A Mais Bela Melodia

A Mais Bela Melodia Carol Teles




Resenhas - A Mais Bela Melodia


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Nikah 05/02/2015

indescritível
Ontem não consegui escrever porque estava me recuperando da ressaca literária desse livro....

Quando comecei nessa loucura de leitora compulsiva e vi minha lista ter muito mais livros que eu consigo dar conta coloquei algumas restrições.... Uma delas era nada de livros com personagens adolescentes.....queria gente mais velha.... com mais experiência....

Resolvi abrir uma exceção ao ouvir tantas pessoas em que confio falando do livro A Mais Bela Melodia - Carol Teles. Todas diziam que era lindo... perfeito... profundo... sensível... Enfim.....todas erraram... Na minha opinião ele é tudo isso e muito mais.

Tive que dar o braço a torcer várias vezes durante a leitura. Vou explicando aos poucos esses momentos.

O livro conta a história de Lorena, uma garota idealista, arredia, sem amigos, extremamente inteligente, mas totalmente solitária, e Klaus, um garoto carismático, aventureiro, altruísta, leal, mas com algumas mágoas do passado que o atormentam.

Os dois se encontram quando Klaus percebe um incêndio na escola e resolve verificar o que realmente está acontecendo. Lá ele encontra Lorena presa e faz de tudo para salvá-la.

Esse salvamento é o início de uma relação turbulenta. Por mais que ela seja grata pelo salvamento, ela não aceita nenhum tipo de aproximação. Por mais que ele acredite que ela é insuportável e totalmente arrogante, ele percebe que há muito mais nela do que ela está disposta a mostrar.

Lorena estava envolvida no incêndio, e como punição tem que fazer aulas de música e participar do projeto de apresentação da festa da cidade. No grupo, as mais diferentes personalidades se unem em nome da música, Lorena critica e despreza aquelas pessoas, sempre com a justificativa que são fúteis e sem conteúdo, mas ao se aproximar deles, percebe que são muito diferentes.

Ela é filha do pastor da cidade, um homem rígido, amargo, insensível que desconta suas frustrações na família e vende a imagem de homem dedicado e amável para a comunidade. Sempre lutando para preservar a moral e os preceitos religiosos. O idealismo e as aventuras da filha são uma vergonha que ele tenta curar com castigos e pressões psicológicas nela e na mãe.

Ele é o filho do delegado, que foi abandonado pela mulher, tendo que criar o filho pequeno sozinho e superar o coração partido. Ele tem uma necessidade de lutar pelas causas que acha justas incontrolável, mesmo que muitas vezes acabe correndo riscos para isso. O passado de sua família faz com que ele tente manter seus relacionamentos superficiais, sem grandes envolvimentos para evitar o sofrimento.

Lorena começa a baixar a guarda e se aproximar do grupo de música quando decide provar a eles que não só sabe cantar, como pode ser muito boa nisso. O que ela não esperava era surpreender e conquistar a todos. Inclusive o jovem que faz com que ela repense todos os seus conceitos sobre amor, relacionamentos e amizade.

Momentos em que tive que rever meus conceitos: adolescentes inexperientes são itens que não estão nessa obra. As vivências de todos esses jovens superam o que muitos vivem em toda a sua vida.

Lorena é jovem, mas é experiente, madura, sabe o que quer e luta por isso, mesmo quando sabe que vai pagar muito caro por enfrentar o pai.

Klaus aprende desde cedo, que por mais que o pai seja distante, ele tem seus motivos e respeita isso.

Os amigos dele, Adônis e Samuel, tem seus próprios fantasmas e usam a amizade e parceria para superar a ausência e a superproteção familiar. Além deles, os outros membros do grupo de música tem força e lealdade suficiente para deixar muitos adultos no chinelo.

Sou professora, convivo com adolescentes diariamente, muitos com a idade de Lorena, reconheci vários traços de meus alunos em personagens do livro, com um detalhe, preciso juntar mais de cinco alunos para conseguir formar um personagem. Se isso é bom, não....é ótimo, pois a diversidade faz com que o livro seja rico e surpreendente.

O que você seria capaz de fazer para salvar seu amor? Você seria capaz de abrir mão de seus sonhos para ficar ao lado de quem ama? Você conseguiria superar a perda e a distância para ver quem ama feliz?

O que é mais importante, a verdade ou a felicidade de quem se ama?

Há como perdoar o abandono, a violência e as mentiras?

Todas essas perguntas permearam meus pensamentos na noite em que passei em claro terminando o livro, e posso garantir....valeu cada minuto de sono perdido.
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Juliana 15/07/2014

Uma das melhores histórias que já li na vida!!!
Foi por acaso que comecei a ler o livro, mas sem dúvida não foi pelo mesmo motivo que me apaixonei por ele!

No início pensei que fosse apenas um drama adolescente, mas fui me prendendo tanto a história que passei a fazer parte dela e a viver em 'Esperança' junto com todos os personagens.

A Lorena mesmo enfrentando todos os percalços dispostos em seu caminho demonstra tanta força, força essa invejável, desejável.. Ela é corajosa, leal, atrevida, justa, guerreira, inteligente, predestinada, tanta coisa que fica difícil descrevê-la de forma precisa, pois ela é uma super heroína tendo a sua vida como sua criptonita!

O Adônis é aquele ser perfeito, mesmo vivendo seus próprios dramas, sempre está disposto a ajudar, é um grande amigo, aventureiro, capaz de se sacrificar por aqueles que ama sem exitar!

O Klaus é um príncipe, não daqueles dos contos de fada, montados num cavalo branco e num traje perfeito! Ele é um príncipe do século atual, cheio de estilo, marra, bonito que só ele, montado numa moto envenenada e curte clássicos quanto o assunto é carro! Ele não é perfeito, mas quem é?! E no fundo ninguém quer o cara perfeito, depois de um tempo toda a perfeição se tornará chata. É legal ter uma briguinha e depois fazer as pazes, é saudável! O Klaus é um grande cara, amigo, extrovertido, salvador de mocinhas (e nem tão mocinhas assim) em perigo.

Todo o enredo do livro é maravilhoso e responsável por fazer com que o leitor se sinta parte da história, vivendo seus momentos alegres, dramas, chorando junto com os personagens, se sentindo em êxtase nos momentos de aventura e se sentindo acalentos dos devidos momentos.

Todo o texto é esplendoroso. A Carol Teles escreve com uma perfeição, um carinho, um toque tão preciso para alcançar o mais profundo ser do leitor, despertando todo tipo de sensação!

Esse primeiro livro, a cada capítulo trazia algum ponto enriquecedor, transformador.. não só em alguma forma de pensar, mas até de encarar a vida e agir.

Às vezes, a gente reclama tanto por tão pouco, desde que me entreguei a leitura desse livro, me propus a reclamar menos e tem funcionado. Parece que só o ato de não reclamar já diminui o seu problema ou nos ilude quanto a isso. Mas o importante é que tranquiliza.

Felicidade me define, ao saber que esse livro enfim recebeu a valorização merecida e será publicado!
Com certeza, será um sucesso e logo será publicado a continuação e saber que terei eles em casa, me traz uma sensação tão boa que é inexplicável!
Quem não leu, leia! O livro é incrível!
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Lud 13/06/2014

Inesquecível!
Eu não vou começar essa resenha com mais uma frase "esse livro é fantástico" ou "todo mundo deveria lê-lo".
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Não, não vou repetir a fórmula que uso para indicar outros livros.
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Porque se você olhar aqui no Skoob, tem tipo umas dez resenhas sobre ele já dizendo mais ou menos isso e se os títulos "Um dos melhores que já li" e "Posso dar nota 1000?" não forem suficientes para te convencer, além da média alta de pontuação de 4.5 do primeiro livro e 4.7 para a continuação, então, não conseguirei te dobrar usando mais um arsenal de frases superlativas.
Então "o que diabos você pretende com essa resenha?" você poderia me perguntar. E eu diria: e eu lá sei? Minha única motivação é colocar de alguma maneira pra fora o turbilhão de emoções que senti.
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E se você se sentir convencida para senti-las também, ok. Do contrário, ok também porque o mundo é cheio de maravilhas e nem todo mundo está preparado para elas.
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A história se passa numa Cidade fictícia, chamada Esperança, que pelas características se assemelha com alguma do interior do Sul do Brasil. E eu sei que geograficamente há outros lugares para as autoras nacionais explorarem que não o famigerado eixo sul/sudeste, mas se você não criticou a enxurrada de textos que apareceram sobre Seattle nos EUA não me venha entortar o rosto para isto agora. E nem para o estilo americanizado do Colégio em que gira o enredo dos adolescentes deste livro.
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Faça um favor a si mesmo e ultrapasse suas barreiras para irmos falar sobre o que realmente interessa: os personagens.
Céus, vou te dizer, são muitos. E são lindos.
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Mas por onde eu começo? Primeiro, são na maioria adolescentes. Há uma garota chamada Lorena que em um primeiro momento mais parece uma cria de Darth Vader com Jack Torrance do "O Iluminado". É, aquele filme assustador que inacreditavelmente não deu um Oscar ao Jack Nicholson.
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Ela é impetuosa, imita uma rebelde sem causa e trata todo mundo pior que ... ah sério, não tenho uma referência ?cult? para definir isso com precisão.
Nas palavras do próprio protagonista da história:
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"Ela era louca, mas era a louca que fazia todo sentido".
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Pois é, demora um bocado para fazer sentido também, mas quando faz, você percebe que no lugar dela você seria muito pior. Ou já estaria debaixo da terra. Não sei ao certo.
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E aí, vamos falar do protagonista que indiscutivelmente é Klaus.
Discordo de quem diz que Lorena é a principal. Se existir um foco na narrativa, é sem dúvida o - cavaleiro dourado - que abre o primeiro capítulo de A Mais Bela Melodia e fecha com o último. E se isso não é suficiente para lhe convencer de que ele é "o cara" do primeiro livro, então, vamos a uma de suas falas que tirei:
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"Eu era um garoto cheio de primeiras vezes, mas vazio de finais para todas elas".
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Ah, pois é. Tenso não? Mas não se engane. Se Lorena era preenchida de escuridão tal como o protagonista de Star Wars, Klaus era a luz. Uma intensa, com um círculo em volta de amigos do caralho e que faria inveja a qualquer um. Adorado pela Cidade e ironicamente odiado por Lorena.
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Mas até ela, se curva a insistência do músico mais prodígio de Esperança.
Ah, então tem música nesse livro? Ok, você não leu o título né? Vou dar uma de Lorena aqui: esse livro é pura música, Porra! E tem uma playlist tão encantadoramente simples que duvido que você não vá suspirar relembrando de sua própria juventude a cada passagem que ouvir algo muito familiar sendo tocado por eles.
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Contudo eu sei, sei que você quer mesmo saber o que esperar do enredo. De início parece mais um Young/adult sobre adolescentes que são opostos. Aquele - morde assopra - sem fim, porque um é muito underground e o outro é muito certinho.
Certo? Errado. Essencialmente - A Mais Bela Melodia - é sobre personagens e seus erros. Acertos, tentativas e falhas.
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E a autora fez uma história filha da puta onde é quase impossível julgar os personagens pelas suas atitudes. Como assim? Já leu algo que tem um pouco de fatalidade no enredo aliado aos atos de coragem frente a cada um deles que faz aquela Cidade ser um lugar comum e ao mesmo tempo nada comum no universo? Em que você fica maravilhada com o tumulto de emoções que te gera cada linha? E quando é incrível que você consiga amar e odiar cada um dos protagonistas em exatas proporções?
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Porque, cara, se tem um livro em que os personagens erram feio é nesse livro. Mas todas as vezes que eu me pus em um patamar de julgá-los, parei e perguntei a mim mesma se eles já não eram o suficiente quebrados para tomarem uma decisão ruim tanto quanto tomaram. E o que vivi nem chega perto da poeira que assolou os sapatos deles para me colocar em igual posição.
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E foi aí que vi a genialidade da autora.
Ela brincou de Deus. E foi malditamente boa nisso.
Sabe o Klaus? O que parecia luz quase o livro todo? Tem uma espécie de epifania no seu último dia de aula que traduz o sentimento que estou tentando passar:
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"Era o último dia de escola, de professores chatos do ensino médio, de risos no ginásio, de gente sem noção tentando parecer Deus nos corredores. Também foi o último dia em que eu me achei invencível".
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Rah! Isso foi uma tentativa da autora te preparar para o "trem prestes a descarrilar" no final do livro. E preparou? Não.
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EU. FIQUEI. NO. CHÃO.
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Costumo dizer que gosto mais de livros que me deixam ?escancarada no asfalto?, caída ralada na areia, mas eu só me senti verdadeiramente assim em ?A Mais Bela Melodia?. Se você é como eu, que esquece a própria vida e passa a viver a dos personagens quando está lendo o livro, cuidado! Você vai invadir as páginas e querer pegar um deles (ou todos?) no colo.
Alerta de autora má. Fodidamente má. E impecável em colocar as consequências dos atos nos seus devidos lugares.
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E por fim, dizendo o mínimo porque não quero e não aceito liberar nenhum spoiler antes da hora, vou logo dizendo que o dono do meu coração é um personagem tão incrível que dificilmente alguém no mundo literário consegue superá-lo em maestria de caráter. No mundo real, então, nem ousaria procurar. Ele não existe. Ou eu estaria atrás nesse exato momento (e não aqui sentada escrevendo uma resenha besta) sobre alguém que:
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"nunca dizia não aos pedidos dos outros, por mais absurdos que fossem. Simplesmente ajudava a pular e depois ia atrás".
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Ok. Até que aqui falei do que mais gostei e do que achei incrível. Contudo se você quiser ousar lendo essa maravilha antológica, aviso logo que são muitas páginas do primeiro livro, que há uma espécie de ?prequel? antes do último livro chamado de ?Doze Anos Entre Notas?, mas que acho importante de lê antes de partir para o último ?A Mais Bela Melodia ? Acorde Final?.
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E por fim, se você já se aventurou e está indo para continuação, eu estarei a uma janela de Messenger ou whats para pegar na sua mão, ainda que a distância. E parafraseando meu personagem preferido, quando ele diz com propriedade:
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"Respire e tente de novo".
Você consegue, abre a próxima página, porque vale muito a pena. E é inesquecível.
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