Dezoito de escorpião

Dezoito de escorpião Alexey Dodsworth




Resenhas - Dezoito de escorpião


24 encontrados | exibindo 1 a 16
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Daniel Fioravan 12/04/2014

Inteligência artificial, mutantes, nanotecnologia e xamanismo
18 de Escorpião é dividido em três partes.

A primeira (Eleitos) fala da descoberta de uma estrela gêmea do Sol da Terra e descreve a vida sofrida de paranormais confundidos com doentes mentais. Uma dupla formada por um homem e uma mulher entram em contato com estes ditos doentes, os convidando para participar de um experimento social numa comunidade alternativa no meio de uma floresta. A primeira parte é muito interessante, apresenta alguns fatos científicos curiosos e expõe algumas críticas sociais, como o racismo presente na sociedade, a violência sexual praticada dentro da própria família e o preconceito contra pessoas com distúrbios psiquiátricos.

A segunda parte (Terra prometida, noite proibida) conta a estória destes paranormais já inseridos na comunidade alternativa, e apresenta um mistério que a maior parte das pessoas parece não ligar, mas que torna a comunidade no mínimo esquisita. O leitor é apresentado a algumas pistas, e admito que a verdade passou pela minha cabeça, mas fiquei suspeitando de outras coisas até chegar à descoberta chocante. Não consegui parar de ler, me prendeu demais. A participação de personagens indígenas é excelente, nunca tinha visto isso num livro de ficção científica, pelo menos não de uma forma que eu gostasse. O personagem Acauã, o xamã, é excelente e um ótimo contraste para o manipulador Ravi Chandrasekar.

A terceira parte (Limite de Chandrasekar) é FANTÁSTICA. É quando a ação toma forma, e conhecemos o vilão da história, mas nem sei dizer se ele é mesmo um vilão ou se é mais alguém digno de pena. O autor, de quebra, apresenta um problema filosófico com seu vilão. O mal existe, ou resulta das circunstâncias? O vilão merece ódio ou é digno de pena? Há também outros questionamentos interessantes: somos capazes de controlar tudo? A inteligência, mesmo a avançada, nos torna realmente poderosos? Mas o que mais gostei foi a ampliação do conceito de vida, e a onde tudo isso nos leva, a uma visão panteísta do Universo, o conceito de um UNIVERSO VIVO.

O fim dá a entender que o autor tem mais coisa a oferecer no futuro. Me deu a impressão de que vem mais por aí, em torno dos mesmos personagens.

Livro excepcional, muito bem escrito, grande domínio da língua portuguesa. Me lembrou Clarke em sua melhor forma.
Anne-Louise 12/04/2014minha estante
Já chegou a pesquisar no google algumas coisas, como o autor recomenda? Encontrei um artigo muito legal sobre mensagens alienígenas no DNA de um vírus.




Anne-Louise 15/03/2014

Ficção científica brasileira das boas!
É um livro para ser lido com muita atenção, pois o tempo não se segue de forma linear e o autor oscila entre o passado e o futuro. Além disso é um livro de "hard sci fi", ou seja, se você gosta de ciências como eu, vai adorar e irá ler muito rapidamente, mesmo sendo um livro com mais de 300 páginas. Tem MUITOS fatos reais e um mistério muito legal que, quando solucionado, me fez pensar como eu não tinha percebido antes. O vilão é terrível, mas me fez sentir mais pena do que raiva, e não recomendo para menores de 15 anos.

Consigo ver uma minissérie baseada na história, e antevejo desdobramentos para outros livros.


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Giane 20/04/2014

Sci-fi instigante, viciante e inteligente
Dezoito de escorpião reúne uma gama de assuntos interessantíssimos neste que é o primeiro romance de hard sci-fi do autor, Alexey Dodsworth. Repleto de fatos científicos e personagens reais inseridos no contexto da história, desperta a curiosidade de averiguar quais os acontecimentos são verdadeiros e quais são ficcionais.

Apresenta os elementos clássicos do gênero ao abordar temas científicos e tecnológicos. Mas, como em Duna, de Frank Herbert, o elemento místico é fortemente explorado - embora, segundo a Terceira Lei de Clarke, "Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia".

Repleto de referências a outras obras de ficção científica, assim como ao universo das histórias em quadrinhos, encontramos uma diversidade de personagens com perfis psicológicos bastante distintos e coerentes. A narrativa começa um tanto leve e informativa, e vai ganhando dubiedade à medida que a história avança. Um processo de metalinguagem bastante coerente com o tema dual que se revelará em diversos pontos da trama.

Como toda a grande obra do gênero, há no mínimo uma questão filosófica abordada na temática da história. Este livro começa a tocar em alguns pontos que provavelmente serão aprofundados e trabalhados de forma mais axiomática em sua sequência.

Grande potencial para evoluir para um romance de distopia nos próximos volumes, o que certamente acrescentará densidade à série.
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Henrique 22/04/2014

Sci-Fi brasileira de excelente qualidade
Confesso de início que não sou grande conhecedor do gênero Sci-Fi, o último livro que li foi Contato de Carl Sagan – influência indelével do livro em voga –, há alguns anos... No entanto, é muito perceptível a qualidade literária que Dezoito de Escorpião detém, dela que desejo falar. Um ponto marcadamente literário é o tratamento com a linguagem, afinal literatura é sempre linguagem, em Dezoito de Escorpião percebe-se que não há nenhuma grande ousadia no tratamento linguístico, o texto é escrito de maneira muito fluída, a prosa detém muita rapidez e é cristalina em sua simplicidade. Poder-se-ia pensar que isso advoga contra o livro, não é caso, pois a linguagem simples e concisa que o autor emprega detém uma versatilidade importante para a arquitetura da obra que é um caleidoscópio científico-filosófico, ou seja, a linguagem, além de narrar muito bem, construindo imagens nítidas e várias vezes grandiosas, descomplica teorias científicas de inúmeras estirpes, a Física Quântica, a Relatividade Geral, a Biologia quando trata dos extremófilos etc., dilemas éticos são também explicitados e desenvolvidos com destreza pelo estilo que erige a obra, é um livro que faz o leitor crescer bastante intelectualmente. Em suma, a linguagem está completamente comprometida com a narrativa. A fantasia de Alexey é introjetada com fatos reais, quase que dissolvendo as fronteiras entre a fantasia do autor e a nossa realidade, o livro é permeado de curiosidades incríveis, que fazem com que o leitor fique de “orelha em pé”, contudo não é um livro ingênuo, porque não cai no lugar comum das teorias da conspiração. Há um jogo com o misticismo e ciência, uma tentativa de mostrar que não há diferença substancial entra o mágico e o tecnológico, algo bastante interessante: ao mesmo tempo que desmitifica o místico, destrona a ciência da precedência que, às vezes, impomos a ela. O jogo com as três leis de Clarke é fenomenal, confere uma coesão inabalável para as 350 páginas do romance, e o inscreve numa tradição maior, em um contexto enriquecedor para a narrativa e para a fruição do leitor, dentre outras referências ao mundo científico da realidade e da ficção. Outro mérito que o romance carrega é a lida com o tempo, idas e vinda, retrocessos e avanços não comprometem o andamento da história, da crise de 29 ao já desenvolvido século XXI, tudo é feito de modo muito orgânico, o olhar visionário do autor fornece todo recurso necessário para a verossimilhança, as lentes de contato futuristas, as roupas hi-tech entre outros são sacadas muito boas, a descrição do funcionamento deles é muito plausível, palpável, como se fosse um desenvolvimento orgânico da nossa tecnologia atual. O livro introduz uma tese interessante, um imperativo vitalista – pan vita – que seria, segundo meu ponto de vista, mais um golpe no antropocentrismo que carrega nossa cultura, e também mais um êxito do autor, pois esta novidade se imiscui na história arrematando-a de maneira magistral, a imagem que enuncia essa tese é de impacto, é poderosa. Sobre a ética, me chamou muito a atenção a ideia que dissolve o destino, não há o que cumprir nele, mas sim há o que construir. Talvez seja um excesso de interpretação, mas muito me lembrou o conceito de além-do-homem de Nietzsche, a ideia de que intervimos na configuração do cosmos, sendo que nos amalgamamos nele, intervindo no curso das coisas, a ação humana, longe de ser restrita, é ampla, cósmica, o eleito é aquele que intervém na realidade, e não o que foge dela, que a nega, é muito instigadora. Enfim, posso dizer que a obra faz jus ao selo que ostenta na capa, Alexey, no que se propõe, tem tudo para despontar como um talento da literatura brasileira de Sci-Fi.
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Rahmati 22/06/2014

Às vezes, os universos colidem

Que grata surpresa foi comprar - numa promoção! - o romance Dezoito de Escorpião, do brasileiro Alexey Dodsworth, e descobrir que é, sem sombra de dúvidas, a melhor ficção científica escrita por um autor nacional que já li!

Eu tenho um problema sério, que, a despeito da dificuldade em admitir, vou revelar: me apaixono por livros. Quando acabo de lê-los, se eles foram bons comigo, corresponderam às minhas expectativas e me entretiveram, eu fico olhando para eles (especialmente quando têm a capa bonita), folheando-os de novo, sentindo as texturas da capa... E é o que estou fazendo enquanto escrevo: admirando o Dezoito de Escorpião, numa bela edição da Novo Século, que faz o incrível trabalho de possibilitar a publicação de ótimos escritores nacionais - e dos quais já tive o prazer de conhecer, além de Dodsworth, o Jorge Lourenço e o Nelson Magrini, com suas ótimas obras, respectivamente a Rio 2054: Os Filhos da Revolução e Anjo: A Face do Mal.

Logo no início o livro me cativou pela qualidade da escrita, e depois foi me prendendo pelo desenvolvimento da trama. É desnecessário discorrer sobre clichês ou inediticidades, já que tudo já foi criado mesmo; mas do modo que Dodsworth faz, tudo se torna mais agradável. Ele nos faz viajar por décadas para tentar nos fazer entender, da maneira mais interessante possível, porque é tão agradável acompanhar um bando de desajustados - sim, é exatamente essa a palavra - a uma prisão deveras agradável, mas com aquele ruído de fundo de que "alguma coisa está errada".

Depois de ler a obra, seguindo a recomendação do autor, googlei alguns dos fatos usados no romance, e descobrir que realmente muitas daquelas coisas aconteceram, de maneira bem próxima ao que o autor escreveu - ou não, hehe. Mas, de fato, foi muito legal reviver o que foi lido - e sentido - nas páginas da Wikipedia.

É meio estranho dizer assim, mas, em definição, o livro é uma hard sci-fi didaticamente escrita. É claro que será melhor apreciada pelos amantes da física - coisa que sou, apesar de não entender lhufas dela -, mas tem qualidades suficientes para ser degustada por qualquer tipo de leitor. Não é, contudo, a meu ver, indicada para novos leitores, vindos de crepúsculos e jovens magos ou semideuses, mas será, garanto, admirada pelos amantes dos livros. E sabem outra coisa impressionante? Nunca um final de livro, um finalzinho, inho mesmo, me gerou tanta ansiedade quanto esse, dissipada, depois, numa única palavra. Genial.

Como eu disse ao próprio autor no Facebook (e ele é super gente-boa!), ele já ganhou um novo fã, e, com isso, aumentou as expectativas sobre sua próxima obra. De repente, talvez os universos colidam mais uma vez e saia mais uma obra-prima dos dedos caóticos do Sr. Dodsworth =)

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
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Tulio 05/09/2014

O Melhor Livro Brasileiro de Ficção Científica
Um livro muitíssimo interessante. Leitura fluída, personagens marcantes e uma história fortemente calcada em trabalhos científicos recentes, Dezoito de Escorpião é leitura obrigatória para todos que se dizem fãs de ficção científica.

Parte de uma narrativa não-linear, com vários acontecimentos e sub-narrativas simultâneas. Múltiplos personagens e histórias aparentemente desconexas convergem para um ponto em comum, magistralmente compondo o título do livro.

Confesso que eu não imaginei que o livro seria tão bom; equiparo-o a obras primas da ficção científica como Contato, 2001 e Fundação. Cada novo capítulo aumenta o suspense, responde perguntas e abre outras. O avançar da história vai lenta e naturalmente mostrando como os acontecimentos tão diferentes (tanto geografica quanto temporalmente) são intimamente ligados.

O "mindblow" ao terminar e entender todo o desenrolar da história torna esse livro inesquecível. Disparado o melhor livro de 2013 e com certeza um dos TOP5 de Ficção Científica de todos os tempos.

O único ponto negativo fica por conta do relativo pequeno tamanho do livro: é tão bom que fica aquele gostinho de "quero mais". É claro que isso será resolvido com uma (obrigatória) continuação.

Como impacto pessoal desse livro, posso falar que ele delineou grande parte da minha atual carreira científica de pesquisa em biofísica. Como ele utiliza de várias pesquisas de ponta recentes, acaba atiçando a curiosidade do leitor em entender mais do que está sendo falado ali. A responsabilidade e acurácia em retratar as pesquisas é memorável.

Eu li, me interessei e acabei me apaixonando por biofísica!
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Patricia.Montini 06/09/2014

Como não amar esse livro?
Surpreendente do início ao fim, só deixa a desejar a continuação
O fluxo não é linear, passado, presente e futuro se alternam no decorrer dos capítulos, instigando de tal forma a curiosidade que por vezes é impossível parar de ler; desaparece também a noção de espaço-tempo e qualquer outra tarefa fica para depois. Passados alguns meses decidi reler a obra, então percebi que havia devorado alguns trechos juntamente com detalhes importantes, que na verdade são muitos, a serem descobertos e saboreados como um gourmet.
Do mais puro horror ao sublime êxtase, da ciência à telepatia, estimulando reflexões e questionamentos éticos muito atuais. Ação, tramas ocultas, bom humor e personagens fascinantes entrelaçados com fatos verídicos: parece haver espaço para tudo nessa caixinha de surpresas, tão criativa e complexa que certamente eleva seu autor ao mesmo patamar de grandes nomes da ficção científica já em sua estreia.
O que significa vida? Estamos sós no universo? Quão frágil é nossa civilização? A cada página aumenta a amplitude do quebra cabeças
A humanidade desenvolve suas tecnologias cada vez mais rápido, contudo ainda carece de consciência e responsabilidade para com o planeta que a sustenta, esboçando inúmeros cenários trágicos para o futuro. Estamos sempre numa encruzilhada de possibilidades. Sobreviveremos? De qualquer forma os grandes sóis continuarão a brilhar, como se nunca houvéssemos existido...
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Fernanda 08/12/2014

Resenha: Dezoito de escorpião
CONFIRA A RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/12/resenha-dezoito-de-escorpiao-alexey.html
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Poly 21/01/2015

Eu sou um pouco nerd e por isso me interessei muito pela sinopse quando a vi pela primeira vez, mas depois de ler algumas páginas percebi que meu nível de nerdice não era tão grande assim e fiquei um pouco decepcionada comigo mesma.
O livro é bom, a trama é riquíssima em detalhes e complexidade dos personagens, a escrita do Alexey é ótima, mas chega a um determinado ponto que eu não consigo mais acompanhar a história e perco o interesse.
Tentei ler (e assistir) O guia do mochileiro das galáxias, mas também desanimei no meio da história e não consegui retomar de onde parei.
Felizmente, cheguei à última página de Dezoito de Escorpião e cumpri meu dever de leitora para com o livro, com um atraso de dois meses.

Noite após noite, sempre que a Constelação do Escorpião ascendia no horizonte, o brilho daquele pequeno farol indicava ao mesmo tempo rota e assombro.
P. 14

No início fiquei um pouco perdida com os personagens. São várias histórias que se entrelaçam em determinado momento, mas até chegar nesse ponto temos que entender cada personagem individualmente.
A história é centralizada em Arthur Coimbra, um brasileiro que sofre com os efeitos da tecnologia e recebe uma proposta de ir para um local isolado se tratar e também se desenvolver intelectualmente.

- Você já parou para pensar que o problema não é a sua sensibilidade, mas a sociedade em que você vive? Que o erro não está em seu corpo, e sim nas cidades extremamente poluídas em diversos sentidos?
P. 95

O livro é dividido em três partes: a primeira fala dos Eleitos, que são os indivíduos escolhidos para fazer parte da comunidade de Muhipu. Ela acontece antes deles irem para Muhipu e mostra os problemas sociais pelos quais os indivíduos passaram.

Então é assim, pensou Ravi enquanto seguia o conselho de Filippo e experimentava um sorvete. Destruir o mundo tem sabor de chocolate com amêndoas.
P. 183

A segunda parte mostra a comunidade de Muhipu e o despertar de Arthur no local. Achei essa a parte mais interessante. O autor vai deixando algumas pistas sobre o mistério envolvendo a comunidade e a sua localização. Nessa parte também são inseridas mais informações científicas e explicações envolvendo Física e ciências exatas e apesar de serem informações interessantes me bateu um asco lembrando dos terríveis anos da escola.

- Menino, por que limite? Essa ideia errada vem de ilusão de separação. Por que tem que ter limite pro sonhar?
P. 229

E a terceira parte é o desfecho da história, a descoberta de quem é o verdadeiro vilão e o que de fato é Muhipu. O final é desses que gera uma grande expectativa e muita ansiedade (o que eu amo, para deixar bem claro).
Ao meu ver, a história se divide antes de Muhipu, durante Muhipu e após Muhipu. É uma forma bem simplista de ver a divisão do livro, mas funcionou bem para mim.
Ao final ainda tem um epílogo, que surpreendentemente ainda trás algumas deixas de que talvez possam vir outras obras do autor com os mesmos personagens por aí. É só um achismo meu, mas talvez isso possa se concretizar.
O autor traz vários questionamentos filosóficos ao longo da obra e ao terminar de ler o livro fiquei me indagando sobre as ações humanas, não só as minhas, mas a de outras pessoas também. A de governantes, cidadãos e todo mundo.
O tempo todo o autor traz críticas singelas, mas bem pontuais ao nosso mundo e sociedade.
Como obra literária eu gostei muito, principalmente por ser de um autor nacional. A qualidade da narrativa do Alexey é excelente.
Mas como gênero, devo admitir que não me aventurarei em outra obra sci-fi por um bom tempo.

site: http://polypop.net/livro-dezoito-de-escorpiao/
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Ana Paula 11/07/2016

Exercicio de realidade
Não sou nenhuma NERD, ao contrário da recomendação da leitura... por outro lado, me considero uma leitora bastante eclética, várias coisas me interessam.... (assim, não foi diferente quando me deparei com a sinopse deste livro- Dezoito de Escorpião.

A curiosidade foi imediatamente despertada por uma das minhas paixões, a astrologia, e me fez querer saber mais sobre o assunto...O que era? O que afinal havia nesta tal estrela da constelação de escorpião tão parecida com o nosso SOL....*(fato que desconhecia). Aprendi muitas coisas novas, me deparei com situações importantes sobre o comportamento humano e o livre-arbitrio (relativo), reforcei a certeza de quanto somos interligados nesse universo sem fim. E apenas por desconhecermos (ainda) , não significa que não exista. A vida tem um valor e significado muito maiores do que ainda somos capazes de compreender. Ao longo da leitura, surgiram coisas novas, outras nem tanto, mas tudo muito bem embasado e cheio de informações precisas, convincentes e “reais” naquele contexto.

O que eu não esperava, e isso sim me surpreendeu sobremaneira, era me deparar com um texto redondo, bem escrito, extremanente cuidadoso nos detalhes enriquecendo o conteúdo a cada linha, a cada palavra escolhida com maestria para a situação. Gerando uma sensação agradável, uma completude, durante a leitura.

Definitivamente é um grande prazer ler Alexey!!!

Os acontecimentos do livro a cada novo capitulo, situam o leitor no tempo/espaço. A história se passa em tempos diferentes, dão saltos e retrocessos, visando alimentar o leitor com informações pertinentes para a correta compreensão e avaliação da história - mas afinal de contas, como bem sabemos, o tempo é uma convenção e nem mesmo é linear...
Como podemos dizer que não é tudo ao mesmo tempo?

“Na verdade as realidades coexistem....e às vezes até colidem.”

Uma coisa é certa: o nosso poder criativo é infinito. Estamos em construção e constante evolução...A história deixou um gostinho de “quero mais”...merece uma continuação.
Um livro onde a imaginação é ampliada e somos convidados a VOAR rumo a novas possibilidades!

Sem duvida nenhuma, super recomendo!

Boa leitura!
Bjs ANA PAULA



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El Tiburón 23/07/2016

X-Man + Star Trek Insurrection + Carrie, a Estranha
Adquiri este livro de sci-fi com muita expectativa, todavia, sua leitura foi uma extrema decepção, não cumpriu em nada as recomendações que me deram, incluindo as da presente página no Skoob.

Mas ninguém precisa ler o texto que se segue para entender porque achei este livro muito chato. Basta dizer que o mesmo é uma história “chupinhada” de três outras histórias muito famosas: o grupo de mutantes X-Man da Marvel, Star Trek Insurrection e Carrie, a Estranha.

O livro começa com um personagem chamado Ravi recrutando pessoas com dotes especiais telecinéticos para um programa misterioso, ficando evidente que tal personagem exerce o mesmo papel do Professor Xavier do grupo de mutantes X-Man.

Pelo menos um terço do livro, então, nada mais é do que uma descrição dos “mutantes” recrutados pelo “Professor X”. Nesse ínterim, algumas cenas desconexas vão intercalando a descrição de cada mutante, fatos que são apresentados com diferentes datas, ou seja, se passam em diferentes momentos do tempo. Achei péssima essa abordagem, pois quem presta atenção em datas? Fica-se totalmente perdido no tempo sem entender nada. Tudo bem, pois se espera que no final da história as coisas passem a fazer sentido.

Quando finalmente Ravi termina de recrutar seus “mutantes” e eles enfim se mudam para a “escola do Professor X”, no caso, uma instalação que se acredita ser no meio da floresta amazônica, mas, ao invés da história avançar, recomeça uma nova descrição de cada personagem com mais profundidade e nada acontece. Inclusive, a própria construção das personagens e a relação entre os mesmos é um tanto quanto apelativa, como se o autor quisesse criar uma história para adultos com cenas de sexo e bullying entre sua interminável descrição dos personagens e que pouco ou nada agregam ao que se espera de um livro classificado como ficção-científica. Tão longa que é difícil memorizar, tomando dois terços da obra sem que nada aconteça que não sejam os fatos desconexos embaralhados conforme dissemos. Ainda assim, o leitor que chega até aqui, como eu, prossegue na leitura crente que algo sensacional irá acontecer e finalmente todos os fatos desconexos vão ser costurados no final.

Pra resumir, quando finalmente algo acontece, se descobre que a tal escola de mutantes do professor Xavier não é na Terra, e sim em outro planeta. Foram todos abduzidos e levados para outro mundo sem que soubessem. Ora, essa nada mais é que a mesma ideia de abdução vista no filme “Star Trek: Insurrection”, nesse instante um dos “mutantes” perde o controle e destrói tudo e a todos exatamente como acontece com a personagem Carrie do famoso livro de Stephen King. Além desse final banal e clichê, muitos daqueles fatos desconexos, e até alguns personagens, narrados ao longo da obra ficam assim, sem conexão com o final da trama. Uma decepção.

Realmente, não dá para entender como as pessoas elogiam esse livro como se fosse uma obra prima. Ou até dá, basta um pouco de perspicácia para perceber de onde e de quem partem tais elogios. Talvez seja essa a mensagem subliminar contida nesse livro, que, se de uma estrela bem distante virá uma realidade virtual capaz de nos abduzir sem nos darmos conta, aqui na Terra hoje se abduz o público com dinheiro e publicidade. Pague para dizerem ao povo que algo é bom e ele acreditará.

Uma história bem medíocre que, por isso mesmo, agrada um público bem mediano.
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El Tiburón 23/07/2016

X-Man + Star Trek Insurrection + Carrie, a Estranha
Adquiri este livro de sci-fi com muita expectativa, todavia, sua leitura foi uma extrema decepção, não cumpriu em nada as recomendações que me deram, incluindo as da presente página no Skoob.

Mas ninguém precisa ler o texto que se segue para entender porque achei este livro muito chato. Basta dizer que o mesmo é uma história “chupinhada” de três outras histórias muito famosas: o grupo de mutantes X-Man da Marvel, Star Trek Insurrection e Carrie, a Estranha.

O livro começa com um personagem chamado Ravi recrutando pessoas com dotes especiais telecinéticos para um programa misterioso, ficando evidente que tal personagem exerce o mesmo papel do Professor Xavier do grupo de mutantes X-Man.

Pelo menos um terço do livro, então, nada mais é do que uma descrição dos “mutantes” recrutados pelo “Professor X”. Nesse ínterim, algumas cenas desconexas vão intercalando a descrição de cada mutante, fatos que são apresentados com diferentes datas, ou seja, se passam em diferentes momentos do tempo. Achei péssima essa abordagem, pois quem presta atenção em datas? Fica-se totalmente perdido no tempo sem entender nada. Tudo bem, pois se espera que no final da história as coisas passem a fazer sentido.

Quando finalmente Ravi termina de recrutar seus “mutantes” e eles enfim se mudam para a “escola do Professor X”, no caso, uma instalação que se acredita ser no meio da floresta amazônica, mas, ao invés da história avançar, recomeça uma nova descrição de cada personagem com mais profundidade e nada acontece. Inclusive, a própria construção das personagens e a relação entre os mesmos é um tanto quanto apelativa, como se o autor quisesse criar uma história para adultos com cenas de sexo e bullying entre sua interminável descrição dos personagens e que pouco ou nada agregam ao que se espera de um livro classificado como ficção-científica. Tão longa que é difícil memorizar, tomando dois terços da obra sem que nada aconteça que não sejam os fatos desconexos embaralhados conforme dissemos. Ainda assim, o leitor que chega até aqui, como eu, prossegue na leitura crente que algo sensacional irá acontecer e finalmente todos os fatos desconexos vão ser costurados no final.

Pra resumir, quando finalmente algo acontece, se descobre que a tal escola de mutantes do professor Xavier não é na Terra, e sim em outro planeta. Foram todos abduzidos e levados para outro mundo sem que soubessem. Ora, essa nada mais é que a mesma ideia de abdução vista no filme “Star Trek: Insurrection”, nesse instante um dos “mutantes” perde o controle e destrói tudo e a todos exatamente como acontece com a personagem Carrie do famoso livro de Stephen King. Além desse final banal e clichê, muitos daqueles fatos desconexos, e até alguns personagens, narrados ao longo da obra ficam assim, sem conexão com o final da trama. Uma decepção.

Realmente, não dá para entender como as pessoas elogiam esse livro como se fosse uma obra prima. Ou até dá, basta um pouco de perspicácia para perceber de onde e de quem partem tais elogios. Talvez seja essa a mensagem subliminar contida nesse livro, que, se de uma estrela bem distante virá uma realidade virtual capaz de nos abduzir sem nos darmos conta, aqui na Terra hoje se abduz o público com dinheiro e publicidade. Pague para dizerem ao povo que algo é bom e ele acreditará.

Uma história bem medíocre que, por isso mesmo, agrada um público bem mediano.
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Aninha de Tróia 29/12/2017

Gostei. O livro é surpreendente, com um final bem instigante. Com exceção do Artur, gostei de todos os personagens. A carta do autor no final do livro me deixou curiosa para ler o Esplendor, o outro livro do autor.
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Rosi 30/12/2017

Dezoito de escorpião
Um dos melhores livros de ficção científica que li!!!
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