Neylane Naually 23/09/2019Preciso que leiam esse livro e gostem o tanto quanto eu gosteiVencedor do Pulitzer de 2014, "O Pintassilgo" de Donna Tartt é uma obra prima. Com certeza um dos melhores livros que já li, a obra conseguiu me sugar pra dentro dela já no início e fez com qua as assustadoras 720 páginas passassem tão rápido que eu até queria mais. Foi aquele tipo de leitura que quando eu não estava lendo, estava pensando sobre e criando várias teorias do que poderia acontecer, teorias essas que não se concretizaram porque a obra me surpreendeu completamente.
Apesar ter sido uma leitura tão fantástica para mim, alguns leitores talvez não gostem tanto, o que só reforça a ideia de que existem momentos certos para certos livros e eu, por sorte ou destino, estava precisando desse livro, nesse momento.
Quando eu estava em mais ou menos 93% da leitura comecei a me desesperar achando que a história iria ficar com pontas soltas ou uma livre interpretação do final, mas graças aos deuses da literatura a autora soube finalizar de um jeito majestoso, sem efeitos mirabolantes e com um último capítulo maravilhoso, que foi um dos melhores que já li.
A conclusão traz uma mensagem niilista, mas muito condizente com o que o protagonista viveu e sua relação com a morte (principalmente da mãe), a depressão e tristeza profundas, amizades, amor, família e com a pintura que ele rouba. Uma frase me chamou muita atenção, "é uma glória e um privilégio amar o que a Morte não toca", o amar a arte, que é em certo sentido imortal e transcendende os séculos, serve como um consolo ao amor que sentimos por aquilo que não é eterno.