memória sde branca dias

memória sde branca dias Miguel Real




Resenhas - Memórias de Branca Dias


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Andréia R. 15/12/2018

Escrito por Miguel Real, pseudônimo literário de Luís Martins, e publicado originalmente em 2003, este romance histórico traz como protagonista a judia Branca Dias que numa voz unívoca e contínua narra os fatos de sua vida fragmentando a narrativa no tempo relembrando sua infância, adolescência, fase adulta e velhice. Presente, passado e futuro estão constantemente interligados em sua narração, visto que os fatos se correlacionam, isto é, quando se ler o texto pode-se constatar uma repetição de situações que são as lembranças que realmente significaram em sua vida.
O enredo articula a vida de uma mulher vítima da estigmatização imposta nos séculos XVI-XVII por parte da Igreja Católica com ação da Inquisição portuguesa face aos cristãos-novos. Branca Dias, descendente de judeus portugueses, enfrentou, desde sua infância as perseguições por causa de sua origem religiosa. Assim, ficamos a par do relato da sua vinda clandestina ao Mundo Novo, sua dificuldade de adaptação em Camaragibe, um dos primeiros engenhos de açúcar do Pernambuco, a ousadia de fazer sinagoga em plena vigilância inquisitorial, a convivência com os Tupinambás, seu relacionamento com o marido, Diogo Fernandes, e outros cristãos-novos, a criação de seus onze filhos nesta localidade e depois a residência em Olinda, onde funda uma escola para meninas. Outro fator que percebe-se facilmente no livro é que Branca Dias sempre conviveu com a mistura de culturas, a citar: a portuguesa, a brasílica, a dos negros africanos e a indígena; e, no sentido religioso, a dos cristãos e sua própria, a judaica.
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