Piatã 23/11/2011
Livro chato!
Apreciação da obra: O livro possui uma retórica pouco envolvente, ou seja, chato!
Apesar de dar poucas informações sobre o método utilizado para analisar o cenário futuro, acredito que tenham utilizado a técnica de DELFOS - cuja técnica é aplicar um questionário de perguntas aos vários especialistas na área (neste caso cientistas políticos / sociólogos / religiosos / militares / etc), questionando-os como será o mundo até 2020. Depois de coletado as respostas, comparam-nas e depois extraiam as conclusões. O relatório é gerado e encaminhado para os cargos de comando (neste caso é o presidente do EUA - na época era o George W. Buch e seus generais) para que tomem as ações cabíveis.
Acredito que o relatório esteja incompleto ou contaminado pelos fatos presentes, pois as conclusões foram abstraídas quase que exclusivamente de três grandes mentes: "Ted Gordon / Ged Davis / Harold James". Claro que houveram a participação de outros (o relatório cita outros 25 especialistas convidados mais não informa quem são), mas não percebi a participação destes. Por que acredito que esteja contaminado? Este trabalho foi realizado 2 anos após o atentado de 11 de setembro, onde estes especialistas focaram suas respostas num mundo aterrorizado pelo fanatismo islâmico. Davam a preocupação dos possíveis impactos da crise econômica na Rússia, que poderia aumentar a venda de armas para o mercado negro e para países emergentes e subdesenvolvidos (aumento da concorrência para o EUA) e o papel da China e da Índia como os grandes influenciadores no mercado global futuro. Mas vejo que se esqueceram da América latina.
Hoje o Brasil ocupa um grande papel no cenário mundial (muito maior que da Índia e Rússia, e muito próximos da China), pois houve grandes investimentos no ensino superior com o objetivo de aumentar o número de formandos (mas diminuiu a qualidade). Retendo talentos através de concursos públicos oferecendo cargos nas mais variadas áreas de pesquisas pagando ótimos salários. Há grandes investimentos nas áreas de Biotecnologia e Bioenergia, criando estatais na área de semicondutores (o governo convidou a iniciativa privada a investir nesse segmento, mas recusaram por não acreditarem que poderiam enfrentar os asiáticos). Por questões endêmicas, muitas multinacionais estão encaminhando os seus investimentos para o Brasil, por termos melhores ações para controlar estas pandemias (a higiene e limpeza pessoal fazem parte da cultura brasileira - a sujeira causa o que? doenças).
Enfim chega desse meu patriotismo insólito, pois ainda temos que derrubar a maior das nossas barreiras, que é a Corrupção - que gera criminalidade, pobreza, individualismo e outras malesas sociais. Superado este obstáculo, poderemos dizer que somos um país realmente evoluído socialmente.