Michaely1 09/12/2021
Como a vaidade se defende
?Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.? -Eclesiastes 1:2
Machado de Assis poderia muito bem colocar esse verso bíblico de Salomão como sua epígrafe e o sentido não seria comprometido.
Trata-se de um livro curto onde temos a vaidade em seu sermão sobre como ela é inocente de tantas coisas que a culpamos.
Em poucas páginas, percebe-se que nada que venha do ser humano pode ser instintivamente modesto, mas sim fruto de vaidade, pois até a nossa modéstia tem um pouco de vaidade. A vaidade, na realidade, não pode ser culpada de tudo, pois a modéstia a culpa por existir quando até a própria irmã é vaidosa.
Mostrando detalhes de simplicidade, a vaidade conduz um pensamento em que deveríamos aceitar nossa própria vaidade, pois nosso amor próprio pode até mesmo superar o amor de uma mãe por seu filho. Isso devido ao fato de que, provavelmente, a partir do momento em que encaramos o problema, passamos a solucionar ele de uma forma melhor.
Aprendi muito, mas confesso que senti falta da ironia do Machado, mesmo que houvesse muitos trechos humorados (inclusive quando ele se dirige ao próprio leitor).
Aliás, nem tente refutar esse ilustre homem, pois, ao final, ele deixa um recado para você que é ousado o suficiente para discordar dele.