O Espião Americano

O Espião Americano Kurt Vonnegut




Resenhas - O Espião Americano


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Vitor Dilly 19/05/2021

"É impossível citar um grande homem...
... na história, que, na sua infância, não tenha fervido e espumado com uma válvula de segurança trancada."

Eis! Uma frase recortada solta no espaço-tempo, que dá o clima da escrita do Vonnegut neste livro espantoso!
É impossível citar um grande homem e esquecer de Kurt Vonnegut!
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Dominique.Auler 17/06/2021

Uma sátira intensa que poderia parecer absurda dez anos atrás, mas não quando foi escrita.
O livro traz a história de um espião estadunidense que não age por patriotismo, dever ou compensação, mas apenas porque está lá no lugar certo na hora certa. Enquanto repassa os códigos através de propaganda, contribui tanto com a causa nazista quanto com a dos aliados.
O choque de perceber a intensidade da loucura fascista fica ainda mais dolorido ao perceber os mesmos absurdos sendo ditos no mundo real de hoje.
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Mais1Livro 18/05/2010

Mais1Livro.com
Uma biografia genial de alguém que nunca existiu, com detalhes tão saborosamente engendrados que o leitor acredita na ficção, compra a ficção, agarrando-se na realidade do escritor, que usa a história do nazista Howard W. Campbell, Jr. como plano de fundo para construir uma crítica mordaz da sociedade norte-americana contemporânea...

Leia a resenha completa em http://www.mais1livro.com/?p=311

Mais1Livro.com. Fascinados por Livro.
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Jansen 23/01/2021

Gostei. Um espião diferente num livro muito bem escrito.
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bardo 21/09/2022

Como de costume esse é mais um livro do Vonnegut onde o ritmo vertiginoso e a fina ironia ocultam questões e dilemas muito sérios e perturbadores. Após a leitura, quando você começa a refletir, passa a se dar conta do que está sendo proposto e dá mesmo uma vontade de recomeçar a ler decodificando os pontos que passaram batidos. Um dos motivos disso é que, por mais que não devamos nos esquecer da regra de nunca confiar num narrador em primeira pessoa, Howard se apresenta ao leitor como o que de fato é; um exímio e encantador camaleão; de forma que nunca conseguimos ter muita certeza de quem de fato ele é. Talvez a frase dita pela "fada madrinha" seja a que melhor descreva o personagem: "... ele é como você, capaz de ser muitas coisas e algumas delas verdadeiras". Passamos o romance todo num conflito ou num falso conflito; ter pena ou odiar o personagem, o problema é que não se tem como odiá-lo, por mais que saibamos seus atos repulsivos, ele encanta o leitor. Apresentando-nos um "falso nazista" mais nazista do que os próprios nazistas, Vonnegut ironicamente nos pergunta até onde estamos dispostos a ir para garantir nossa própria sobrevivência a despeito das consequências. Apesar de seu estilo leve e bem humorado, o "autor" é meio bonachão e espirituoso, temos a incômoda sensação de estarmos lendo algo tremendamente atual. É um tanto deprimente perceber que a descrição que Vonnegut faz da mente de um fascista é rigorosamente a de um defensor atual da extrema direita. Mas não nos enganemos, como o próprio Howard diz os diversos sistemas políticos nada significam e tanto faz saudar a bandeira americana, a suástica ou a foice e o martelo, no fundo todo totalitarismo é patético e fruto de uma mente deformada. Ou para citar Howard, uma: "...máquina do pensar, com um sobredente, impulsionada por uma libido normal ou subnormal, gira com a sacudida, barulhenta, pomposa falta de sentido de um relógio cuco no inferno."
Resta ainda comentar que o título escolhido por Vonnegut: Mother Night retirado de um trecho de Fausto não pode ser ignorado, é mais uma piscada do autor para o leitor, como quem diz: "você entendeu?"
Brujo 21/09/2022minha estante
Ótima resenha !!!! Pretendo ler mais da obra do Vonnegut no futuro.


bardo 21/09/2022minha estante
Obrigado. Sou suspeito pq gosto muito do autor, mas se ainda não leu recomendo o As Sereias de Titã e Matadouro 5.


Brujo 21/09/2022minha estante
Li Matadouro 5 e gostei muito !!! Agora estão na minha fila Cama de Gato e Timequake!


bardo 21/09/2022minha estante
Timequake lerei futuramente, estou lendo os que ainda não li em ordem cronológica. Cama de Gato foi o meu primeiro dele e é provável que eu releia agora que conheço melhor o autor.




Santos 26/02/2021

Um bom livro de entrada para conhecer o autor
A leitura é super rápida os capítulos são curtos.
Você é o que você finge, então cuidado com o que você finge ser. A história é sobre um espião americano infiltrado no governo nazista, ele era tão infiltrado que somente ele sabia que era um espião. Então isso significa que ele é nazista? Um livro de moral duvidosa mas interessante porque te faz ter diferentes opiniões sobre ele a cada capitulo e cada um interpreta esse livro se um jeito.
Envolve racismo americano e faz um link com o nazismo da Alemanha, discute muito sobre remorso, dor, sentimentos de culpa. O livro não chega a lugar nenhum mas é interessante porque cada pessoa tem uma visão diferente a respeito do livro.
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Menard 17/03/2022

Segue extremamente atual (infelizmente)
Um livro gigante ao meu ver, apesar de ter apenas 215 páginas. Nelas, encontramos a narrativa de um nazista, que talvez não era feito de maneira similar aos moldes de um Eichmann e muito menos de um Goebbels ou um Himmler. Ele não apresenta um fanatismo ou uma mente totalitária, não, ele está lúcido perante o que fez e faz. Entretanto, este artista, autor de peças renomadas na alemanhã do terceiro Reich, propagandista de guerra, trabalhando com Goebbels, serviu também como espião, embora quase ninguém o saiba. É uma ficção incrível, que nos faz pensar no absurdo completo dos acontecimentos da guerra e da cegueira das pessoas, quando o fanatismo as domina. Contudo, a narrativa encaixa perfeitamente em nossa atualidade, quando perplexos, percebemos que estamos numa realidade em que tivemos um secretário da cultura, Roberto Alvim, que copiou, na cara dura, um discurso de Goebbels. Ou quando vemos militantes fanáticos, hordas irracionais bolsonaristas, cujas ideias não tem lastro na realidade. Fanatismos que custam vidas, geram guerras e trazem sofrimento, aos montes.
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