O paraíso é bem bacana

O paraíso é bem bacana André Sant'Anna




Resenhas - O Paraíso É Bem Bacana


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Manú 01/12/2022

Uma história bem doida, as vezes fica até confusa, precisa parar reler, pensar. Mas é uma ótima leitura, consegui botar humor no eixo de um drama bastante complexo.
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Airton Alcântara 15/12/2020

"O bom não é ser. O Bom é sonhar que vai ser". Mas não
Um dos livros mais interessantes que já li.

Linguagem BR crua ("O Mané era meu amigo, mas também não tem essa de amigo não")
temática erótica, meio pornochanchada, bem engraçada (sem exemplos aqui).

Difícil escrever alguma coisa sem dar algum spoiler que comprometa a leitura, mas conta a história de um jovem pobre, desprovido de inteligência básica, que sofre com a desestrutura familiar e um medo constante. Por seu talento no futebol, acaba indo morar na Alemanha, onde conhece outras culturas.

O autor escreve como num fluxo de consciência, em que as ideias do rapaz são construídas misturando-se experiências reais, percepções próprias alheias à realidade, sonhos, alucinações, quase sempre ligados à sexualidade exacerbada de um garoto adolescente.

Nas entrelinhas, trata da dor, do prazer, de religião, de um paraíso perfeito, de uma vida de abdicações, de uma vida de sofrimento.

Algumas transições de cena (quem assistiu vai entender) lembram Breaking Bad, quando um personagem fala uma coisa e o trecho seguinte é sobre um elemento semelhante, mas sob outra ótica.

O autor é genial, este é agora um dos meus livros favoritos.

----> Talvez para o universo feminino as situações não sejam tão engraçadas, mas a temática que move as entrelinhas é "bem bacana".
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jota 19/01/2019

O paraíso (islâmico) é bem explosivo...
A única coisa que Mané, Manoel dos Anjos, garoto negro, pobre e feio da periferia de Ubatuba, cidade do litoral paulista, sabia fazer bem era jogar bola. Tanto que um dia foi levado para treinar no time juvenil do Santos F.C. Aos dezessete já estava contratado por um clube alemão, que via nele a promessa de mais um craque brasileiro. Mas Mané, mal falando português, encontrou enormes dificuldades de adaptação no país europeu: tosco como era, ficava muito tempo sozinho vendo televisão, comendo e se masturbando. Nem um tradutor português contratado pelo clube conseguiu facilitar-lhe as coisas, melhorar sua precária comunicação.

Logo após as primeiras páginas do amargo e irônico livro de André Sant’Anna, quase todas recheadas de infindáveis palavrões cabeludos e delírios pornográficos até o final, encontramos Mané despedaçado no leito de um hospital berlinense depois de ter detonado uma bomba amarrada ao próprio cinto em pleno estádio. Como tudo isso aconteceu depois de sua saída de Santos para Berlim, sua “conversão” ao islamismo através da amizade com um colega muçulmano do clube, e outros episódios curiosos de sua estadia berlinense, acompanhamos nesse volumoso romance (de mais de quatrocentas páginas) narrado por diversos personagens brasileiros e estrangeiros que cruzam o caminho de Mané. De Muhammad Mané. Ou Muhammad Pelé, como ele algumas vezes é chamado.

Lido entre dezembro de 2018 e (19 de) janeiro de 2019. Minha avaliação: 3,8.

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