O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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amanda2998 12/07/2023

Realidade da espera de algo grandioso
O livro me tocou de muitas formas e principalmente sobre como o TEMPO não para. As vezes deixamos de passar momentos e também decisões por que esperamos algo grandioso acontecer? aquele momento de ? se isso acontecer aí sim faço ?? Drogo o personagem exatamente esperou uma guerra para decidir ser feliz. A guerra chegou mas o tempo não parou para ele viver isso.
Aconselho a todos a ler? tem uma parte do livro que vou guardar para sempre comigo.
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Marcelo H S Picoli 11/07/2023

O deserto dos tártaros
A conotação e a passagem do tempo, permeiam o principal ponto da narrativa. Uma longa espera, e o tempo pode mudar tudo.
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Reccanello 10/07/2023

O que fazer com o tempo que nos é dado?
Segundo especialistas e fãs, quando disse a Frodo que “tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado”, Gandalf teria ensinado tudo o que é preciso saber sobre a vida. Sim, é verdade! Ainda assim, conquanto Dino Buzzati diga a mesma coisa que o Mago Cinzento, a forma como o autor italiano mergulha o leitor em sua narrativa psico-filosófica também transcende barreiras de tempo e de existência.
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Recém nomeado oficial, e ainda cheio de sonhos de glória e de destaque no campo de batalha, Giovanni Drogo assume a patente de Tenente no Forte Bastiani, um posto avançado localizado em um deserto inóspito, na fronteira final com o nunca nomeado reino do Norte. Imediatamente percebendo-se cercado por mistérios e incertezas, Drogo ainda faz um esforço para voltar atrás e desistir de sua missão, mas se vê subitamente enredado em uma rotina militar monótona, arrastada, desoladora e sem propósito aparente, que o irá consumir totalmente até seus dias finais.
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Explorando temas existenciais e psicológicos profundos, Buzzati faz da espera angustiante e interminável de Drogo pela guerra sempre iminente com os tártaros uma metáfora para uma busca por sentido e significado na vida, evocando reflexões sobre nossa condição humana, nossas expectativas, esperanças e a inevitabilidade da passagem do tempo e da morte. Através de uma atmosfera surreal e onírica (cercado por montanhas, o Forte Bastiani é constantemente envolto em névoas e a fronteira fica muito além do campo de visão de seus soldados), Buzzati habilmente transita entre a realidade e o sonho, fundindo elementos fantásticos com uma narrativa bastante sóbria, permeando o romance com uma constante sensação de prisão e de vazio. Esta fusão entre o real e o imaginário é um reflexo da luta de Drogo para encontrar significado e propósito em um mundo desprovido de certezas. A linguagem precisa e elegante de Buzzati praticamente enterra o leitor na psique dos personagens, e as descrições detalhadas do deserto e do forte criam uma atmosfera visualmente poderosa, que destaca ainda mais as incômodas reflexões internas de Drogo acerca de suas angústias, frustrações e desejos mais obscuros.
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Merece um destaque especial o último capítulo do livro, no qual Buzzati presenteia os leitores com um dos finais mais bonitos e comoventes já escritos, um desfecho que ecoa como uma elegia e cuja sensação de tristeza permeia cada palavra. Marcada pela espera, a jornada de Drogo culmina em um momento de profunda e arrebatadora melancolia, em que a percepção da finitude da vida e das oportunidades perdidas se torna tão mais insuportável e bela quanto quanto mais o leitor percebe que a história de Giovanni Drogo é a sua própria história, desperdiçada e se aproximando inexoravelmente do fim.
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Imensamente triste, para mim "O Deserto dos Tártaros" disputa com Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Márquez o lugar, em minha estante, de livro mais triste da vida, por nos levar às abismos da condição humana, explorando a solidão, a efemeridade do tempo e as expectativas não realizadas. É uma experiência literária que nos confronta com nossos próprios desassossegos e desesperanças, e nos leva a refletir sobre a brevidade e a beleza fugaz da existência. É, em resumo, e mesmo sendo uma combinação fantástica de narrativa poética com reflexões filosóficas numa atmosfera enigmática, é uma das mais assustadoras metáforas para a vida e a morte que você lerá; um livro cativante que nos marca indelevelmente os corações e nos convida - praticamente obriga - a dar um sentido e propósito a nossas vidas, antes que ela se desvaneça completamente.

site: https://www.instagram.com/p/CuiLMPrAKnB/
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Philipe 09/07/2023

Tragicamente belo , livro lindo que nos toca de uma forma precisa, muito bem escrito ! Gostei bastante ...
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Marcelo 09/07/2023

Muito bom!!++
Fui surpreendido nesta leitura. Achei que o livro tivesse uma temática bélica e no entanto o história retrata a forma como nos relacionamos com nossos sonhos e aspirações não realizados e de como lidamos com a passagem do tempo em nossas vidas, nosso envelhecimento, nossas frustrações e decepções, esperanças e expectativas. O livros possui passagens lindas e de significados profundos que nos fazem refletir sobre nossos sentimentos e atitudes. Excelente leitura!!!!
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28/06/2023

Enfrentar o deserto com G. Drogo foi surpreendente. A possibilidade metafórica que o livro apresenta, com a escrita primorosa do italiano Dino Buzzati, é árida mas necessária.
Profundamente reflexivo, ele descreve paisagens, cria cenas e nos envolve na passagem do tempo como nenhum outro, até agora. Até os capítulos são mencionados em algarismos romanos, o que faz, pra mim, uma sútil menção aos relógios antigos.
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Jardim de histórias 28/06/2023

A relatividade do tempo!!!!
Até quando, algo notável deverá impulsionar nossos desejos, para podermos saciar aquilo que idealizamos? Seria um singelo sinal da procrastinação?
Com essas perguntas, iniciamos a resenha deste livro maravilhoso "O deserto dos tártaros" de Dino Buzzati.
Um livro que vai propor uma reflexão filosófica sobre o tempo e o que fazemos ou como vivemos com o passar do tempo. Às vezes, projetamos ou idealizamos alguns objetivos, metas para servir de estímulo, e é se direcionando para essas conquistas, que vivemos e depositamos o sentido que atribuímos a nossa vida. Só que ignoramos a construção desta história, desprezando os momentos que compõem esses pilares. Por exemplo: o que pensaria uma pessoa que passou pela vida, e no fim, ao encarar a morte, fosse questionado sobre vossa existência? Pensaria talvez, com êxito ou lamúria sobre os objetivos alcançados. Mas será que lembrará dos obstáculos que marcaram sua história? Historias que foram compostas de escolhas, consequências, dor, alegria, frustração, sofrimento, dúvida, dívidas. Ou seja, todos os ingredientes e instrumentos para compor uma existência humana, que moldará o que conhecemos por vida, ou resultado da vida.
O tempo passa, e temos a sensação de que acontecimentos desta passagem, são totalmente subjetivos, o que é objetivo, é a passagem do tempo.
Assim, faço essa breve resenha sobre esse livro que me arrebatou, com uma história curta, densa, filosófica e muito sensível, que nos fará pensar muito, criando não só uma viagem imaginária no clima árido do deserto, no convívio no forte Bastiani, ao lado desses personagens inesquecíveis e suas passagens descritas na obra, mas também, somos arremessados para dentro de nós mesmos, presos em profundas e prazerosas reflexões.
Este livro, me trouxe muito de "A montanha mágica" de Thomas Mann, mas ressalvo a distinção das obras. É um livro para ler e reler, não pela complexidade da história, e sim pelas nuances poéticas que dão um contorno belíssimo, tornando-o essencial. Mas, é importante lembrar que, este livro, funcionou muito bem comigo, o que não necessariamente possa acontecer com você.
Sobre o tempo, ele passa, passa tão rápido e estamos tão presos aos grilhões desse tempo, que ele, o tempo, não perdoa. Só percebemos, quando os profundos sulcos que habitam nossa face, sussurram a nossa consciência, despertando-nos. Talvez, no contexto do tempo, ainda consigamos contemplar o canto dos pássaros, a fragrância do orvalho, nossos sonhos e quem sabe, viver intensamente o nosso agora. O tempo passa, assim como o rio, segue o seu fluxo, sem retroceder, uns mais lentamente, outros com todo o vigor, mostrando-nos, objetivamente, que o tempo e suas artérias passam nos permitindo protagonizar nossa história.

Incrível!?
Jardim de histórias 28/06/2023minha estante
"Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida".
Sêneca


Vanessa.Castilhos 29/06/2023minha estante
Resenha belíssima e profunda!!


Jardim de histórias 29/06/2023minha estante
Vanessa, obrigado pelo retorno. Acho que a leitura me impactou! Refleti muito durante e após a leitura. Um livro curto, mas com uma densidade profunda. Mais uma vez, muito obrigado!


Paulo 09/07/2023minha estante
Excelente resenha!


Jardim de histórias 09/07/2023minha estante
Obrigado Paulo! Muito obrigado!




Tecio Ricardo 26/06/2023

Podemos um paralelo sobre o major Giovanni Drogo, que fica num forte isolado do mundo, esperando por uma guerra e um inimigo imaginários que nunca chegam, e assim, o tempo vai passando e ele vai perdendo a juventude, o desejo, até ficar velho e abandonado; com a nossa vida, nossos planos, objetivos e vontades que nunca colocamos em prática porque acabamos vendo sempre os defeitos e barreiras que nos impedem de realizá-los.

Como leio muito no Kindle, esse livro tem uma das melhores formatações que já vi, uma pena que outros livros não sejam assim, já que essa deveria ser o padrão para esse leitor.

Recomendo a leitura, mas, acredito que ele funciona melhor o entendimento em mais de uma leitura. ??
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Sabryelle Torres 24/06/2023

Adorei
A leitura de O deserto dos Tártaros me encantou pela sua simplicidade ao destrinchar tópicos tão profundos a respeito da natureza humana: angústia, dor, indecisão, medo, a necessidade de "ser útil"...
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Vilela 22/06/2023

"O Deserto dos Tártaros", Dino Buzzati
"O Deserto dos Tártaros", do autor italiano Dino Buzzati, é uma obra que merece destaque no mundo da literatura por sua profunda exploração da condição humana e suas complexidades. Publicado em 1940, o romance apresenta uma narrativa envolvente que nos leva a refletir sobre temas como o tempo, a expectativa e a busca por um propósito.

A história gira em torno de Giovanni Drogo, um jovem oficial militar enviado para a remota Fortaleza Bastiani, situada em um deserto próximo à fronteira do reino. Buzzati habilmente descreve a rotina monótona de Drogo e sua ansiedade crescente pela possibilidade de um grande conflito com o inimigo. Essa expectativa intensa, que permeia toda a obra, reflete a essência humana de esperar ansiosamente por eventos grandiosos que possam mudar nossas vidas.

A escrita de Buzzati é envolvente e cativante, com descrições detalhadas que criam uma atmosfera de isolamento e desolação. O autor consegue transmitir a sensação de tempo suspenso e a espera interminável de Drogo, que se torna uma metáfora para as expectativas não realizadas na vida real. A construção dos personagens é sutil e realista, permitindo ao leitor se identificar com as frustrações e inquietações de Drogo, bem como com suas relações pessoais e emocionais.

Uma das maiores conquistas de Buzzati em "O Deserto dos Tártaros" é sua capacidade de criar uma reflexão profunda sobre as ilusões que nos prendem e nos levam a desperdiçar nossa existência em antecipações vãs. O autor questiona a própria natureza humana, explorando como somos facilmente consumidos por expectativas futuras em detrimento da apreciação do presente e da busca por uma vida significativa.

Em suma, "O Deserto dos Tártaros" é uma obra-prima literária que convida os leitores a examinarem a si mesmos e a considerarem as armadilhas da espera e da expectativa em suas próprias vidas. A escrita de Buzzati, combinada com sua profundidade temática, faz deste romance uma leitura essencial para aqueles que desejam mergulhar nas complexidades da condição humana e questionar suas próprias perspectivas sobre o tempo, o propósito e a realização pessoal.
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Allan.Franck 18/06/2023

Sobre o tempo de nossas vidas.
O Deserto dos Tártaros é um livro que aborda como temática central a forma pela qual o tempo de nossas vidas se esvai com um piscar de olhos e como as expectativas que depositamos em determinadas coisas podem nos frustrar.

Em sua história, Giovanni Drogo vivencia a monotonia de uma vida entregue à espera de um sentido, o qual nunca acontece. Com o passar do tempo, os dias se tornam meses, que se tornam anos.

O final nos transporta ao fato de saber que, de alguma forma, se relaciona a cada um de nós. Até quando esperaremos pela nossa grande batalha, somente nós poderemos responder.

Uma leitura indicada para todos.
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