@lidosporwendy 04/01/2023
Uma leitura extremamente pesada
RESSALVAS: Já tive contato com os outros livros da Okorafor, mas esse é o de longe o mais difícil que li durante o ano inteiro. Ele tem vários gatilhos de violências, estrup* e mort*. E sinceramente não entendi porque ele foi classificado como literatura juvenil, por motivo desse livro abordar temas bem delicados.
O LIVRO: A capa só fez sentido para mim, após a leitura do livro, consegui entender o motivo das tatuagens na mulher em primeiro plano e de suas asas, e de como o deserto ao fundo e seus três viajantes. Sobre o papel ele é amarelado, boa gramatura e as letras estão em tamanho adequado.
SOBRE A HISTÓRIA: Essa é a história da vida de Onyesonwu, uma mulher Ewu e feiticeira, que faz um relato de toda a sua vida antes da sua morte chegar. A história se passa em um deserto africano, onde Najeeba, mãe de Onye, sai para uma peregrinação com outras mulheres Okeke e acaba sendo estrupad@, quando ela consegue retornar ao seu lar, o seu marido a rejeita e ela parte para o deserto e logo depois descobre que esta grávida, uma gravidez não desejada. Ela vive no deserto com Onyesonwu como nômade por alguns anos, e quando a criança fica maior elas passam a viver uma cidade chamada Jwahir, onde Onye passa sua infância e adolescência, mas as coisas não são facies para Onye. Pelo motivo de ser diferente dos demais, como uma Ewu sua pele, seu cabelo, seus olhos mostram quem ela é, e o povo não gosta de pessoas como ela. Após passar por um ritual de iniciação da vida adulta, o pai de Onye, um homem Nuru descobre a presença da sua filha, e não mete esforços no mundo físico e espiritual para matá-la. E assim Onyesonwu não mede esforços para se tornar uma feiticeira e rescrever a história do seu povo.
FINALIZANDO: Não é um livro fácil de ler, principalmente quando se falar das violências sofridas pelos personagens. Mas é um livro que te tira da zona de conforto, recomendo a leitura para pessoas que tem estomago para ler.