O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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caiohlp 22/09/2022

Qual o custo de postergarmos nossa própria existência?
O imperativo de Buzzati nessa obra é o torpor da espera, triunfando sobre desejos e mudanças o repouso letárgico toma conta dessa canção sem heróis, proezas, sem Homeros, nem Camões. Ledo engano dos que não encontram na morosidade da fortaleza as qualidades de um romance épico único, reflexivo, profundo e perfeitamente executado. A dinâmica do livro é simples, a demora é recompensada por cada detalhe mínimo, cada peça fora de seu lugar é motivo de grande comoção e por isso o estado de alerta constante do leitor e de todos no Forte Bastiani, afinal, a atmosfera em que nos encontramos, pelo simples fato de estarmos vivos, é a de tensão e expectativa, seja para o triunfo ou o fracasso. Que soem as trombetas anunciando a façanha de um autor que levou ao chão a pressa e a celeridade em um só golpe, todavia o mérito máximo do Deserto dos Tártaros é o de, em meio a esse marasmo, provocar e incitar ação, uma vez que Dino poeticamente deixa o forte desprovido de seu guardião, mas, por meio da literatura, guarnece nossas próprias histórias e rumos contra o insensível trabalho do tempo.
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Gabriel Farias Martins 21/09/2022

O tempo não perdoa
Um dos melhores livros que li, com certeza vou ler novamente.
Acompanhar a jornada de Drogo, a espera pelos Tártaros, olhar o deserto junto com ele e ver a vida passando.. notar os diversos outros oficiais, todos ansiosos esperando pelo momento de glória.
Ler esse livro é um choque de rotina, todos esperamos por algo melhor, mas precisamos fazer algo a respeito.. não adianta só esperar pelos Tártaros, talvez o momento de glória venha tarde.
Se mover é preciso, ler é preciso, mudar é preciso.. que obra, QUE OBRA!!
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Andre.S 12/09/2022

Um exercício sobre a vida, a morte, o tempo, a juventude e a velhice. Num obscuro e esquecido forte, Giovanni Drogo aguarda junto a outros soldados a invasão de um exército estrangeiro que nunca vem. Profundo e filosófico, o forte e a situação é a própria vida. Para pensar.
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Súh 01/09/2022

Trata da perspectiva de como o ser humano se adapta ao ambiente em que vive. Por mais parado, inóspito e silencioso que seja.
A leitura foi fluida .
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Priscila Machado 30/08/2022

A vida passa e agente nem vê
Leitura sentimentalmente profunda, dolorida em alguns momentos. Confesso que achei um pouco arrastado no final, mas é um clássico, vale a pena.
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DENIS 27/08/2022

Tempo e solidão
O desertos dos tártaros é uma leitura de imensa importância, suas interpretações são cabíveis aos tempos modernos, surge como uma lição importante de vida, uma experiência insuperável sobre o tempo e a solidão que nos carrega ao medo, escolhas que se tornam pesos...
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Rodrigo 26/08/2022

A espera infinita
Que lindo tocante!
Da primeira à última página o autor nos conquista com sua escrita delicada, tocante, forte.
Giovani Drogo é sonhador e isso permeia toda a narrativa.
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arthur966 17/08/2022

que triste engano, pensou drogo, talvez tudo seja assim; acreditamos que ao redor haja criaturas semelhantes a nós e, ao contrário, só há gelo, pedras que falam uma língua estrangeira; preparamo-nos para cumprimentar o amigo, mas o braço recai inerte, o sorriso se apaga, porque percebemos que estamos completamente sós.
Michelly 18/08/2022minha estante
Adoro esse livro


arthur966 18/08/2022minha estante
bom demais a escrita do buzzati é a coisa mais linda




josé filho 10/08/2022

Eterna busca de significado
Obra melancólica sobre a busca de significado para o nosso cotidiano. É difícil não criar uma conexão com o personagem principal e sua espera por algo maravilhoso que vai acontecer a qualquer momento, mas que não tem um prazo e talvez nunca aconteça.
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Matt 05/08/2022

O futuro é o agora, Giovanni Drogo
Em O deserto dos tártaros, Dino Buzzati narra a história de Giovanni Drogo que, ao ser nomeado oficial, decide deixar a cidade para ir em direção ao forte Bastiani e seguir a sua carreira na vida militar. Drogo esperou por anos esse tão sonhado dia, o dia em que sua vida verdadeiramente iria começar. Foram longos anos odiosos debruçado sobre os livros e que jamais se repetiriam. O futuro, agora, era de Giovanni: dinheiro, belas mulheres e a glória.

Apesar de ser o plano de fundo desse romance, a vida militar realmente não é o foco de Buzzati, mas sim a vida cotidiana de todos nós. O tempo é o protagonista dessa história e Giovanni Drogo é apenas mais um que sofre as suas consequências inevitáveis. Drogo acreditou que o tempo sempre estaria ali lhe dando uma segunda chance e, por isso, durante toda a sua vida se acomodou e calou, sempre que pôde, a sua inquietude que o tentava alertar dos perigos da sua imobilidade.

Era como se o tempo dissesse: o futuro vem aí e com ele a sua vida vai mudar para sempre, Giovanni Drogo. Aguarde, tenha paciência, que lá na frente, lá onde você ainda não pode enxergar, existe algo especial para você. Não se preocupe, não se trata de um equívoco, apenas confie, sente e espere.

E o futuro chegou, mas não como Drogo esperava que fosse. Por anos ele esperou algo para justificar a sua existência, mas ao longo do caminho ele se esqueceu de que, enquanto esperava por esse futuro, ele abriu mão da vida que sempre acontecia no agora. O futuro resplandecente chegou, mas chegou quando já era tarde demais para Giovanni Drogo.

4?
Livro lido em maio de 2022.

BOOKGRAM: @mths.books
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Rodolfo Vilar 17/07/2022

A leitura deste livro me pegou num momento bem delicado da minha vida. Há algum tempo já havia lido o livro "O amor" do Dino Buzzati, onde o autor trata sobre as perspectivas de um personagem a respeito da concepção da construção de uma relação, tudo isso mesclado a rotina viva e dinâmica da Itália de décadas passadas. Aqui em "Deserto dos Tártaros " temos o NADA, mas é um nada também dinâmico, bem plástico aos olhos do escritor, onde a inspiração desse nada nos abre os olhos para as mais complexas reflexões sobre a vida.
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Giovani Drogo, personagem principal do livro, acaba de chegar ao Forte Bastiani para exercer a sua missão, e o que ele pensa que será algo de apenas meses, se extende por longos anos e ao mesmo tempo curtos pela nossa percepção. A missão do forte é resguardar as terras que poderiam um dia serem atacadas pela volta iminente dos Tártaros, mas uma cogitação que perambula por todos os oficiais, mas que realmente nunca se concretizou. Um dia poderá acontecer? Alimentados por essa possibilidade Drogo e seus companheiros vivem os anos de eterna solidão, da vida de uma rotina que se repete que se transforma em conforto até um ponto em que quebrá-la é algo inevitável. O tempo torna-se elástico, difícil de mesurar e ao mesmo tempo concreto, onde exerce poder na percepção, nas causas e nos pensamentos de vários, tornando o livro uma grande metáfora sobre a "espera pelo que ainda não aconteceu".
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Quem nunca esperou pelo futuro? Quem nunca fez planos na espera pelo amanhã que nunca aconteceu? O livro é uma grande mensagem sobre a espera pelo que ainda não aconteceu, a grande expectativa pelo NADA. Nos sentimos na pele dos personagens assim como os personagens se sentem na pele daqueles que chegam ao forte, como uma sincronia sem fim pelo ciclo da espera. Nos questionamos sobre "estamos vivendo o agora ou esperando pelo que não pode acontecer?". Ler "Deserto dos Tártaros" foi acionar esse gatilho emocional para a percepção desse pensamento, foi acionar angústias enterradas que só deveriam ser despertas futuramente, mas que nos motiva a pensar e sair um pouco da inércia da vida pela longa espera... e praticar a ação, por menor que seja.
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Livro pra vida!
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Francisco240 16/07/2022

Que frustrante esse final
Giovane Drogo, um cidadão adepto do exército foi convocado para participar da Guarda do Forte bastiani, no qual ele protege e aguarda os tártaros para guerra. O livro tem um desenvolvimento lento e ao mesmo tempo ilusório pois não se sabe se estarmos existem ou se todos ali dentro estão ainda aguardando de maneira alucinógena pelos tártaros.
A escrita é muito bela, porém a leitura tem um ritmo lento e muito denso.
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