A melhor coisa de ver uma série como Doctor Who fazer cinquenta anos além dos especiais e do fato em si foi a atenção repentina que o mercado editorial do mundo inteiro resolveu dar a série visto que antes dos 50 anos era raro os países que publicavam os livros da série. Com os 50 anos tivemos vários especiais fora da televisão e o maior deles sem dúvida é a série de 11 contos, com 11 autores famosos escrevendo cada um sobre um dos 11 doctors, ou melhor doutores. É difícil chamá-lo de doutor quando passei minha vida toda chamando de Doctor mesmo, com a, modéstia à parte, perfeita entonação britânica. Para completar a felicidade a editora responsável pelos contos no Brasil é a Rocco e hoje trago para vocês a resenha do primeiro dos contos.
Escrito por Eoin Colfer, autor bestseller de várias séries e livros, nascido em 1965 na Irlanda e fã da série, o primeiro conto traz o primeiro Doctor, interpretado na série por William Hartnell o Doctor apresentado por Colfer conseguiu ser fiel ao perfil que o ator deu ao personagem. Em vários momentos foi como assistir a série, em preto e branco, com a pausa para a abertura e tudo.
Na história o Doctor está em Londres, 1900, esperando impaciente os ajustes na nova mão. O Doctor e Susan estavam em Londres depois de ter captado por acidente uma nave dos Piratas de Alma, uma raça alienígena antiga e perversa que vai de planeta a planeta colhendo corpos e os absorvendo. Na Terra várias crianças já tinham desaparecido sem deixar vestígios. O raio de luz laranja que os Piratas utilizam coloca as vítimas em um sono delirante e quando elas acordam já presas na nave é tarde demais para lutar. Para o Doctor a perda da sua mão numa luta contra o capitão da nave aconteceu há poucas horas, mas para os Piratas já faz muitos anos e quando termina de ajustar a mão provisória Doctor percebe para sua irritação que todas as mensagens que Susan lhe mandou foram bloqueadas. Para seu horror Susan resolveu investigar o sumiço das crianças e podia estar em perigo. Chegando na casa o Doctor terá de lutar contra um dos guardas dos Piratas com apenas sua bengala e encontrar uma forma de ter os Piratas sem cair no sono em seu raio alaranjado...
É a partir dessa premissa que o conto se desenrola. Simples, direto e curto a história acompanha um episódio da vida do Doctor. Colfer foi cuidadoso com a narrativa e principalmente com os personagens, trazendo para as páginas expressões, trejeitos e até falas de Susan e do Doctor. Foi muito bom ver que o autor pensou em todos os detalhes, teve até referências futuras, e melhor ainda lembrar-me de determinadas passagens e cenas com o diálogo dos dois da série clássica só pelo desenvolver do conto.
Leitura agradável e rápida, que vai deixar os fãs da série nostálgicos de ter tão vividamente o primeiro Doctor e que vai conquistar novos fãs. A história é um conto rápido, instigante e criativo, ideal para quem quer conhecer o clima e um pouco de Doctor Who. Aposto que (...)
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