Clio0 29/06/2023
Thorn Queen (segundo livro da Tetralogia Dark Swan) parece ter sido feito num espaço de tempo curto demais e o resultado é uma trama com muitas ramificações, mas pouca profundidade.
A personagem principal, Eugenie, após se tornar uma rainha perdeu muito de sua proatividade e passa a maior parte do tempo reclamando sobre como essa não era uma responsabilidade que ela queria - isso poderia ter resultado em cenas hilárias ou deprimentes, contudo o que temos é uma mulher de quase trinta anos soando como uma adolescente. Ironia das ironias. Essa é a mesma atitude que ela várias vezes deplora em sua irmã mais nova.
O triângulo feito com Dorian e Kiyo ganha mais um personagem e se torna uma versão águada dos romances do ano 2000. Kiyo continua sendo bem pouco carismático apesar de sua construção mística, e Dorian se torna pouco mais do que o Ex-machina da autora para resolver algumas situações problemáticas.
As cenas de sexo são terríveis, e infelizmente elas pululam nesse livro. Francamente, transportar a heroína para uma terra onde o prazer sexual não segura os mesmos tabus, a última coisa a ser escrita é um "papai e mamãe". O fetichismo do primeiro volume foi totalmente abandonado.
As poucas partes de luta apenas engrossam alguns parágrafos e embora a ideia seja interessante, o rapto de garotas-fadas, o desenrolar é tão fraco que não cria emoção, o clímax se perde em meio a narração mal elaborada.
É tão ruim, mas tão ruim, que é impossivel largar.