irmãs Brontë poderiam ter criado se tivessem condições financeiras e tranquilidade para escrever.

Woolf deixa muito claro que as mulheres devem instruir-se, ganhar dinheiro e ser donas de suas vidas.

Ah, nada de ?fluxo de pensamento?. Aqui a autora é direta e clara. As coisas que ela falou bateram tão forte que reli ?Orgulho e preconceito? e comprei outra edição de ?Mrs. Dalloway?. Vai que dessa vez a magia acontece, né?
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Mari1731 11/03/2023

Foi uma leitura mais demorada, mas muito importante.

Muito reflexiva e triste tbm em saber q ainda lutamos pelos mesmos direitos que Virgínia Woolf destacava em 1928.
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Juliana Rodrigu 04/03/2023

Difícil
Difícil a leitura, depois do capítulo 3, a leitura flui melhor mas cheio de detalhes que nos fazem pensar muito o papel da mulher
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Aldenir.Ferreira 02/03/2023

Foi um bom começo
Primeiro livro de feminismo que eu li. Na época fiquei bastante impactada com os relatos da situação das mulheres da época principalmente no que diz respeito a edução
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mila 28/02/2023

Essa imersão na visão de Virginia na década de 20 sobre o mundo e as mulheres me deu sentimentos controversos, a expectativa que ela pôs no futuro para nós que foi conquistado mas ainda pode ser tão parecido com o passado mexeu comigo
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lis 26/02/2023

Fascinante como a mente da Virginia funciona. As reflexões apresentadas no livro, publicado em 1929, continuam sendo atuais e de extrema importância, por várias vezes parei a leitura para processar o que li, perceber que pouca coisa mudou desde lá é triste.
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adrianlendo 26/02/2023

Se Shakespeare tivesse uma irmã...
...e ela fosse poeta, nós não saberíamos quem ela era. Esse é um dos principais pontos que Woolf levanta nesse ensaio que ecoa muito ao falar sobre desigualdade de gênero.

Não é nem que a irmã de Shakespeare não receberia a mesma divulgação que ele, ela sequer chegaria a escrever, se duvidar nem aprenderia isso. Porque uma mulher saberia essas coisas se a tarefa delas era servir o lar?

Não se sabe o que a maioria das mulheres faziam séculos atrás, enquanto é fácil encontrar registros do que os homens eram capazes de fazer. Elas foram invisíveis por muito tempo e ainda hoje se vêem inferiorizadas quando se fala sobre escrever ficção.

Em 'Um Teto Todo Seu', Virgina Woolf debate as oportunidades dadas para que mulheres pudessem explorar cada vez mais o seu intelecto, teve críticas ao que ainda vemos como uma crença da inferioridade feminina e entra no assunto da meritocracia de forma sútil e muito bem colocada.

Há, é claro, a falta de um recorte, principalmente racial, que não existia tão em evidência na época, mas que faz falta aqui e poderia estar na fortuna crítica do livro. Porém não há dúvidas sobre a importância do ensaio da autora para o debate sobre o lugar da mulher na ficção atualmente.

Shakespeare teve irmãs, mas nenhuma foi poeta, mas a história fez com que outras irmãs surgissem com o tempo e 'Um Teto Todo Seu' serve para que outras ainda surjam.
vivi.martins 26/02/2023minha estante
acabei de ler e assino embaixo em tudo que vc falou




Letícia 26/02/2023

Leitura difícil
O livro traz boas reflexões apesar da dificuldade da leitura. Woolf aborda a presença feminina no mundo da leitura e da escrita de uma forma ainda muito atual. Acredito que vale a leitura, principalmente se você tiver alguém para trocar ideias.
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Julio.Cesar 25/02/2023

Uma das ansiedades que me consome todas as vezes que penso em Virginia Woolf, é a vontade desenfreada de ler tudo que ela escreveu como se não houvesse amanhã! Contudo, ao refletir sobre as duas leituras que tive de sua obra até o momento, a certeza de que as li no momento certo e na ocasião certa me liberta de qualquer necessidade ou obrigação de construir um repertório às pressas e ter experiências prematuras, o que sem dúvidas, torna minha relação com esta escritora cada vez mais profunda e significativa.

Meu primeiro contato com ?Um Teto Todo Seu? se deu por meio de uma indicação da Rita Von Hunty, na qual a exposição da premissa envolvendo a irmã de Shakespeare me fisgou sem nenhum esforço. Desde aquele momento, me vi encantado pelas possibilidades existentes naquele ensaio, e para minha surpresa, o que Virginia faz aqui supera em níveis estratosféricos tudo que eu esperava.

Já de início Virginia toma uma decisão bárbara! Para expor seus pensamentos tocantes à ficção, mulheres e o fazer literário, Virginia usa de uma narrativa ficcional para percorrer a realidade desprendida de qualquer tipo de amarra, desenvolvendo suas ideias a partir de seu alter-ego Mary Beton e traçando comentários pertinentes à condição feminina na sociedade europeia durante diversos períodos e contextos históricos.

A tese que incendeia o debate e nos conduz por todo o ensaio, parte do impacto do lugar da mulher e da condição social na produção literária, compreendendo a necessidade da emancipação financeira e um teto todo seu como condições básicas para que mulheres possam se dedicar à escrita nos mesmo termos que os homens o fazem.

O passeio pelas vivências de diferentes autoras e autores é mais que elucidativo no que compete à compreensão da disparidade atrelada ao gênero. Virginia analisa as condições e oportunidades que sempre estiveram configuradas em favor dos homens no campo da literatura e as coloca em contraste com a luta enfrentada por mulheres como Jane Austen, George Eliot e as Irmãs Brontë, cujas vidas foram permeadas pela constante necessidade de reivindicar espaço e reconhecimento e pela busca de superar a visão sexista e os valores misóginos que constituíam o pensamento comum daquela época.

Virginia também se debruça sobre a mulher enquanto ?segundo sexo?, a visão que os homens, em especial imbuídos de prestígio social e autoridade intelectual, tinham a respeito das mulheres escritoras. Dentro do meio intelectual, a necessidade de reduzir a produção feminina e negar espaço e possibilidades para que as mesmas pudessem desenvolver trabalhos de igual relevância aos masculinos, sempre funcionou como uma espécie de espelho distorcido, no qual os homens precisavam se enxergar de forma superior às mulheres para garantir autoestima, segurança e uma visão engrandecida de si mesmos, uma vez que qualquer abalo pífio ao ego masculino poderia ser suficiente para desestruturá-los e fazer com que reconhecessem de forma vergonhosa, a hipocrisia, fragilidade e tudo o que faziam questão de esconder dos outros e de si mesmos.

Questionando a disparidade das mulheres da ficção e da realidade, Virginia também coloca em evidência as grandes figuras femininas da literatura, de Madame Bovary à Anna Kariênina, mulheres complexas e rompedoras de paradigmas, escritas por homens que em nada se assemelhavam com as mulheres da realidade, cuja liberdade lhes era tolhida a ponto de que não pudessem ser elas mesmas e viver suas próprias vidas.

Através de seu fluxo de consciência, Virginia percorre inúmeros lugares em poucas páginas, atribuindo ao seu texto bastante densidade e exigindo atenção redobrada do leitor para que este não se perca durante a leitura. Contudo, revisitar trechos e momentos do ensaio é um exercício inevitável de certo modo, haja visto que há tanto sendo dito, que passar os olhos apenas uma vez em determinadas partes não é suficiente para as incógnitas e questões que atravessam o leitor e se alojam em nossa mente.

Como qualquer obra escrita há mais de noventa anos, os ensaios de Virginia Woolf não estão isentos dos julgamentos da posteridade e de descobertas que invalidando ou não ideias apresentadas ali, contribuem para complementar e qualificar o debate. Contudo, tais ressalvas e contextualizações não diminuem a potência e vivacidade das palavras de Virginia ou ignoram a atemporalidade desta obra e sua importância para o feminismo e para a literatura como um todo.
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