Michael 06/03/2022Um "spin-off" à altura da obra originalQuando Sandman foi lançado, um dos personagens que chamou bastante a atenção foi Lúcifer, não só pela maneira que Neil Gaiman o representou mas também com o arco de história que o levou a cansar-se de sua obrigação de comandar o inferno, fechar seus portões e partir para ter uma vida normal na Terra.
Não demorou muito para que o personagem ganhasse seu próprio título, contando o que aconteceu com ele após os eventos de Sandman. Essa história é contada por Mike Carey, que entrega ao leitor um excelente roteiro. Diferente do que acontece na série da Netflix baseada no personagem, aqui Lúcifer abre um bar em L.A. e tenta levar uma vida tranquila. Porém, ele é procurado por Amenadiel, um dos anjos celestes, com um pedido de ajuda: derrotar um mal misterioso que tem surgido no mundo. Claro que o personagem não tem interesse algum de ajudar o Céu, até que o preço dessa missão é revelado: uma Carta de Passagem.
Esse primeiro arco foi publicado como uma minissérie especial dividida em 3 partes, ilustradas sensacionalmente por Scott Hampton. Após o sucesso dessa minissérie, o autor foi convidado a dar continuidade ao título, mas sem a participação do desenhista (por isso a arte acaba variando tanto).
Passamos então a acompanhar o Estrela da Manhã lidando com as consequências de sua escolha de abandonar o Inferno, as possibilidades e perigos que surgem com a Carta de Passagem e uma iminente Guerra Santa entre os anjos e Lúcifer. Alguns personagens de Sandman dão as caras aqui, o que é natural, uma vez que o próprio Lúcifer também surgiu nessa saga. É legal ver também Constantine aparecendo, ainda que por breves instantes, unindo ainda mais o universo da Vertigo.
Esse primeiro volume reúne a minissérie especial e as 13 primeiras edições do título mensal da Vertigo, totalizando 382 páginas. Infelizmente está fora de catálogo no Brasil, mas vamos torcer pra @paninicomicsbr republicar o título por aqui.
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