Camila(Aetria) 29/01/2014
Darizando
Figuei buito ebocionada ao ler o Dariz. Abesar de dão esdar endupida dambém tibe de gobeçar escrebendo adim.
Pronto. Voltei ao normal. É particularmente difícil escrever como se estivesse com o nariz entupido. Mas tinha que começar assim essa resenha.
O Dariz é um livro de Olivier Douzou (ou Olibier Nouzou) e com tradução incrível do Paulo Neves (ou Baulo Nebes) compilado pela Cosac Naify (ou Cosac Daify). Foi um livro que vi na Bienal de Design Gráfico, e me apaixonei logo de cara. Era um livro de versos todo ilustrado pelo autor e todo escrito de forma endupida. Já tinha me apaixonado só pelo título e pela cara de simpático do Dariz e do Bodão na capa.
A história é super leve e rápida de ler, não demora nem vinte minutos para terminar, e tem momentos de reflexão onde você tem de parar, pensar. Endupir o nariz e falar em voz alta pra sacar qual era a palavra.
Acho incrível quando um autor consegue encantar qualquer faixa etária, inovando na diagramação, e com uma história tão simples, como um nariz que procura um grande lenço branco.
A tradução foi maravilhosa e deu uma vontade louca de ler o original também. O livro ganhou o prêmio Baobab, França em 2006, e dá pra entender o porquê, a sensibilidade, a genialidade de fazer um livro todo endupido, eu não li o conto do Nikolai Gógol de mesmo título, só que sem esdar endupido, O Nariz de 1836. Mas me remediarei em breve.
Eu não sei nem mais o que falar dessa história. Ainda mais porque rolou uma faxina hoje em casa e o estado endupido do meu dariz talvez repita a trabalhosa saga do pobre Dariz de Hobem. É genial. Uma perfeição em forma de endupimento. :)
site: http://www.castelodecartas.com.br/index.php/2014/01/29/dariz-ogs66/