Lina DC 14/07/2014Após os acontecimentos de "O Alçapão", Sera vem tendo pesadelos relacionados a sua viagem do tempo individual e o cataclismo que poderá acontecer no futuro. Assustada e extremamente sensibilizada, ela irá guardar para si essa informação na tentativa de manter seus amigos seguros.
A próxima missão estava programada para o ano de 1562, onde o trio teria que auxiliar os Maias, mas quando o Anel é programado eles acabam parando no século VII, em Izamal, conhecendo assim os mais liderados por Itchik.
Em "A maldição dos ancestrais" Sera, Dak e Riq vão conhecer os escribas da aldeia: Cocom, Kan Boar e Pacal, as mentes brilhantes que escreveram um códice que pode alterar todo o futuro da humanidade.
A principal lição desse quarto livro é a aceitação de suas origens e o desenvolvimento do orgulho de uma nação.
Os maias são representados por personagens cativantes e inteligentes, com figuras femininas fortes e destemidas como a Kisa e líderes justos como o Itchik. A apresentação de uma sociedade que ajuda a todos, sempre disponível ao seu vizinho é muito bem delineada nessa aldeia. Infelizmente, nem todos os povos pensam igual e teremos assim os homens do rei Yuknoom, de Calakmul representando a força bruta.
Um dos detalhes que se destacam nesse livro é o amadurecimento individual dos protagonistas. Os três, de maneiras diferentes, demonstram imensa preocupação com o próximo como pessoa e não apenas como um fato da história e começam a criar laços com aqueles que vão conhecendo nessa incrível missão.
Outro detalhe que merece uma atenção especial é a capacidade dos autores em manter o perfil dos personagens, mas ao mesmo tempo ir adicionando novas características que vão moldando a personalidade. A inserção de um ou outro "defeito" ou "qualidade" é feita de maneira sutil e o leitor não percebe que cada livro é escrito por uma pessoa diferente.
Uma deliciosa aventura com direito a enigmas e um Dak mais calado.
"Sera concordou com a cabeça, mas era difícil estabelecer um paralelo entre aqueles maias e os que ela conhecera nos livros. Itchik não se achava superior a ninguém, e Sera imaginava que todos os reis faziam isso. Ela ficou comovida ao vê-lo participar dos trabalhos de resgate". (p. 57)
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