Fabi Brandes 01/12/2014
ABBA
Alô leitores! Ao som de SOS do ABBA eu escrevo essa resenha pra vocês. Confesso que fiquei bastante ansiosa pra escrever essa resenha, devido à admiração que tenho pelo grupo. Minha história com eles começou no início dos anos 2000, quando meus pais compraram o tão famoso DVD ABBA GOLD, o qual ressuscitou os músicos suecos no mercado. Desde então, sou uma aficionada por eles e até o musical Mamma Mia eu fui ver quando estive em New York... claro que a emoção foi grande!
Porém, foi somente quando li essa biografia, do maior especialista em ABBA do mundo, que conheci a fundo a história de Bjorn, Benny Frida e Agnetha. Somente lendo a história é que comecei a ter a dimensão do sofrimento deles pra poderem se dar bem, e mesmo assim, cheguei à triste constatação de que apesar de todo o sucesso, eles nunca foram realmente felizes.
O livro conta a história desde o começo dos quatro integrantes: como se iniciaram na música, como se conheceram e a insistencia em seguirem com seus próprios LP's durante muitos anos, inclusive depois de formarem o grupo. É incrível como a banda sempre esteve em uma montanha russa, desde o começo da carreira. Enfrentaram questões como, por exemplo, o fato de nunca fazerem tanto sucesso em seu país de origem, a Suécia. Por isso a versão de tantas músicas em Inglês. Por mais absurdo que pareça, foi a Austrália o primeiro país a reconhecer o real sucesso do grupo Sueco. Não sabia eu também, que ABBA também é uma marca de sardinhas na Suécia, e por isso, demorou pra que aceitassem o nome.
E assim se seguiu durante os dez anos que estiveram juntos: momentos de muito sucesso e momentos de muito fracasso.... tentativas e shows muitas vezes quase vazios, em outras ocasiões, show com lotações máximas. É sem dúvidas uma história que marca por sua dualidade, mas acima de tudo, do talento dos quatro. Cabe lembrar que Benny e Bjorn eram apaixonados por compor e tocar, enquanto as meninas abrilhantavam com suas vívidas vozes.
Ainda estou meio intrigada com as coisas que aconteceram a eles durante essa trajetória, da personalidade deles e de como, apesar de alguns anos dourados, eles não conseguirem se unir em prol de um bem maior. Até hoje, a maioria deles prefere não falar sobre ABBA, e eu me pergunto por que. Em muitas vezes, a mídia foi ácida nas críticas, talvez não haja fama que resista a isso. Claro que os fãs desejam sempre um reencontro, mas isso, segundo os próprios integrantes, jamais irá acontecer. Talvez por ser formado por dois casais com casamentos desfeitos, eles jamais conseguiram juntas os cacos que ficam depois de uma quebra dessa.
Apesar de tudo, parece que o ABBA tem uma música atemporal, e segue encantando aos que já conhecem o trabalho da banda, e ainda mais: segue atraindo novas pessoas para gostarem de sua música. sem dúvida, eles serão eternos. O livro só me fez amar ainda mais o trabalho do quarteto.
Pra finalizar ( já chorando aqui) eu deixo a melhor quote do livro:
"Sinto que cada coisa tem sua hora" afirmou Agnetha em seu livro de memórias. " O ABBA precisa descansar". E para o grupo que uma vez teve uma energia tão forte que não conseguiam evitar de se emocionar com seus admiradores, e , ao mesmo tempo, provocar seus opositores, parece que o descanso é para sempre." Pág. 452
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