O Guardião Invisível

O Guardião Invisível Dolores Redondo
Dolores Redondo




Resenhas - O Guardião Invisível


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Dulce 23/04/2020

Irresistível!
Suspense policial e fantasia fazem de O Guardião Invisível, um livro difícil de largar. A mitologia basca é abordada de forma envolvente com aspectos espirituais deixando a trama irresistível!

Ah, tem na Netflix o filme baseado no livro, muito bom por sinal.

Leia o livro e depois veja o filme!

Sinopse:

"O corpo de uma adolescente é encontrado às margens do rio Baztán, num pequeno povoado em Navarra, na Espanha, e para desvendar o caso a investigadora Amaia Salazar precisa voltar à sua terra natal, uma região da qual sempre tentou escapar por motivos que nem seu marido conhece, mas que ainda a atormentam na forma de pesadelos. Amaia sabe que o local, marcado pela inquisição espanhola, é cheio de velhas crenças pagãs. O que ela não imagina é que, com o avanço da investigação e a descoberta de novos corpos, a fronteira entre mitologia e a realidade ficará cada vez mais tênue. O desafio agora é descobrir se os crimes resultam da ação de um serial killer ou de uma criatura mítica conhecida como basajaun, o guardião invisível. Adaptado para o cinema em 2017, o romance O guardião invisível é um thriller impactante que une os misteriosos seres que habitam a mitologia basca com o rigor de uma investigação policial."

#DulceLeu2020
#EditoraPlaneta
#DesafioSkoob2020
Marina 25/04/2020minha estante
Também estou entrando na saga recentemente. Sabe onde consigo o segundo e terceiro livro?


Dulce 25/04/2020minha estante
Estava procurando e achei no site da Fnac os outro dois volumes. Vou comprar agora final do mês. Foi o único lugar em que encontrei!


Ro 12/05/2020minha estante
Olá...onde consigo os três volumes?


Dulce 15/05/2020minha estante
Oiê... Então, o único lugar que encontrei foi no site da FNAC, uma plataforma tipo Amazon, só que é compra internacional, infelizmente...


Ro 15/05/2020minha estante
Uhhh....obrigada, vou dar uma olhada


Débora Castro Alves 22/07/2020minha estante
Eu comprei na Amazon, por 10,00 numa promoção dia 18/07. Hj já nem encontra mais no site. Mas no Estante Virtual tem.

Eu conheci pela Netflix, assisti o segundo e descobri que era umat


Débora Castro Alves 22/07/2020minha estante
...trilogia, ai um dia assisti ao primeiro, sem saber que era da mesma série... quando vi alguns atores e o nome da policial, amei.


Dulce 22/07/2020minha estante
Débora, bom dia. Então... Eu também conheci o livro através do filme e achei fantástico! Infelizmente não tem no Brasil os outros dois livros. Na realidade encontrei na Amazon por um valor exorbitante! Mais de R$500,00 um livro! Não dá...


Débora Castro Alves 22/07/2020minha estante
Dulce, o segundo volume rem na Amazon Brasil, uns 30,00. O terceiro eu achei no Estante Virtual, mas ainda nao comprei. Está mais facil achar se for a edição em inglês




João 29/12/2015

O Guardião Invisível é um bom livro de suspense policial.Os personagens são interessantes,bem construídos.Além dos assassinatos há as tramas paralelas onde é discutida a vida pessoal dos personagens e isso torna o livro interessante.Porém o livro faz parte dessa praga que atingiu o mundo da literatura chamada "trilogia"(minha opinião) então ficam algumas coisas pendentes da vida dos personagens.Os assassinatos ocorridos nesse livros são elucidados no livro mas ainda assim me senti um pouco roubado pois algumas pontas soltas ficaram próximo livro.
Mas vale a pena a leitura e o jeito é esperar pelo próximo!
Valeria 26/01/2017minha estante
concordo com a "praga" tá difícil


Samantha 17/02/2017minha estante
O que me deixa irritadíssima, é que a editora Planeta comprou os direitos e depois de um século lançou o primeiro livro (anteriormente publicado pela Editora Record). Ou seja, quanto tempo teremos que esperar pelos próximos da "trilogia"? Lamentável.


Carol 04/08/2018minha estante
putz sério? e pior vai saber se os proximos vem pro brasil


Danniki 24/11/2021minha estante
E o que me deixou triste é que não tem continuação disponível para saber as histórias?




José Carlos 14/08/2020

Muito bom!
Comprei em uma promoção relâmpago sem nem mesmo ler a sinopse, de tão barato que estava! Quando li, fiquei um pouco decepcionado por descobrir que era uma trilogia! Depois descobri que já tinha filme dos dois primeiros livros na Netflix! E então tirei da estante, e iniciei a leitura! Primeiro: a história é fechadinha! Não fica nada pendente para os demais livros, e não é necessário lê-los! Segundo: a leitura mistura assassinato, investigação, e folclore local da Espanha, que desconheço totalmente! Por fim, após terminar o livro, irei assistir ao filme! Recomendo a leitura!
drezapassos 12/11/2020minha estante
Oii, saberia me dizer o nome desses dois filmes? Grata! ??


José Carlos 13/11/2020minha estante
Mesmo dos livros: O guardião invisivel, Legado de ossos e o terceiro não lembro, mas aparece no catálogo junto com os outros dois!


drezapassos 13/11/2020minha estante
Muito obrigada! ??




Adriano 23/08/2014

Um misto de investigação policial e mitologia basca!
Eu, particularmente, sou apaixonado por romances policiais europeus. O clima frio, sombrio, úmido e chuvoso que ambienta a maioria desses livros me fascina e encanta, ao passo em que a construção da narrativa e dos personagens também supera aos livros norte-americanos, na minha opinião.

A última obra lida que corresponde a esses critérios, foi O Guardião Invisível, escrito pela espanhola Dolores Redondo e publicado nacionalmente pelo parceiro, Grupo Editorial Record. O livro é primeiro volume de uma trilogia que pretende acompanhar as investigações da inspetora Amaia Salazar, no vale do rio Baztán.

Primeiramente, é bom salientar a minha surpresa com esse livro e como todas as minhas expectativas foram superadas. Aliás, acredito que eu nem mantinha expectativas. Fiz a solicitação do livro para resenha, mas depois percebi que a sinopse era inconclusiva: não conseguia imaginar se o livro caminharia pelo sobrenatural ou pelo real e justamente, por não saber com o que encontraria cultivei um 'pequeno' receio literário.

De modo geral, a obra acompanha as investigações de uma série de assassinatos conduzidos pela inspetora Amaia Salazar e sua equipe, no povoado de Elizondo, mais precisamente no bosque que circunda a montanha e no vale do rio Baztán. Os corpos, sempre de jovens meninas que entraram na puberdade, eram mortos por asfixia com uma corda fina e dispostos da seguinte maneira: cabelo bem arrumado, roupas rasgadas em tiras, pelos pubianos raspados e jogados próximo ao corpo e o mais nefasto: um doce típico da região chamado txatxingorri colocado na pélvis das garotas. Além disso, os sapatos das garotas eram colocados de modo alinhado e na entrada do bosque, simbolizando onde o corpo seria encontrado.

Essa cena brutal assusta até os especialistas que pontuam a mentalidade psicótica do assassino. Três garotas são mortas em intervalos de tempo próximos e com todos os detalhes coincidindo, no entanto, quando se investiga as motivações verifica-se que encontrar um culpado será mais difícil do que o esperado, uma vez que ele não comete erros, não deixa pistas e nada da vida das garotas leva a uma incógnita em comum.

Amaia e sua equipe se vê numa posição ainda mais difícil, quando a mídia sensacionalista e a população começa atribuir a responsabilidade dos atos ao basajaun, ser místico e do imaginário local que seria o guardião do bosque e assistiria a ele o dever de manter a pureza. Porém, aquele que protege seria o mesmo que mata?

O livro aborda todo o relato da Amaia, em busca de um suspeito e o transcorrer de suas investigações. Evidenciando as frustrações da vida policial quando todas as informações apontam para o vazio; o receio de que o assassino volte a agir; as responsabilidades que a polícia foral tem com a população que confia e espera agilidade e e as pressões dos superiores que esperam o caso ser resolvido.

Paralelo a isso, temos a volta de Amaia a seu povoado natal, Elizondo. Quando ela retorna, todos os fantasmas que a expulsaram retornam e agora com mais força. Temos lembranças da infância de Amaia, que parte o coração. Ela sofreu muito na infância e foi humilhada e traumatizada, justamente, por quem tem a obrigação de amá-la incondicionalmente, sua mãe. O livro retrata vários dramas familiares, intrigas entre irmãs e que acometem todas as famílias, assim como o dilema de quem cuidará dos negócios da família.

Conhecemos James, o marido de Amaia e que todas as mulheres iriam suspirar querendo um igual. Compreensivo, meigo, amável, carinhoso, preocupado e mais um turbilhão de predicados. Conhecemos as irmãs e seus relacionamentos frustrados, Ros e Flora (essa vaca). A autora é feliz em sua construção dos personagens. Ela consegue captar cenas e caracterizá-los com perfeição. Ela conseguiu humanizar todos os personagens transformando-os em gente como a gente, e quando o livro dialoga e se aproxima do leitor tudo melhora.

O drama em busca de um assassino se desenrola de um modo brilhante. Nesse livro, minha característica de detetive foi aguçada e pequenas deixas na narrativa me possibilitaram descobrir quem era o assassino antes mesmo de Amaia, ainda que eu não soubesse quais eram suas motivações e objetivos.

O Guardião Invisível é um livro policial incrível, que mistura fatos, lógica e racionalidade, com mentalidade doentia de um assassino e tangencia a perspectiva da fé, da lenda e da mitologia basca, na construção da narrativa. Só conseguirei tecer qualidades a esse livro e a escrita da Dolores. E cabe salientar que os direitos do livro foram vendidos para uma produção cinematográfica. (Pula, grita, gira e faz a dancinha da vitória).

Grupo Editorial Record, publique a continuação logo!! Os últimos parágrafos do livro deixaram um cliffhanger enorme e que pede por maiores explicações. Os leitores agradecem! :)

Avaliei o livro com 5 estrelas e meu coração de favorito

site: http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/2014/08/resenha-o-guardiao-invisivel-dolores.html
Gu 14/09/2014minha estante
Livro parece incrível.
Fiquei com vontade de ler. Obrigado pela dica e parabéns pela resenha!


Beth 15/10/2014minha estante
Tudo o que escreveste na maravilhosa resenha, mais as informações incríveis sobre a mitologia basca, um povo que me fascina desde que li Shibumi. O Guardião Invisível me surpreendeu, e muito.




CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Este livro tem tudo para ser um sucesso e agradar aos mais fervorosos fãs de literatura policial. “O Guardião Invisível” é uma reunião de patologias psicológicas, cultura basca e intuição policial, tudo isso girando em torno de um assassino em série cuja característica é atacar garotas e deixar seus sapatos como marco de seus crimes.

Amaia Salazar é envolvida na investigação de um dos crimes mais estranhos que já viu e acaba tendo que voltar para sua cidade natal durante a investigação. Porém, essa volta, mais do que a envolver apenas o sadismo de um serial killer, traz a tona memórias que ela sempre buscou esquecer, e a faz confrontar seu passado doloroso mais uma vez.

É nesse clima que acompanhamos os passos de Amaia na busca pelo assassino, e observamos o desenrolar de uma trama que surpreende a cada descoberta.

E isso não é mérito apenas da trama criada por Dolores Redondo, mas também do modo como ela mesclou algo tão pitoresco como crimes as lendas e mitologia basca. A descrição dos ambientes onde a ação acontece é capaz de transportar o leitor ao cenário da história, além de proporcionar o clima certo para que um pouco da história dessa região seja mesclada com acontecimentos atuais. Junto com a resolução dos crimes, o leitor mergulha numa cultura rica e antiga, porém pouco conhecida.

Claro que os crimes também chamam a atenção, principalmente pelas peculiaridades que os envolvem, e no decorrer dos fatos ficamos cada vez mais ansiosos pela resolução, já que nem sequer nos são dados suspeitos, apenas uma sombra perfilada. E é aos poucos que a autora vai entregando o seu jogo, e no final, somos surpreendidos por um desfecho inacreditável.

Porém, por mais que tenha gostado do lado criminal e investigativo da história, e amado conhecer um pouco mais da cultura basca, a autora pecou ao detalhar longamente a vida de Amaia, em pausas desnecessárias e eventos frívolos ao longo do livro. Nesses momentos, minha empolgação com a história em geral simplesmente sumia, e me vi conversando com a autora sobre a necessidade de tais situações.

Ao final, consegui ignorar esse sentimento e segui para uma conclusão empolgante, misteriosa e inacreditável, o que salvou e muito minha opinião sobre o livro.

Com isso, posso realmente dizer que “O Guardião Invisível” tem os elementos fundamentais de um bom livro policial, peca um pouco na narrativa, mas compensa com o ambiente e o final. Um ótimo começo para uma trilogia que promete mais surpresas e traz consigo uma criatividade criminal capaz de envolver o leitor a cada página.

site: www.coolturenews.com.br
Aline.Rodrigues 22/02/2019minha estante
Eu assisti o filme na Netflix e fiquei muito curiosa sobre um aspecto não explicado, por quê a mãe ódiava tanto a filha Amaia?
Alguém entendeu? Acho que faltou essa importante explicação...




Beatriz 18/04/2021

Investigação mística
Gostei muuuito da ambientação, da carga mística. Das referências a religiões antigas, das discussões que os personagens vão trazendo de forma orgânica pra história. Eu só imaginava um outro final, que foi um pouco decepcionante. Mas amei muito o livro em até 80%
Agatha73 23/04/2021minha estante
Com a TBR cheia mas vindo aqui adicionar ele no quero ler depois do seu vídeo ??? Para de me dar dica boa Beatriz!




Marcelo.Oliveira 17/06/2020

O guardião invisível
A autora concebe a narrativa em torno de Amaia Salazar às margens do rio Baztán, num pequeno povoado em Navarra, região basca da Espanha, onde é a terra natal da protagonista da obra.
Pode-se definir como um suspense cativante, envolvendo questões pessoais conturbadas de família e trabalho de Amaia, um serial killer meticuloso, e as crenças pagãs de figuras como Mari e Basajaun, que rodeiam a obra.
Sem dúvidas, um dos melhores suspenses que li recentemente, conheci através do filme que leva o mesmo nome, entretanto, mesmo o filme sendo excelente, não há comparação com a riqueza de detalhes que o livro apresenta.
Débora Galter 19/06/2020minha estante
Que Resenha incrível!




Sofia 15/06/2014

Um thriller excepcional
O Guardião Invisível é o primeiro volume de uma trilogia sobre as investigações da inspetora Amaia Salazar, e necessito dizer: a autora começou muito bem.

Com suas roupas rasgadas, cordas ao redor do pescoço e pelos pubianos raspados, jovens garotas são encontradas mortas às margens do rio Baztán em circunstâncias macabras. Tamanha semelhança entre quatro casos de garotas mortas, comprova-se que há um assassinato em série. Imprensa e população da região logo apontam o Basajaun como autor de tamanhas atrocidades. Basajaun seria uma espécie de guardião dos bosques. Mas seria isso somente um mito, como dizem os céticos?

Amaia Salazar é então colocada a frente do caso, tendo que correr contra o tempo para impedir mais assassinatos. Só não esperava que ao retornar para sua cidade de origem os fantasmas do passado fossem voltar a assombrá-la.

O Guardião Invisível seguiu por um caminho completamente diferente daquele que imaginava, e isso ficou longe de ser uma decepção, pelo contrário. Me surpreendi muito com a história, com o caminho que a autora seguiu e com sua maestria. O livro é viciante e original.
Temos personagens problemáticos e verossímeis, um mistério mirabolante e o que torna tudo isso ainda melhor: a narrativa. Dolores Redondo conta-nos a história de modo viciante e quase pessoal. As vezes não conseguia nem mudar o livro de posição, tal meu totalmente envolvimento com sua história. É impossível ficar impassível diante de tantos acontecimentos, cargas emocionais e mistérios.

" -Chefe, temos outra garota morta [...]
Amaia engoliu em seco antes de responder. Zabalza tinha dito temos outra, como se fossem figurinhas de uma coleção. Aquilo estava se acelerando de uma maneira poucas vezes vista. Se o ritmo dos crimes continuasse a aumentar, o sujeito entraria em parafuso e seria mais fácil cometer um erro que permitisse apanhá-lo, porém, o preço em vidas até então seria muito alto. Já era muito alto."

Os assassinatos das adolescentes tornam-se cada vez mais misteriosos e estranhos. Ao que tudo indica, são como uma espécie de cerimônia de purificação a que as vítimas passavam no momento de sua morte. Estranho e macabro, mas interessante, sem dúvidas. Gostei da autora ter abordado isso, abre portas para vários questionamentos. (O engraçado é que o assassino acha que está fazendo um bem às vítimas)

O livro vai intercalando (com um grande intervalo de tempo, porém) entre a resolução dos crimes e trechos da infância de Amaia, que é muito interessante acompanhar. São trechos curtos, mas que fazem diferença na trama. Os capítulos relativamente curtos também ajudam para uma leitura extremamente fluida e viciante. Realmente me via viciada na história.

Ao final, queria ter tido uma apresentação melhor de como foram pensados e articulados os crimes, acredito que nos ajudaria melhor em elaborar o perfil do assassino. Entretanto, isto não anula os inúmeros aspectos positivos da trama.

"Agora, Amaia Salazar, a investigadora responsável pelo caso, precisa retornar à sua cidade natal e lidar com fantasmas do passado enquanto busca um assassino em série muito mais aterrador do que pode imaginar. "(trecho retirado da sinopse no Skoob)

Se eu tivesse que descrever este livro em uma só palavra, sem dúvidas seria "viciante". O Guardião Invisível é um thriller excepcional, muito bem escrito e que indico não só aos que curtem o gênero, mas a todos. Leiam, leiam, leiam!!

(p.s: quando dizem que é difícil escrever sobre algo que gostamos muito, é verdade.
p.s '': por se tratar de um thriller, tentei não soltar nada muito além do que a própria sinopse já nos diz)
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Ivana M. 27/05/2024

Envolvente
"O Guardião Invisível", primeiro volume da trilogia Baztán de Dolores Redondo, é um thriller psicológico que mergulha profundamente na rica tapeçaria cultural e mitológica do vale do Baztán, no norte da Espanha. A obra, lançada em 2013, se destaca por sua narrativa atmosférica e pela complexidade de seus personagens, conduzindo o leitor por um enredo cheio de suspense, mistério e introspecção.

Sinopse
A história gira em torno de Amaia Salazar, uma inspetora da Polícia Foral de Navarra, que é chamada de volta à sua cidade natal, Elizondo, para investigar uma série de assassinatos brutais de adolescentes. O corpo das vítimas é encontrado em condições macabras, cercado por símbolos que evocam antigas lendas bascas. Amaia, enquanto tenta desvendar o mistério por trás dos crimes, é forçada a confrontar seus próprios demônios pessoais e traumas do passado.

Atmosfera e Ambientação
Redondo é magistral na criação de uma atmosfera opressiva e sombria, onde a paisagem do vale do Baztán não é apenas um pano de fundo, mas um personagem por si só. As descrições detalhadas das florestas enevoadas, dos rios caudalosos e das montanhas imponentes conferem um ar quase místico à narrativa. Este ambiente, impregnado de lendas e superstições, contribui para a sensação constante de inquietação e suspense que permeia a obra.

Personagens e Desenvolvimento
Amaia Salazar é uma protagonista cativante e multifacetada. Sua habilidade como investigadora é constantemente posta à prova, não apenas pelos desafios do caso, mas também pelas tensões familiares e os traumas de sua infância. A complexidade emocional de Amaia é um dos pontos altos do livro, tornando-a uma personagem profundamente humana e real. Além disso, a dinâmica com sua família, especialmente com sua irmã Flora e sua tia Engrasi, adiciona camadas adicionais de profundidade à trama.

Mitologia e Cultura
Um dos aspectos mais fascinantes de "O Guardião Invisível" é a maneira como Dolores Redondo integra a mitologia basca na história. As referências a figuras mitológicas como o Basajaun, o guardião das florestas, e as lendas locais, não apenas enriquecem a narrativa, mas também criam uma ponte entre o racional e o sobrenatural. Esta fusão de elementos policiais com o folclore local diferencia o livro de outros thrillers, proporcionando uma leitura única e envolvente.

Enredo e Estrutura
A trama é bem elaborada, com reviravoltas cuidadosamente inseridas que mantêm o leitor constantemente engajado. Redondo sabe como construir suspense, revelando pistas e segredos no ritmo certo, mantendo a tensão até o clímax. A estrutura do romance, intercalando a investigação policial com os flashbacks da infância de Amaia, cria um equilíbrio perfeito entre o desenvolvimento do enredo e a exploração dos personagens.

Conclusão
"O Guardião Invisível" é uma obra que vai além do mero thriller policial. É um mergulho profundo em um mundo onde a realidade e a mitologia se entrelaçam, onde cada personagem carrega consigo um peso emocional palpável e onde o ambiente natural exerce uma influência quase mágica sobre a narrativa. Dolores Redondo nos oferece uma história intrigante, rica em detalhes culturais e psicológicos, que cativa o leitor do início ao fim. Para os amantes de thrillers que buscam algo mais do que um mistério a ser resolvido, "O Guardião Invisível" é uma leitura imperdível.
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Manu 02/08/2015

Thriller com sangue espanhol
“O guardião invisível” é o primeiro volume de uma trilogia que pretende acompanhar as investigações da inspetora Amaia Salazar no vale do rio Baztán. Nesta história, inteligentemente escrita por Dolores Redondo, Amaia precisa encarar uma corporação predominantemente masculina à frente de um caso assombroso de adolescentes mortas.

As tretas estão acontecendo em Elizondo - um povoado da província de Navarra, ao norte da Espanha -, lugar onde Amaia nasceu e do qual quis fugir assim que pôde, deixando para trás fantasmas do passado. Agora, além de ter que enfrentá-los, ela precisa lidar com um serial killer bastante peculiar cuja preferência por garotas na puberdade é sua característica mais forte: cada vítima é encontrada estrangulada por uma corda, com as roupas rasgadas ao meio, os pelos pubianos raspados e, sobre a pélvis, um txantxigorri (segundo fontes, no livro está escrito erroneamente com o "n" depois do primeiro "i") - doce típico da região.

À medida que o caso traz mais perguntas do que respostas, a mídia e a comunidade local começam a atribuir o crime ao basajaun, uma criatura do folclore basco (tipo o Pé Grande) que protege os bosques e guarda sua pureza. O interessante é que, junto com a protagonista, testamos nosso ceticismo em relação a essas fantasias, até a história fazer com que encaremos a sua mitologia de forma natural, aceitando que o basajaun possa realmente existir.

A construção das personagens, que são várias, é muito boa. Além de Amaia e alguns colegas de trabalho, também somos apresentados a James, o marido, e à família que permaneceu em Elizondo: as irmãs Rosaura e Flora, a tia Engrasi e o ex-cunhado Víctor. Elas ajudam a estruturar a história de vida de Amaia e a tragédia familiar que se tornou parte do que ela é: uma questão que, imagino eu, vá ser mais desenvolvida nos próximos volumes da trilogia.

Enquanto isso, nós, leitores, também acompanhamos a investigação, que anda a passos lentos por conta da dificuldade em encontrar pistas consistentes. Mas é importante se atentar aos detalhes: consegui chegar perto da conclusão correta ao tentar encaixar peças isoladas por essa razão e porque Dolores Redondo permite que solucionemos o caso junto de Amaia, diferentemente de J. K. Rowling em sua série do detetive Cormoran Strike.

Tirando algumas pequenas histórias de alguns personagens que nada acrescentaram à trama, de resto, tudo o que aparece nela tem um porquê: nada é colocado gratuitamente na trama, por mais que a princípio pareça, o que é importantíssimo ao relacionar as pistas pelo caminho. A propósito, achei o desfecho bem amarrado, apesar de esperar que as motivações dos crimes fossem melhor embasadas.

Pontos fracos e fortes: há diálogos com falas muito extensas, ocupando mais de uma página, e outros pouco realistas e puxados pra uma veia dramática, me lembrando cenas de novela. Se o livro fosse mexicano, em vez de espanhol, caberia aqui uma piadinha.
Os capítulos são curtos, o que cria uma boa fluidez ao livro, nunca cansando o leitor.

A história termina com ganchos bem interessantes, mas infelizmente ainda não foi publicado o segundo volume aqui no Brasil; em contraponto, seus direitos já foram vendidos para uma produção cinematográfica. Duas coisas pra gente aguardar. :)

site: http://www.vemaquirapidao.com/2015/08/o-guardiao-invisivel-trilogia-dolores-redondo.html
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livrosepixels 12/03/2017

Crimes, críticas sociais e um ser mítico que não aparece.
Eu sou daqueles leitores que não gosta de livros com capa de filme, mas confesso que neste em questão, eu gostei bastante. Aliada ao nome, a capa transmite uma aura de mistério e terror que despertaram o meu interesse pelo livro. Logo que li a sinopse, também fiquei curioso para saber mais sobre o tal basajaum e se era mesmo ele o responsável pelos crimes.

A história, narrada em terceira pessoa, acompanha os passos da inspetora espanhola Amaia Salazar, uma das únicas mulheres presente na Polícia Floral de Pamplona, quase toda formada por homens. Amaia é uma mulher decidida, focada e com uma mente muito brilhante. Seu casamento com James, um famoso escultor americano, é invejável por muitas de suas amigas e sua carreira se mostra promissora. Ainda que sofra com algumas gozações e preconceitos de seus colegas masculinos, a personagem mantém a cabeça firme e elevada, mostrando que não é fraca, nem mesmo inferior a eles.

Ainda que a personagem aparente ser forte em todos os aspectos, seu maior ponto fraco é o seu passado. Amaia nasceu no povoado de Elizondo, e quando criança, sofreu diversos traumas por parte de sua mãe. Sua vida aparentemente só melhorou depois que sua mãe foi internada com diagnóstico de transtornos mentais. Ainda que todos tenham compreendido a gravidade da situação, Flora, sua irmã, passou a culpá-la pela doença e desde então manteve rancor e distância. Se isso já não fosse o bastante, seu marido James a tem pressionado constantemente para terem um filho, algo que para a protagonista é impensável diante de todos os acontecimentos do seu trabalho.

“O mal me obrigou a voltar. Os fantasmas saíram dos seus túmulos, inspirados pela minha presença, e me encontraram.”

A autora aproveitou boa parte do seu livro para tocar temas críticos como o preconceito e desvalorização das mulheres na sociedade. Por ser a inspetora chefe da seção de homicídios, muitos dos seus colegas homens se sentem incomodado em ter ela no cargo de maior destaque, e outros, como o inspetor Montes, não aceitam de forma alguma o fato de se submeter às ordens de uma mulher. É curioso ter essa questão abordada no livro pois, de fato, não é algo muito diferente do que ocorre na vida real.

Outro ponto também que a autora critica de forma muito pesada é o pensamentos machista de que se uma mulher ou garota está usando uma roupa curta, está diretamente se “oferecendo” ou “pedindo” para ser violentada. Em certo momento da história, um personagem comenta que o que aconteceu com as moças encontradas mortas foi por culpa delas, já que se maquiavam e andavam com roupas “apelativas”. Diante do comentário, tanto Amaia quanto suas tias recriminam o outro personagem, mas este continua afirmando que se uma mulher é morta ou estuprada, é porque se vestiu de forma inadequada e que atraiu aquilo para ela.

“Alguns pais acham que fazendo as filhas voltarem mais cedo as livram do perigo, quando o importante é que não voltem sozinhas. Ao fazerem com que voltem antes do grupo, são eles que as colocam em risco.”

Porém, ainda que as críticas tenham funcionado super bem dentro da história e cooperado para a trama investigativa, penso que a autora pecou em alguns pontos da execução da obra. Por exemplo, as cenas que envolvem a busca por pistas e coleta de provas são bem curtas, e muitas vezes com várias descrições técnicas. Por outro lado, as narrativas onde são explorado o passado da personagem e de sua família são muito longas, e por várias vezes, cansativas. Mesmo que a explanação do passado da protagonista seja algo importante na história, ela consome grande parte da trama e poucas vezes faz a amarração entre os capítulos.

O basajaum também foi outro aspecto que acredito que a autora poderia ter explorado mais e melhor. No livro, ele é descrito como um humanoide com mais de dois metros de altura, com uma pelagem que lembra um urso e corpo forte e musculoso. É conhecido como senhor do bosque ou guardião invisível, pois preza pela pureza e tranquilidade das matas. Em outro momento é até comparado com o sasquatch ou Pé Grande, lendário ser místico que habita as regiões selvagens dos Estados Unidos. É um importante personagem da cultura basca-navarra, mas que praticamente não apareceu no livro. Sua presença se resumiu em grande parte à boatos e testemunho de um ou outro personagem dizendo que o viu. Talvez venha a ter uma importância maior no segundo ou terceiro livro da série, mas penso que sua inclusão neste primeiro deixou a desejar.

“Amaia sentira presenças tão evidentes naquele bosque que era fácil aceitar uma cultura druida, um poder das árvores acima do poder dos homens, e evocar o tempo em que naqueles lugares e em todo o vale a comunhão entre seres mágicos e humanos era uma religião.”

O final falta um pouco com as expectativas, mas no âmbito geral a experiência vale a pena. Além dos pontos que comentei antes, de ver a luta da personagem por reconhecimento e igualdade, e ver como sua mente funcionava, o livro me proporcionou conhecer outros aspectos da cultura espanhola, como seus seres místicos, crenças e fé. Sempre haverá algo em uma leitura que possamos retirar como um ensinamento ou aprendizado. Ainda não sei se vou continuar lendo a trilogia, mas confesso que estou bem curioso para ver a adaptação no cinema, que vai ser lançado em 2017.

site: http://resenhandosonhos.com/o-guardiao-invisivel-dolores-redondo/
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"Ana Paula" 13/04/2017

O Guardião Invisível é uma leitura tensa e cheia de significados. Assim que comecei a leitura, pensei em abandoná-la, pois o começo é bem parado e até o leitor pegar o ritmo da escrita da autora, o livro parece que não anda. Mas, assim que o leitor se acostuma, a trama prende e cativa. Nos faz desejar estar lá para ajudar Amaia e nos faz pensar no mistério que ronda Elizondo: Será mesmo que um "basajaum" - um ser místico da mitologia basca - está matando meninas inocente e deixando-as desnudas para a polícia? Bem, para saber, você terá que ler o livro e passar pelo mesmo desespero que eu passei!

Amaia Salazar, como a sinopse diz, é uma investigadora da polícia, uma das melhores! Por isso, é designada para o caso "basajaum", onde adolescentes são encontradas mortas, desnudas e com algumas outras características típicas de uma obra de um serial killer. Amaia é boa no que faz, mas para conseguir resolver este caso, ela precisa voltar a sua cidade natal, Elizondo. Amaia não guarda boas lembranças de sua infância na cidade. Durante muito tempo, ela tentou fugir e esquecer, mas parece que o passado precisa ser descoberto para que ela possa dar continuidade ao seu presente.

Partindo dessa premissa, Dolores Redondo cria um enredo policial fantástico, cheio de fantasia e mitologia basca. Fiquei encantada com tudo que a autora descreveu e adorei saber mais sobre a Espanha e suas crenças. A narrativa é em terceira pessoa, o que nos deixa a par de todos os acontecimentos de ambos os lados.
Também adorei os personagens criados pela autora, destaco aqui Amaia, a protagonista que me fez gostar dela logo de cara, ainda mais por, durante a leitura, estarmos passando pelo mesmo problema de querer ter filhos e não conseguir. Me apeguei a ela e sofri junto com ela em todos os momentos de conflitos. Outro personagem que amei odiar foi Flora, irmã de Amaia, vocês vão entender o porque do meu ódio assim que lerem e tenho certeza, vão odiá-la também.

Do mais, só posso indicar essa trilogia. A escrita da autora é gostosa, mesmo com as demasiadas descrições; nos faz viajar e nos inspira a querer desvendar esse mistério.
Sobre a edição, como sempre a Planeta está de parabéns, só encontrei alguns erros de tradução, mas como o espanhol é mais fácil de entender, não atrapalhou minha leitura.
A trama estreará no cinema neste ano e espero que seja fiel ao livro. Não perca essa oportunidade e desvende esse mistério.

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2017/04/resenha-o-guardiao-invisivel-trilogia.html
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Nedi 19/04/2017

Onde ele está? Por que faz isso? Mas, sobretudo, quem é? Quem é o Basajaun?
Este livro é um suspense policial, que mistura ação, suspense e muita parte psicológica, já que as vitimas são encontradas como em uma cerimônia macabra. Apresentam sinais de enforcamento e as roupas foram completamente rasgadas em tiras, deixadas ao redor do corpo. Ainda mais estranho é que as partes genitais foram depiladas e um pequeno doce, típico da região, está posicionado cuidadosamente sobre esta área das garotas. Além do fato de deixar os calçados na estrada, virados para a direção de onde o corpo foi deixado.
[...]

Para conferir o resto da resenha, acesse o blog e aproveite e deixa lá seu comentário ;)

site: https://paginaebooks.wordpress.com/2017/03/24/resenha-o-guardiao-invisivel-trilogia-do-baztan-1/
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Fer Kaczynski 22/04/2017

Série que une fantasia e policial, teve mais de 1 milhão de cópias vendidas e chegou ao cinema.

Este livro faz parte da Trilogia Baztán, é o primeiro da série e primeiro livro que leio da autora de origem espanhola Dolores Redondo, cedido gentilmente em parceria do blog com a editora Planeta de Livros.

Não foram lançadas ainda no Brasil as suas continuações, os fãs aguardam ansiosamente, já que temos o filme, com previsão de estréia para março deste ano, pelos mesmos produtores da série Millenium.

Tenho lido excelentes autores de origem espanhola, entre eles, Carlos Ruiz Záfon, Arturo Perez Reverte, Garcia Lorca e claro, Cervantes entre tantos outros que conheço e muitos ainda anseio conhecer.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2017/03/resenha-o-guardiao-invisivel-dolores.html
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