Fernanda631 05/07/2023
Infinity Drake: Os filhos da Scarlatti
Infinity Drake: Os filhos da Scarlatti foi escrito por John McNally.
O primeiro livro da série Infinity Drake traz uma trama diferente e perfeita para o público juvenil.
Infinity é o protagonista do livro, mais conhecido como Finn. Ele mora com sua avó, mas vai passar uns dias na casa do seu tio Al, um cientista meio estabanado.
Se você acha que as vespas são desagradáveis, espere até conhecer a Scarlatti. Ela é um inseto geneticamente modificado que tem um único objetivo: exterminar! Uma equipe pequenina... talvez possa combatê-la. É a nossa esperança! O problema é que a Scarlatti é muito mais poderosa que o exército designado para combatê-la. Além disso, o vilão maquiavélico que a criou não está disposto a desistir tão fácil. Finn e seus companheiros precisam ser rápidos: em pouco tempo a humanidade poderá ser extinta.
Acontece que uma vespa Scarlatti foi solta em Londres, causando caos e destruição e ela pode exterminar todo o mundo. Al é convocado e sua solução é descongelar outra Scarlatti para eliminar a ameaça. Durante o procedimento, Al precisa encolher alguns soldados, isso mesmo, encolher e adivinha quem acaba sendo encolhido por engano? Finn!!!
O livro é uma aventura e tanto, com várias descrições científicas e muitos trechos engraçados.
Finn é um protagonista interessante, mas não é o personagem que mais se destaca.
A série tem uma premissa inovadora, o que por si só é uma grande coisa. Mas o autor também utilizou o livro para ensinar, tornando a história um grande aprendizado.
O trabalho editorial do livro é maravilhoso. A capa dura, com as cores amarela e preta, o trabalho interno, tudo enriqueceu a história.
Infinity Drake reúne alguns dos meus temas e características favoritos: personagens superinteligentes e sagazes, conspiração, política e ciência.
Infinity, ou Finn, como prefere ser chamado, perdeu o pai em um acidente e a mãe para uma doença. Criado pela vó, Finn tem como principal referência o tio Al, um cientista brilhante, excêntrico e que guarda muitos segredos. Apaixonado por insetos e ciência, Finn está contanto os dias para que a vó saia em um cruzeiro com outras velhinhas simpáticas e ele passe uma semana de aventuras secretas com o tio. E no caminho para as montanhas Finn e Al são abordados por carros pretos e, após uma perseguição, levados para uma base secreta.
Acontece que o futuro do mundo está nas mãos de Al (Finn e uma equipe pra lá de esquisita). Com Londres como pano de fundo, a história gira em torno de uma arma química desenvolvida durante a Guerra Fria: uma vespa, chamada Scarlatti, que em poucos dias pode gerar novas vespas, que vão gerar outras e outras e assim, em mais alguns dias, contaminar a população da Europa. Em seis meses, devastar o mundo com bilhões de morte. As opções são rastrear a Scarlatti e matá-la junto com suas ovas ou, bem, resolver a situação com uma bomba atômica. É.
Infinity Drake me conquistou desde as primeiras páginas. Primeiro porque Finn, apesar de ser uma criança melancólica pela perda dos pais, não é fatalista ou insuportável. O tio Al, que não é lá o exemplo perfeito, ama Finn incondicionalmente e faz tudo pelo garoto. A vovó então, é uma peça de tão irreverente. Apesar de o livro não apresentar uma família com pai, mãe e filho, fica claro que John McNally quer ressaltar a importância de ter pessoas que sirvam de base e referência numa fase de formação. E, sem dúvida, isso é algo em que acredito!
O fio condutor do enredo é atraente, já que mistura história, ciência, política e uma dose de conspiração. Alguns momentos do livro são mais descritivos, principalmente no trecho inicial, mas não achei-os desnecessário. De modo geral, todas as informações “técnicas” ajudam a visualizar melhor os elementos que compõem a história. As características dos personagens também são importantes, já que formam personalidades tão diferentes das outras, o que dá ao livro bons embates e discussões. E como todo livro influenciado pela ficção científica, o humor sagaz e sombrio é presente e dá um toque extra.
A narrativa de John McNally também é um diferencial. Além do texto ser fluído, o autor utiliza recursos como fontes diferentes para identificar cada local e personagem da história, especialmente porque a linha de tempo é curta, são apenas algumas horas para resolver a situação do mundo e há muitos envolvidos, inclusive uma (ou quem sabe duas) vespa assassina. Já deu para perceber o quanto gostei do livro, né?!
Por fim, o último ponto positivo que quero destacar sobre Infinity Drake é a parte política. John McNally foi muito feliz ao retratar as dificuldades diplomáticas do mundo de uma forma que ficasse clara para um leitor jovem, uma criança, que possivelmente não tem tanto contato com o tema (ou tanta compreensão). Além disso, existem referências de outras épocas, como a Guerra Fria, de onde o projeto da Scarlatti foi retirado.
Infinity, ou simplesmente Finn, é um menino quase comum, que perdeu a mãe e o pai muito cedo, então vive com a avó numa cidadezinha qualquer. Contudo, quando a avó vai para um cruzeiro, quem toma conta de Finn é Al, seu tio amalucado, super inteligente e que sempre trabalha em projetos ultrassecretos para várias organizações importantes. Dessa vez, contudo, tudo é diferente: o destino da humanidade está em risco por conta de uma arma biológica que permaneceu isolada por muitas décadas, mas que está a solta novamente: um cruzamento letal, a Scarlatti possui um único desejo, matar. Quem quer que seja.
Por seus vastos conhecimentos complicados, Al é chamado para ajudar o governo americano, que possuía um dos dois únicos exemplares do inseto. O plano que pode salvar a todos é louco, mas aparentemente a única chance deles de sobreviver. O livro é cheio de detalhes sobre as coisas mais diversas, sempre explicando o que uma sigla é, o que uma arma significa, ou seja, dá pra ver que o autor não poupou esforços nas pesquisas para escrevê-lo. Mesmo assim, por ser um livro infanto-juvenil, achei que todas essas informações pesaram em alguns momentos, já que eu mesma às vezes não entendia o que eles queriam dizer com aquilo (muito menos se era real ou não).