The Slow Regard of Silent Things

The Slow Regard of Silent Things Patrick Rothfuss




Resenhas - The Slow Regard of Silent Things


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Cris 20/03/2015

E tudo precisa pertencer a algum lugar
Auri é uma menina especial, com um dom especial, e tudo, para ela, pertence a algum lugar. O livro traz a narrativa de como são os dias de uma jovem que vive nos subterrâneos de uma universidade de arcanistas, possui dificuldade de se aproximar das pessoas, mas tem um talento muito peculiar de trato com os objetos. De onde veio e como chegou até aí são perguntas que ficam sem resposta, mas provam que ela está no lugar em que deveria estar. Spin-off da série "As crônicas do matador do rei", traz um pouco de alívio para a ansiedade daqueles que estão aguardando o fim da saga.
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Celly Nascimento 29/01/2015

Uma ação diferente
Todo leitor assíduo de Patrick Rothfuss está ansioso pela conclusão d’A Crônica do Matador do Rei. Se isso é segredo? Óbvio que não. Fomos apresentados à história de vida de Kvothe e não podemos voltar para trás. Estamos sedentos, estamos com saudades. Queremos ler de novo sobre a rotina acelerada e cheia de emoção do Sem-sangue na sua juventude. Exímio musicista, calculista arcano. Sempre em movimento, mesmo quando está parado. Há apenas um pequeno contraponto nesta agitação toda: Auri. Enquanto no dia-a-dia vemos um Kvothe impetuoso, cheio de energia e determinado, descobrimos sua outra faceta quando ele se revela àquela habitante dos Subterrâneos que todos aprendemos a amar.

Lendo The Slow Regard of Silent Things descobri que adoro esse tipo de ação lenta, bem como o título sugere. Uma ação bem diferente da qual estamos acostumados vindo de Rothfuss, pois se Kvothe vive aventuras energizantes desde a Universidade até Vintas, passando por Feluriana, Auri também tem as suas próprias que se passam dentro do seu singular e reduzido mundo – os Subterrâneos. Ok, talvez seja um mundo reduzido para mim e para você. Mas estamos falando de Auri, não? Sua mente admirável conseguiu ampliar e tornar complexo aquele universo ali embaixo da Universidade. Cada passo é uma aventura, cada descoberta é excitante.
Rothfuss encontra-se muito mais descritivo e minucioso em seus detalhes, mas porque Auri é desse jeito. Nem mesmo um objeto que passaria despercebido à nossos olhos foge de sua análise e consideração, como uma fivela de cinto. Ela é curiosa, cautelosa e radiante, com personalidade – o que, aliás, é algo que tudo possui de acordo com sua visão de mundo. Isso mesmo, tanto humanos quanto objetos possuem personalidade. As chaves, por exemplo, são muito conhecidas por sua complacência. Eu absolutamente amo a Auri – e podemos ver o quanto ela ama Kvothe. Não de uma forma romântica, mas descobrimos nesta obra o quanto ele lhe é importante.
O livro está repleto de ilustrações maravilhosas de objetos comuns, assim como apresenta algumas imagens de Auri. Não se divide em capítulos, mas no que eu chamaria de “seções”. Cada uma delas se revela como sendo um dia da semana na qual Auri se prepara para o próximo encontro com Kvothe. A minha favorita é a mais sucinta, mas que talvez por isso tenha chamado tanta atenção. A seção tem o título de “Hollow”. Tem apenas uma frase: “No quarto dia, Auri chorou”. E eu chorei com ela. Porque é tanta beleza, tanta delicadeza, e eu simplesmente não aguentei mais.
Acho que nunca vi Rothfuss tão brilhante. Jamais conseguirei descrever e passar a vocês a beleza desta obra majestosa de forma adequada, qualquer tentativa será muito inferior ao real sentimento que temos ao ter contato com ela. Se você é do tipo de pessoa fria, que não se preocupa muito com seus sentimentos e percebe que eles não são muito de aflorar, pode acabar descobrindo que não é toda essa pedra que pensa. Se você não possui qualquer tipo de sensibilidade, trate de achá-la. Encarar essa obra insistindo em manter-se isento de qualquer emoção é uma afronta à genialidade. Tal qual a música clássica, você deve saber apreciá-la. Se notar que está começando a se arrepiar em determinados momentos, posso dizer que está tendo uma experiência satisfatória.
Você conseguiu, Auri, um lugarzinho no meu coração. Kvothe está aqui também, mas a maior parte é sua. Eu a conheci de verdade, conheci seu mundo e absorvi a delicadeza de ser quem você é. Não um animal arredio que temos de tratar com cuidado para não fugir, digno de pena, como me pareceu logo na primeira vez que a vi surgir para Kvothe, mas uma criatura maravilhosa que reserva muitos segredos digna de ser admirada. Você é tão surpreendente quanto o seu modo de olhar ao redor. Nunca imaginei que veria ação na ausência desta, mas você consegue produzi-la. Uma ação lenta, mas tão doce quanto você. Obrigada por isso.
Há mais, pessoal. Uma surpresinha no final, mas não vou estragá-la. Só posso dizer que minha ansiedade para a conclusão da saga de Kvothe/Kote está dez vezes maior, no mínimo.
The Slow Regard of Silent Things, ou A Música do Silêncio, vem aí. Você seria um tolo se não o adquirisse.

Post-scriptum: Fica aqui uma análise sobre Rothfuss que achei extremamente interessante e que a meus olhos é a mais pura e cristalina verdade. Não imaginava que eu tinha esse pensamento até lê-lo:

“Rothfuss me fez lembrar de Ursula K. Le Guin, George R. R. Martin e J. R. R. Tolkien, mas nunca tive a impressão de que ele estivesse imitando alguém. Assim como os autores que ele claramente admira, Pat também é um contador de histórias à moda antiga, que usa elementos tradicionais, mas com voz própria.”
– The London Times.

site: http://melivrandoblog.blogspot.com.br/p/melivrando-01-slow-regard-of-silent.html
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Rogéria 22/01/2015

Adorável
Adorável: essa é a palavra que descreve essa breve semana da vida da Auri que é descrita no livro. Adorei mergulhar na mente dela e ver como ela enxerga o mundo, cada pequeno detalhe como uma peça de um quebra-cabeça cheio de sentimentos que só ela consegue ver. Concordo com o Pat quando ele diz que não é um livro para todos, mas me agradou bastante. Me deu inclusive vontade de ler novamente os dois volumes da "Crônicas de um Matador de Reis" só para ver a Auri com esse novo conhecimento da personagem.
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Newton Nitro 18/11/2014

Um passeio pela insanidade de Auri ideal para os fãs das Crônicas do Matador Rei!
Li o Nome do Vento (The Name of the Wind) e o Temor do Sábio (Wise Man’s Fear) assim que saíram em inglês, ou seja, já tem alguns anos, e já estava seco de vontade de retornar à prosa poética e musical do Patrick Rothfuss. Assim que soube que ele publicou uma noveleta de 150 páginas sobre a personagem Auri, corri para conferir a última obra do barbudão doidimais. E curti muito, mas já aviso, é um conto de pegada mais literária, não vai agradar quem busca uma história mais tradicional, com arco narrativo, clímax etc.

O conto, que será lançado no Brasil com o título de A Música do Silêncio pela Editora Arqueiro, foca no dia a dia da Auri, uma personagem enigmática (e bem doidona) da saga do Matador Rei. Mais uma vez, o texto mostra a habilidade literária de Rothfuss, com metáforas e símiles bem trabalhadas, e uma musicalidade poética que permeia a leitura. O mundo e o ponto de vista peculiar de Auri, ela se relaciona com objetos inanimados como se fossem seres vivos e conscientes, é descrito em muitos detalhes. Pela primeira vez Rothfuss usa a terceira pessoa limitada em sua prosa, e o fez de maneira habilidosa e exemplar. O que mais gostei nessa novela é o modo como a narrativa coloca o leitor dentro da pele e da mente perturbada de Auri.

Como o Patrick avisa na introdução, o ideal é ler esse conto depois da leitura dos dois primeiros volumes da série. Não acontecem revelações importantes para a saga, o máximo que percebi foi um aprofundamento no modo como funciona a alquimia. O texto transborda de sensibilidade e aprofunda muito a personagem Auri (que já era uma das minhas favoritas da série). Como disse, o texto é mais uma exploração literária do mundo e do ponto de vista da Auri e pode ser lenta e chata para alguns leitores, assim, estejam avisados! :)

Fica a recomendação, principalmente para escritores interessados em estudar uma prosa bem feita, uma aula de como fazer uma magnífica descrição e exploração de lugares em terceira pessoa limitada e profunda.

E agora, como acabou de sair o The Empty Throne, oitavo livro das Crônicas Saxônicas do Bernard “Parede de Escudos” Cornwell e eu TENHO que saciar o meu vício saxão de qualquer maneira, vamo que vamo de novo para Nortumbria! :) E vamos ler porque ler é DOIDIMAIS! :)
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Caio 07/11/2014

Um novo ver
O Autor, Patrick, começa o livro com a seguinte frase; Você talvez não queira comprar este livro.
Entenda que para conseguir compreender esta resenha por um todo, terá que saber o quão fa eu sou de Patrick Rothfuss e a série The Kingkiller Chronicles.
Então quando li esta primeira frase, estremeci. Este tipo de comentário só pode ter dois significados, o Autor realmente crê que seu livro não será apreciado por todos ou uma jogada de marketing; ambas as opções não me pareceram muito apetitosas.
O livro então começa com Auri, uma personagem misteriosa, sem muitas informações sobre suas origens, mas que é meiga, inocente e bastante fora do conceito de normal. Na saga principal, Auri é sempre vista pelos olhos de Kvothe. Neste livro, nós vemos o mundo pelos olhos dela. Em seus olhos, o conceito do mundo em si tem uma perspectiva completamente diferente.
O livro conta a história de uma semana de Auri, enquanto ela espera por Kvothe. Ela vive só nos subterrâneos da Universidade, e neste livro, descobrimos como ela consegue se manter viva.
Se você leu a frase acima e acreditou que há qualquer tipo de ação relacionada, esqueça. Este livro não é para os que buscam aventuras, lutas e romances épicos. Este livro é sobre a tudo isso, mas dentro da mente de uma garota que não vê o mundo como nós.
Vou explicar melhor, Auri é nossa protagonista. Os personagens secundários são uma luz alquímica criada por ela (a qual ela nomeou de Foxen) e uma roda dentada, parte de uma engrenagem. Não há diálogos, não há música, não há o todo que faz The Kingkiller Chronicles tão épico. Há apenas Auri, e sua busca pelo presente perfeito para Kvothe. A trama do livro é essa, não há ápices. Auri parassa o livro todo buscando a harmonia do mundo a sua volta, mudando objetos de local, entendendo suas emoções e vontades.
Se até este momento o livro não foi vendido, ou a resenha parece ser negativa, é compreensível. O livro não é tao simples, e creio que a quantidade de teorias que serão criadas dele será abismal. Não entrarei em detalhes de como creio que este livro reflete diversos campos estudados pela psicologia, de como por trás das simplicidades exóticas de Auri, conseguimos um diagnóstico de diversas peculiaridades mentais. A escrita de Patrick, como sempre, é fluente, bela e tocante. A escolha de palavras é impressionante e o vocabulário é magnífico.
No final do livro, há uma nota, explicando sua criação e para quem ele é direcionado. Nao acho que um livro deveria ter ou necessitaria tantas notas do Autor, e por isso, lhe dei uma nota menor do que gostaria.
Em suma, o livro é diferente de tudo que as pessoas estão acostumadas a ler. Ele não te prende como uma história, mas como uma sensação. A descrição do Underthing (O subterrâneo dos Arquivos) é bem feita, e conseguimos ter uma pequena nocao de quão belo, selvagem e claustrofóbico deve ser a vida de Auri. O livro é o que é. Não há muito o que ser falado sobre ele. Se você estava esperando um bocado da continuação da The Kingkiller Chronicles ficará desapontado. Se você busca entender o personagem Auri, como ela é, vai se deleitar.

OS: Li todos os livros de Patrick em inglês, por isso não sei os detalhes em português.
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