Os Crimes do Monograma

Os Crimes do Monograma Agatha Christie
Sophie Hannah




Resenhas - Os Crimes do Monograma


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Renata Alves 01/06/2016

Péssimo
Péssimo!
Juro que não sou de abandonar livros, mas esse não deu!
Leitura ruim, personagens péssimos, impossível se conectar com tudo o que acontece...
thais 26/10/2016minha estante
Verdade! Eu também não gosto de abandonar livros, mas foi impossível não abandonar esse!




Santarosa 06/05/2016

Resenha - Os Crimes do Monograma
Agatha Christie nasceu no Reino Unido, na Inglaterra, em 15 de setembro de 1890. Atuou como romancista, contista, dramaturga e poetisa, mas foi com romances policiais que ganhou destaque mundial tendo recebido, ainda em vida, a alcunha de “Rainha do Crime” ou “Dama do Crime”. Teve mais de 80 livros publicados ao longo de sua carreira e influenciou gerações de autores. Suas obras foram traduzidas para mais de 100 idiomas em todo o mundo e venderam bilhões de cópias, perdendo apenas para Willian Shakespeare e a Bíblia, tendo entrado para o Guinness Book como a autora mais vendida do mundo. Tem por característica marcante tornar o desfecho de seus livros inesperados e extremamente marcantes. Faleceu de pneumonia, aos 85 anos, em 12 de janeiro de 1976.

Sophie Hannah nasceu em Manchester, na Inglaterra, em 1971. É poetisa e autora de suspenses psicológicos de sucesso. Foi escolhida pelos herdeiros de Agatha Christie para dar continuidade a suas obras e trazer de volta um de seus mais famosos personagens: o detetive belga Hercule Poirot. É o que faz em Os Crimes do Monograma, publicado em 2014.

Tudo começa quando o detetive Hercule Poirot decide se afastar um pouco de sua rotina e resolve se hospedar numa pensão em Londres para se desligar de seus problemas, das pessoas que sempre o procuram e descansar suas “células cinzentas”, como gosta de dizer.
Nessa pensão ele conhece o jovem detetive Edward Catchpool, de quem se torna amigo. Catchpool é também o narrador da história.
Durante suas “férias”, Poirot adquire o hábito de jantar, toda quinta-feira, Pleasant’s Coffee House, que serve o melhor café que já provou.
É nesse café que, numa noite, conhece Jennie, uma cliente que chega de forma muito assustada ao local. Eles conversam superficialmente e Poirot, com seu instinto investigativo, tenta acalmá-la e descobrir o que a aflige tanto. Ela por sua vez não diz nada esclarecedor, mas fica evidente que ela teme por sua morte, que seu assassinato é iminente e que quando ocorrer a justiça terá sido feita.
No dia seguinte, Poirot fica sabendo de três assassinatos que aconteceram no Bloxham Hotel, o mais famoso (e também mais caro) da cidade, cujo detetive encarregado da investigação é seu amigo Catchpool. Os corpos foram encontrados em seus respectivos quartos e em suas bocas haviam abotoaduras de ouro com um misterioso monograma: PIJ.
Poirot, convencido da ligação entre os dois eventos, começa então a ajudar seu amigo nas investigações, informalmente, apenas por sua experiência em desvendar casos complicados e por sua curiosidade nata em situações como essas. Logo, se torna o responsável por desvendar o mistério dos assassinatos, sempre tentando ensinar a seu amigo como ver o que ninguém viu, dar importância a cada detalhe, por mais insignificante que pareça até juntar todas as peças do quebra-cabeça.

Como em quase todas as obras de Agatha Christie, Os Crimes do Monograma te convidam a uma viagem em busca do (da, dos, das) assassino (o, a, os, as), num ambiente rico em detalhes, suspenses e reviravoltas. De linguagem simples e direta, é uma leitura fácil e rápida, que vai te prender do início ao fim. Vale a pena ler e se divertir tentando desvendar o mistério pelas pistas que Poirot vai descobrindo.
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Nicole De 28/01/2016

O retorno de Poirot
Era uma vez uma autora maravilhosa chamada Agatha Christie, que escreveu 80 romances policiais e criou personagens espetaculares, entre eles o detetive belga Hercule Poirot. Mas essa incrível autora, também conhecida como Rainha do Crime faleceu, e seus fãs ficaram abandonados por anos e anos.
Foi então que outra autora, chamada Sophie Hannah, surgiu e começou a escrever livros muito elogiados pela crítica. Tendo seus thrillers psicológicos comparados aos da própria Rainha e considerada por alguns como sendo a “Nova Agatha Christie”.
Então, alguém teve uma brilhante ideia: - Porque não fazer Sophie Hannah ressuscitar o incroyable Monsieur Poirot? (que por sinal morreu em Cai um pano, para tristeza de todos). Foi então que, após muitas reuniões, autorizações, revisões e burocracias necessárias, surgiu o livro Os crimes do monograma, tendo como protagonista o bigode mais famoso de todos os tempos.
Aí você vai dizer: - Legal Nicole, mas e a história? Você está me enrolando quatro parágrafos e ainda não falou nada sobre o enredo! Então, voilà!
Hercule Poirot esta em um café jantando, conforme sua rotina das quintas-feiras, quando entra uma mulher loira, toda apavorada, dizendo que ia ser assassinada e que merecia tal coisa, deixando Poirot alarmado.
Na mesma noite o detetive da Scotland Yard, Edward Catchpool (é isso mesmo, o detetive Arthur Hastings foi substituído para não dar ares de imitação ou algo do gênero que não lembro, mas tenho certeza que li), amigo de Hercule Poirot, é convocado para ir ao Bloxham Hotel onde houve três assassinatos.
Ao saber disso, Monsieur Poirot desconfia que esteja tudo relacionado e os dois se unem para descobrir o (a, os, as) verdadeiro (a, os, as) culpado (a, os, as). E vamos parar por aqui antes que vire spoiler...kkkk. Agora vamos ao que interessa:

Sophie Hannah conseguiu atingir as expectativas? SIM
Hercule Poirot continua sendo o melhor detetive belga de todos os tempos? SIM
Catchpool se mostrou a altura de substituir Hastings nesse suspense? Mais ou menos
Eu leria outro livro do Poirot pela visão da Sophie Hannah? SIM
Eu compraria outros livros da Sophie Hannah? SIM
Para todo sempre? COM CERTEZA


site: http://www.amoreselivros.com.br/2016/01/os-crimes-do-monograma-sophie-hannah.html
Márcia Naur 24/07/2016minha estante
Parabéns Nicole por sua divertida resenha! Simplesmente divina! Lerei e depois venho comentar.




Ana Lima 02/01/2016

Nem tudo parece ser aquilo que pensamos
Muitos escritores utilizam as obras de Agatha Christie por serem textos completos e cheios de sentimentos e emoções onde o leitor tem sua atenção toda direcionada a resolver o enigma de mais um crime. Neste crime em questão até mesmo estando em seus pequenos momentos de lazer o detetive Poirot não consegue ficar longe de um enigma. Após um encontro perturbador com uma desconhecida Poirot se envolvido em uma teia de mentiras e ocorrências do passado, onde nada realmente parece ser o que se apresenta. Até que ponto os acontecimentos de uma mente perturbada pela perda de um amor pode influenciar na vida dos habitantes de uma pequena cidade. E que castigo esses integrantes mereceriam e a até que ponto uma pessoa pode ser jure e juiz de certos atos?
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Thamires 30/12/2015

Os crimes do monograma
O livro basicamente mostra Poirot desvendando um grande crime com a ajuda de um policial da Scotland Yard, chamado Catchpool. Poirot está em um restaurante quando uma moça misteriosa chega e fala de sua própria morte. Em um grande hotel de Londres três misteriosas mortes acontecem, cada hospede em seu quarto é encontrado com uma abotoadura na boca com o monograma PIJ e deitados de maneira curiosa. Para o grande detetive, tudo pode estar interligado.
No começo do livro não gostei nenhum pouco do inspetor Catchpool, achava ele muito chato, pois para ele Poirot era louco e estava fazendo tudo da maneira errada... mas com o passar da leitura eu percebi que o problema era o detetive Belga. Ele estava muito arrogante, humilhando seu companheiro e passava o livro todo sem revelar quase nada a ele... e no final, ele quase não resolve o crime de tanto que enrolou para explicar, isso me irritou muito, não era necessário aquele tanto de páginas para revelar o assassino. A história no inicio me deixou empolgada, mas a conclusão não foi tão convincente pra mim... Infelizemente ou felizmente eu não gostei do livro e não acho que Poirot devia ter voltado em uma nova aventura, pois não era a vontade da dama do crime.
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Madu | O corvo livros 14/12/2015

Sensacional!
A rainha do crime foi muitíssimo bem representada por Sophie Hannah, a trama instigamente e bem elaborada é uma característica marcante do livro, os detalhes, o enredo e claro, Hercule Poirot, foram extremamente bem desenvolvidos sem deixar a desejar. E quanto ao mistério? Teve um desenrolar tão intenso que tive que parar a leitura durante alguns minutos! Hahaha. Sabe quando você pensa que está prestes a desvendar tudo? Pois é! Sophie Hannah me fez de trouxa várias vezes, afinal este é um caso para Sr. Poirot! Simplesmente incrível, recomendoo a todos os fãs de literatura policial.
Márcia Naur 24/07/2016minha estante
Obrigada por sua resenha! Adorei.




Brenda 20/11/2015

Quando ouvi falar do livro pela primeira vez fiquei animada com a ideia desse ''retorno'' de Poirot, já tinha planos de comprá-lo até que a oportunidade chegou. Quando o livro chegou, fui tomada por dois sentimentos que me deixavam dividida: a curiosidade para saber como seria essa história e o medo de que Sophie Hannah me decepcionasse fortemente. Tomei coragem e decidir começar a leitura. De cara tive a sensação de que a escrita dela era muito forçada, como se ela estivesse cumprindo requisitos para mostrar que o detetive em questão era, de fato, Hercule Poirot. Essa sensação se deu graças a insistência enorme em falar que ele era belga, falar do seu bigode e, para quem passou um semestre estudando Psicopatologia na universidade, o detetive parecia mais um caso de TOC, tamanha era a repetição sobre suas manias de organização. Me fez pensar em Poirot como um sujeito que sofre de uma patologia, não um ''homenzinho metódico'' como a própria Agatha se refere a ele. Outro ponto: nós, fãs da Agatha sabemos que Poirot é um tanto quanto egocêntrico, devido a sua inteligência tamanha, mas não me lembro dele humilhar Hastings por isso, mesmo que lamente que o parceiro não tenha a mesma sagacidade. Nesse livro, achei Poirot arrogante demais. Não gostei do modo como ele falava de si mesmo, sempre na terceira pessoa. É outro ponto que não me lembro de ter visto com tanta frequência num livro da Agatha. Sobre a história em si, achei que ela poderia ter sido resolvida uns 5 capítulos antes do final e que, talvez nesse ponto, Sophie tenha, de fato, enchido linguiça. Porém mesmo com as criticas que faço, considero Os Crimes do Monograma um bom livro, com reviravoltas surpreendentes e que me fez não ter vontade de parar de ler. Ah, acho importante dizer que houve um momento em que me senti ''em casa''. Foi quando Sophie usou a palavra ''devotado'' pela primeira vez no livro. Há muito tempo eu já tinha observado que Agatha usava essa palavra sempre e, ao vê-la nesse livro, senti por um breve momento uma sensação reconfortante, mas que não se repetiu ao ler essa palavra por mais duas vezes ao longo do livro. Enfim, é isso. Fica aqui meu encorajamento: se você veio ler as resenhas para se decidir, meu conselho é que compre e leia por si mesmo.
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Fabi 04/11/2015

^-^
Li o livro por pura curiosidade, pois o fato da família da Agatha Christie aprovar a publicação desse livro, no mínimo deixou os fãs da Rainha do crime receosos e curiosos.
O livro é bom, mas com certeza não chega nem perto da escrita da Agatha.
Amo os livros da Agatha Christie e amoooo demais o Hercule Poirot, mas confesso que não gostaria de ver outros autores usando as personagens da Agatha. Não vejo a necessidade de outros livros como esse. '-'
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Nélio 27/10/2015

O livro é uma “nova aventura” do detetive Hercule Poirot – o inigualável detetive da também inigualável Rainha do Crime, Agatha Christie. A autora recebeu autorização dos “herdeiros” de Agatha ((herdeiros do dinheiro, não do talento dela!!!)) para a escrita do livro.
Bom, sou aficionado pelos livros de Agatha, o que não me fez “aceitar” logo o novo livro... Mas a curiosidade me fez desejar a leitura, pois, ora, é o Poirot!!!! Não poderia perder.
Resultado: é claro que o livro está longe de ser “cópia”, ou “releitura”, dos livros da Rainha!!!! (Ninguém é rainha por acaso, é lógico).
A autora conseguiu “pegar”/”copiar” algumas sagacidades e excentricidades da personagem principal, mas deixou a desejar em outros momentos da narrativa. Deixou de ser o estilo da Agatha!
É claro que eu sabia que não seria outro “Agatha Christie”, mas a esperança era que fosse algo mais próximo! Por exemplo, Agatha era mestre nas cenas com diálogos que me deixam sem fôlego por tanta inteligência. Os livros dela são curtos e, portanto, cada fala tem muita importância... No livro lido, a autora escorrega em muita descrição de personagens e de eventos paralelos... Perdeu pontos!
Uma trama falha... com surpresas frágeis! Coisas que não se explicaram! E a bobagem do veneno!!! Meu Deus, faltou ler mais livros com o Poirot!!!!
Enfim, não merece estampar o nome Agatha Christie na capa do livro!
No entanto, se for ler o livro como mais um de detetive... aí é outra coisa! Quem não conhece os livros da Agatha pode ler este de agora que poderá gostar, pois é um detetive que busca solucionar um caso surpreendente... O que torna o livro melhor que muitos de hoje cujos autores nem de longe conseguem criar uma trama tão tramada.... (Ela até lembra os livros daquela autora inglesa, a Agatha Christie, conhece???)
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João 01/06/2015

Uma nova aventura com Poirot pra quem ama a Agatha Christie como eu é um sonho realizado.Mas desde que fiquei sabendo que ia ser lançado esse livro fiquei com um pé atras.
A Agatha tem uma escrita única,dificilmente outro escritor teria o padrão dela.Mas mesmo assim resolvi arriscar.
Gostei da maneira como Sophie Hannah conduziu Poirot.Ela consegui na minha opinião convencer com o Poirot(lógico que jamais com a sutileza de Agatha) mas diria que foi uma boa tentativa.Agora quanto a trama infelizmente a autora não me convenceu.Primeiro por que quis dar ares de romance policial moderno(280 páginas,os romances da Agatha eram 220 páginas no máximo)..claro que só podia dar em enchimento de linguiça.Ela desenvolveu bem a história mas foi chegando uma hora que eu não tinha certeza de mais nada..ela fez uma mistura de possibilidades que não davam em nada e quando chegou o final eu fiquei com cara de bobo olhando pro livro.Sim,por que adivinhar quem era o assassino era possível,mas adivinhar o por que de tudo e como ocorreu era impossível.Não com tantas voltas que ela deu.Agatha tinha o dom de nos enganar e mesmo sendo lubridiado várias vezes por ela quando vinha a explicação ela convencia,tinha sentido,nexo.Nesse livro achei que a autora enrolou,enrolou,encheu linguiça no final e não me convenceu de maneira nenhuma mesmo eu tentando empurrar goela abaixo.
Se vier mais livros dela com Poirot eu arriscarei a leitura.Por ele.Poirot é um ícone da literatura e mesmo que não tenhamos mais Agatha pra conduzi-lo essa saudade e essa gana por novas aventuras dele tem que ser saciada de alguma maneira.Mas pra matar a vontade mesmo só relendo e relendo o que a Agatha Christie escreveu.Infelizmente!
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Belle 23/04/2015

Mesmo aposentando, os casos sempre acabam encontrando Hercule Poirot...
Veja bem, eu nunca li nenhum livro de Agatha Christie. Mas principalmente, eu tenho receio com livros com a mesma ideia porém com outros autores. Nunca li livros assim. Esse foi meu "primeiro" livro de Agatha Christie, e posso dizer que esta mulher é incrível.
O livro fala sobre Hercule Poirot aposentando há muitos anos da polícia. Ele mora em uma pensão com um policial da Scotland Yard, Edward Catchpool.
Em uma noite comum, no Pleseant's Coffe House, uma mulher entra desesperada falando de sua justa morte. E no mesmo momento, Catchpool está investigando a seguinte cena: três pessoas, mortas da mesma maneira, todas com uma abotoadura monogramada na boca com as iniciais PIJ. E daí começa a se desenrolar todo um caso, que à princípio parece impossível.
O livro é incrível. O jeito como a história vai se desenrolando é maravilhoso e entendível, você vai descobrindo as coisas junto com os detetives. Chegou momentos em que eu sabia mais do que Catchpool, porque neste livro é assim: todo detalhe é de suma importância. Adorei o método de trabalho de Poirot, por mais que tenha me irritado pelo fato de ele não contar algumas coisas (dizia ele que era pra ajudar Catchpool a virar um detetive de verdade).
Toda e qualquer pessoa é suspeita nesse livro, e o final é incrível. Complexo, mas incrível. Recomendo muito.

site: http://photo-and-coffee.blogspot.com.br/
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Tai 30/01/2015

Poderia ser uma fanfic
A sensação que eu tive é que eu estava lendo uma fanfic: quando você sabe que conhece o personagem, mas sente que o que está lendo é inverossímil. Pessoalmente não gostei muito dessa adaptação e achei que a forma como Hercule Poirot foi retratado em alguns trechos um tanto exagerada, como por exemplo, a quantidade de frases em francês ou o exagero de vezes que ele cita as células cinzentas. São características marcantes do personagem, mas foram aumentadas exponencialmente, a ponto de ficarem repetitivas. Coisa que só um fã faria (inclusive eu...).
Eu também não achei a história muito interessante. O final (o momento em que o crime é desvendado) tem uma reviravolta muito legal e inteligente. Mas até lá achei a história maçante. Onde a escritora tentou aplicar mistério, para mim soou apenas enrolação.
E, para finalizar, não creio que Agatha Christie teria gostado da adaptação. Não essa especifica, mas qualquer outra. Ela mesma já tinha informado que preferia matar o personagem, o que de fato fez, do que vê-lo sendo publicado por outros escritores.
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Renato 28/12/2014

Como dizem que me é peculiar, começo sendo direto: Os crimes do monograma não é um bom livro. Curiosamente, cheguei a essa conclusão não pelo conteúdo, a história, o enredo que, apesar dos diversos problemas, cumpre seu papel de entreter; mas sim pela parte externa, a menos relevante na maioria das outras obras mas, que nesta, tem um papel preponderante e influencia cada palavra em seu interior: a capa.

A capa ostenta, em letras garrafais, o nome de Agatha Christie. Quem é conhecedor da obra da Dama do Crime sabe que em Cai o pano ela decidiu “matar” seu principal detetive, Hercule Poirot, sob a alegação de que não gostaria de vê-lo em histórias escritas por outros autores após sua morte. Entretanto, eis que em 2014, surge o “novo mistério do detetive Poirot”, um “lançamento mundial” escrito por Sophie Hannah com autorização e chancela dos herdeiros de Agatha. Pura jogada de marketing.

Sophie Hannah era até então desconhecida da maioria dos brasileiros, pois nenhuma de suas obras havia sido publicada por aqui. Justamente por isso, não conheço seu estilo de escrita e não posso afirmar se foi intenção da autora escrever algo que Agatha escreveria, ou se ela quis dar um toque totalmente pessoal à história. Em ambos os casos, o nome de Agatha Christie na capa não se justifica. Por que não fazer como Jô Soares em seu O xangô de Baker Street, que usou Sherlock Holmes sem se vangloriar por isso? O livro tornou-se um best-seller.

Deixando de lado essa questão e analisando a história, temos um início instigante, mas que desde então se mostrou diverso do que Agatha escreveria. Temos um Poirot muitas vezes frio, prepotente, ignorante. O personagem coadjuvante, Edward Catchpool, com um excesso de sentimentalismo e lembranças de infância que não se encaixam muito bem na história, e nem têm justificativa para estar ali. Os demais personagens, com nomes pouco usuais, às vezes até estranhos e exaustivamente mencionados, pouco se destacam. A história se passa em 1929, mas não há nada que caracterize a época, de modo que poderia ter se passado em qualquer outra.

A inverossimilhança dos acontecimentos chega a ser absurda. A motivação dos crimes toma uma proporção tão exagerada a ponto de ser comparada com dramalhão mexicano. Me fez lembrar de uma cena de Maria do Bairro, quando Soraya ataca a todos no quarto só porque vê seu amado beijar uma garota na cadeira de rodas (risos). A própria solução do mistério, precocemente anunciada, mostra-se obtusa; são 85 páginas (quase 1/3 do livro!) cheias de vais e vens e reviravoltas desnecessárias, o que acaba mais confundindo que esclarecendo.

Há ainda o irritante modo de como os personagens falam de si mesmos, sobretudo Poirot, sempre na terceira pessoa. Talvez seja herança de uma tradução menos apurada, mas nunca vi Agatha escrever dessa forma.

No entanto, nem tudo é perdido. Basta que a leitura seja feita esquecendo-se de Agatha e esquecendo-se de quem é Poirot. Quem não os conhece, provavelmente aprovaria a história. Talvez eu seja muito exigente, mas Agatha estava certa: seria melhor que Poirot tivesse parado em Cai o pano.
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Kelly Cristina Licare 30/10/2014

Um Poirot chato e uma história arrastada.
Fiquei bastante decepcionada. A escrita não é fluida, achei que o Poirot estava muito chato, grosseiro e repetitivo em suas explicações. Os personagens não foram cativantes e a mistério ponto chave nos livros de Agatha não foi instigante.
O livro foi longo pelo seu conteúdo e o desenrolar do enredo bem cansativo.
Não vi o brilhantismo, não vi o entusiasmo, não gostei mesmo. Na verdade teve 1 ou 2 capítulos interessantes.

Agatha sempre disse que matou o personagem Poirot com medo que alguém o estragasse, que não conseguisse transmitir a singularidade do seu detetive belga. Bien... ela tinha razão.
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