spoiler visualizarCíntia 14/02/2018
Enfadonho no início, mas...
Mas vale muito a pena dar uma chance à estória. Logo no início apresenta Laurel adolescente, meio entediada e entediante, que presencia sua mãe matando um homem. Os anos passam e Laurel é uma atriz consagrada voltando para casa para ficar perto de sua mãe Dorothy, que está nos últimos dias de sua vida, com a memória por vezes voltando para a época anterior a sua família, seu marido, seus filhos, época da 2a.Guerra Mundial.
E no meio do álbum de fotos da família aparece a foto de uma amiga de sua mãe, Vivien. O nome não é desconhecido de Laurel, estaria ligado ao homem que perdera sua vida no quintal de sua casa a muitos anos atrás?
Laurel começa uma busca pelo passado de sua mãe, pela história de sua família.
E a narrativa segue entre novas descobertas de Laurel e flashbacks que a autora nos dá a respeito da vida de Dorothy Smithan durante a 2a.Guerra Mundial. Nesses flashbacks, a estória enfoca muito mais os pensamentos e sentimentos de Dorothy do que uma trama propriamente dita. Há uma trama que é a trama central de toda estória, mas ela se desenrola numa morosidade desanimadora, na minha opinião.
O foco é a personalidade de Dorothy, sonhadora, egocêntrica, egoísta, fútil, ambiciosa, vaidosa... como essa criatura foi capaz de se tornar a esposa exemplar e mãe amorosa que viveu toda sua vida numa fazenda? Algum acontecimento terrível pode mudar tanto uma pessoa? Ou uma pessoa pode fingir que mudou por anos e anos? Afinal, sua filha é uma grande atriz...
No meio do livro começamos a ter palpites do que pode ter ocorrido, não sei se o final é clichê, mas gostei muito. Passei a leitura toda achando que acharia o final terrível, mas na minha opinião foi um final feliz afinal de contas.