Noites do Sertão

Noites do Sertão João Guimarães Rosa




Resenhas - Noites do Sertão


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DIRCE 21/05/2012

Que Noites do Sertão que nada.
Que o Ricardo Rocha não me "ouça", mas o melhor de Guimarães Rosa, para mim, até o momento, sem dúvida, está nas páginas de Grande Sertão: Veredas,um livro no qual G. Rosa se desdobra em múltiplos: sociólogo, psicólogo, antropólogo, filósofo, contador de história e poeta. São tantas as frases apaixonantes que, quem tem o hábito de grifar frases , provavelmente, assim como eu, desistirá desse intento logo no inicio do livro, pois, caso contrario, deixará o livro todo grifado ou acabará por reescrevê-lo.
Mas, vou deixar Grande Sertão: Veredas de lado, e tentarei me focar em Noites do Sertão.
Indicado pelo Ricardo( homônimo do Rocha),há alguns meses,o título( é ...realmente tenho fetiche por títulos) me chamou a atenção: Noites do Sertão. Mesmo sem ter lido o livro, fui remetida a minha infância, quando passava as férias escolares no sítio da minha avó ( na verdade, da minha bisavó) e, à noite, reuníamos ( eu, meu irmão e minhas primas) ao redor do fogão de lenha à luz do lampião, ouvíamos dos contadores de histórias ( homens que auxiliavam a bisa na lida) histórias de lobisomem, Saci- Pererê , mula sem cabeça e de outras lendas que nos deixavam arrepiados. Embora, longe de ser o sertão, para mim - uma urbanóide- o pequeno sítio da minha avó se apresentava como tal.
Não foi com assombro que encontrei em Noites do Sertão, o G. Rosa contador de histórias, mas como G. Rosa não foi um mero contador de história, pois ele era dotado de um dom: o de ler a alma humana, as histórias contadas nas duas novelas que fazem parte do livro: Dão Lalalão ( O devente) e Buriti não poderiam se restringir as lendas do nosso folclore.
Entretanto, embora G. Rosa tenha sido um singular contador de histórias, acredito que em Noites do Sertão ele contou com a ajuda de um deus bem arteiro: Eros, haja vista que ambas as novelas (principalmente Buriti) são impregnadas de erotismo.
Em Dão Lalalão são desvendadas as angustias de Saropita , quando rumo à sua casa , se encontra com um antigo companheiro ( Dalberto) , e por ser ele, Saropita , casado com Doralda – ex mulher dama – é tomado pelos temores da traição e de que o passado de Doralda seja revelado.
Em Buriti, acredito que Eros quis tirar do marasmo a "redondinha" estância do Buruti Bom, e , para conseguir seu intento, arremessou uma seta que carregava a bela e jovem Lalinha.
Lalinha foi abandonada pelo seu marido Irvino, filho de Liodoro - o patriarca e proprietário de Buriti Bom .
Atendendo ao pedido do ex - sogro, Lalinha deixa a cidade e o acompanha a Buriti Bom ( mulher separada vivendo só na década de 50? Inadmissível), e, no decorrer da narrativa, presenciei o desenrolar de jogos de sedução.
Mas não foram só Maria da Glória e Liodoro que caíram nas artimanhas da sedução: esta leitora – uma entusiasta urbanóide – que, há muito, deixou de ver atrativos no mato se viu completamente fascinada com a atmosfera silenciosa e ruidosa do sertão.
Dão Lalalão e Buriti não são histórias de contos de fadas, mas G. Rosa achou por bem dar um final feliz a elas.
Pelos motivos ,por mim, expostos no 1ºparágrafo deste comentário,eu , um tanto quanto envergonhada , fico devendo 1 estrelinha a G. Rosa.
Gininha 21/05/2012minha estante
Eis aí uma resenha escrita por quem SABE LER um livro. Porque não se trata de conhecer o idioma em que o livro foi impresso. Nem vou dizer do que se trata, pois skoobianos que se prezam bem sabem ao que me refiro. Minha querida amiga Dirce tem a prosa certa de uma escritora, mais que de uma 'resenhadora', embora sua resenha tenha me agradado por demais. Em poucas palavras ela pulou para um passado - dela e o de Guimarães Rosa - e, nesse pulo, me fez transportar a meu próprio passado, não num sertão, nem em um sítio de 'bisavó', mas na urbe mesmo, em casa de meu pai, a ouvir-lhe histórias incríveis como, penso (porque não o livro ora comentado) Guimarães Rosa e 'os contadores de histórias da casa da bisa de Dirce' contavam. PARABÉNS.


DIRCE 24/05/2012minha estante
Querida Gininha,

Estou pensando, há dias, no que dizer em resposta a esse elogio, minha amiga, mas não encontro palavras: primeiro porque, sem falsa modéstia, não me julgo merecedora de tamanho elogio, e segundo porque tenho uma dificuldade enorme em receber elogios, mas penso que somente duas palavrinhas caberia como resposta: Muito obrigada.
bjs


Ricardo Rocha 30/07/2014minha estante
E de fato durante mais de um ano não te ouvi =) Não digo que desconsidere mas apenas não leve minha resenha tão a sério. Detesto unanimidades. Mas não diria melhor do que vc disse acerca tanto de uma como da outra obra.




Samyta 07/03/2009

Meu preferido!
Minha novela preferida da obra de Guimarães é a primeira deste livro: Dão-lalalão, o devente.
A narrativa te leva pelo serão adentro, as casas de Montes Claros, os cheiros, as sensações, os sentimentos... e Doralda!
Uma história de amor linda e bem temperada, com belíssimas descrições das paisagens e das personagens. Genial, como toda a obra dele.
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Camila_Andrade 07/06/2010

Há possibilidade de dar mais de 5 estrelas? Este livro mereceria a 6ª!

Tudo o que Diadorim e Riobaldo não puderam alcançar, Doralda e Soropita vivem intensamente. São um belo casal, e o amor que há entre eles, ao mesmo tempo, destoa e complementa a paisagem do sertão.
O retrato do ciúme é extremamente bem-feito e, por vezes, parece que o narrador sussurra coisas ao ouvido do Soropita, sugerindo-lhe pensamentos a respeito de sua mulher...

Os personagens de "Buriti" são incrivelmente complexos. Identifiquei-me TERRIVELMENTE com a Lalinha...

Aliás, este livro deixa claro que o que Guimarães já demonstrava em "Grande Sertão": ele é capaz de fazer uma construção justa, realista e profundamente sensível da alma feminina. Sem preconceitos, sem idealizações - as mulheres como são, exatamente.

(É provável que você chore em alguns momentos, então prepare-se.)
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Ricardo Rocha 02/12/2010

Que Grandes sertões que nada.
O melhor de Guimaraes Rosa para mim está nessas duas novelas em que se constitue “Noites do Sertão”. Mais até que o interior humano, a alma, o importante é o reflexo desse interior, sua sombra, em ambientes múltiplos, (a terra). Então nesse palco surgem o homem que se casa com a prostituta e vive feliz até que um dia aparece alguém do passado dela, e se dá o jogo sensual (da segunda novela) dos personagens numa casa de fazenda, aquele casarão de substante limpeza e riqueza, onde o viver parava em modos tão certos.

Trecho

Doralda, sua mulher, nunca pedira para vir junto. O mimo que alegava: - "Separaçãozinha breve, uma ou outra, meu Bem, é a regra de primor: tu cria saudade de mim, nunca tu desgosta..." Desconfiança dela, sem bases. Quisesse o acompanhar, ele fazia prazer. Todos no Andrequicé a obsequiavam, mostravam-lhe muito apreço, falavam antenome: "Dona Do-
ralda". Doralda era formoso, bom apelativo. Uma criancice ela caprichar: - "Bem, por que tu não me trata igual minha mãe me chamava, de Dola?" Dizia tudo alegre - aquela voz livre, firme, clara, como por aí só as moças de Curvelo é que têm. 0 outro apelido - Dadã - ela nunca lembrava; e o nome que lhe davam também, quando ele a conheceu, de Sucena, era poesias desmanchadas no passado, um passado que, se a gente auxiliar, até Deus mesmo esquece.
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Neilma 28/05/2015

noites do sertao
conta a historia de um homem que tinha fama de ex-matador, e quando ele estava voltando para sua cidade natal ele se casa com uma mulher do mundo e leva com ele. para mudar de vida ele se torna um fazendeiro, um dia ele ver na cidade amigo de infância e não lhe nega uma moradia, mas fica muito sismado pois ele já tinha conhecido sua esposa antigamente do tempo que ela era prostituta e esse fato acaba sujando o nome dela pela região e seu marido pensa ate em matar o amigo com tanto ciumes mas não faz tal barbaridade pois iria acabar sua fama de fazendeiro, mas fica com uma duvida sera que sua esposa Doralda não teria o nome sujo em muitos lugares
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Ricardo 11/06/2015

Cansativo
O livro é cansativo! As duas narrações que compõem o livro são boas. Não gostei muito da 1ª O Devente a 2ª O Buriti é ótima e salva o livro! Achei que há um exagero em onomatopeias e descrições de lugares sertanejos! Uma miríade de regionalismos que acabam tirando o leitor do foco das histórias e tornam o livro cansativo e um pouco arrastado!
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João 21/11/2018

Histórias das Gerais
Como natural de Montes Claros, é muito bom navegar nessas literaturas sertanejas, com toda essa descrição precisa da natureza, além da manifestação dos regionalismos.
Só achei a segunda novela (Buriti) um pouco arrastada, talvez devido ao número maior de personagens, se comparar com a primeira. (Buriti é o segundo maior conto do João Guimarães Rosa)
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Debora 05/03/2019

No tido, uma obra excelente
Confesso que tive dificuldades no decorrer da leitura do conto (ou romance?) Buriti Bom. Com tantos elementos, a leitura não rendia. Eu não sabia o q era presente, passado ou futuro.
Mas as histórias foram se desenrolando, e se consolidando, uma a uma e o todo da obra é riquíssimo em elementos a se pensar, em relações a serem entendidas, em atitudes e decisões. Super recomendo.
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monique.gerke 01/07/2019

Ambas as estórias tem como fundo os temas de amor, sensualidade/sexualidade, vida-morte..Lão-Dalalão, embora belo, me incomodou com o racismo do personagem principal: Soropita.
E Buriti..sem palavras para Buriti. O personagem principal dessa estória acaba sendo a árvore. Ela está ali: presente, eterna, irremediável. A experiência é quase sensorial, a descrição de cada pedacinho do fazenda.. sua fauna e flora, seu clima e moradores..eu que nunca fui pra Minas Gerais, pro sertão..para Goiás..fiquei com a vontade louca de partir pra lá!! Nesse ponto, a participação do chefe zequiel é primordial. No mais, gostei muito de como foi representado as personagens femininas, por vezes acho que Lalinha poderia ter sido uma personagem da própria Lygia Fagundes Telles hehe.
Por fim, e a muito custo, consigo aos poucos entender esse baile todo que são os três livros com suas sete estórias que formam o ‘corpo de baile’. Com a chave na mão, aos poucos vou achando cada fechadura. Releitura necessária.
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marcelo.batista.1428 14/12/2019

Noites do Sertão
Esse é o terceiro volume de Corpo de Baile e composto por duas novelas: Lão-Dalalão e Buriti.

A primeira é mais curta e foi bem menos interessante do que a segunda. Li como uma luz sobre a sexualidade masculina e suas interfaces com o machismo nosso de cada dia.

Buriti já traz mais personagens e li como uma visão da sexualidade, principalmente a feminina, nos sertões de outrora. Tem a personagem que a guarda comedidamente dentro do seu casamento, tem quem a usa abertamente como fonte de poder, tem quem lhe nega, tem quem se mostra perdida ao descobrir a sua força, e tem quem flerta com ela em todas as formas anteriores.
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Rony 08/12/2020

O quarto livro do Guimarães Rosa q leu, e sem dúvida me apaixono mais pela escrita do altor. O livro é muito BOM, duas novelas. A primeira novela amei, a segunda ótima támb porém o final foi lastimável. Por isso não dei 5 estrelas.

Agora acho q estou preparado para ler a obra prima dele; Grades Sertões: Veredas.2021 promete ???
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Gutierrez.Lellis 26/12/2020

Mesmo com as dificuldades próprias de se ler Rosa, que aventura deliciosa foi ler "Noites do Sertão", com sua mineiridade, sensualidade, religiosidade, misticismo e conhecimento da mente humana.
O título é fantástico: simples, mas já aponta pro conteúdo principal do livro. Gosto da forma como os contos se completam: Dão-Lalalão apresenta a visão masculina da sexualidade e Buriti foca na perspectiva feminina. Ambos se passam no sertão e têm como ápice de suas histórias a noite sensual.
Um detalhe que me chamou muito a atenção foi como o nome das duas irmãs da fazenda do Buriti-Bom já apontam para o aspecto da personalidade das duas. Na semana santa do interior de Minas, há a figura da Behú, vestindo de preto, chorando a paixão de Cristo e cantando um lamento junto à Verônica. No domingo de Páscoa, existe a procissão de Nossa Senhora da Glória, a Virgem alegre e triunfante participando da festa da ressurreição de seu Filho. Vejam como isso já diz tudo sobre o jeito de ser das duas irmãs do conto, Maria Behú e Maria da Glória! Guimarães Rosa é genial!
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Gabriel 28/05/2021

É importante visitar os outros escritos do Rosa. Estou fazendo isso pela primeira vez, e descobrindo um acervo magnífico.
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Fabio Shiva 04/08/2021

ler esse livro foi uma experiência religiosa para mim
Nessa altura de minha tríplice jornada – como leitor, como escritor e como ser humano – retornar ao universo literário de Guimarães Rosa foi uma experiência que só posso chamar de religiosa. Debruçado nessas páginas de leitura tão difícil quanto doce (como a dureza do coco que guarda a água refrescante e a carne nutritiva), agradeci inúmeras vezes a Deus pelo encantamento da Literatura, que tem o poder de nos elevar e nos fazer enxergar acima de nós mesmos. Ler Guimarães Rosa é dar testemunho da grandeza que a alma humana pode alcançar, assim como ter dolorosa consciência de sua própria pequenez – junto com um desejo irresistível de se expandir, de enxergar mais, de abraçar o mundo em seu coração. Essa é a magia da Arte, é a dádiva da Literatura.

“Noites do Sertão” compõe-se de duas novelas ou “poemas”, como as chama Guimarães Rosa. O primeiro poema é “Dão-Lalalão (o devente)”, quase um conto, que me surpreendeu pela intensidade do suspense: li agoniado na expectativa do tenso desfecho. Terminado o primeiro poema, estamos com o espírito azeitado para a leitura de “Buriti”, certamente uma obra-prima da literatura mundial. Fiquei horas refletindo sobre esse texto, que traz tantas possibilidades quanto a própria vida. Como não posso registrar tudo o que pensei nesse exíguo espaço de uma resenha, vou me contentar com algumas pinceladas do próprio autor, começando pelo cenário da fazenda do Buriti Bom, onde acontece a maior parte da história:

“Triste é a água e alegre é. Como o rio continua, Mas o Buriti Bom era um belo poço parado. Ali nada podia acontecer, a não ser a lenda.”

Três personagens femininas muito marcantes vivem nessa fazenda, começando por Lalinha:
“Dona Lalinha, tem mulheres de lindeza assim, a gente sente a precisão de tomar um gole de bebida, antes de olhar outra vez.”

O contraponto de Lalinha é a feia e doentia Maria Behu:
“Ajoelhada no meio do quarto, Maria Behu rezava. O terço serpenteava preto entre suas mãos, e, à sétima ave-maria de cada mistério, ela beijava o chão, por orgulho de humildade.”

Ponto de conexão entre os dois polos é Glorinha:
“Maria da Glória é inocente, de uma inocência forte, herdada, que a vida ainda irá desmanchar e depois refazer.”

Glorinha encanta e se encanta por Miguel, que é descrito de forma igualmente vívida:
“Trabalhava atento, com afinco. Somente assim podia enfeixar suas forças no movimento pequeno do mundo. Como se estivesse comprando, aos poucos, o direito a uma definitiva alegria, por vir, e que ele carecia de não saber qual iria ser.”

Cometo a injustiça de não falar de outros personagens marcantes como Iô Liodório, Nhô Gualberto, Dona-Dona, para citar a curiosa figura do Chefe, que vive no moinho da fazenda e não consegue dormir à noite, apavorado à espera de algum perigo anunciado pelos ruídos noturnos:
“O pior, é que todo dia tem sua noite, todo dia. (...) A noite é cheia de imundícies.”

A grandeza da Literatura de Guimarães Rosa é expressar em linguagem poderosa e bela algo que reverbera como cristalina verdade no âmago de nosso ser. Comparo sua prosa à poesia de Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade, que sabiam falar com muita beleza das verdades da alma. Como por exemplo:
“Deus podia ter botado os cegos no mundo, para vigiarem os que enxergavam. Esses cegos, como os brabos arruaceiros: os valentões, que eram mandados permitido como castigo de todos, para destruir o sensível do bom sossego.”

Quando li esse trecho, senti um consolo para as indignações diárias que temos vivenciado em nosso Brasil governado por valentões. E para deixar claro que não era viagem minha enxergar uma sabedoria atualíssima nesse texto, eis que me deparo com essa genial explicação para o negacionismo da vacina (só que na história estavam falando de vacinar o gado, e não seres supostamente racionais):
“Antes, desconfiavam da aparelhagem, do mecanismo das vacinas, quase uma forma de pecado; queriam o que fosse uma benzedura, com virtude de raminho verde de planta e mágicas palavras no encoberto – queriam atalhos.”

Destaco ainda duas citações luminosas, em referência à tão comentada invenção de neologismos praticada por Guimarães Rosa. Note-se que as palavras inventadas (“tãomente” e “vãidade”) não estão ali por capricho, mas por altíssima exigência estética:
“O amor exigia mulheres e homens ávidos tãomente da essência do presente, donos de um perfeição espessa, o espírito que compreendesse o corpo.”

“Numa criatura humana, quase sempre há tão pouca coisa. Tanto se desperdiçam, incompletos, bulhentos, na vãidade de viver.”

Encerro com muita gratidão e reverência, compartilhando mais algumas preciosas pérolas de João:

“Um bom amigo vale mais que uma boa carabina.”

“Quem manda e paga, é que guarda ou que estraga...”

“Mulher só fica velha é da cintura para cima...”

“A farinha tem seu dia de feijão.”

“Amor é coragens. E amor é sede depois de se ter bem bebido...”

“Querer-bem não tem beiradas...”

“Quem souber o que é a sorte, sabe o que é Deus, sabe o que é tudo.”

“A vida remexe muito. A felicidade mesma está remudando de eito, e a gente não sabe, cuida que é infelicidade que chegou.”

“Tem um não em todo sim, e as pessoas são muito variadas.”

“Ela era uma pedrinha caindo, à imensa espera de um fundo.”

“Morrer talvez seja voltar para a poesia...”

“Deus nos dá pessoas e coisas, para aprendermos a alegria... Depois, retoma coisas e pessoas para ver se já somos capazes da alegria sozinha... Essa – a alegria que Ele quer...”

“A vida não tem passado. Toda hora o barro se refaz. Deus ensina.”

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