O Sobrevivente

O Sobrevivente Gregg Hurwitz




Resenhas - O Sobrevivente


43 encontrados | exibindo 31 a 43
1 | 2 | 3


Rafa 08/07/2015

Maravilhoso
esse livro é simplesmente INCRÍVEL, se tornou um dos meus favoritos da vida. Por favor leiam, vocês não vão se arrepender
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Psychobooks 07/02/2015

Enredo
Nate é um soldado que serviu ao exército americano na Guerra do Iraque. Uma emboscada acabou por matar o seu melhor amigo, sem que ele pudesse fazer qualquer coisa para salvá-lo. Desde então, ele começou a ter distúrbios psicológicos e comportamentais que o levarão a se afastar de sua filha pequena que tanto amava e de sua esposa.
Quando se vê só no mundo e logo após de receber o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica, sabendo que só lhe restam alguns meses de vida e que ele perderá gradativamente os seus movimentos até a sua morte, Nate resolve pular do 11º andar do First Union Bank. Porém, quando está prestes a pular, ele escuta tiros vindos de dentro do banco. Um grupo de assaltantes terroristas invadiu o local e está atirando aleatoriamente em clientes e funcionários.
Como não tinha nada a perder, Nate resolve ajudar, numa tentativa de morrer como herói, salvando a todos. Ele, então, começa a matar um por um todos os criminosos do prédio, exceto o líder da operação. Este deixa uma ameaça no ar: "Ele vai fazer você pagar de maneiras que você nem imagina." Começa então o jogo de caça e rato de Nate com Pavlo, criminoso internacional que tenta a todo custo obter o dinheiro do roubo interrompido.

Narrativa
Toda a história é contada em terceira pessoa sob o ponto de vista de diferentes personagens, o que permite uma visão mais completa da história, trabalhando outros núcleos, além daquele em que o protagonista está inserido. As cenas de ação são muito bem dosadas com as de desenvolvimento pessoal de Nate e a leitura tem uma boa fluidez.
Há algumas referências de cultura pop contemporânea em algumas cenas. O final do livro fecha um ciclo que foi aberto no início da história. Não percebi nenhuma ponta solta na história, o autor consegue dar um final a cada um dos personagens principais.

Personagens
Nate é um personagem recorrente em muitos thrillers: o pai que, por excesso de trabalho, acaba se afastando de sua família e tendo consequências graves em relação a isso. O trabalho psicológico do autor com esse personagem foi muito interessante, uma vez que a mente de um suicida traz meandros que precisam ser trabalhados com o tempo. A cena do banco, que abre o livro, traz um forte diálogo interno que mostra bem o protagonista e seu estado naquele momento.
O personagem de Pavlo sofre uma crescente ao longo da narrativa. Com papel vilanesco, ele tende a forçar Nate a realizar suas ordens em troca da segurança de sua ex-mulher e de sua filha. Já Charles, colega e quarto de Nate quando eles ainda eram cadetes, faz um bom contraponto com o protagonista e suas falas são sempre recheadas de piadas e ironias. Foi o personagem que mais gostei na trama e, ao se aproximar do final, ele tem um forte destaque no desfecho da história.
Outro personagem que tem uma boa construção é o de Cielle, filha de Nate. Embora ela não tenha uma forte importância na trama principal, a maneira como os seus traumas de infância e a ausência contínua do pai afetam a sua vida é muito bem retratado em sua fase adulta.

Considerações
O Sobrevivente é um livro para ser lido sem grandes pretensões. Não espere um grande mistério permeando toda a trama ou um desfecho com um clímax acoplado. Trata-se apenas de acompanhar a jornada de Nate em resolver seus problemas e as situações de risco em que se envolveu. Gostei bastante do livro, o que me fez ler ele rapidamente, e criei uma boa conexão com personagens. Espero ler mais livros desse autor.

"- Levanta dessa cama aí, parceiro! Ficar arrastando corrente por causa de uma nota ruim é igual a ficar ouvindo Iron Maiden quando você tá de ressaca!"
Página 29

"Nate deixou as contas de lado, foi até a cozinha e voltou mordiscando o sanduíche de presunto. Ligou o rádio. Lady Gaga se debatia com seu bad romance. Suicídios não tinham necessariamente de ser depressivos."
Página 92

site: http://www.psychobooks.com.br/2015/01/resenha-o-sobrevivente.html
comentários(0)comente



Ana Luiza 18/10/2014

Fazer a coisa certa pode matar todos que você ama
Nate Overbay só tinha mais um objetivo: se matar. Sua ex-mulher e sua filha o odeiam, seu corpo está sendo rapidamente consumido pela esclerose lateral amiotrófica e ele nunca conseguiu superar a horrível morte de seu amigo Charles, a qual ele presenciou e não conseguiu evitar.

Assim, Nate decide dar fim a sua existência no parapeito de uma janela de banheiro no décimo primeiro andar de um banco. Quando está pronto para saltar, Nate ouve um tiro. O banco está sendo assaltado por seis homens mascarados e, ao presenciar a morte agonizante de uma das funcionárias do lugar, algo desperta em Nate e ele usa seu treinamento militar para matar cinco dos assaltantes. O sexto ladrão, o líder, consegue escapar, mas não sem antes avisar: Ele vai fazer você pagar.

E Nate logo descobre quem é ele. Pavlo Shevchenko, um chefão da máfia ucraniana, não está disposto a ver seus planos arruinados por um ex-soldado doente. Em um dos cofres particulares daquele banco havia algo que Pavlo queria muito e agora é responsabilidade de Nate recuperar o objeto tão desejado, se não, sua filha será morta da forma mais lenta e horrível possível diante dos seus olhos.

Nate tem cinco dias para fazer o que Pavlo quer e, na sua corrida contra o tempo, ele terá que lidar com suas limitações físicas, com os capangas e inacabáveis poderes de Pavlo, com um agente do FBI e sua desconfiança de que Nate está escondendo algo, mas também com a filha teimosa e com a ex-esposa, assim como seus erros passados. Nate fará tudo para proteger aqueles que ama, nem que isso seja a última coisa que ele faça, entretanto, será que ele é o único que está tomando atitudes perigosas para proteger a família, ou há muito mais nessa história do que ele pode ver?

Nate afivelou o cinto de segurança, plantou as mãos no volante à sua frente e refletiu por um instante sobre a vergonhosa ironia: fora preciso desejar a morte para que aprendesse a viver novamente. Pág. 69

O Sobrevivente é um bom suspense, com tensão do início ao fim, mas alguns detalhes previsíveis. Gostei dos caminhos que o autor deu a trama, apesar de nem sempre ele conseguir ter me surpreendido. A história é recheada de ação do início ao fim, mas equilibrada com algumas cenas mais calmas, o que de maneira alguma deixa a leitura lenta ou sem emoção. A sensação ao ler O Sobrevivente é de estar vendo um bom filme de ação, daqueles com suas cotas de lutas sangrentas e explosões, mas também de uma trama que convence e cativa o expectador.

A narração em terceira pessoa de Hurwitz é boa, descritiva na medida certa (apesar de que ele se perde um pouco nas cenas de luta) e flui com facilidade. A leitura do livro, apesar de tensa, é rápida. O que mais gostei foi a profundidade emocional da trama, que além das cenas de pancadaria, traz também um conflito emocional e situações que levam o leitor a refletir. Entre as dezenas de questionamentos do livro, entre eles: como não apreciamos as coisas e pessoas antes de perdê-las, como deixamos passar oportunidades de recuperar o que perdemos e o carinho de quem amamos e também como muitas vezes escolhemos desistir apenas porque é o caminho mais fácil, O Sobrevivente aborda principalmente o que somos capazes de fazer por aqueles que amamos.

Os personagens do livro tem personalidade própria e papel na trama, e é impossível não gostar de cada um deles, seja dos vilões ou das vítimas. Nate me conquistou a princípio através de sua dor que o fizera escolher morrer, mas em seguida por sua determinação em fazer o que é certo e em proteger quem ama. Assim como conquista o perdão da família, Nate conquista o perdão do leitor ao fazer de tudo para consertar as consequências de sua escolha. Pavlo intimida o leitor logo de início. O ucraniano que já nascera na vida do crime é um típico vilão, mas também um ser humano, lado que o autor faz questão de mostrar, mas sem descaracterizar o personagem. Os personagens secundários que mais gostei foi o sádico Misha, o capanga mais cruel de Pavlo, e o divertido Jason, o namorado da filha de Nate, que além de um artista sensível , é um namorado dedicado que se mostra disposto a se sacrificar pela amada.

Quanto a edição, a diagramação simples e a tradução estão perfeitas. O tamanho e tipo da fonte também estão bons e as páginas amareladas ajudaram a deixar a leitura mais rápida. Eu gosto da nossa capa, que combina perfeitamente com o livro já que representa a cena inicial da trama, e a prefiro a outras capas que o livro ganhou (abaixo), apesar de que acho meio estranho o carinha estar todo colorido de laranja.

O Sobrevivente é um suspense eletrizante, do início ao fim. Gostei bastante do livro, que me deixou curiosa por outras obras do autor. Recomendo O Sobrevivente para todos que gostam de uma boa história de ação que, além da muita pancadaria e cenas que fazem o coração do leitor acelerar, tenham também uma trama convincente e emocionante e personagens cativantes.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br/2014/10/resenha-o-sobrevivente-gregg-hurwitz.html
comentários(0)comente



Eli Coelho 17/10/2014

A redenção de um personagem
A história tem uma premissa muito interessante. Que motivos leva alguém em pensar em suicídio? Isso é logo explicado e de forma verossímil entendemos os dramas do personagem.

A ameaça à família é para o personagem um caminho para a redenção e ele fazer as pazes consigo.

Interessante o autor recorrer a um personagem fantasma para preencher as lacunas de dialogo e entendermos melhor a culpa do personagem principal. A forma como o autor também narra a progressão da doença é muito legal.

Em tempos em que as pessoas estão jogando baldes de gelo na cabeça para ajudar na campanha contra o ELA (a doença do personagem) ficou um livro bem atual, embora seja coincidência.

RECOMENDO!
comentários(0)comente



ValGouveia 13/10/2014

Excelente
Nate está prestes a se suicidar, pular de um prédio de um banco, quando percebe o assalto. Quando dá por si já está matando todos os bandidos para salvar os funcionários e pessoas que estão lá dentro. Passa então, a ser perseguido pelo "chefão" da máfia ucraniana, o mandante do assalto, que ameaça matar sua filha Cielle, caso ele não "roube" o banco por ele, entregando o conteúdo que tem em um dos cofres.

O amor pela ex-esposa por quem ainda é perdidamente apaixonado, a devoção e amor que tem pela filha. Impossível escrever sem lançar spoilers, mas no início do livro senti um pouco de raiva de Nate, porém, a medida que fui virando as páginas pude entender melhor o porque de poupar a família do sofrimento que seria causado caso contasse o real motivo de tê-las abandonado. Depois disso, comecei a sentir por Nate uma grande simpatia e o personagem se tornou apaixonante.

Confesso que em determinados momentos senti um pouco de pena do chefão da máfia, Pablo. Pelo motivo (não posso contar - spoiler) que o levou a cometer tantos atos de crueldade contra Nate e sua família. Mas não tem como sentir pena por muito tempo, porque nada justifica todas as maldades que ele faz.

O livro tem muita ação e mesmo sabendo que é o grande vilão da história, ainda assim tem muito suspense. A história é eletrizante do início ao fim. Em muitos momentos me emocionei com a coragem de Nate, o amor pela família que faz com que ele ultrapasse tantos limites, a superação em momentos que se sentia impotente e achando que não ia conseguir...

A história de Nate é tão cheia de sentimentos, tão "humana", que a gente se sente parte da história. Sofre junto com ele, sente dor, chora, se alegra, vibra e torce para que ele tenha sucesso em sua empreitada.
Se você gosta de sentir fortes emoções não pode deixar de ler O Sobrevivente, este livro excelente, que indico muito e que ganha merecidamente 5 estrelas.

site: http://valgouveia.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Raniere 02/10/2014

Eletrizante!
Antes de começar esta resenha, quero dizer que, se alguma produtora comprar os direitos de O Sobrevivente, que Jason Statham interprete o papel principal. O filme foi feito para ser estrelado por ele! Prestem atenção na sinopse (sem spoilers) que farei abaixo, e vejam se não estou certo:

Nate Overbay é um ex-militar que, em uma emboscada, viu seu melhor amigo ser assassinado. Voltando para casa, atormentado pelas lembranças da guerra e pela culpa de não ter salvado o amigo, Nate acaba afastando a mulher e sua filha. Mais tarde, com uma esclerose lateral se iniciando, e longe das pessoas que mais ama, Nate decide subir no parapeito de um prédio e se matar. Porém, na hora dele pular, ele vê que, atrás de si, em um banco, está acontecendo um violento assalto. Como Nate não tem nada a perder, ele entra no banco e dá fim ao assalto, matando todos os bandidos, menos um. Porém, o assalto era feito pela máfia ucraniana, e Nate é ameaçado por esta. Caso ele não recupere algo que está em algum cofre no banco, a máfia torturará e matará sua família.

Agora digam pra mim: o filme foi ou não foi feito para ser estrelado por Jason Statham? Lógico que foi!

Agora, vamos falar sobre outras impressões que tive deste livro.

Gregg Hurwitz é um velho conhecido. Roteiristas de Batman, Wolverine, X-Men, entre outros que eu acompanhava, escreveu Você é o Próximo, que li no ano passado e achei muito bom.

O Sobrevivente não foge do seu estilo de histórias velozes, repletas de cenas de ação e suspense. Com personagens fortes e interessantes, o livro também tem cenas que fazem o leitor se emocionar ou dar risada. Achei interessantíssima esta exploração dos sentimentos do leitor. Não é todo escritor que consegue a proeza de ser bem sucedido, nesta intenção. Hurwitz faz o leitor temer os vilões, ter raiva de alguns personagens e amar outros.

Enfim, este livro foi feito para faz de história de ação e suspense! Recomendadíssimo!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
comentários(0)comente



Felipe Miranda 01/10/2014

O Sobrevivente - Gregg Hurwitz por Oh My Dog estol com Bigods
Chega a ser repetitivo o quanto ressalto a importância de bons personagens em uma estória. Não me refiro à índole ou caráter, me refiro à construção do personagem dentro da trama, da forma como ele é nos apresentado e desenvolvido. Em O Sobrevivente, uma única personagem tornou o livro em determinados momentos um fardo pesado demais para mim.

Nate Overbay é aquele típico ex-soldado com traumas de guerra. Ao presenciar a morte do melhor amigo Charles em uma operação no Iraque, Nate passa a carregar uma espécie de culpa por não ter tomado atitudes diferentes. Atitudes que talvez pudessem ter salvado o amigo da bomba fatal. Nate mudou, a guerra o mudou. O retorno para a família após tanto tempo longe não está sendo tudo que ele esperava. Enquanto o fantasma de Charles passa a acompanha-lo e atormentá-lo com diálogos que tentam trazê-lo de volta à razão e superar o ocorrido, Nate acredita ser impossível seguir em frente. Como se doesse demais abandonar Charles agora. O resultado? Seu casamento chega ao fim.

Quando nosso protagonista é diagnosticado com esclerose lateral e as previsões médicas indicam uma morte dolorosa e iminente, Nate se afasta totalmente da família e passa a viver num estado introspectivo até que resolver suicidar-se. Ele não suporta a ideia de causar mais danos às pessoas que mais ama, sua ex-esposa Janie e sua filha Cielle. Determinado a pular das alturas da sacada de um banco, Nate é surpreendido ao presenciar um violento assalto no interior do local escolhido para seu trágico fim.

Apesar de incontáveis momentos de emoção que preenchem as páginas, nada se compara aos capítulos iniciais da trama. Como Nate não tem absolutamente nada a perder e a morte é tida como produto final, o medo não percorre sua veias ao impedir o assalto matando boa parte dos ladrões. A adrenalina o faz sentir-se vivo novamente, salvar aquelas vidas inocentes o fez uma figura pública. Um herói estampado em cada manchete de jornal. Um alvo de fácil localização. O único criminoso sobrevivente e foragido deixara um aviso direto e assustador: a vingança virá da pior maneira possível.Após ser sequestrado e torturado, Nate ganha uma boa razão para continuar vivo. Ao impedir o assalto ele acabou interferindo em assuntos particulares do chefão da máfia ucraniana. Um pacote presente em uma das gavetas do banco deve ser recuperado em cinco dias ou Janie e Cielle serão mortas...

Apesar de o livro ser uma aventura do início ao fim, os momentos de drama responsáveis por nos apresentar de forma pessoal os personagens, equilibram a trama de uma forma muito eficaz. Não só os mocinhos ganham capítulos emotivos, o chefão da máfia também tem uma história de vida para contar. Posso garantir que ambas as partes são interessantes e funcionam muito bem paralelas aos momentos de tirar o fôlego que as reviravoltas trazem. Aquela pergunta clichê até onde um homem pode ir para proteger sua família? é respondida com maestria.

Mas vamos nos deter ao grande aspecto negativo para mim em tudo isso. O problema atende pelo nome de Cielle. Sim, a filha do nosso protagonista. Sabe quando você simplesmente não consegue se apegar ou torcer por um personagem? A garota é tão chata que me vi questionando se no final das contas todos os esforços para mantê-la viva seriam realmente válidos. Com Nate a empatia veio de imediato, com Cielle ainda estou esperando. O ritmo de leitura poderia ter sido mais ágil se Cielle estivesse menos presente.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2014/09/resenha-o-sobrevivente-gregg-hurwitz.html
comentários(0)comente



Café & Espadas 21/09/2014

Resenha O Sobrevivente
O Sobrevivente foi um dos lançamentos do mês de julho da Editora Arqueiro falamos dele aqui no blog. Pode parecer estranho a resenha deste livro estar saindo somente agora, quase três meses depois, mas há uma razão para tudo isso: correios (sempre eles!).

Este contratempo ocorreu devido ao grande atraso que houve no envio do nosso exemplar, mas nada que atrapalhasse a pontualidade da nossa resenha. Vamos a ela.

Esse foi o primeiro thriller que li do autor Gregg Hurwitz. Como sempre faço com todos os autores que são estreantes nas minhas leituras, fui pesquisar um pouco sobre os outros trabalhos realizados por ele, que não foram poucos e alguns muito significativos.

Além de vários outros livros de suspense criminal, Gregg desenvolve roteiros para as grandes produtoras Warner Bros., Paramount e MGM e também colabora com roteiros para HQs da Marvel e da DC Comics. Um currículo invejável.

Logo, minhas expectativas com relação à O Sobrevivente subiram aos píncaros da curiosidade, e a promessa de uma leitura excepcional despontava radiantemente no horizonte mesmo com a trama tendo, à primeira vista, uma base não muito atrativa e um tanto rasa.

Devo confessar que o fato de o autor escrever roteiros para filmes e quadrinhos, me levou a crer que ele saberia criar ganchos de tensão dentro da história que iriam me prender a cada virada de página. E realmente ele consegue realizar este feito, pena que não em 100% do tempo.

A trama é centrada na vida de Nate Overbay, um veterano da Guerra do Iraque conflito que fez parte da chamada Guerra ao Terrorismo.

Antes de ingressar nas forças armadas americanas, Nate tinha uma vida perfeita: uma dedicada e amável esposa (Janie), uma filha linda (Cielle) que o fazia se sentir completo e feliz. Porém, veio a convocação do exército.

Por 18 meses ele teria que viver em um inferno onde cada dia de sua vida poderia ser o fim de tudo, longe de sua esposa e filha. Lá, Nate presenciou coisas terríveis; e mesmo depois de regressar, o trauma continuou perseguindo-o, e o fez se distanciar emocionalmente de Janie e Cielle. Consequentemente, ele acabou perdendo-as definitivamente quando Janie pediu resolveu se divorciar dele formalmente. A vida de Nate estava mergulhando de cabeça em um poço profundo e escuro, mas o fundo deste poço ainda não havia sido alcançado.

Após tudo isso, Nate é diagnosticado com uma doença que consumirá seu corpo lentamente, e não lhe permitirá viver por mais tempo. Face a face com o desespero, Nate parte para uma atitude radical e até compreensível: suicídio. E aí que acontece todos os eventos descritos na sinopse da obra, fazendo com que ele se envolva com a perigosa máfia ucraniana e ponha a vida de sua família se que ele ainda pode chama-la assim em péssimos lençóis.

Partindo desse princípio, o livro tem dois caminhos para trilhar: o drama familiar do protagonista e sua família e os elementos mais comuns aos thrillers policiais o suspense, a ação violenta e o conflito direto com o mundo do crime.

A obra funciona bem nesta segunda faceta: o autor conseguiu inserir vários momentos de tensão no escopo geral da narrativa, todos descritos de uma forma muito direta e sem voltas desnecessárias. Sempre deixando um desenrolar pendente para cenas futuras, que na conclusão mostram desfechos satisfatórios.

O único problema é que essa característica da narrativa vem se destacar um pouco tardiamente, de pouco além da metade da obra até o seu fim. Até lá temos o dramalhão familiar protagonizado por Nate, Janie e principalmente por Cielle que, diga-se de passagem, é uma personagem que está ali somente para fazer o papel da filha esquecida pelo pai, mesmo ela sendo uma peça fundamental para uma grande reviravolta que acontece na história.

Os diálogos desenvolvidos entre Nate e sua filha deslocam a atmosfera que a história deveria ter. Além de serem fracos e cheios de uma emotividade latente em demasia, tornam a leitura maçante e só revelam outro ponto negativo da história: a neutralidade de Janie. Não há uma proatividade da personagem nesta primeira parte do enredo, e ela representa o estereótipo da mulher que cansou de sofrer, sendo que a única coisa que ela fez para ajudar Nate com o seu trauma pós-guerra foi dar lições de moral chulas.

As ilusões que Nate com Charles, seu amigo de faculdade, estão ali para representar os erros que consomem sua consciência, e isso seria um elemento muito positivo no enredo. Porém, Charles é aquele personagem palhação, sempre com uma piada na ponta da língua, e isso torna as suas aparições uma tentativa de humor bem forçada na trama. Algo poderia ter um resultado bom mesmo sendo bem clichê se tivesse sido trabalhado melhor.

Mas vale ressaltar que esses problemas, em sua maioria, se concentram na primeira metade da narrativa, e o autor consegue dar uma boa guinada nos rumos de seu enredo.

Os pontos positivos se sobressaem principalmente nos antagonistas de O Sobrevivente. Pavlo Shevchenko é um chefão da máfia ucraniana. Impiedoso e extremamente violento, teve uma trajetória de vida muito cruel e sanguinária até a sua ascensão no mundo crime. O que lhe rendeu uma boa vida, com luxo, capangas fiéis e uma bela filha que é a única coisa pela qual ele manifesta algum sentimento.

A forma como o autor descreve a adolescência de Pavlo é bem sintética, mostrando alguns detalhes de como as condições de vida no sistema prisional ucraniano são terríveis, é interessante e nos prende a leitura, para podermos entender melhor como ele se tornou um homem que é simultaneamente um desalmado e um pai amoroso que sempre tenta fazer o melhor para a sua filha mesmo que isso signifique matar inúmeras pessoas.

A narrativa fica mais ágil, e a ação se torna mais presente e dá um bom fôlego para a história em si, deixando um pouco mais de lado o relacionamento de Nate e sua família. A sequência de clímax ficou bem escrita - e essa é uma ótima qualidade do autor.

O importante é que, entre prós e contras, o livro consegue se salvar. Mesmo não tendo atendido a todas as minhas expectativas. O único pecado foi o autor não ter conseguido temperar melhor a história, colocando ou redimensionando os momentos dramáticos e os de ação pura, para fazer as engrenagens funcionarem melhor.

O trabalho editorial da Arqueiro ficou muito bom, com um padrão já conhecido de suas outras publicações.

No geral, O Sobrevivente é um livro mediano, mas que vale a pena ser lido, pois ele diverte o leitor em vários momentos e possui um desfecho bom o suficiente, mesmo sendo já esperado e anunciado desde o começo da narrativa. A superação e a reconstrução gradual dos laços familiares também é algo bem perceptível e os fãs desse tipo de literatura têm uma boa chance de simpatizar com o personagem e com a escrita do autor.

site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/09/resenha-o-sobrevivente.html
comentários(0)comente

Kelly 22/09/2014minha estante
Muito bem escrita a sua resenha. Vou ler o livro essa semana ainda, to bem curiosa...




Fabiane Ribeiro 16/09/2014

Resenha - O sobrevivente
O sobrevivente é um daqueles livros que nos dá a sensação de estarmos lendo um roteiro de filme. Com ação e uma agilidade única, o autor nos faz imaginar cena a cena de seu thriller, que é uma obra de tirar o fôlego.
Na história, acompanhamos Nate, um ex-militar, divorciado, que está prestes a se suicidar em Los Angeles, saltando do alto de um edifício. E quando ele está lá, prestes a tirar a própria vida, vê que um assalto está acontecendo dentro do banco, naquele prédio.
Fazendo uso de seu treinamento militar, Nate entra no local e consegue interromper o que estava acontecendo, matando parte do grupo de assaltantes, exceto o aparente chefe do bando.
Após isso, sua vida se torna ainda mais bagunçada, pois o homem que ele não matou no dia do assalto prometera vingança, e agora a máfia da Ucrânia está furiosa com Nate. Assim, ele é obrigado pela máfia a voltar ao banco e finalizar o assalto, já que matou quase toda a equipe que deveria fazer esse serviço.
Caso não aceite, as duas pessoas mais importantes de sua vida, a filha e a ex-esposa, serão brutalmente assassinadas.
O ritmo do livro é excelente, e nos faz ansiar o tempo todo pelo que irá acontecer em seguida.
Mesmo que já conhecemos o vilão da história, ainda assim não conseguimos prever o que irá acontecer.
Este é o segundo livro que leio de Gregg Hurwitz, e em minha opinião, ele é superior ao outro, que já havia sido bastante interessante. Ficarei de leio nos próximos lançamentos de sua autoria.
Além da boa ação, trama interessante e intensa e personagens bens construídos, outro ponto positivo de O sobrevivente, é que ele também conta com doses de drama e emoção, principalmente quando nos faz mergulhar na vida do protagonista e conhecer melhor sua história junto da família, seus receios, sentimentos e suas motivações.
Um livro excelente, que merece não apenas ser lido, como ser relido, para que nenhum detalhe passe despercebido.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Telma 04/08/2014

Adrenalina pura!!!!
Quem ama um thriller bem escrito, não pode perder “O Sobrevivente”!

Sabe aquele livro que começa quente e vai esquentando ainda mais, gradativamente, até pegar fogo no final virar cinza em nossas mãos, diante dos nossos olhos? Não? Sim?

Quem não conhece a sensação deveria.

Quem já conhece, sabe que adrenalina vicia. O Sobrevivente é viciante.

Logo no começo, Nate, nosso herói/anti-herói (e confesso que estou sim, apaixonada por ele!) está totalmente pronto para suicidar-se, mas tem o cuidado de escolher cair numa caçamba de lixo para não machucar ninguém. Percorrendo os centímetros no parapeito do alto edifício de onde vai se jogar, depara-se com uma cena violentíssima de assalto.

A partir daí a gente quase grita de excitação (não sexual) enquanto está lendo. Torci muito por Nate quando, por nada ter a perder, ao ver uma menininha ser machucada dentro do banco por um dos assaltantes resolve pular para dentro da janela e reagir.

People do meu God, Gregg Hurwitz escreve bem pra carambaaaaaaaaaaaaaaa! Senti-me assistindo a um filme. Meu corpo ficou retesado, prendi o fôlego em vários trechos para que Nate não fizesse barulho (sério caso de projeção imposta pelo autor) e, senti todas as emoções de um filme explosivo num cinema 3D, com a vantagem de que, os efeitos especiais em nossa mente são ilimitados e infinitos.

Bem, Nate consegue fazer com que o assalto seja mal sucedido para a fúria da máfia ucraniana que o persegue e põe em risco não a vida dele (que já tá ferrada, mesmo), mas a de sua filha e ex esposa.

Nate terá que voltar ao banco e “refazer” o assalto, ou lidar com a morte das duas pessoas que mais ama na Terra.

No princípio foi bem sucedido porque não tinha nada a perder (já que estava buscando a morte), mas com a vida dos amados em risco, a história muda de figura e aquilo que não era precioso, passa a ser a única coisa com a qual pode contar para salvar aqueles que ele quer que viva.

Se recomendo?

Não só recomendo como vou lê-lo novamente, mais a frente pra tentar sentir toda a viciante adrenalina correndo solta e alucinando em minhas veias.


Esse livro deveria ser tarja preta. ;)

site: http://surtosliterarios.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Bruna Britti 30/07/2014

***


O Sobrevivente é um thriller de tirar o fôlego. Uma história sensacional, intensa, com uma característica interessante: já conhecemos o vilão. O autor capricha ao mergulhar a fundo no psicológico dos personagens com descrições de seus medos, seus receios e suas dores. Narrado em terceira pessoa, Nate é o protagonista desta história – um homem marcado por situações difíceis que o levam a uma atitude radical. Sem conseguir se livrar do trauma de ver seu melhor amigo morrer na sua frente, de perder o carinho da família, e de descobrir que estava com uma doença sem cura – esclerose lateral – Nate decide não mais continuar com a vida. Ele tenta se suicidar na janela de um banco, porém é interrompido por um assalto que ocorre no local.

Nate estava no lugar errado, na hora errada. Colocando em prática seu treinamento de ex-militar, ele consegue impedir o roubo. Entretanto, um dos homens sobrevive, o que parece ser o líder do bando, e promete vingança. Pouco tempo depois, Nate é sequestrado, e descobre que o que ocorreu naquela dia não era um simples roubo. Um dos mafiosos ucranianos mais perigosos, Pavlo, deixa claro que Nate precisa terminar o serviço, já que matou os homens que estavam destinados aquele objetivo. Se não entregasse o que estava no cofre, sua filha seria cortada ao meio e colocada num cubo de gelo.

Carregado de suspense, acompanhamos a trajetória de Nate para salvar a família. Há uma carga emocional acentuada, pois o autor traça todo o histórico do personagem desde o momento em que ele conheceu sua esposa até a etapa em que sua filha tinha poucos anos de vida. O modo como eles se amavam, a dor de se perder aos poucos no luto, a separação… em seguida, quando Nate precisa retornar a sua antiga casa e alertá-los do perigo, passamos novamente a presenciar seu sofrimento, dessa vez como um pai que precisa lidar com a rejeição da filha e de ver a ex-mulher nos braços de outro. Aliado a tensão psicológica, o autor leva seu personagem ao limite. Foi impossível ficar indiferente a tamanho sofrimento e garra de Nate. Um protagonista forte, adorável, que me fez sofrer junto a cada página. Me envolvi intensamente com sua luta e suas dores.

O fato de conhecermos o vilão é uma manobra ousada, mas que deu certo na história. Pavlo é uma figura intrigante, com um lado emocional perturbado. Frio, assassino – o pior do que há no submundo do crime, sua única humanidade é dedicada a própria filha. Ela é o elo de ligação para entendermos os mistérios envolvendo o roubo malsucedido no banco. Aos poucos as informações se encaixam de maneira clara, sem deixar o leitor no escuro por muito tempo. Quanto ao rumo da história, há momentos incertos que nos deixa grudada as páginas para saber dos acontecimentos finais.

O autor traz a tona perseguições e fugas dignas de um filme cheio de ação. Essa é, de fato, a proposta dele: dar ao leitor a percepção de acompanhar um enredo de um filme policial, envolvendo personagens sujeitos a amarem, a sentirem dor e medo. Há uma riqueza de detalhes quanto aos cenários e armas – porém nada que torne o livro maçante. O ritmo é rápido e a leitura é muito fluída, o que me fez devorar quase 400 páginas em dois dias. Devo dizer que o final, entretanto, me deixou dividida: arrebatador, porém sufocante. É difícil dar detalhes sem contar spoilers, mas fiquei muito mexida com o que encontrei nas últimas páginas do livro

O Sobrevivente foi, para mim, uma das melhores leitura deste ano. Um Thriller emocionante, que me levou as lágrimas, ao riso e a tensão por acompanhar essa busca implacável de um homem que ultrapassa os próprios limites para salvar sua família. Uma história impactante que merece, sem dúvida, cinco estrelas. Mais do que recomendado para quem gosta de emoções fortes em um thriller maravilhoso.

site: http://supremeromance.blogspot.com.br/2014/07/o-sobrevivente-gregg-hurwitz.html
comentários(0)comente



43 encontrados | exibindo 31 a 43
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR