A Vingança da Amante

A Vingança da Amante Tamar Cohen




Resenhas - A Vingança da Amante


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Any 10/06/2021

A Vingança da Amante
“Nenhum de nós sabe tudo sobre o outro. Estamos todos apenas tateando no escuro.”
Por cinco anos, Sally e Clive viveram “uma grande paixão”. Sally organizou a sua vida meticulosamente para dá conta do trabalho, dos filhos, do marido Daniel e dos seus encontros românticos com Clive. Ela sempre confiou que o relacionamento dos dois tinha um futuro, mas foi pega de surpresa com o término. Após cinco anos intensos, ele terminou tudo com ela e decidiu salvar o seu casamento. E os planos que eles fizeram de casar e construir uma vida? “Saaally, sua bobinha.” Para conseguir lidar com o término, ela resolve escrever um diário de final de relacionamento e conseguimos ter noção quão abalada psicologicamente e obcecada ela se encontra. Tentei sentir um pouco de empatia pela situação vivida por ela, mas só sentia raiva, por ela ter abandonado os filhos, o marido e a si mesma para controlar cada passo do Clive e da família. É uma leitura exaustiva e angustiante. É um bom livro, mas sem grandes reviravoltas.

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Jacqueline 20/09/2014

Um livro tóxico
Tamar Cohen é jornalista freelance, e A vingança da amante é o seu romance de estreia.

Falou em revenge, já fico toda curiosa. Foi por esse simples motivo que escolhi o livro pra ler. Eu havia acabado de sair da leitura um NA de tirar o fôlego (As batidas perdidas do coração), e queria algo mais denso e uma relação complicada para acompanhar, e acertei em cheio na escolha.

Sally de 43 anos, está inconformada com o fim de seu relacionamento extraconjugal com Clive. O romance dos dois ia muito bem, até Clive decidir colocar um ponto final na relação, deixando Sally sem chão.
Arrasada, ela procura uma terapeuta que a aconselha a escrever um diário, com o objetivo de colocar "tudo pra fora", e auxiliar no processo de recuperação.

"Aonde foi parar aquele Clive? Existe algum universo paralelo em algum lugar povoado inteiramente pelas pessoas que imaginamos conhecer por dentro e por fora - até que de repente, elas se transformam em pessoas inteiramente diferentes? Um lugar para as pessoas que eram antes que suas personalidades fossem abduzidas e os alienígenas tomassem conta do corpo delas?" (pág. 74)

De todas as narrações, aquelas em forma de diário é a que mais me atrai. É como se eu estivesse bisbilhotando segredos e sentimentos mais íntimos, que a pessoa não revelaria para ninguém. Tamar tem uma narrativa convidativa e perfeitamente estruturada, que faz seu leitor implorar cada vez por mais.
Quem não está familiarizado com esse tipo de narração, pode achar algumas páginas monótonas, e lentas, mas para quem curte, é um prato cheio.

"Você costumava dizer que éramos as duas metades da laranja. Agora fico pensando se não éramos só o bagaço" (pág.37)

E através das revelações e lembranças de Sally, começamos pouco a pouco a entender sua complicada relação com Clive. As recordações sobre o primeiro encontro, e o doloroso término, vão dando espaço para um comportamento mais ousado, como marcar um encontro com a esposa do ex, adicionar seus filhos no facebook, e até mesmo espionar a cada dele. As reclamações sobre seu companheiro e pai de seus filhos, Daniel, também são frequentes.
No início eu enxergava Sally como uma mulher abalada emocionalmente, e sem querer aceitar o fim do caso com o amante, mas com o tempo, suas atitudes me levaram a crer que ela estava mentalmente perturbada, e passei a duvidar da sua capacidade de racionar o que era certo e errado.

"Sinto falta da súbita mudança de atmosfera, a imperceptível tomada de fôlego, a carga sexual que faz meus pelos do braço se arrepiarem. Sinto falta disso tudo. Sinto falta disso tudo. Sinto falta disso tudo. Sinto falta disso tudo." (pág.67)

Sally é o tipo de personagem que nos deixa em dúvida. Tinha horas que minha vontade era dar umas sacudidas, e em outras eu sentia pena por vê-la chegando ao fundo do poço, com seu desespero por uma migalha de atenção de Clive. O mais estranho é o meu sentimento de compaixão por Clive. Eu sei que todo homem que trai é um canalha, não importa a desculpa, mas o seu empenho em reatar com a esposa, quase me cegaram.
Quando as ações de Sally descem ladeira abaixo, eu quase não conseguia me desgrudar do livro para realizar minhas atividades. Existe algo de viciante em ler um diário, que te faz querer saber cada vez mais, e o próximo passo de Sally era sempre surpreendente.

Mais surpreendente ainda foi o desfecho. Por mais que não tenha sido como eu imaginava, Cohen me deixou sem palavras, e amo quando uma autora consegue esse feito.
A vingança da amante é um livro maduro e repleto de suspense, que mostra de maneira crua e espantosa, os efeitos e consequências de um relacionamento tóxico. Mais do que recomendado.

site: www.mybooklit.com
Manuella_3 23/09/2014minha estante
Jacqueline, fiquei curiosa depois de sua bela resenha. Só falta saber por que o livro recebeu 4 em vez de 5 edtrelas. Bj




Sereia.literaria 12/11/2020

A Vingança da Amante
Sabe aquele ditado que só damos valor aquilo que temos quando perdemos é fato.
Primeiro que o título impressiona, você pensa o bicho vai pegar.
Ao lê esse livro fiquei com ódio da Sally, mas muito ódio, ainda sinto ódio.
Ela tem um caso de 5 anos com Clive (babaca). Sally é casada com Daniel e tem 2 filhos Jamie e Tilly. Clive é casado com Susan e tem 2 filhos Emily casada com o banqueiro, a espera do primeiro filho e Liam um jovem artista que trabalha em um café.
O mundo de Sally vem abaixo quando Clive termina o caso dos dois. Sally está perdendo tudo, sua dignidade, seu amor próprio, sua família, seu emprego, sua casa, mas só pensa em Clive e sua família, faz de tudo para ficar próxima de Susan, Emily, de Liam, pois é uma forma de ter uma parte de Clive, fica na rua olhando para a casa dele, imaginando o que está fazendo, debaixo de chuva, no frio. Enquanto isso em sua casa, seus filhos estão sem comer, seu lar está abandonado.
Está fazendo terapia com Helen, porém até a psiquiatra está perdendo a paciência com Sally, como terapia indicou que ela escrevesse um diário de seu caso, uma forma de colocar seus sentimentos para fora.
Sally fica 24 horas em seu cubículo, em frente ao computador esperando email, msg de Clive e escrevendo em seu diário. Porém Clive desativou tudo o que os ligava. Pois disse que tinham que seguir SEPARADAMENTE. Essa palavra machuca Sally.
Sally é egoísta e egocêntrica. Ela quer espaço e Daniel e seus filhos estão atrapalhando seu retorno para Clive.



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Paula Aono 11/02/2020

A derrocada
A vingança da amante, traz uma narrativa em formato de diário, o que automaticamente faz com que a leitura flua de maneira rápida.

Esse diário pertence a Sally, uma mulher de 43 anos que acabou de ser deixada pelo amante Clive. Ao longo da narrativa, o leitor acompanha como eles se conheceram, como começaram a se envolver e como foi o termino do caso de cinco anos, porem, mais que isso, acompanhamos a derrocada de uma mulher que não aceita o fim, se afunda na depressão, em remédios e bebida.
Sally perde tudo, quando seu "ex relacionamento" com Clive se torna uma obsessão, ela se esquece da casa, do marido Daniel, dos filhos, e dela mesma. Passando o dia todo em frente ao computador, dedicada a vigiar a vida do ex amante e de sua familia, abandona o emprego, e vemos sua vida desmoronar pouco a pouco, até o fundo do poço.

É possível para o leitor identificar a loucura derramada em cada frase do diário, e a rotina de Sally se torna tão exaustiva e obsecada, que eu acabei ficando psicologicamente esgotada.
É um bom livro, porem, sem grandes acontecimentos, e nenhuma reviravolta.

Trechos:

"Diga uma coisa, Clive. Como é esse negócio de que toda vez que penso que não tenho mais nada a perder, eu perco mais uma coisa?"

"Queria deixar um marca na sua vida que você jamais seria capaz de apagar. Queria que soubesse que eu poderia fazer mal a você."

"Eu só quero o que é meu. E se não posso ter o que é meu, vou tomar o que é seu."
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Manuella_3 23/12/2014

“Os fatos e acontecimentos apreendidos por nossa consciência e coloridos por nossa Afetividade serão chamados de Vivências, portanto, essas Vivências terão sempre caráter individual e particular em cada um de nós. Os fatos podem ser os mesmos para várias pessoas, as Vivências desses fatos, porém, serão sempre diferentes.” (*)

Começo a resenha com esta observação porque vamos adentrar o complicado universo da mente humana e conhecer o amargo poder do ressentimento. Como lidar com a dor de uma desilusão amorosa? O que faremos de nós (e do outro) depois de um fim? Como reunir os pedacinhos do coração e seguir em frente? Em A Vingança da Amante (Record, 336 páginas), Sally, nossa protagonista, até vai tentar, mas os caminhos que escolherá serão obscuros. Todo mundo passa por decepções, mas algumas pessoas simplesmente não conseguem lidar com esse tipo de frustração. Elas querem algo mais... querem vingança!

“Nunca se envolva com alguém que tem menos a perder que você"

Sally é uma jornalista freelancer, casada com Daniel, mas manteve um longo e ardente caso com um homem também casado, Clive. Ele vive um casamento estável com Susan há 25 anos e decide terminar o relacionamento com a amante. Sally não aceita o fim e procura a ajuda de uma psicóloga. Enquanto a dra. Helen tenta dissuadi-la da ideia de reconquistar Clive, Sally alimenta sua mágoa corrosiva. De início até tenta pôr em prática as lições da terapeuta: “inspira, barriga pra fora, expira, barriga pra dentro.” Mas a percepção do fora que levou faz a coisa desandar.

“Não lembrei a ela que minhas necessidades são apenas desejos disfarçados. Não disse que o motivo pelo qual eu não me permito sentir dor é o medo de abrir as comportas para um tsunami que vai me devastar, me reduzir a destroços contra as rochas. Não falei da raiva que, permitida ou não, chega me rasgando feito vômito, incontrolável, tóxica e com cheiro de ácido."

Embora a narrativa seja toda em formato de diário, em nada é cansativa. Pelo contrário: Sally despeja nas páginas toda sua amargura e sarcasmo cáustico. A expectativa do próximo passo é realçada a cada nova investida de Sally: aproxima-se da família do ex, sente-se a “melhor amiga” de Susan e de Emily, a filha grávida.

Temi o tempo todo: ela vai surtar, ela vai surtar! Entretanto, apesar do texto extremamente pessoal, não sabemos quem é essa mulher. O que temos ao longo das mais de 300 páginas é uma personalidade atormentada. Entendemos que o processo patológico de Sally foi disparado pela incapacidade de conviver com a perda: as promessas de felicidade ao lado do amante, de um futuro juntos. Sally não quer perder e eis o gatilho para uma sucessão de insanidades.

"Bem, não posso fingir que não seria maravilhoso ser enfim curada dessa aflição embaraçosa e debilitante. Que alívio seria acordar de manhã sem me encolher inconscientemente em antecipação ao golpe que é a consciência da perda, ou prosseguir com a minha vida levemente, livre do tumor que você representa."

Daniel é um bom marido, mas carrega o rótulo de ser “um fraco” por sua passividade diante da incapacidade financeira de manter a família. Tem uma generosidade bonita, própria das boas almas. Os filhos, vítimas de uma mãe doente, são largados. O pequeno Jamie já nem pede mais atenção e a adolescente Tilly lança à mãe desnaturada dardos de revolta e indignação. Sem efeito. Sally percebe o caos que gerou, mas permanece impassível e recolhida, concentrada apenas em sua obsessão. Ela negligencia a própria família, abandona os filhos mesmo estando dentro de casa o tempo todo. Vive entorpecida sob o efeito de zopiclone, citalopram e outras drogas que anestesiam os sentidos. É deprimente!

"Existe alguma igreja que exorciza gente malquista da vida das pessoas? Tem algum tipo de salão de beleza onde eu possa arrancar você com cera quente? Tem algum médico que possa fazer uma lavagem intestinal para me liberar de você? Existe algum arquiteto que pode reconstruir a vida que você deixou em destroços?"

O tempo todo Sally superestima a felicidade alheia. As redes sociais da família do ex são vitrines de sorrisos e vidas perfeitas, tão distantes da mediocridade de seu casamento, de sua vidinha doméstica. Para ela, os Gooding são bem-sucedidos e felizes. Eles roubaram seu futuro ao lado de Clive.

A narrativa é intensa, recheada de trechos inteligentes temperados com uma ironia perversa. Tamar Cohen disseca todos os personagens com muita habilidade, expondo dores e fraquezas, enquanto a narradora-personagem confidencia sentimentos e pensamentos duvidosos. Ponto para a autora ao construir uma Sally egocêntrica e obstinada para depois desconstruí-la (ou destruí-la?) numa mulher desequilibrada, progressivamente paranoica, envenenada por um autodesprezo deprimente. O sentimento de rejeição gera uma angústia inquietante, levando-a a usar doses cada vez maiores de antidepressivos, perdendo o controle sobre a própria vida, abandonando os cuidados com a casa, os filhos e o próprio corpo. O vazio afetivo é extremo e a perceptível despersonalização gera incapacidade para sentir emoções.

"Fui aumentada: num contexto farmacêutico, ao menos. O que é bom, porque o resto de mim se sente diminuída, reduzida, encolhida. Durmo menos, como menos, ocupo menos espaço no mundo. De alguma forma, tenho menos conteúdo agora que você não está na minha vida, por isso aceito qualquer tipo de aumento que conseguir."

Quem já teve notícias do livro sabe que há uma virada na trama – e foi por essa virada que segurei a leitura até o fim. Queria muito saber como essa história sórdida de vingança acabaria. Foi aí que pequei. Minha amiga Rízia bem que avisou que seria mais um thriller psicológico que de ação. Para altas expectativas há o risco de decepção. Não foi propriamente o que aconteceu, mas esperei mais dessa vingança. Foi genial? Sem dúvida, pelo efeito causado. A questão é que senti que todo o sofrimento de Sally e sua derrocada moral foram lentamente progressivos, mas a finalização foi rápida. O que nem de longe tirou o brilho da obra, acho que a autora foi esperta em não esmiuçar toda a elaboração da vingança, porque o texto contempla muito mais a decadência diária de Sally, que enlouquece de maneira gritante. O desfecho caminha apressado, embaçado nos detalhes, mas potencialmente agressivo e, para quem aprecia uma boa vingança, saboroso.

Fiquei como espectadora de um filme dramático, viciante, mas com certo distanciamento. Vi o sofrimento de Sally sem me sensibilizar como prefiro: colocando-me sob sua pele, absorvendo sua dor. Não julguei suas atitudes, apenas acompanhei seu processo de vingança tóxica, retroalimentada por sentimentos de baixa autoestima.

"Se eu nunca tivesse tido você, nunca teria conhecido os sentimentos que eu era capaz de ter. Isso soa como um clichê, mas acredito que para realmente conhecer o que é o amor, mesmo a paródia mais grotesca de amor que o nosso caso se tornou, é preciso primeiro conhecer o fim do amor. O amor, como a felicidade, é um sentimento que só pode ser experimentado por completo em retrospecto."

É um livro que balança o leitor, levanta o véu que recobre as sombras das nossas potenciais insanidades adormecidas. Contrapõe forças: a paixão arrebatadora e cega convertida em mágoa destrutiva (que desagua em ódio), nos esconderijos de nossa alma. Mostra o quanto uma energia represada e mal conduzida age como uma bomba, que pode até destruir o alvo, mas também espalha estilhaços ao redor.

(*) Do site: http://www.psiqweb.med.br


Resenha publicada no blog Ler para Divertir:
http://www.lerparadivertir.com/2014/11/a-vinganca-da-amante-tamar-cohen.html
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Leila Lizandra 29/08/2016

Angustiante
“Existe algum universo paralelo em algum lugar povoado inteiramente pelas pessoas que imaginamos conhecer por dentro e por fora – até que de repente, elas se transformam em pessoas inteiramente diferentes? Um lugar para as pessoas que eram antes que suas personalidades fossem abduzidas e os alienígenas tomassem conta do corpo delas?” (Página 74)

Amei ler A Vingança da Amante . Foi um livro que comprei por que o título me deixou curiosa e a capa também me chamou a atenção. Me surpreendeu de todas as formas. Adorei o modo como Tamar Cohen escreveu, as personagens são tão reais, que você poderia estar lendo a história de uma amiga/vizinha/prima, sei lá. Quase pude sentir a angústia de Sally. Sabe quando você aposta tudo em uma relação e de repente vê tudo desintegrando? Sabe quando você acha o amor de vocês perfeito e de repente começa a perceber que se iludiu o tempo todo? Sabe quando você acredita que é especial pra ele e que tudo o que diz, faz, pensa é pra você e descobre que é só mais uma? Pois é, Sally acreditava que Clive era seu, esquecendo-se de que ele tinha uma esposa e filhos. Quando ele põe um fim na relação extraconjugal na esperança de salvar o casamento, foi demais para ela que não conseguiu aceitar o fim. Em meio a seu desespero se viu perder tudo, o amante, o marido, o emprego, os filhos, a vontade de viver. Senti vontade muitas vezes de dar na cara de Sally e, algumas vezes, de abraçar. Odiei Clive com todas as minhas energias. E o mais estranho é a sensação de que você conhece Clive muito bem, porque já encontrou muitos dele por ai. Mas quem come a carne, acaba tendo que roer o osso e para Clive, não poderá ser tão fácil largar Sally e viver como se nada tivesse acontecido. Dei quatro estrelinhas merecidas pra esse livro.

“Você costumava dizer que éramos as duas metades da laranja. Agora fico pensando se não éramos só o bagaço” (Página 37)

Eis um breve resumo:

Sally e Clive viviam uma grande paixão proibida. Por cinco anos, Sally orquestrou sua rotina de jornalista freelancer e mãe de dois filhos para conciliar suas obrigações com os encontros tórridos e casuais com Clive. Daniel, seu marido, nunca desconfiou que a mulher tivesse um caso com um amigo da família. Um dia, sem mais nem menos, o amante resolve pôr um fim ao relacionamento extraconjugal na tentativa de salvar o casamento de mais de vinte anos, mas Sally não aceita o término. Ela fica obcecada pelo amante e não tem ideia de que essa obsessão pode levá-la a um caminho sem volta. A vingança da amante expõe os efeitos colaterais de um caso amoroso de forma perturbadora.


site: https://deliciadeleitura.wordpress.com/
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Mandy 24/12/2020

para refletir...
Eu nunca tinha lido um livro com esse tema e confesso que eu achei que ia gostar no meio a estava odiando mas no fim eu entendi que e aquela história que da pra tirar bastante coisas para refletir então vale a pena. Nunca senti tanto asco de uma personagem. A Selly é uma pessoa pequena, muito egoísta, mesquinha que deixa sua própria família de lado para stalkear e perseguir a família do babaca do clive. A narrativa é bem arrastada mas flui legal e o final, pelo menos pra mim deixou muito a desejar mas com todos esses porem ainda indico essa leitura. faz vc refletir e dar valor para o que vc tem antes que vc perca.
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Rosangela 01/02/2018

Sally
O livro conta a história de sally e sua forma de lidar com seu status de ex-amante de um home famoso e rico.
sally é uma pessoa de temperamento 100% melancólico, ou seja ela não se enxerga do jeito que realmente é, extremamente egoísta, iludida, cheia de autopiedade e incapaz de assumir seus erros, tudo é culpa dos outros, patética, melodramática, recalcada, invejosa, injusta até o ultimo fio de cabelo, sem vergonha, mesquinha, fica feliz com a desgraça alheia em resumo um lixo de pessoa. Eu entendo que ela está deprimida, mas mesmo assim não consegui sentir pena alguma dela.

O final deixou muito a desejar em termos de punição pras atitudes dela que expressou seu temperamento cheio de falta de consideração até o fim com palavras mau disfarçadas de contentamento com a desgraça alheia, falsiane até na hora de escrever seu proprio diário privado
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Anna Christina 29/09/2014

Traição
Muitas mulheres - talvez a maioria delas - é capaz de falar longamente sobre o quanto é horrível ser traída. Mas, quando se pensa em traição, pensa-se logo na esposa indefesa, sozinha em casa enquanto seu marido é levado para a rua por uma ardilosa destruidora de lares. E esta destruidora de lares carrega quase toda a culpa pelos votos rompidos, pelos casamentos destroçados, pelas vidas subitamente amarguradas que ficaram pelo caminho.

Que as mulheres traídas não esperem encontrar consolo neste "A vingança da amante". A amante, aqui, destrói, antes que tudo, sua própria vida. Ela própria uma presa, quando se vê abandonada e órfã das promessas de seu amante, seu mundo desmorona: sua autoestima, sua família (marido, dois filhos mais jovens que os filhos do amante), sua sanidade mental. Mais do que uma vingança, ela deseja um acerto de contas.

Escrito em tom de diário/correspondência (dirigida ao amante, Clive), Sally destrincha o relacionamento do casal desde o começo: as dúvidas, o temor, as promessas, a alegria infinita em se sentir amada por um homem disposto a largar tudo (mulher, filhos, reputação) e ficar com ela até o doloroso, inesperado e inexplicável rompimento.

De fato, algumas pessoas serão incapazes de entender os motivos de Sally, simplesmente por ela ser a amante. Desarmem-se de certezas e moralidades: Sally é apenas humana. Apaixonou-se por alguém que se dizia apaixonado por ela. Acreditou que este amor fosse tão forte que tudo o mais pudesse ser resolvido assim que finalmente estivessem juntos e tentou, de todas as formas, cobrar de Clive apenas o que ela julgava lhe pertencer, pois assim fora prometido. E, sim, ela enlouquece no meio do caminho, perde-se na sua própria dor e isso não faz dela uma pessoa melhor.

É um livro instrutivo em questões de relacionamentos, mas só será aproveitado por quem se dispuser a deixar de lado o medo de ser a esposa traída e assumir o fato de quem trai, sempre, é o parceiro, e nunca o outro / a outra.

"Disse que dava para perceber como meu sofrimento era profundo e que ela e eu tínhamos muito em comum, apesar de estarmos como ela colocou, 'em posições opostas no continuum da infidelidade'".

Uma história que vale a pena ser lida, que mostra que somos, em algum momento, todos nós, vítimas de deslealdade.

Finalmente, eu discordo do subtitulo "Nunca se envolva com alguém que tem menos a perder que você". Sally tinha tudo a perder, e perdeu. A diferença entre ela e Clive é que, para ela, promessas são reais e ela estava disposta a cumprir com as suas.
Manuella_3 02/10/2014minha estante
Oi, Anna, bela resenha e excelente argumentação. Estou esperando o livro para ler e resenhar e sua resenha foi decisiva na escolha do livro.
Mal posso esperar para me colocar sob a pele de uma amante traída, sentir sua dor e descobrir como tudo isso acabará.
Beijo!


Anna Christina 02/10/2014minha estante
Que legal, Manuella :) Espero que você goste do livro - eu gostei muito. Beijo


Paula 08/12/2014minha estante
Olá, Anna Christina, tudo bem? Acabei de ler o livro e digo que a sua resenha foi primordial na escolha dele. #Spoiler# Só não entendi direito o final... como ele terminou preso? Pode me ajudar? rsrs




Lucas 20/01/2015

Saaaly, deixe de ser bobinha!
É um livro interessante de se ler. Para começar ele já nos chama a atenção com a sua frase - Nunca se envolva com alguém que tem menos a perder que você. E chamou mais a minha intenção ao comentário da The BookSeller comparando o romance como uma espécie de Atração Fatal - um filme excelente que traz Glenn Close como uma amante obsessiva e que rendeu até uma indicação ao oscar como melhor atriz. E quando mencionamos Atração Fatal é impossível de esquecer a cena do coelho.
Sally I. é uma mulher que todos sentem pena ao seu comportamento depressivo e sem rumo após o fim do relacionamento de 5 anos com Clive G.. Susan sente pena, Clive sente pena, Daniel sente pena, Helen sente pena, eu sinto pena dela o tempo inteiro no livro.

O que mais impressiona nesse livro são os comentários e as comparações irônicas criada pela autora. E a forma como um fim de um relacionamento pode realmente afetar e dar esperanças a vida de uma pessoa. Nada surreal.

Já que estamos nas ondas de adaptações, se esse livro virar filme, acho que a atriz mais indicada deveria ser a Rosamund Pike, pois após viver uma das maiores personagens da literatura contemporânea, Amy Exemplar\ Amy Elliott. O drama que ela transmite na primeira parte do filme de David Fincher, Garota Exemplar (Gone Girl) seria perfeito. A coitada Sally que tem medo de desaparecer, que tem uma esperança em seu coração de que tudo voltará ao normal junto com o casamento como um bônus generoso.
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dany 01/12/2022

No início é uma leitura difícil, difícil ao ponto de querer desistir, mas com o passar das páginas você vai querendo saber onde essa história vai chegar, no que vai dar e como vai se resolver. Sally é uma mulher que se perdeu no meio do caminho devido a uma paixão por um homem casado, é nitidamente visível sua obsessão por Clive e o quanto isso a afeta de maneiras horríveis em sua vida. É um livro cheio de problemas psicológicos, confiança, fraquezas e perseguição. A cada página você se pega mais surpresa com o quanto ela se deixa de escanteio e até mesmo sua família para priorizar Clive. Sinceramente você passa raiva várias vezes, mas foi uma ótima história para conhecer e saber o que estava passando na cabeça de uma mulher depressiva e vários outros problemas.
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Paula Gorgatte 08/12/2016

Sem orrrrrrrrr
Qual o limite de perturbação que um livro pode provocar em seu leitor? Eu preciso saber para impor alguns critérios de leitura pra mim, porque honestamente esse livro me deixou num estado de nervos próximo ao doente.

Não porque ele seja apaixonadamente irresistível, ou mesmo por ser incrivelmente doce ao ponto de me fazer apaixonar e sim por ser tão destrutivo e toxico que te faz desejar que ele não existisse. O livro é uma imensa confusão de fatos, bem estruturados com conteúdo muito contraditório que desperta tantos sentimentos que nem sei por onde começar.

Bem, é importante saberem que ele é um diário. Certo, podem pensar ué, todo livro escrito em primeira pessoa (ponto de vista) é uma espécie de diário. Mas não, lá nós lemos os pensamentos em tempo real, enquanto que aqui estamos lendo o diário físico mesmo. Aquele em que a pessoa descreve seu dia, depois dele ter acontecido, derramando suas memórias.

Em a Vingança da Amante mergulhamos nas memórias de Sally, que ao logo das páginas descreve as nuances de seu romance extra conjugal com Clive. Como foi desajeitado o primeiro encontro, as diversas escapadas e enfim o final trágico. Mas o mais marcante são as consequências, pós termino.

Sally não se conforma com o fim, e por isso entra num espiral de sofrimento, numa depressão severa que chega a incapacita-la.

Sally é uma jornalista freelancer em meados dos 40 anos que teve um caso amoroso com um homem também casado. No inicio da leitura já conseguimos perceber o quanto ela está deprimida, mas com a evolução de seu relato a coisa vai ficando mais descontrolada e a perturbação é evidente. Sally chega a ficar desconectada da própria vida, espantoso, horroroso e muito angustiante ver sua derrocada.

Já Clive é um FILHO DA PUTA (isso mesmo em letras maiúsculas). Consigo entender todos os motivos que fizeram Sally pirar, ele prometeu amor eterno, jurou que a amava mais do que tudo, prometeu uma vida perfeita e cheia de felicidade, jurou que iria largar tudo pra ficar com ela e que ela seria a cinderela dos contos de fadas. Obvio que ele não cumpriu com nada e de um dia para o outro terminou tudo e ainda passou a ameaça-la. Que ódio desse homem.

Sei que Sally também teve culpa e tal, mas sejamos justos ela pagou caro por sua infidelidade. Sofreu, perdeu tudo, e foi bom ler o final, posso descrever que foi algo para me deixar mais leve, porém não satisfeita.

Não posso deixar de falar de Daniel, marido de Sally, ora que homem mais passivo diante de tudo, é até estranho falar sobre isso uma vez que ele “era uma vítima” porém o homem era muito encostado e acomodado com tudo, sempre passivo mesmo diante dos piores cenários. Affff fiquei com ódio.

O final foi uma decepção. Isso mesmo, me decepcionei. Achei muito rápido, muito superficial e não explicou quase nada. Precisei ler duas vezes para entender as entrelinhas. Mas agora depois de um tempo que terminei a leitura consigo entender melhor esse final. Mantive em mente que estava lendo um diário, então: rápido porque Sally já não precisava mais desabafar escrevendo em seu diário. Superficial porque não havia mais necessidade de aprofundar, os fatos falam por si só. E por fim a falta de explicação, que agora me parecem geniais, vez que abrem um leque para milhões de alternativas, assim que eu espero que seja o futuro de Sally.

As poucas palavras do final me deixaram sem palavras, não esperava esse desfecho, até porque gostaria que tivesse feito jus ao título do livro.

Tenho que derramar meus elogios a Autora que conseguiu transmitir todas as emoções possíveis, os personagens são tão reais que parece que conheço todos eles e a qualquer momento irei cruzar com algum na rua ou em qualquer outro lugar e poder perguntar
. – Eae Sally, como você está?
- Nossa Daniel, você me surpreendeu.... ou mesmo
– Clive seu FDP, odeio você. (eu falaria isso mesmo, pode acreditar....rs.)

O mais incrível é que, como estava lendo o diário de Sally, conforme sua perturbação ia ficando mais severa, a escrita ia ficando por vezes até desconexa e sem sentido, refletindo a mente doente da protagonista. Genial.

Agora eu precisava muito saber o ponto de vista de Clive, a Autora poderia ter escrito um bônus, sei lá, porque minha curiosidade está atingindo níveis épicos só de imaginar os porquessssss.

Se Recomendo??? SIMMMMMMMM
Fran 08/12/2016minha estante
gentemmm! PRECISO!!!


Lizandra.Souza 08/12/2016minha estante
Vou marcar pra ler,so por causa da sua resenha


Paula Gorgatte 09/12/2016minha estante
Fran e Lizandra.
meninas é perturbador, mas um grande aviso das consequencias da infidelidade. Se vcs lerem por favor me digam o que acharam. bjs


Lizandra.Souza 09/12/2016minha estante
Pode deixar




Larissa Guedes 07/11/2018

A vingança da amante
Confesso que tentei ler este livro uma vez e não fluiu. Porem, decidi da uma nova chance. Nunca havia lido um livro em primeira pessoa, a leitura demorou muito a fluir e foi bem arrastada. A historia é sobre Sally e Clive que eram amantes porem Clive decide dar uma nova chance ao seu casamento. Sally por sua vez não aceita esta separação. Acredito que a historia tenha um final que dividi muitas opiniões pelo que pude analisar nas resenhas e criticas. Não achei a historia maravilhosa, mas não quer dizer que é uma historia ruim. O livro é bom, recomendo sim.
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Eliane 02/08/2019

Como lidar com a dor de uma desilusão amorosa? O que faremos de nós (e do outro) depois de um fim? Como reunir os pedacinhos do coração e seguir em frente?
Embora a narrativa seja toda em formato de diário, em nada é cansativa. Pelo contrário: Sally despeja nas páginas toda sua amargura e sarcasmo cáustico. A expectativa do próximo passo é realçada a cada nova investida de Sally: aproxima-se da família do ex, sente-se a “melhor amiga” de Susan e de Emily, a filha grávida.
Através das revelações e lembranças de Sally, começamos pouco a pouco a entender sua complicada relação com Clive. As recordações sobre o primeiro encontro, e o doloroso término, vão dando espaço para um comportamento mais ousado, como marcar um encontro com a esposa do ex, adicionar seus filhos no facebook, e até mesmo espionar a casa dele. As reclamações sobre seu companheiro e pai de seus filhos, Daniel, são freqüentes. Daniel é um bom marido, mas carrega o rótulo de ser “um fraco” por sua passividade diante da incapacidade financeira de manter a família. Tem uma generosidade bonita, própria das boas almas. Os filhos, vítimas de uma mãe doente, são largados. O pequeno Jamie já nem pede mais atenção e a adolescente Tilly lança à mãe desnaturada dardos de revolta e indignação. Sally percebe o caos que gerou, mas permanece impassível e recolhida, concentrada apenas em sua obsessão. Ela negligencia a própria família, abandona os filhos mesmo estando dentro de casa o tempo todo. Vive entorpecida sob o efeito de zopiclone, citalopram e outras drogas que anestesiam os sentidos.
A narrativa é intensa, recheada de trechos inteligentes temperados com uma ironia perversa. Tamar Cohen disseca todos os personagens com muita habilidade, expondo dores e fraquezas, enquanto a narradora-personagem confidencia sentimentos e pensamentos duvidosos. Sally, egocêntrica e obstinada, tranforma-se numa mulher desequilibrada, progressivamente paranóica, envenenada por um autodesprezo deprimente. O sentimento de rejeição gera uma angústia inquietante, levando-a a usar doses cada vez maiores de antidepressivos, perdendo o controle sobre a própria vida, abandonando os cuidados com a casa, os filhos e o próprio corpo. O vazio afetivo é extremo e a perceptível despersonalização gera incapacidade para sentir emoções.
É um livro que balança o leitor, levanta o véu que recobre as sombras das nossas potenciais insanidades adormecidas. Contrapõe forças: a paixão arrebatadora e cega convertida em mágoa destrutiva que deságua em ódio. Mostra o quanto uma energia represada e mal conduzida age como uma bomba, que pode até destruir o alvo, mas também espalha estilhaços ao redor.

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