Por que a Psicanálise?

Por que a Psicanálise? Elisabeth Roudinesco




Resenhas - Por que a Psicanálise?


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diennifercb 31/03/2023

Simples, porém informativo
Nesse livro, a autora faz uma ?retrospectiva? sobre a história da psicanálise, e como ela se consagrou/popularizou com o passar do tempo, quais foram os impasses enfrentados, e quem foram os seus ?aliados?. O livro também traz algumas reflexões sobre a nossa sociedade, a partir do viés psicanalítico. Já nos primeiros capítulos, ela faz uma ótima crítica e reflexão sobre a sociedade depressiva, faz uma crítica ao imediatismo na psicologia, mas também à hipermedicalização da população. Fico pensando que esse livro é de 1999/2000, e mais de 20 anos depois, as críticas dela se sucedem, e ainda mais do que na época em que ela escreveu esse livro, se me arrisco dizer. A Elisabeth tem um tom bem crítico em sua obra, tem opiniões bem incisivas, e o livro fica um pouco denso do meio até perto do final, mas nada que me atrapalhasse. É uma ótima leitura, tem uma escrita bem fácil de entender, e é um bom lugar para começar os estudos sobre a psicanálise.
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Dayvid Simplicio 27/05/2018

Psicanalista e historiadora francesa, Elisabeth Roudinesco é autora de diversas obras sobre a psicanálise, como o Dicionário de Psicanálise (1998), Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo (2016) e Manifesto pela psicanálise (2015). É professora da Universidade de Paris VII e suas obras são editadas em mais de trinta idiomas.
Em seu livro Por que a psicanálise? Roudinesco dialoga de forma abrangente sobre vários aspectos que envolvem as teorias psicanalíticas, como sua história, seus métodos, o fundador (Sigmund Freud), os continuadores e os desdobramentos para o futuro. A obra é dividida em três partes, que são: A sociedade depressiva, A grande querela do inconsciente e O futuro da psicanálise. Cada parte é dividida em breves capítulos.
Na primeira parte, A sociedade depressiva, a autora analisa o aspecto humano que envolve a psicanálise, isto é, as demandas do homem em sua época (1999), que encontram solução (ou diálogo) na psicanálise. Alguns desses aspectos são: o conceito de sujeito; um diálogo sobre a depressão, que na época já era prevista como “epidemia psíquica”; o uso de medicamentos para tratamentos de sintomas psíquicos; e uma breve abordagem antropológica do comportamento humano. Baseada em teorias como a filosofia, a psicologia, a medicina e a antropologia, Roudinesco apresenta a psicanálise como método sintético de todas essas abordagens, uma vez que sua prática considera o homem em todos esses aspectos.
No segundo capítulo, A grande querela do inconsciente, Roudinesco descreve sucintamente, de forma clara e objetiva, os caminhos teóricos que levaram Freud a descobrir o método de investigação do inconsciente. Para isso, apresenta o conceito de sujeito para a psicanálise, tão importante para o entendimento do inconsciente, pois o sujeito aqui é o ser dividido entre a liberdade e os condicionamentos inconscientes que o determinam. Ainda nesse capítulo ela traz uma discussão histórica e comparativa a respeito de como a psicanálise se desenvolveu na América e na França, considerando as divergências e os encontros entre seus teóricos no século XX. Para isso, ela recorda estudiosos que se destacaram nos estudos psicanalíticos, como Jacques Lacan, Melaine Klein e Ana Freud (filha de Sigmund Freud).
Na última parte, intitulada O futuro da psicanálise, a autora se refere com firmeza à psicanálise como ciência a analisa como ela tem se desenvolvido desde a segunda metade do século XX, como também projeta com muita propriedade quais são as perspectivas futuras dessa ciência. Para isso, observa como tem sido buscada e considerada a psicanálise, desde os seus estudiosos até os clientes que a procuram. Volta a abordar algumas teorias freudianas, e faz um comparativo com as abordagens modernas, principalmente com as de Lacan. A respeito deste, ela chega a referir-se a ele como o “maior teórico do freudismo da segunda metade do século XX”, o que põe em descrédito qualquer tendência que venha a dissociar a teoria lacaniana dos princípios fundantes de Freud. Ainda comenta sobre como a psicanálise tem sido recebida nas diferentes culturas e situações políticas. A exemplo disso, deixa claro que ela não foi bem-vinda nos regimes totalitários como o nazismo e o comunismo, ao passo que não encontrou impedimentos de continuar nas ditaduras latino-americanas, e sobre esse aspecto, ela exemplifica com o caso do Brasil e da Argentina. Por fim, ela descreve várias associações psicanalíticas que estão presentes do mundo, como a IPA, a primeira associação fundada por Freud.
Com uma linguagem clara e simples, Elisabeth Roudinesco consegue, com seu livro, nos provocar inúmeras reflexões a respeito de como deve ser considerada a psicanálise. A julgar pelo título, ela consegue responder a várias questões. E aqui o que percebemos de mais surpreendente é o caráter clássico de seu texto, porque foi escrito há quase vinte anos, e no que se refere às suas previsões para a teoria freudiana (que são muitas), ela descreve com muita propriedade os desdobramentos que temos visto em relação à teoria e à prática psicanalítica. Ou seja, a obra consegue ser atual e dialogar com o homem contemporâneo e com a psicanálise praticada hoje.
Além disso, é uma provocação pungente para as associações de psicanálise espalhadas pelo mundo, em relação à sua práxis, pois ajuda a quebrar preconceitos e dogmatismos ainda presentes em muitas abordagens, como por exemplo o privilégio que se dá às teorias de Freud, em detrimento dos avanços que a psicanálise tem conquistado com os estudos mais recentes.
É obra fundamental para a formação de psicanalistas, pois apresenta aspectos que nos são muito particulares. Mas também é direcionada aos interessados nos diversos estudos da psique humana, como psiquiatras e psicólogos. Ademais, é uma leitura acessível, portanto, recomendada a qualquer pessoa curiosa nos assuntos que envolvem as práticas e os estudos psicanalíticos.
Maria.Odete 25/03/2020minha estante
Obrigada !




Frederico.Sampaio 26/03/2021

Para quem gosta de psicanálise, Roudinesco propõe um estudo e rebate críticas e dinâmicas que visam deslegitimar a psicanálise em sua função de tratamento. Dividido em três partes, o livro reflete sobre os impactos da indústria farmacêutica e da farmacologia no tratamento de psicopatologias, embates entre a comunidade científica e dos outros ramos metodológicos dentro da psicologia, além dos embates dentro da própria comunidade psicanalítica. Quando Roudinesco pergunta Por Que A Psicanálise? é um convite ao estudioso da área a ressignificar o conceito disciplinar e metodológico que abarca a psicanálise atual, visando fomentar discussões pertinentes acerca do tema.
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Luíza.Pedroso 02/08/2021

Um livro imprescindível pra quem está iniciando os estudos em Psicanálise e para aqueles que precisam relembrar o porquê essa teoria faz sentido. Roudinesco tem uma forma rebuscada de transmitir o conhecimento e entrega o que promete. Um livro pequeno, mas com uma importância gigantesca frente as adversidades que rondam a Psicanálise. Foi um percurso bonito.
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Caroline1432 25/01/2023

É um livro com muitas reflexões, alguns momentos achei um pouco cansativo, mas a linguagem é clara e objetiva. Como uma estudante de psicanálise me agregou bastante.
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Evelyn301 13/02/2021

Necessário
Ótimo livro, diria até necessário para se esclarecer inúmeros esteriótipos sobre a psicanálise a até sobre o contexto profissional relacionado com a saúde mental e as neurociências. Não é um livro tão fácil, mesmo relativamente pequeno, leva um tempo pra assimilar todas as informações pra quem está começando agora a estudar psicanálise.
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Manu 02/06/2021

Opiniões fortes!
Esse livro traz diversas reflexões a respeito de medicalização e psicoterapias (principalmente a psicanálise) e é sensacional. Tem críticas duras e incisivas, talvez a leitura fique um pouco pesada.
Porém, super recomendo!
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04/03/2023

A necessidade da Psicanálise no nosso tempo.
A autora busca representar como o mundo contemporâneo, no seu projeto de produzir ciência, acaba excluindo as dimensões subjetivas e históricas do indivíduo. Principalmente, numa perspectiva biologizante que reduz o tratamento do sofrimento humano a soluções químicas e medicamentosas ignorando nossa singularidade. Assim, nesse contexto, ela reforça a relevância e necessidade da Psicanálise.
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DaniM 04/01/2018

Num mundo em que todos querem respostas rápidas e fugazes pra todas as questões, porque buscaríamos a origem de nossas neuroses na psicanálise, se podemos tomar uma pílula que nos possibilitará viver em sociedade sem sermos presos/amarrados em camisas de força? Esse livro tenta responder essa pergunta.
“Entre o medo da desordem e a valorização de uma competitividade baseada unicamente no sucesso material, muitos são os sujeitos que preferem entregar-se voluntariamente a substâncias químicas a falar de seus sofrimentos íntimos. O poder dos remédios do espírito, portanto, é o sintoma de uma modernidade que tende a abolir no homem não apenas o desejo de liberdade, mas também a própria idéia de enfrentar a prova dele. “O silêncio passa então a ser preferível à linguagem, fonte de angústia e vergonha”


site: https://www.instagram.com/danimansur/
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