Resenhas - The Shrine Of Jeffrey Dahmer

Vitoria293 15/01/2023

O livro é muito detalhista em todos os aspectos, fiquei horrorizada e desconfortável em algumas partes, mas acho que esse é o objetivo do autor ao descrever tão bem as cenas macabras, acredito que é impossível um ser humano normal ler esse livro e não sentir repulsa e horror por esse homem.

Erica 02/04/2019

De longe esse é o livro mais perturbador que eu li na minha vida
Se você leu “O meu amigo Dahmer” e ficou com aquela sensação de história incompleta, esse livro é uma verdadeira dissecação da mente do assassino, um dos melhores “true crimes” que eu já li, ele analisa toda a história do Jeffrey Dahmer do início ao fim, baseado em pesquisa, relato de pessoas próximas, psicologia forense, referências e registros históricos de outros Serial Killers que cometeram crimes similares ao dele e ainda temos o próprio depoimento do psicopata para as autoridades, é inacreditável os fatos descritos.

O relato do autor é bem impactante, ele narra os crimes em mínimos detalhes, é bem estarrecedor, o que gera muito debate sobre assuntos como traumas familiares, sexualidade, bloqueio social, necrofilia, canibalismo e vicio em álcool, afinal o que de fato motivou ele a cometer aqueles crimes horríveis e insano?

Como todos sabem o Dahmer era homossexual e todas suas vítimas foram homens que tiveram algum tipo de relação com ele, somando um total de 17 mortos, que fique bem claro que ele só foi preso porque uma de suas vítimas conseguiu escapar do seu apartamento e acionar dois policias que ao chegar no local descobriram o seu terrível “santuário”.

O Jeffrey Dahmer ele é um objeto de estudo para criminologia porque ao contrário de muitos psicopatas que negam o crime até a morte, ele assumiu toda a culpa educadamente sem causar tumulto e da maneira mais fria possível, o que causou muita controvérsia porque ele até colaborou para ajudar a desvendar as identidades das vítimas, pra ele foi tipo um alivio não guardar mais esse “segredo” e uma forma de se redimir perante a família dos mortos, pois ele alegava ser escravo da sua compulsão e mente doentia.

Apesar da defesa dele querer alegar algum tipo de insanidade, ficou muito claro para todo mundo que o Dahmer era extremamente ciente do certo e errado e sabia exatamente o que estava fazendo, ele mesmo disse que nunca ouviu vozes e nunca teve ataque epilético de verdade, todo mundo concordava que ele era uma pessoa esquisita mas até aí isso nunca foi crime, ninguém deu a mínima e sua anomalia ficou invisível para sociedade o tempo todo, facilitando com que ele matasse num período de 4 anos sem ser pego.

Muitos falam que ele foi a encarnação do mal na terra, lendo esses trechos do livro, fica fácil entender e eu concordo, o cara não só matava como ele destruía os corpos das vítimas.

“Jeffrey Dahmer tomou banho enquanto havia dois cadáveres na banheira... Ele perfurou buracos nas cabeças de pessoas vivas para deixar seus companheiros sem reação...Ele comeu um bíceps que ele tinha frito em uma frigideira, amaciado e polvilhado com molho ...Por horas ele deitou com cadáveres, abraçando-os e molestando eles... Ele manteve onze cabeças e variados crânios e dois esqueletos completos para eventual uso em sua casa...”

“'Eu não queria continuar matando pessoas e não ter mais nada a não ser o crânio "

Sem dúvidas esse é um dos crimes reais mais assustadores que eu tenho conhecimento, é chocante e ao mesmo tempo triste o quão mal o ser humano pode ser e o quão doentio a mente humana pode chegar ao ponto de construir seu próprio inferno na terra.

O maior ponto positivo desse livro é que não tem romantização, ninguém vai ler e pensar “Nossa como o Dahmer era fodão e gênio!”(se bem que tem louco pra tudo), o sentimento que dá é de raiva, pena e desprezo de um ser tão solitário e infeliz como ele, um total desperdício de ar.

Só recomendo a leitura pra quem tem curiosidade mórbida aguçada, curte muito criminologia e temas que envolve a psique dos serial Killers pois não é um livro agradável, pelo contrário, é bem perturbador e pesado, daqueles de deixar a gente pensando no assunto por semanas.