Quem Teme A Morte

Quem Teme A Morte Nnedi Okorafor




Resenhas - Quem Teme A Morte


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bia0:0 09/02/2024

Inovador
Olá, estou de volta. Mais uma vez falando da querida Nnedi Okorafor, tendo como livro da vez "Quem teme a morte: Onye e A Profecia."
Primeiro tópico que pra mim é de lei nos livros da Nnedi é o universo. Eu amo como ela representa muito bem a cultura do país, tanto das partes boas quanto das partes ruins. Eu acho as descrições dela tão singulares, não sei explicar mas eu adoro!!!! Um dos poucos autores que eu realmente consigo imaginar o que tá acontecendo, sem alterar muitas coisas.
Porém, falando do universo fantástico em si, deixou um pouco a desejar. Eu gostaria que tivesse mais descrições e explicações do que teve. Isso é o que eu penso. Não que o livro seja superficial em relação a isso, porque definitivamente não é, mas acho que para mim, ficou um pouco sem sal.
Já falando sobre o enredo, que história mais cabulosa!! Gostaria de deixar claro que é repleta de gatilhos. Tem descrições muito explícitas sobre estrupo várias vezes ao decorrer do livro. É uma história tão trágica e saber que ela tirou isso de acontecimentos que realmente acontecem no Sudão e em todo mundo é tão triste e revoltante ao mesmo tempo!!
Agora falando sobre os personagens, nunca tinha visto tanto personagens de personalidades marcantes em um só livro. Onye me irritou tanto durante o livro que só Jesus na causa. Ela é muito imatura e não pensa muito antes de agir, ela é o tipo de personagem que ou você ama ou odeia. Eu a amei, por mais que fiquei revoltada com ela uns 60% do livro todo. Já o Mwita é outro cabeça dura. A relação deles é um pouco peculiar mas já entendi que isso é comum nos livros da Nnedi. Vi gente dizendo que era dependência emocional mas não acho que seja isso. Eles podiam brigar a maior parte do tempo, mas se amava e se complementavam, um sempre cuidando do outro.
Sobre os personagens secundários, adorei a forma como ela os desenvolveu na dose certa, comparando a relevância deles na história(que não é pouca). Todos eles têm uma história e um desenvolvimento ok levando em consideração que são secundários.
Sobre o decorrer da história, em alguns momentos fica um pouco repetitivo, já que passa uns 20% deles só no deserto. Por mais que houvessem acontecimentos no deserto, ainda assim acho que enrolou de mais pra chegar no final.
E, já aproveitando a deixa sobre final, esse foi bem fraquinho ein. Eu tava tão empolgada mas aí o final chegou e foi desse jeito. Fiquei confusa em algumas cenas e até triste porque minhas expectativas estavam altíssimas.
No geral, eu super recomendo pra quem quer fugir do comum. Analisando o enredo em si, a premissa não é muito inovadora, mas acho que os elementos culturais adicionam uma camada mais profunda na história. A Nnedi foi uma revelação tão boa na minha vida que quero lê todos os livros dela!!!! Até a próxima.
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Lane72 04/01/2024

Meu favorito da vida!
Sem medo de falar sobre tudo e mais um pouco, esse livro é uma fantasia com o maior gosto amargo da realidade que existe. Nnedi é implacável e narra sem pudores desde a guerra e o preconceito, como questões de raça, gênero e sexualidade. Nunca me vi tão imersa numa leitura, tão intrigada e desafiada por um final de história que me deixou em prantos e com minha inteligência posta a prova! Nnedi foge ao óbvio, às estruturas premeditadas, ao que é esperado de uma obra de ficção e fantasia e consegue assim revolucionar mas sem perder a identidade da história que se propõe a contar. Esplêndido! Uma obra de arte digna dos prêmios que ganhou e que merecia mais reconhecimento!
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Rafa.Colog 16/12/2023

Abandonado: gatilhos horríveis
Nota 1/5= a escrita impressiona, talvez até de mais
Leitura= 08/2018
Não posso dar uma opinião sobre a trama porque eu abandonei nos primeiros capítulos. Recebi recomendações, apareceu uma oportunidade de ler e aproveitei sem ter muita informação além de que era uma distopia africana.
O problema é que a escrita me pegou demais, tem muita violência contra mulheres, contra meninas, e foi tão descritivo que eu senti real como se fosse comigo, literalmente me fez passar mal então eu abandonei na hora. Não consigo mais ler, independente de como continuar.
Não pretendo retomar a leitura e fiquei com receio de ler outros livros da autora, eu não tenho psicológico para isso. A nota é baixa pela experiência extremamente dolorosa e perturbadora desde as primeiras páginas.
Sobre o resto da história não consigo fazer um julgamento, mas aviso qualquer um interessado em ler que os gatilhos são bem intensos. Se você tiver alta empatia pelo que lê sugiro que evite esse livro, é bem pesado logo no começo.
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Fernanda 15/12/2023

Tinha tudo pra ser mas não foi.
Que final medíocre para um universo tão bacana. Eu confesso que mesmo q eu tivesse detestado a protagonista, ainda assim eu me envolvi e amei o universo criado. Fiquei extremamente decepcionada com o final tosco. Nada faz sentido. Saímos de uma distopia para um realismo fantástico absurdo e sem noção. Os últimos capítulos são extremamente sofríveis.
Minha personagem favorita foi do começo ao fim Diti. Ela parece ser a única da história toda com a cabeça no lugar.
O fato da protagonista parecer um Coelho me irritou profundamente. Parece q a história gira em torno de relação sexual e que pobre isso, hein... tudo q eles tem é o toque físico? Eles não conseguem ter uma conversa de 2 minutos sem brigar? Que Red flag imensa! Ele invejoso e ela sem paciência. Eh um relacionamento horrível q se baseia na dependência física e sexual.
A melhor parte do livro é do povo vermelho.
Se Aro não tivesse sido tão teimoso em sua misoginia com certeza seria o melhor personagem. Tem uma profundidade nele maior que nos outros secundários.
Mas na verdade tudo fica um pouco raso por conta de ser na visão da protagonista.
Não sei se eu recomendo esse livro. É pobre demais.
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Daniel.Tschiedel 16/10/2023

Maçante demais...
Esse livro me deixou inconclusivo. A história é longa e maçante, a autora gasta muito tempo com descrições mundanas, de forma que a história não avança.

Os personagens não são carismáticos e salvo poucas exceções, não consegui me apegar a eles.

Apesar de tudo, partes da jornada de Onye foram interessantes e o livro me prendeu pra saber o desfecho.

Porém tudo foi caminhando lentamente para um clímax que nunca chegou. O final é confuso e aberto e o embate pelo qual você espera o livro inteiro é, sei lá, banal...

De positivo fica o fato do livro se basear muito na cultura africana, bem como em fatos tenebrosos de sua história e também por debater racismo, misoginia etc.
Daniel.Tschiedel 18/10/2023minha estante
Sinceramente, a quem tenha interesse na leitura do livro, ignore minha avaliação e veja a avaliação da Preta & Nerd. Acho que ela conseguiu colocar em seu vídeo tudo que senti durante a leitura e que me fez ficar preso no livro, mesmo não gostando muito, e que eu não consegui redigir.

https://www.youtube.com/watch?v=l1ztT-h0GrQ




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oramauricio 14/03/2023

SURPREENDENTE
Uma história surpreendente que, apesar de se passar na África do futuro, contém elementos tradicionais do passado, como crenças e utensílios. Um misto de tecnologia, magia, feiticeiros, preconceito e motocicletas. Uma trama interessante e imersiva que te prende e te faz pensar no rumo dos personagens do começo ao fim.
Na segunda vez que li me emocionei muito mais com cada progresso, cada evolução, cada perda, cada novidade. É uma leitura tensa, porém incrível.
Contém cenas fortes, esteja preparado para tudo! Recomendo.
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emlindh 27/02/2023

Nunca li nada igual e estou sem condições
Para ler Quem Teme a Morte tem que ter estômago forte, às vezes até certo sangue frio, mas tem que ter principalmente compaixão e empatia.
Nunca li nada tão forte, tão agressivo, tão violento e pesado, e ao mesmo tempo tão feminista e tão selvagem.
Ninguém nessa história é perfeito, e entender onde está Onyesonwu nessa história toda, onde estão as pessoas todas e a sociedade, e a religião, e a magia, e as opressões e o poder é um desafio grande na leitura, mas eu acredito que vale muito a pena.
Não acho que Quem Teme a Morte romantiza qualquer acontecimento ou violência, não justifica opressão ou ódio, tudo isso faz parte da história como faz parte do mundo, e é muito injusto e ignorante achar que nada disso vale ser contado ou exposto em um livro.
A leitura mais do que vale a pena, e agora eu quero ler tudo da Nnedi Okorafor ao mesmo tempo que tenho medo do que vou ter que encarar para isso.
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Bruna 08/01/2023

Tive dificuldade para terminar esse livro. Tem um plot interessante, a autora sabe descrever bem os cenários pelos quais os personagens transitam, a protagonista é bem tridimensional. Porém nesse livro ela sobrecarrega a gente com informações. Todas essas coisas que ela distribuiu bem EM Binti, aqui foi excessivo. Pelo menos para mil, havia muita coisa acontecendo, muitas pessoas ao redor, muitas situações no meio ao invés de progredir com a trama principal. Acredito que se o livro tivesse menos informações em algumas partes, ele seria mais objetivo e manteria mais o interesse. Outra coisa que tornou essa leitura cansativa para mim é quando ficou um excesso de informações não importantes e falta de informação importante. Não há explicação para algumaa coisas, elas apenas são assim. É a inserção do misticismo que estragou a experiência para mim. As ações, situações e problemáticas deixam de ser verossímeis e acontecem de forma desregrada. Em Binti as coisas são sempre com base científica. Mesmo trabalhando fé e espiritualidade dos personagens, não deixa de ter explicações para o que está acontecendo, como está acontecendo e porquê. O livro não é ruim mas foi bem denso, o que me causou desânimo entao demorava a sentir vontade de continuar na narrativa cansativa.
Daniel.Tschiedel 25/09/2023minha estante
Concordo com tudo que você falou. Estou quase em 20% de leitura e estou a ponto de largar o livro. A trama não anda, parece que estou no mesmo lugar.




@lidosporwendy 04/01/2023

Uma leitura extremamente pesada
RESSALVAS: Já tive contato com os outros livros da Okorafor, mas esse é o de longe o mais difícil que li durante o ano inteiro. Ele tem vários gatilhos de violências, estrup* e mort*. E sinceramente não entendi porque ele foi classificado como literatura juvenil, por motivo desse livro abordar temas bem delicados.

O LIVRO: A capa só fez sentido para mim, após a leitura do livro, consegui entender o motivo das tatuagens na mulher em primeiro plano e de suas asas, e de como o deserto ao fundo e seus três viajantes. Sobre o papel ele é amarelado, boa gramatura e as letras estão em tamanho adequado.

SOBRE A HISTÓRIA: Essa é a história da vida de Onyesonwu, uma mulher Ewu e feiticeira, que faz um relato de toda a sua vida antes da sua morte chegar. A história se passa em um deserto africano, onde Najeeba, mãe de Onye, sai para uma peregrinação com outras mulheres Okeke e acaba sendo estrupad@, quando ela consegue retornar ao seu lar, o seu marido a rejeita e ela parte para o deserto e logo depois descobre que esta grávida, uma gravidez não desejada. Ela vive no deserto com Onyesonwu como nômade por alguns anos, e quando a criança fica maior elas passam a viver uma cidade chamada Jwahir, onde Onye passa sua infância e adolescência, mas as coisas não são facies para Onye. Pelo motivo de ser diferente dos demais, como uma Ewu sua pele, seu cabelo, seus olhos mostram quem ela é, e o povo não gosta de pessoas como ela. Após passar por um ritual de iniciação da vida adulta, o pai de Onye, um homem Nuru descobre a presença da sua filha, e não mete esforços no mundo físico e espiritual para matá-la. E assim Onyesonwu não mede esforços para se tornar uma feiticeira e rescrever a história do seu povo.

FINALIZANDO: Não é um livro fácil de ler, principalmente quando se falar das violências sofridas pelos personagens. Mas é um livro que te tira da zona de conforto, recomendo a leitura para pessoas que tem estomago para ler.
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stella87 31/12/2022

uma leitura interessantíssima?
[não é uma resenha] um livro que propõe e desenvolve inúmeras reflexões, deixa o leitor aflito, mas é bom?o melhor livro da autora na minha opinião?
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Kelly Barbosa 29/07/2022

Onye
Que livro. Que história. Onye. Mwita. Que personagens. Tudo incrível, doloroso, forte, revolucionário, cheio do melhor e do pior dentre as coisas humanas. Fiquei sem palavras.
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Rodrigo 19/02/2022

Leitura interessante
É uma história de ficção científica distopica das mais originais que eu já li. Um livro repleto da cultura africana e, ao mesmo, tempo que mostra toda a irracionalidade,crueldade e violência que fases parte dela. É uma história que se passa em um mundo devastado e que regrediu a barbarie. A personagem principal se descobre com habilidades especiais e, com isto combate a cultura violenta de opressão e o passa pelo doloroso processo de libertação das mulheres dentro da cultura africana, sofrendo a circunsição e sendo inferiorizadas. Gostei muito da história.
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Liliane 10/12/2021

Um pouco dos costumes e mitologias africanas. Me cansou um pouco no meio do caminho, mas mesmo assim gostei bastante
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Kezices 12/10/2021

Gostei muito de "Quem Teme a Morte", livro de Nnedi Okorafor. A trama se passa em um futuro pós-apocalíptico na região que corresponderia hoje ao Sudão.

As personagens e as conexões entre elas são muito bem construídas, em uma trama original, que dialoga com muitos temas presentes no nosso mundo atual (por exemplo, estupro como arma de guerra, machismo, racismo, religião sendo usada para alimentar preconceitos, etc...). Mas também é um livro sobre resistência, amor e esperança.

As referências culturais, a força da protagonista e das relações das personagens, os questionamentos levantados e os elementos de fantasia muito bem delineados são outros pontos fortes do livro - uma das minhas leituras favoritas do ano.

O livro recebeu o "World Fantasy Award", em 2011.

Sem dúvida quero ler mais livros de Nnedi Okorafor!
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